A ESTAÇÃO MOFANDO E A QUERÊNCIA POR EDIFICAÇÕES NOVAS – EU CITADO COMO OPINIÃO REMANDO CONTRA A MARÉ
Foi muita grata a surpresa ao abrir hoje o Jornal da Cidade, coluna da página 2, a Entrelinhas e lá nos comentários do jornal sobre a provável compra de um prédio na cidade para sediar a Secretaria de Educação por R$ 4,5 milhões, na terceira nota, a citação do meu nome: “PERGUNTAS – Há perguntas que ainda precisam ser respondidas sobre essa possível compra. 1- Com que dinheiro exatamente seria feita a compra? 2- Qual é o valor a ser pago pelo metro quadrado? 3- Qual é o estado do prédio? 4- Haveria necessidade de reforma? E, como bem lembra o professor HENRIQUE PERAZZI DE AQUINO: “E a Estação (ferroviária) mofando...”.
Respondo todas as perguntas facilmente se esse pessoal hoje encastelado lá nas hostes da Prefeitura providenciassem, com a máxima urgência, a recuperação de seu mais importante prédio histórico, o que promoveu todo o desenvolvimento desta cidade, o da Estação da NOB, localizada no seu centro velho, junto da praça Machado de Mello. Não, todos os hoje lá encastelados, se posicionam de costas para a história bauruense e querem gastar os tubos em algo novo, mantendo a incoerência deste desgoverno municipal, totalmente desantenado com as reais necessidades bauruenses. Concluiria com uma só palavra, até para encerrar este assunto mais do que angustiante: VERGONHOSO.
Dias atrás publiquei texto sobre mais uma tentativa da Prefeitura e Legislativo local de construírem edificação gigantesca na região da Nações Norte para abrigar a Nova Prefeitura com todas suas secretárias e também a Câmara Municipal. Claro, fui contra, pois para fugir dos aluguéis, temos a Estação da NOB, num custo muito menor, já de propriedade da Prefeitura e com a possibilidade de recuperação do centro da cidade. Quem me respondeu, num texto longo foi o presidente da Câmara, Marcos Souza: "Caro colega Henrique, de uma maneira muito fraterna, concordo plenamente que o prédio da Estação deve ter um destino digno da história do mesmo, mas vale a pena explicar. Na época da compra, foram utilizados recursos da Câmara, Saúde e Educação para a compra do prédio, mas estudos posteriores indicaram que não caberiam os três neste prédio. O custo de 9 milhões para as necessárias adequações também sempre foi uma dificuldade encontrada. Como sempre, Bauru não tem recursos para quase nada, apenas para manter a máquina funcionando. Defendo que ali deva ser aberto para uma concessão onde a iniciativa privada (que possui recursos para adequações) possa criar o nosso tão sonhado Mercadão Municipal onde também haveriam espaços voltados para as questões culturais. Agora vamos fazer uma conta juntos: Se não coube neste prédio a Saúde, Educação e Câmara, como caberiam a Administração, SEAR, Agricultura, SEBES, Cultura, Desenvolvimento Econômico, Economia e Finanças, Educação, Esporte, Meio Ambiente, Negócios Jurídicos, Obras, Planejamento e Saúde, DAE, EMDURB e Câmara, sendo que a proposta é fazer com que a população encontre todos os serviços num único local? Outra informação importante: a proposta é pegar os mesmos valores que se gasta com aluguéis de prédios locados e que esses mesmos valores sejam utilizados para pagar a longo prazo, o nosso Centro Administrativo, ou seja, dar uma melhor utilização aos recursos públicos. É o mesmo que perguntar para uma pessoa que paga aluguel de 800 reais por mês por exemplo e perguntar para essa pessoa se ela gostaria de pagar esses mesmos 800 reais numa casa própria”.
Simplesmente, não me convence, nem no caso do novo centro administrativo da Prefeitura, nem no da Educação. Primeiro que a Estação da NOB tem a cara para um Mercadão Municipal, e sim, o prédio da Estação da Cia Paulista, barracão junto à Feira do Rolo, este sim viábilíssimo para essa finalidade. O meio encontrado, com compensações para viabilizar a empreitada de unificar tudo num só local é altamente perigoso e frágil. É muito fácil dizer hoje uma coisa e amanhã com as obras em andamento, as empreiteiras apresentarem novas contas, com os tais editais ou algo parecidos. Ou seja, no papel um coisa linda, viável e cheio de compensações e benefícios, mas na realidade sempre algo sofrível. Está impossível de continuar acreditando em contos da carochinha. Prefiro ficar com a opinião abaixada de duas pessoas de considerável cabedal nesta cidade:
- "NOVO CENTRO ADMINISTRATI VO PODERIA SER CONQUISTADO "SEM CUSTO" PRA PREFEITURA SE SEPLAN , EXECUTIVO E LEGISLATIVO MUNICIPAIS SOUBESSEM APLICAR INSTRUMENTOS DE GESTÃO DE "CIDADES ECONÔMICAS". Vem aí mais uma dívida milionária?”, arquiteto José Xaides Alves.
- “Isso é absurdo. É gastar dinheiro público. Basta fazer uma reforma nos prédios atuais, mas no Brasil a classe política é predadora. São oportunistas para criar um mega-gasto. Esse dinheiro deveria estar indo para os bairros que precisam de infraestrutura”, jornalista Aurélio Fernandes Alonso.
Estou com estes dois, mesma opinião. Não dá mais para embarcar em aventuras de final com bolas nas costas, enquanto a cidade só aumenta sua dívida e fomenta ações de cunho altamente danosas para seu parco patrimônio, enfim, como mesmo afirma o presidente da Câmara, pouca grana sobra dos orçamentos par gastos extras. E a Estação da NOB continua “mofando”, como sempre faço questão de continuar repetindo. Enfim, eu não entro mais de gaiato no navio...
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