sexta-feira, 9 de novembro de 2018
MÚSICA (166)
FELÍCIO E NICODEMOS, ARTISTAS QUE BATERAM ASAS E HOJE ESTARÃO POR AQUI – ONDE BOTO MEUS PÉS...
Outro dia um amigo, dono de um estabelecimento cultural na cidade, um bar ainda nos presenteando com música ao vivo me disse algo no velório de uma querida pessoa: “Precisamos nos unir, deixar de quando saímos para consumir, gastar o que ainda nos resta de grana indo em lugares onde reinam algo oposto ao que pensamos. Temos que criar uma rede só nossa, onde estaremos mais juntos, coesos e cientes de que, será um desperdício continuarmos frequentando lugares redutos de gente que ajudaram a levar o país a essa situação de desunião, ódio e fascismo. Existem muitos lugares de baita resistência na cidade e é neles que devemos estar”. Aquilo dito a mim naquele insólito dia me calou fundo. Estava para escrever algo desde então. O faço hoje e junto duas coisas, duas apresentações hoje na cidade. Escrevo das duas e encerro com algo de minha lavra, onde deverei estar e estarei daqui por diante.
OPÇÃO 1 – Felício (Antonio Carlos) é tecladista e cantor. Fez história por essas plagas tempos atrás. O seu último reduto na região se deu em Pederneiras, quando tinha um pomposo escritório musical no centro da vizinha cidade. Tocou pelos quatro cantos da cidade, encantando festas e eventos variados e múltiplos. Inegável o que representa. Tempos atrás se bandeou para bem longe, Manaus AM e lá segue carreira. Estará de volta e numa apresentação hoje com o show “Projeto Sinatra” (só canções de Frank Sinatra), na sede da Assenag (rua Fuas de Mattos Sabino 1-15 jardim América), 21h. Através de seu site algo mais sobre sua carreira, apresentações e posicionamento: www.felicioshow.com.br
OPÇÃO 2 – João Nicodemos é rabequista e décadas atrás circulava por Bauru tocando esse instrumento pelas ruas da cidade. Isso não me sai da lembrança, o fato de vê-lo empunhando seu instrumento e andando, subindo e descendo ruas. Estive com ele quando ainda morava num casarão na vila Falcão, local cheio de conotações musicais. Bandeou-se tempos atrás para o Nordeste (lugar mais arejado do país hoje), montando seu quartel-general no Crato CE. Vez ou outra volta e hoje estará apresentando seu show junto de Paulo Villaça, o “Forró de Rabeca”, 21h, no Dona Pinguetta (rua Hermínio Pinto com Constituição). Algo mais dele e de suas andanças rabequistas aqui: https://www.facebook.com/joaonicodemos.araujo
Junto as duas apresentações ocorrendo hoje na cidade e de artistas de inolvidáveis qualidades. Bateram asas, alçaram voo pelo país e mundo afora. Nesse momento, justamente no mesmo dia estarão revendo a aldeia onde tudo começou. Diante de tudo o que escrevi lá no alto, estarei com Nicodemos. Juntemos os pauzinhos e vamos nos unir, resistir até onde seja possível. Um lugar é um lugar e outro lugar é outro lugar, sem tirar nem por. Eu tenho lado e o Pinguetta me representa. Isso conta por demais da conta.
LEIAM O TEXTO DO PROFESSOR CARLOS D'INCAO SOBRE O PROVÁVEL SILÊNCIO DE HADDAD E MINHA RESPOSTA - À ESPERA DA TAL FRENTE CONTRA O FASCISMO - UNIDOS SEMPRE SEREMOS FORTES
"O SILÊNCIO DE HADDAD - Fernando Haddad visitou Lula para informar que: 1 - Não vai ocupar qualquer cargo diretivo no PT; 2 - Não vai assumir a presidência da Fundação Perseu Abramo; 3 - Não vai fazer a caravana pelo Brasil como forma de resistência ao novo governo de Bolsonaro. Fernando Haddad (como sempre fez depois de visitar Lula) era aguardado para uma entrevista coletiva para a imprensa. Entre outras coisas, era esperado que se pronunciasse sobre algum assunto, como a Reforma da Previdência, a extinção do Ministério do Trabalho ou (como advogado de Lula) sobre a indicação de Moro para Ministro... Não disse nada... Saiu calado... Nas redes sociais... nada...silêncio... desde 31/10 Haddad está calado. Ciro e Marina se movimentam. O homem que teve 47 milhões de votos, nada fala. Como interpretar o silêncio? Em regra, o silêncio não é bom presságio... O silêncio de Ciro revelou seu reacionarismo enquanto o silêncio de outros supostos “democratas”, ao longo do processo eleitoral, revelou demagogos e covardes. A direita sempre afirmou que Haddad era muito melhor do que o PT... sinceramente não me lembro de nenhuma defesa de Haddad quando lhe faziam esses “elogios”. Penso aqui em 3 possibilidades: 1 - Haddad está de saída do PT, articulando talvez a formação de um novo partido ou uma saída para um partido que já existe... 2 - Haddad está querendo retomar sua vida familiar e a seu cotidiano, como professor universitário. Ao se recolher, fica para trás a promessa: “Eu estarei do lado de vocês! Não tenham medo!” - dita aos brandos após o resultado das eleições. 3 - Como Frankfurtiano convicto, Haddad está interessado em assistir o colapso da civilização diante da inevitável barbárie. No mundo pós apocalíptico, já tem bicicleta e ciclovias para caminhar feliz, sem nunca desejar - por um só segundo - suprimir a discórdia entre razão subjetiva e objetiva através de processos puramente teóricos... Pouco me importa as possibilidades. Eu já caminhei por muito tempo - e a um custo muito alto - na estrada do marxismo e da liberdade de pensamento... e já fui longe demais para agora me calar: Haddad, ou abre a boca ou é um traidor. 47 milhões de pessoas não só querem, mas tem o direito de ouvi-lo", CARLOS D'INCAO.
Eis minha resposta para seu texto: "Muito cedo para tecer algo de cobrança nos costados de Fernando Haddad. Ele voltou ao seu trabalho, esteve com Lula, se comprometeu com o povo, está com sua vida mais do que entrelaçada com o PT (muito mais do que muita gente que se diz petista há séculos, mas pouco faz) e estamos todos, ele, nós, militância, aguardando como se dará a resistência, uma provável união de interesses coletivos para enfrentar o que virá pela frente. O momento é de muita união para nos mostrarmops fortes perante a bestialidade vigente. Estou à procura da tal Frente de Luta e já antevejo que nela não teremos nem Ciro, nem Marina. E o resto? Precisamos seguir juntos. Desunião nesse momento é o esfacelamento coletivo. HPA".
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