JUNTANDO OS CACOS - RESISTIR É MAIS DO QUE PRECISO
1.) FOGOLIN CHOROU...
Ontem na despedida que o prefeito fez aos dez médicos cubanos na Prefeitura, o secretário de Saúde Fogolin estava visivelmente emocionado. Ele trabalhou no Governo Federal com Dilma quando da implantação do Mais Médicos e sabe melhor que ninguém da importância dos médicos cubanos para o sucesso do programa e da "saúde" do e nos municípios. Seu choro reflete a imensidão da perda, irreparável para o município. É ótimo quando diante de sensíveis políticos. Mais que isso, o secretário, pessoa experiente que é, sabe melhor que ninguém de todas as dificuldades que a cidade terá pela frente se assumir a administração, inclusive financeira do Hospital de Base. Não existe condições financeiras para tanto, dentro do proposto até agora pelo Governo Estadual (agora com Dória, mais insensibilidade). Devemos chorar todos juntos daqui por diante diante de tudo o que, com certeza, irá acontecer não só com a Saúde, mas nela, algo de grande monta e sentida por todos de imediato. O descalabro está em curso e Fogolin sabe disto como nenhum outro.
OBS.: A foto é do JC, edição de ontem.
2.) DOS QUE GOSTAM DE RETRATOS COM PESSOAS PELOS CAFUNDÓS DO MUNDO...
Eu adoro esse ofício, registrar em imagens as pessoas. Muitos outros o fazem com muito mais profissionalismo, perfeição que não consigo, pois sou emotivo, tremo na hora do flash, converso, numa mão um caderninho de anotações e noutro a máquina desfocada, mas sigo registrando tudo e todos, quando permitido e possível. Ontem fui com Ana Bia e Sivaldo Carmargo bater papo e ver a exposição fotográfica de uma grande amiga, Loriza Lacerda de Almeida, que ali no Templo Bar expunha seus retratos, disparados nos mais diferentes lugares do país e dotados de uma sensibilidade toda sua. Na exposição, a "Percepções da Vida", dividida com Fátima Sandrin, que não estava presente e registrou fachadas e interior de igrejas. Foquei no trabalho da Loriza, pois muito próximo do que faço registrando e escrevendo nos perfis do Lado B de Bauru. Ela me autorizou a fotografar suas fotos e assim espalhar e sugerir visitas ao TemploBar Bauru ( exposição vai somente até 24/11).
No folheto distribuido e em cima de cada mesa: "Fotografar é uma forma de atenção e percepção do real, é uma forma de contemplar a vida. É também uma atividade que exige a articulação de todo o sistema afetivo, intelectual e filosófico, pois o que está fora do foco influencia direta e decisivamente o que se registra, o recorte que se faz da realidade". Tento entender isso tudo e muito mais, clicando pela aí, mas hoje só com foco para o lado que mais sofre dentro da estrutura deste país, outrora mais liberto, hoje mais contido, amanhã, talvez mais pérfido. Eu viajo em exposições como essa e ao ir olhando com mais cuidado cada imagem ali reproduzida muito do interior, da vida intestina do país que vivemos. No som, Marco Zambon com seu violão dava uma sonoridade toda especial para o que íamos vendo nas paredes do resistente bar do Fernando e da Sonia, pessoas queridas e dos garços, mais queridos ainda. Espero que gostem como eu gostei do que vi.
3.) PROIBIÇÕES
Sou de um tempo onde sambistas eram detidos assim por nada. Lutei tanto para nunca mais ver isso ocorrer e hoje a incerteza aponta pra algo perigoso logo ali na curva da esquina.
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