CARTAS (195)

ESTAMOS TODOS NA MESMA SITUAÇÃO, QUERIDO MESTRE PAULO NEVES!

A corajosa carta do professor de História e nosso homem do teatro PAULO NEVES, hoje publicada na Tribuna do Leitor do JC é algo para reflexões múltiplas e variadas. Trata-se de um declarado e explícito PEDIDO DE SOCORRO. Não quero dissecar neste espaço o que me vem à cabeça nesse exato momento com sua publicação, mas além de expressar solidariedade, antevejo algo dos mais tristes. O momento vivido pelo Paulo está em vias de acontecer com todos nós, inclusive esse escriba. Ele se antecipou e já sem nenhum receio de causar, descreve algo pelo qual vejo muitos (as) passando nesse momento. E a quem recorrer? Como sair dessa? Como se safar? Que corrente teremos que produzir para estancar essa sangria? Sinceramente, não sei. Só sei que algo precisa ser feito e o quanto antes.
https://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=

08/12/18 07:00 - Tribuna do Leitor - Procura-se! - Paulo Neves
Professor com 70 anos de idade, 50 anos como professor de cursinho, terceiro colegial ensino médio e faculdades, professor de advogados com dificuldade de expressão ou tímidos.

Conversa de qualidade, atualizado, sério, honesto, ético, passando por um momento muto difícil de vida, desempregado há 6 meses.

Envergonhado por tudo isso.

Venho solicitar uma oportunidade de emprego. Tenho sempre o propósito de um desempenho profissional para contribuição de crescimento de sua empresa. Gostaria de colaborar com sua equipe de trabalho. Tenho iniciativa, ideias, continuar vencendo e alto espírito de participação. E comunicação..,

Sinto-me preparado para exercer a função dentro dos meus conhecimentos: professor de História do Brasil, palestrante ("Como trabalhar 50 anos em uma profissão desgastada", " Trabalhar sempre pensando em crescer", "Motivação mesmo após 30 ou 50 ou 70 anos"), coordenador de classe, coordenador de curso ("Teatro - um ponto a mais na carreira", "Perca a timidez, fale em público!"), Oficineiro de Teatro, Bedel, coordenador de alunos, entregador de lista de alunos.

Tenho certeza que você que está lendo esta coluna, meu ex-aluno ou ex- aluna, meu amigo ou amiga, saberá entender minha carta.

Agradeço a gentileza de ter lido e caso possa ajudar-me, escreva para o e-mail: cursospauloneves@gmail.com.

Muito obrigado pela generosidade.

IDENTIFICARAM O SEGURANÇA DO CARREFOUR, O AGRESSOR DO CÃO, E DAÍ?
A pergunta que faço é só para instigar e provocar algo mais. O segurança, terceirizado ou não, não fez aquilo sem receber uma ordem para agir daquela forma. Quem a deu? Ela faz parte das normas habituais da tal empresa? O funcionário agora identiciado e detido, como vejo no vídeo, está exposto e com a vida comprometida. Foi cruel? Sim, mas deve ter executado uma ordem recebida e fielmente cumprida. Quem a deu? Isso é o que me interessa. Saber o nome do segurança é café pequeno, pois ele é o que denominamos de BOI DE PIRANHAI. O capitalismo é cruel em todas suas etapas, essa só mais uma delas. A empresa deve estar sempre impecável aos olhos de todos e nada pode manchar sua imagem, daí a presença acintosa do cão estava atrapalhando o "bom andamento" (sic) do previsto pelas normas das sempre impolutas empresas. Deixemos de ser hipócritas. Esse moço aí sendo crucificado é somente um dos lados da questão. O mais cruel permanece oculto, anônimo, incógnito. Pensem nisso...
https://www.facebook.com/Jacquebeatriz/videos/10213392712516611/

TIO FELIPE DIRIGIA UM TREM PELAS RUAS DE BAURU

Histórias de quem vive nas ruas e das ruas me contagia. Em cada virada de esquina, muitas delas, uma mais contagiante que a outra. São pessoas que, ao longo de sua existência buscaram formas alternativas de ganhar a vida e amealhar o necessário para viver. Aquilo descoberto por acaso como uma forma de fortalecer o orçamento, de ser um reforço acaba se transformando na fonte de renda de toda uma vida. Muitos transformaram suas vidas em razão disto e aqui conto um belo exemplo de algo nesse sentido.

FELIPE DURAN MERINO, 83 anos, faleceu vítima de um infarto aqui em Bauru dia 19/11, deixando uma legião de antigos frequentadores do seu famoso trem da alegria, circulando pela cidade um tanto desconsolados. Nascido em Piratininga, dirigiu por muito tempo uma perua escolar e com ela sacou a grande idéia a transformar sua vida, a de criar e fazer funcionar um trenzinho para levar a criançada de um lado a outro da cidade. E assim foi feito, sendo essa a atividade que o tornou popular e famoso na cidade. Foram mais de 40 anos de dedicação em manter viva a chama da alegria nas ruas. De dia perieiro e a noite, maquinista pelas ruas. Por anos, permanecia com seu trem nas cercanias da praça da Paz e desse ponto conhecido por todos, saia descendo primeiro a Nações unidas e buzinando como um original trem. Sua aposentadoria se deu em 2013, mas parece que foi ontem, tal a lembrança de sua atividade permanece viva na memória de todos. Fonte de lazer e distração para muitos, seu negócio era incerto, cheio de percalços, mas nem por causa desistiu e seguiu em frente até quando aguentou. Muita gente, não só de Bauru, mas de toda região fizeram uso desse diferente meio de locomoção. Com ele, algo mais se foi na "encantada" história das ruas bauruenses. OBS.: A foto para esse texto foi sacada do site do JC - Jornal da Cidade, de matéria publicada em 21/11/2018.

DAS TRANSFORMAÇÕES URBANAS OCORRENDO NO INTESTINO BAURUENSE
Onde antes o famoso Buffet Capristor, hoje mais um templo e ao fundo, outro, praticamente agregados.