O BRASIL FELIZ DE NOVO - HAVIAM ME DITO ISSO UMA SEMANA ATRÁS, COM DATA E TUDO E NÃO LEVEI EM CONSIDERAÇÃO
Mas ainda aguardando até ver ele liberto e sem os grilhões que o mantém detido sem provas, hoje o mais importante preso político do planeta. Com Lula, a gente sabe, muita água deve passar por debaixo dessa ponte, pois vivendo no reino da sacanagem, onde tudo e mais um pouco sempre acontece, tudo pode se esperar, mas a decisão é soberana e deverai ser cumprida de imediato. Veremos o que está pod detrás disso e essa liberdade faz juz a toda uma luta contra as arbitrariedades ocorrendo sistematicamente no país desde o golpe que derrubou Dilma em 2016. Pronto para ir pras ruas comemorar...
Quero nesse momento lembrar algo dito a mim por duas vezes, ocasiões diferentes e mais de uma semana atrás. Nos reencontros pelas esquinas da vida com Kyn Junior, meu antigo inquilino, produtor cultural e vivendo hoje seu inferno astral com a perda inesperada da filha, tentando bravamente se reerguer e cruzando aqui e ali com seus contatos, me disse textualmente: "Escreva aí, Lula será solto dia 19". Não levei a sério. Brinquei, desconversei e agora com a decisão de Marco Aurélio Mello, juiz do STF sobre a soltura de todos os detidos em 2ª instância, impossível não reconhecer o que me foi dito tempos atrás, com data e tudo. Não foi premonição, foi certeza, informação passada a ele por alguém já ciente dessa decisão tomada hoje, mas ainda circulando na dita "boca pequena".
Dizia ele da soltura uma semana atrás. |
Eu cá no meu canto, voltando de uma ressonância magnética, dores no cotovelo inchado, tentando filtrar as informações e não me antecipando a uma desbragada felicidade, pois da outra feita, quando de decisão de soltar Lula, em poucos instantes bestiais a revogaram. Os bastidores deste país devem estar pela hora da morte nesse momento. O fato é que Kyn Junior havia me dito sobre isso tempos atrás e não escarafunchei dele de onde tirou tal informação. Dez minutos atrás ele me liga e ao atender já saco: "Fala, seu bidu, não é que tinha razão". Não deu tempo de muita coisa, mas ele vai me contar desses seus contatos e dessas informações antecipadas. Ainda buscando saber mais dessa soltura, se vai de fato ocorrer e da belezura que é ver solto o mais importante preso político do planeta.
outra coisa
VISITA PARA RICARDINHO NO HOSPITAL DE BASE – 50 DIAS EM RECLUSÃO HOSPITALAR
Adentro noite de ontem indo rever o amigo hospitalizado e isso já completando 50 dias de agonia. Ricardo Santana, jornalista de uma lida aguerrida está internado no Hospital de Base, num dos seus quartos coletivos e para tratamento de algo surgido assim do nada em sua vida e desde então, o mantendo detido (ou seria retido?) para fazer, por três vezes durante a semana, quatro horas cada sessão, a hemodiálise, após detectar que os males que padecia eram provenientes de ambos os rins, imprestáveis após 52 anos de vida.
Sua história foi contada pela TV Record e saiu publicada no Jornal da Cidade (eis o link, foto e belo relato da jornalista Cynthia Milanez): https://www.jcnet.com.br/…/pacientes-ocupam-leitos-e-ficam-…). O mais interessante de tudo é que, ao adentrar o seu quarto hospitalar, com todo o tempo ali mantido, nenhuma bagunça em cima das mesas, tudo organizado e algo a relatar, ele fez questão de não levar para o local TV e nem seu laptop. “Se o fizesse estaria me acomodando e me conformando com a situação onde me encontro. Denuncio a cada dia a situação, ocupando uma vaga que poderia ser de outro paciente, mas se sair daqui perco a minha e não me fazem mais a hemodiálise. Esdruxula situação, pois o que peço e para tanto entrei na Justiça é voltar pra minha casa e vir ao hospital nas três vezes por semana, horário do procedimento e voltar para minha casa após seu encerramento. Isso de não ter vaga é invenção e procedimento desse sistema implantado nos hospitais bauruenses (e paulistas) pelo modelo tucano de tratar os hospitais, o da FAMESP. Por aqui tudo funciona, nada falha, ótimo isso, mas por detrás algo mais e pouco enxergado, um esquemão hospitalar cruel e arrecadador. Ganham muito com isso”.
Sabem como Ricardinho, como o chamo, passa seu tempo sem TV e lap top? Lê, livros rigidamente escolhidoS (agora um sobre Comunicação Midiática) e ouve histórias. As que reuniu nesse período, segundo ele, daria para montar um belo livro de crônicas hospitalares. Em cada conversa, em cada troca de parceiro, um ao lado de outro, ou das trombadas pelo corredor, puxa assunto, ouve relatos, desabafos e as reúne, ainda mentalmente, porém podem servir de pano de fundo para não só descrever o que passa atualmente ali naquelas frias paredes, mas a da vida que pulsa em cada paciente, acompanhante ou mesmo servidor. É essa a forma encontrada para driblar a ociosidade. Passa também boa parte do tempo plugado ao mundo externo com seu pequeno celular, fazendo uso de sua internet, pois o hospital não possui wifi.
