"Essa é uma pergunta que me aflige !! Penso que muitos de nós estão com a mesma indagação!", professora universitário Lígia Possas.
DOS MOTIVOS QUE VOU, VEZ EM QUANDO, LÁ NA FEIRA DAS NAÇÕES, ESSA TODA QUARTA-FEIRAUm deles é o Sílvio, meu velho conhecido. Essas duas fotos dele eu tirei faz bem umas duas semanas. Ele não gosta muito de ser fotografado e eu gosto muito de vê-lo ali na banca de livros e discos do Carioca, bem no canto esquerdo de entrada da tal feira, cheia de guloseimas. Ele não fica bravo de me ver tirando fotos, finge que não me vê o fotografando. E assim seguimos.
DOS MOTIVOS QUE VOU, VEZ EM QUANDO, LÁ NA FEIRA DAS NAÇÕES, ESSA TODA QUARTA-FEIRAUm deles é o Sílvio, meu velho conhecido. Essas duas fotos dele eu tirei faz bem umas duas semanas. Ele não gosta muito de ser fotografado e eu gosto muito de vê-lo ali na banca de livros e discos do Carioca, bem no canto esquerdo de entrada da tal feira, cheia de guloseimas. Ele não fica bravo de me ver tirando fotos, finge que não me vê o fotografando. E assim seguimos.
Sou seu velho conhecido. Quando ainda tinha cabelo no cocorutcho, muitos anos a menos, comprava LPs na loja que um dia foi de sua mãe e depois sua, a Discoteca de Bauru, ali na Virgilio Malta. Essa loja era tudo dentro da Bauru, sempre muito provinciana. Aquilo era uma espécie de portal para outros mundos. Chegar lá e ficar vasculhando novidades de discos era um luxo. Nestes tempos era bancário e sempre me sobrava uns trocos. Gastava muito com discos. Cheguei a ter todos os monstros sagrados da MPB. Silvio era bom no quesito ouvir o pessoal todo. Sabia ouvir e também indicar, na verdade, sabia o gosto de cada um e assim, ciente de que, seu negócio era esse mesmo, o espalhar boa música pela aí, tenho até hoje muitas preciosidades por culpa deste danado.
Hoje ela faz o inverso e venho na feira também para observá-lo. Ele que já indicou tudo para uma pá de gente, ao longo do tempo se desfez da loja, que fechou por essas crises mundiais, onde o disco deixou de ter a importância de antes. Então, ele que indicava e devia ter de tudo, hoje vai na feira para vasculhar semanalmente o que o Carioca tem de novidade e assim leva para sua casa, na maioria das veses, muita coisa que foi até vendida por ele, andou em várias mãos, acabou nas mãos do Carioca e depois de tanta andança, acaba voltando para suas mãos.
Carioca é outro, sabe o gosto de cada um e assim, sabe o que o Silvio vem procurar, assim como sabe o que aprecio e não resisto. Eu sou um andarilho destes lugares e volto para juntar histórias, ouvir relatos, sentir as emoções nas vozes dos protagonistas, ou seja dos frequentadores do lugar. Neste dia da foto, um grupo de estudantes passou pela banca e em cada disco, um olhava para o outro e dizia: "Conheces este?". Certamente, Silvio se divertia. Já fomos jovens e na minha época também me interessava pelos antigos. Hoje, os antigos destes jovens eram a coqueluche minha e também do Silvio. Penso nisso e revendo as duas fotos dele vasculhando discos, me passa um filme na cabeça. Como foram salutares os tempos em que, vasculhava as prateleiras da Discoteca de Bauru e sempre saia de lá com um bolachão debaixo do braço. O tempo passou - mais rápido do que imaginava - e hoje, guardadas todas as proporções e propensões -, tento continuar me interessando pelas mesmas coisas. Mudei pouco e, confesso, a velha MPB, cujos artífices hoje estão todos com mais de 80 anos, continuam fazendo a minha cabeça. Eu mesmo, já passei dos 65 e o Silvio, creio que já tenha deixado para trás os 70 e lá vai fumaça. Ele, apesar de tudo, ainda tem mais cabelo que eu.

