Os artistas presentes se manifestaram e, por fim, Tatiana Sá, a secretária tentou consertar o inconsertável. Veio com um cabedal imenso de atos, datas e eventos culturais, todos eles bancados total ou em partes pelos cofres municipais, porém, desde que Suéllen assumiu, nada mais ocorreu. Tudo bem que a pandemia estava em curso, mas em Bauru somente algo pela Lei Aldir Blanc, de cunho federal e nada municipal. A relação apresentada pela secretária é dessas a demontrar que a Cultura não está adormecida na cidade, porém, pelas vias públicas, não só adormecida, mas falecida. Nenhum projeto foi aprovado, todos os em curso foram cancelados e não existe nenhum tipo de facilitador para que o artista consiga chegar perto dos recursos. Trabalham a demonstrar que a grana está lá, porém inalcançável e com obstáculos intransponíveis para se chegar até ela. Crueldade elevada à sua máxima potência.
A classe artística já sacou a artimanha e está em pé de guerra com quem administra a pasta da Cultura e, consequentemente com a alcaide. Alguns artistas se fingem de mortos, pois ainda acreditam que algo poderá vir dos cofres municipais para seus eventos. Cito o Pessoal do Hip Hop, que pouco se manifesta, acreditando ser ainda possível receberem algo pelo evento anual. A ficha já caiu para a maioria e lutam coletivamente, não isolada, para algo por todos e não exclusivo para um ou outro evento. Assisti a Audiência Pública inteira e vendo a saia justa em que a secretária estava, mas não arredou pé, ou seja, fingem que tudo pode ocorrer, mas nada ocorrerá e os sinais para isso, mais do que evidentes. Houvesse interesse pela situação dos artistas, no mínimo, a SMC abriria um local para atender os artistas e instruí-los, capacitando estes para conseguirem incluir seus eventos e atividades, porém isso não ocorre. Fica latente que, quanto mais obstáculos houver melhor, pois a torneira dos cofres estão fechadas. Embromação toal e absoluta até o final deste mandato.
OBS.: Torço para queimar a língua, mas já escrevi anteriormente sobre este tema por aqui e desde então, tudo o que escrevi se confirma. Essa administração veio para "lacrar" a Cultura bauruense. Repito o que já disse anteriormente: deste mato não sairá nenhum coelho.
PORQUE CERTOS TEMAS NÃO SAEM PUBLICADOS NA MÍDIA BAURUENSE - O DELEGADO DA PF DE BAURU E AS ARBITRARIEDADES DA LAVA JATO
"E por falar em tortura - Delegado bauruense da PF é perseguido por não compactuar com ilegalidades da Operação Lava Jato. Mídia da cidade silencia! O delegado Mario Renato Fanton foi envolvido, pela própria Polícia Federal da qual faz parte, em uma trama para acobertar irregularidades da Lava Jato. Ao perceber a trama, negou-se a participar e está sendo perseguido de forma truculenta pela Instituição, mesmo depois de ficar com a saúde debilitada por conta da Covid 19. Segundo o jornalista Marcelo Auler, a PF busca uma forma de incriminar Fanton para promover sua expulsão. As questões nebulosas que começaram com a instalação de grampos ilegais na cela onde estavam presos os doleiros envolvidos na operação envolvem ainda outro delegado bauruense, Maurício Moscardi Grillo. Nem o jornal impresso, nem as TV ou as rádios bauruenses noticiaram nada a respeito", escreve o jornalista bauruense/jauense Ricardo de Callis Pesce em sua página nas redes sociais.
Quem responde dentro da mesma linha é o professor, recém aposentado da Unesp Bauru, Dino Magnoni: "Não há novidade alguma, os patrões do jornalismo "baurulino" sempre foram sócios dos golpes e comparsas do autoritarismo corrupto. Pena que muitos colegas, no afã de conservar os seus empregos, viram cúmplices e até capatazes dos esquemas de desinformação e alienação coletiva... (...) A classe "mérdia" é puritana falso-moralista e vai ser sempre cúmplice da corrupção e do autoritarismo que mantém os poderes das camadas dominantes. A pequena burguesia fede ainda mais que os grandes burgueses". Ricardo ainda complementa com algo mais sobre as muitas PFs dentro da mesma hoje sob o comando do desGoverno bolsonarista: "O mais triste é que se trata de outra PF, que foi prestigiada por Lula e teve seus profissionais valorizados com bons salários e boas condições de trabalho durante os governos do PT. Só que estão sob as ordens de gente que não vale nada".