Nesse período virou também um expert no seu problema e no tipo de atendimento prestado pelo Hospital de Base de Bauru a outros na mesma situação. Impossível ser diferente, pois jornalista aguçado e inquieto, sua percepção se mostra mais latente, pulsante. Observador das entranhas hospitalares, Ricardinho crê piamente na saída do hospital nos próximos dias, antes do Natal e para tanto, olhando para o cenário presenciado por mim quando da visita, acho bom mesmo que isso possa ocorrer, pois se o pessoal do FAMESP resolver mantê-lo mais tempo nessa situação, o máximo que pode ocorrer e isso não vai ser bom para o pessoal mantenedor da estrutura local é ele passar a relatar em detalhes o que se passa nos procedimentos do atendimento da saúde na cidade.
Ou resolvem e o devolvem à vida como dantes ou terão diante de si um perspicaz escrevinhador relatando tudo à sua volta, tim-tim por tim-tim. Fosse eu o pessoal da FAMESP e conhecendo a língua destravada do jornalista ali mantido, resolveria tudo o mais rápido possível, para o bem da manutenção do serviço como eles o fazem no dia de hoje.
Ricardinho é um bravo guerreiro. Na segunda foto, ele segurando uma das alças da faixa “Não vai ter golpe”, num dia quando a antiga Diretoria do Conselho da Comunidade Negra (felizmente hoje Diretoria completamente arejada) queria nos impedir de desfilar pelo Calçadão da Batista em ato promovido por eles. Na outra ponta, fora do foco da foto, estava este HPA e ao lado dele, Tatiana Calmon.
outra coisa
VISITA PARA RICARDINHO NO HOSPITAL DE BASE – 50 DIAS EM RECLUSÃO HOSPITALAR
Adentro noite de ontem indo rever o amigo hospitalizado e isso já completando 50 dias de agonia. Ricardo Santana, jornalista de uma lida aguerrida está internado no Hospital de Base, num dos seus quartos coletivos e para tratamento de algo surgido assim do nada em sua vida e desde então, o mantendo detido (ou seria retido?) para fazer, por três vezes durante a semana, quatro horas cada sessão, a hemodiálise, após detectar que os males que padecia eram provenientes de ambos os rins, imprestáveis após 52 anos de vida.
Sua história foi contada pela TV Record e saiu publicada no Jornal da Cidade (eis o link, foto e belo relato da jornalista Cynthia Milanez): https://www.jcnet.com.br/…/pacientes-ocupam-leitos-e-ficam-…). O mais interessante de tudo é que, ao adentrar o seu quarto hospitalar, com todo o tempo ali mantido, nenhuma bagunça em cima das mesas, tudo organizado e algo a relatar, ele fez questão de não levar para o local TV e nem seu laptop. “Se o fizesse estaria me acomodando e me conformando com a situação onde me encontro. Denuncio a cada dia a situação, ocupando uma vaga que poderia ser de outro paciente, mas se sair daqui perco a minha e não me fazem mais a hemodiálise. Esdruxula situação, pois o que peço e para tanto entrei na Justiça é voltar pra minha casa e vir ao hospital nas três vezes por semana, horário do procedimento e voltar para minha casa após seu encerramento. Isso de não ter vaga é invenção e procedimento desse sistema implantado nos hospitais bauruenses (e paulistas) pelo modelo tucano de tratar os hospitais, o da FAMESP. Por aqui tudo funciona, nada falha, ótimo isso, mas por detrás algo mais e pouco enxergado, um esquemão hospitalar cruel e arrecadador. Ganham muito com isso”.
Sabem como Ricardinho, como o chamo, passa seu tempo sem TV e lap top? Lê, livros rigidamente escolhidoS (agora um sobre Comunicação Midiática) e ouve histórias. As que reuniu nesse período, segundo ele, daria para montar um belo livro de crônicas hospitalares. Em cada conversa, em cada troca de parceiro, um ao lado de outro, ou das trombadas pelo corredor, puxa assunto, ouve relatos, desabafos e as reúne, ainda mentalmente, porém podem servir de pano de fundo para não só descrever o que passa atualmente ali naquelas frias paredes, mas a da vida que pulsa em cada paciente, acompanhante ou mesmo servidor. É essa a forma encontrada para driblar a ociosidade. Passa também boa parte do tempo plugado ao mundo externo com seu pequeno celular, fazendo uso de sua internet, pois o hospital não possui wifi.
Nesse período virou também um expert no seu problema e no tipo de atendimento prestado pelo Hospital de Base de Bauru a outros na mesma situação. Impossível ser diferente, pois jornalista aguçado e inquieto, sua percepção se mostra mais latente, pulsante. Observador das entranhas hospitalares, Ricardinho crê piamente na saída do hospital nos próximos dias, antes do Natal e para tanto, olhando para o cenário presenciado por mim quando da visita, acho bom mesmo que isso possa ocorrer, pois se o pessoal do FAMESP resolver mantê-lo mais tempo nessa situação, o máximo que pode ocorrer e isso não vai ser bom para o pessoal mantenedor da estrutura local é ele passar a relatar em detalhes o que se passa nos procedimentos do atendimento da saúde na cidade.
Ou resolvem e o devolvem à vida como dantes ou terão diante de si um perspicaz escrevinhador relatando tudo à sua volta, tim-tim por tim-tim. Fosse eu o pessoal da FAMESP e conhecendo a língua destravada do jornalista ali mantido, resolveria tudo o mais rápido possível, para o bem da manutenção do serviço como eles o fazem no dia de hoje.
Ricardinho é um bravo guerreiro. Na segunda foto, ele segurando uma das alças da faixa “Não vai ter golpe”, num dia quando a antiga Diretoria do Conselho da Comunidade Negra (felizmente hoje Diretoria completamente arejada) queria nos impedir de desfilar pelo Calçadão da Batista em ato promovido por eles. Na outra ponta, fora do foco da foto, estava este HPA e ao lado dele, Tatiana Calmon.
Nenhum comentário:
Postar um comentário