No primeiro episódio, os moradores de Bauru contam o que gostam de fazer na cidade e quais são os principais problemas do município.
Direção: Adauto Nascimento e Elica Ito
Produção: N.I. Comunicação
Acessibilidade: Video Shack
Documentário produzido com recursos da Lei Paulo Gustavo 195/2022
Apoio: Prefeitura Municipal de Bauru e Secretaria Municipal de Cultura
Realização: Ministério da Cultura e Governo Federal
Série Documental Bauruzão - N.I. Comunicação, 2025.
Obra audiovisual protegida por direitos autorais.
https://www.youtube.com/watch?v=fXYsx1ptfkc
OBS: Este HPA, neste Episódio 1, com duração de 19:45, apareço com fala nos 14:45 e isso muito me envaidece. Adauto NAscimento, neste trabalho atual junto de Elica Ito, nos faz reviver Bauru, o que fomos, o que somos e o que podemos vir a ser. Eu faço deste grupo que, insiste em retratar Bauru, seja em imagens, depoimentos, como escrevendo sobre. Estes registros, todos eles, sempre trazem algo de positivo e estes vão muito além do que se vê. O Bauruzão mesmo, o primeiro deles, gravado 30 anos atrás e agora, através da Lei Paulo Gustavo, iniciativa do Governo Federal, revivido, possibilita essa viagem através do tempo, com muitas visões e abordagens sobre o mesmo tema, essa cidade, a onde nasci, cresci e vivo. Abaixo o link para outros episódios:
Episódio 2 - MÚSICA POPULAR BAURUENSE
Você sabia que Bauru já foi chamada de "Seattle brasileira"? Nos anos 1990, muitas bandas de rock surgiram por aqui.
No segundo episódio, vemos que Bauru hoje é também a cidade do hip hop, samba, mpb e sertanejo.
https://www.youtube.com/watch?v=x0OQC3CvYiA
Episódio 3 - CIDADE DE ESPANTOS
Para o poeta Rodrigues de Abreu, a Bauru de 100 anos atrás era uma cidade de espantos: moderna e dinâmica.
Hoje, a cidade abriga novos artistas, seja na literatura, dança, teatro ou artes visuais.
Episódio 4 - VIDA NO CERRADO
O bioma cerrado ocupa menos de 1% do estado de São Paulo.
De beleza única, o cerrado em Bauru sofre com o desmatamento e as mudanças climáticas.
https://www.youtube.com/watch?v=J8ZhDQzsT_w
O bioma cerrado ocupa menos de 1% do estado de São Paulo.
De beleza única, o cerrado em Bauru sofre com o desmatamento e as mudanças climáticas.
https://www.youtube.com/watch?v=J8ZhDQzsT_w
HPA, publicado com autorização de Elica Ito
outro registro
DOCUMENTÁRIO "BAURU 116 ANOS", UNESP TV, DIREÇÃO DE TATIANA SAQUETO, COM VÁRIOS DEPOIMENTOS E HISTÓRIAS DE VIDA BAURUENSE, DENTRE ELAS UMA DESTE HPAAgradecimento ao amigo Rafael Ramos Teixeira, idealizador de um divinal jornal semanal, circulando nas imediações onde mora, Jd Redentor e imediações, que encontrou o mesmo em andanças pelas redes sociais, ontem conversamos a respeito no show do SESC e me envia o link, aqui compartilhado. Na apresentaçõa: "Uma história feita por pessoas conhecidas. (...) Além de nossos pioneiros, existem gerações de trabalhadores que impulsionaram a história de Bauru". Assistam e sintam como, dentre tantas outras, eis algumas de nossas histórias: https://www.youtube.com/watch?v=aiAPnvDLjRU
e pra lacrar a tampa do caixão
TARCÍSIO É O CAOS NA POLÍTICA - ONDE O ESTADO DE SP E O BRASIL IRÃO PARAR COM UM SUJEITO COM ESTE NO PODER?!?
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