DEZ CENAS ENXERGADAS E FOTOGRAFAS POR ESTE MAFUENTO ESCREVINHADOR, ALGUMAS VEZES TAMBÉM REGISTRADOR FOTOGRÁFICO
01. Praça Parteira Bernardina, junto a avenida Pedro de Toledo, ao lado do bar Armazém é a última a manter um bebedouro de animais na cidade e resiste ao tempo, aroeira pura.
02. Nesta casa, localizada na rua Sete de Setembro, centro de Bauru, hoje sede dessa liga de futebol de salão, outrora funcionou e vicejou um órgão que deu vida para a Cultura Municipal, polo aglutinador de muita gente que fez e aconteceu por essas plagas, deixando em tudo e todos muita saudade, a Casa da Cultura, primeira gestão do Governo Tuga.
03. Esqueça! A denominada Casa dos Pioneiros, na rua Araújo Leite, com placa apregoando sua desapropriação e restauro é coisa do passado, pois com o destombamento à vista, terra arrasada, tudo no chão e no lugar o tal do progresso (sic). Diga adeus para a última casa dos resquícios e primórdios de Bauru.
04. Sabe aquele predinho desbotado na esquina, atrás de onde um dia foi o Luso? Está lacrado com tapumes, colocado à venda e muito em breve fará parte do passado. Olhem, revisitem, passem as mãos, sintam o cheiro, toquem enquanto ainda é possível.
05. Muito cuidado, pois na Duque de Caxias tem uma mulher de lingerie na beirada da calçada atazanando os desavisados motoristas durante todo o horário comercial.
06. Xerox, garçom dos bons, aqui imortalizado numa página central de livro bauruense, na época no Bar do Português, hoje no novo Skinão, desses onde o papo rola solto junto ao chopp.
07. Encravado no centro da cidade, esquinas da Rio Branco com Primeiro de Agosto, recheado de histórias mirabolantes em seus pequenos reservatórios, ops, digo, compartimentos. Quem souber uma, aproveite o momento, a despeje agora para conhecimento geral de todos nós.
08. A tranquilidade da rua Sorocabana, reduto de paz, na baixada junto aos trilhos da Sorocabana, onde de um lado residências, do outro o cheiro de mato e a enfileirada proteção das espadas de São Jorge.
09. Aqui neste local, rua Antonio Alves, duas quadras acima da Rodrigues funcionou, mais de década e meia atrás, pela última vez nosso Museu Histórico Municipal e continuam as promessas pela sua reabertura ao público, em caráter definitivo, no local onde antes funcionou a Cia Paulista, junto aos trilhos férreos.
10. Raiz exposta defronte passarela concreto sob rio Bauru, avenida Nuno de Assis entre os viadutos JK e JS.
As fotos de Pedro Romualdo no ato bauruense contra os desmandos de Bozo em 30/05: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/2697680986928560?__xts__[0]=68.ARCXNatGwNyWxzAY_3tSI_WF3MMTo8JNVVoeyTNlN42EZ7PTjMBlGuV6yzu4BxOsmcpy8Wb1uNPWmc0niurSIIiM20yGTw28LyH8DiGKlTp_NWqNKP5L0hs_I6x6GlC3lqcjCR6n-P1CHVjZSE7Wys4hs6Cq8VkLhx8GuTo8SPZR_xaik323xqrsNliwT5jXrwpAbN247yyUu5s6p9Ml_0-2zBV64NoIEuORzOV_INq5BmMedIjsHFTOfHEng1LmLgzbJaDYOdEjDNCzs4x2I48C0On5fxeKMex-CJZOjS4C2w1mRafIQj6O_T4WH1XHY5bI0cPtxto&__tn__=-R
As fotos de Mauro Landolffi no ato bauruense contra os desmandos de Bozo em 30/05:
Sr É PETISTA?
Chego na portaria do Hospital da Unimed, rotina para pequeno procedimento cirúrgico e na conversa com a atendente, digo que justamente no horário marcado gostaria de estar em outro lugar. Me pergunta qual e lhe digo: "Hoje tem manifestação na rua contra o Bolsonaro, pela Educação, creio mais de três mil pessoas na rua e queria muito estar lá". Olhou pra mim e saiu a pergunta já esperada: "O Sr é petista?". Digo a ela que nem todos que estão nas ruas são petistas. Sua reação foi a de me questionar: "O Sr não acha muito cedo para tirá-lo, são só cinco meses". Olho bem nos seus olhinhos e lhe respondo: "É muita coisa ruim em tão pouco tempo, não acha? Os depósitos nas contas da esposa, os 37 imóveis de um dos filhos, pegar grana de todos assessores, a morte da Marielle tramada na casa vizinha a sua, essa reforma da Previdência, onde gente como nós não vamos mais nos aposentar e esses ministros todos despirocados. Precisa mais?". Sinto que ela quer argumentar, mas está preenchendo um formulário e a próxima pergunta foi fatal para nosso diálogo: "Sr Henrique, qual sua religião?". Ao lhe responder ser ateu, percebo ela encolher na cadeira e tasca lá no campo específico um "sem religião". Quase não trocamos mais palavras até o término do procedimento. E agora, chegando minha hora. Até...