Notícias como essa demonstram existir resistência dentro da atual PF, algo a oxigenando e propondo a legalidade acima de tudo, porém, nada disso sai publicado na mídia bauruense, pois aqui vigora o padrão nacional do patrão vetar o que lhe convier e daí, o público leitor se vê privado da informação verdadeira. Os dois aqui citados leram matérias publicadas pelo portal jornalístico 247 e de Luís Nassif, repercutindo o tema envolvendo o policial lotado na PF em Bauru. Não fosse por eles, nada saberíamos. Eis o link da postagem do Nassif, pela voz do jornalista Marcelo Auler: https://www.youtube.com/watch?v=xBLUPepXmCo
FISIONOMIA ATUAL DE AÉCIO NEVES É A DA ELITE BRASILEIRA, CARCOMIDA PELO TEMPO
"A foto de Aécio Neves em encontro com Eduardo Leite e Paulinho da Força viralizou e ganhou vida própria: é o retrato acabado do fracasso e da depressão política induzida em um país tomado pelo ódio e pela inveja das elites.
Aécio Neves é a cara das elites. Aécio Neves é a cara da Globo. Aécio Neves é a cara da Folha de S. Paulo, todos carcomidos pelo golpismo endêmico que intoxica suas vísceras", reprodução da página virtual do 247.
Marcos Paulo Casalechi Resende, o denominado por ele mesmo "Comunista em Ação", comparece muito em meus escritos, pois costuma não só desabafar em alguns momentos, como partimos juntos para algumas ações. Fazemos parte do time dos que não se seguram nas calças. No momento dividimos juntos um processo por não concordar com o jeito fundamentalista como um político tratou o descaso para com a pandemia. Volto de viagem e o contato, para saber como andam as coisas e ele desabafa algo contundente por áudio, parte reproduzida abaixo, possibilitando algum entendimento sobre como anda a cabeça dos que, cansados de ver a banda passar, querem muito fazer algo. Leiam o resumo de seu desabafo:
As pessoas estão tão alucinadas, as redes sociais destruiram o mpinimo de racionalidade das pessoas, que ninguém mais tem visão e leitura de mundo, olhar científico pras coisas. Tava na cara que ia dar essa merda. É olhar a forma e conteúdo. As pessoas ficam olhando forma e não percebem que o conteúdo é o mesmo. A forma que se apresenta o Biden, por exemplo, pode ser diferente, mas o conteúdo é o mesmo, sendo que até na forma estão ficando muito parecidos. veja, na França no 1º Turno, a esquerda apoiar o Michellon que é radical. Radical aonde, você viu o discurso dele, ele não passar de um Boulos gourmet., porque não tem discurso classista mais. Eles substituiram a luta de classes pela luta contra a carne processada. Ele falando que a mudança da sociedade está através da dieta, falando que não se deve dar Nutella pras crianças, que tem que parar de comer carne de boi e a mudança do mundo está nisso. É uma conversa que a esquerda adaptou da pequena burguesia, que é totalmente desconectada da realidade do trabalhador. Trabalhador passando fome, com trabalho precarizado ou sem trabalho e os caras fazendo isso aí, com papo identitário, que é um papo fascista, porque identitarismo é fascismo, totalmente desconectados da realidade. Cansei disso tudo.
Processo eleitoral é o processo da burguesia. O fascista de ontem é companheiro de hoje. Chega e se ninguém quer fazer nada eu vou continuar fazendo. Vou entrar com representação no MP pra tentar derrubar essa lei, porque você vê como eles são organizados. Não é uma coisa do vereador bauruense, que ele está apresentando em Bauru. A maioria das cidades brasileiras tem pelo menos um vereador bolsonarista que apresentou essa lei. Estava vendo uma cidade do Mato Grosso e outra de Minas Gerais, que o MP de lá, após aprovação, derrubaram essa lei. Eles são muito organizados, eles entraram com essa lei nas Câmaras Municipais praticamente ao mesmo tempo. Isso aí é uma organização perigosa. Sabe por que eles ganham? No dia da votação aqui em Bauru o vereador levou em massa um pessoal dele para pressionar os vereadores pra aprovar a lei. Agora cadê as organizações ditas de esquerda, cadê o movimento sindical, não tem mais nada. Eles ocuparam a galeria da Câmara, galeria essa que no passado era ocupado pelos movimentos sindicais, estudantis, sociais, movimento organizado, militância. Era isso e se tivevesse essa turma lá organizada a lei não teria passado, porque os vereadores tem medo de povo. Deprimente ver esse tipo de cena. Ninguém fala mais nada. Eu não consigo ficar calado e quieto. Não consigo ficar aqui no meu canto algemado e sem poder fazer nada".
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