segunda-feira, 25 de abril de 2022

REGISTROS DO LADO B (85) e AMIGOS DO PEITO (197)

ALGUMAS NECESSÁRIAS PALAVRINHAS SOBRE A 85º ENTREVISTA DO LADO B, COM A JORNALISTA CAMY'S FERNANDES

Este Lado B - A Importância dos Desimportantes é persistente e não desiste fácil da contenda. Traçar o perfil de diletos lutadores sociais, destes com reconhecida bagagem e envolvimento nas entranhas de suas cidades e com currículo, diria mesmo, folha corrida, sempre permanecendo ao lado das lutas pelo fim das desigualdades deste país continente, este o que estou no encalço. O foco sempre foi bauruenses e quem aqui vive, o que não impede vez ou outra de se aventurar em papos cordiais com gente de fora e experiências outras. A periodicidade é para uma conversa semanal, mas nem sempre isso é possível, pois este mafuento HPA não possui vida regrada e em algumas vezes bate asas e some pela aí, mas volta, como agora, depois de duas semanas sem dar notícia, ressurge com uma conversa pra lá de saborosa.


CAMYS FERNANDES é por demais conhecida nessas paragens bauruenses, exatamente por saber se reinventar. Ficou conhecida em Bauru quando comandava a telinha do jornalismo da TV Preve. Era o diferencial positivo da emissora, o ar oxigenante, a esperança de que, algo de bom dali estava fluindo e sendo mostrado para toda cidade. Durou pouco, ela bateu asas e ganhou o mundo em outras possibilidades. Muitos não souberam se reinventar, mas ela sim e hoje a vejo pelas redes sociais, comandando lives durante a pandemia, com orientações valiosas para os que permaneciam trancafiados em casa. Conversou sobre assuntos variados e sempre com aquela simpatia e sapiência que lhe são peculiares. Nada de braçada num mar de conformismo e falta de criatividade. Por outro lado, acaba de assumir funções e obrigações no Sindicato dos Jornalistas local. Enfim, são histórias e mais histórias.

Ela não é daqui, mas é de logo ali, Itapuí, também conhecida como "Bica de Pedra", a cidade logo depois do rio Tietê. A conversa por aqui vai começar com ela contando algo de sua terra natal e como se deu o salto, os tempos quando se formou em jornalismo e o que veio daí por diante. Camy's é Camila, uma pessoa cheia de muita luz, ciente do seu papel e diante de tudo o que ocorre hoje pela aí, soube se posicionar e manter um padrão, sem se deixar levar. Falaremos de tudo um pouco, desde o Jornalismo, Momento Atual, Bauru e Itapuí, Racismo, Carnaval e Música, Vale do Igapó - sua moradia -, atividades sindicais, enfim um passeio sobre sua vida, um registro feito para conhecê-la melhor.

Assunto tenho de sobra para conversar por horas com ela. Quem a conhece entrevistando pessoas, terá aqui a oportunidade de vê-la ao inverso, ou seja, sendo entrevistada, ou melhor que isso, vê-la papeando descontraída sobre sua trajetória. O Lado B, quando optou por se intitular proseador junto dos "desimportantes", faz exatamente o contrário, propiciando resgate de histórias dos mais valorosos desta aldeia bauruense. A conversa que antes ocorria entre sexta e sábado, desta feita ocorre na segunda, final do dia, demarcando que este HPA foge da rotina de dia e horário certo, porém tenta de todas as formas ir tocando o barco. Ter Camy's aqui para um bate papo é a certeza de que, com histórias e pessoas deste quilate no foco, tudo terá solução de continuidade. Aguardamos todas e todos para me auxiliar em mais esse registro dos que, decididamente valem a pena. Vamos juntos?

UMA CONVERSA PRA LÁ DE REVELADORA COM A JORNALISTA CAMYS FERNANDES NO 85º LADO B – Eis o link do bate papo de 1h30 de duração: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/392918386019749

ALGO DE AMIGOS:


01 - 60 ANOS DO PROFESSOR LAÉRCIO SIMÕES
Primeiro o susto, depois a alegria e contentamento. Noite de sábado, eu em casa, 23h30, toca o telefone e do lado de lá um número com prefixo 21, Rio de Janeiro. A esposa é carioca, prevendo ser alguém de lá com alguma notícia de última hora, mesmo desconhecendo o número, atendo. Do outro lado a inconfundível voz do amigo LAÉRCIO SIMÕES. Levo um susto e lhe digo: O que foi, algo trágico". Ele ri e me consola: "Nada disso, te ligo, pois estou completando 60 anos e queria te convidar para uma festa amanhã. Você vem?". Como dizer não para dileto amigo, gente do mais alto quilate dentro da respeitabilidade que ainda preservo nas amizades e considerados. Fui e dentre os seus, só carinho. Ele, com quatro lindos filhos, um hoje morador do Rio de Janeiro, dez anos por lá, advogado e que me lê por aqui regularmente, outro jogador de basquete do Jundiaí. Cantamos, festamos e papeamos todos, churrasqueando e algo que para mim, diabético, caiu mais que bem, um bolo salgado. Perguntei para ele num curto áudio com o Adílio Nascimento cantando samba por lá, uma única pergunta: "Fazer 60 anos dói?". Laércio ri e me diz: "Sim, a trajetória não foi fácil, mas cheguei aqui e hoje desfrutamos todos de algo que nos foi possível, junto aos meus, felicidade". Nossa trajetória - a dele mais ainda, por ser negro e ter que provar nessas terras sempre algo mais - foi dura, mas sobrevivemos e hoje, tanto ele como eu, conseguimos dobrar o Cabo da Boa Esperança e já estamos na fila para tirar a carteirinha de idoso, a que nos permite gratuidade para andar de coletivo na cidade. Seguimos em frente, eu nas barrancas dos 62 e ele, todo pimpão, adentrando a faixa dos 60. Ambos cientes que, apesar das dores, ainda temos muita lenha para queimar. E assim o faremos. Eis o link de áudio gravado por mim com Adílio Nascimento cantando na festa e por fim uma palavrinha do Laércio: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/1156722585149436.

Em tempo: Conseguimos, eu e seu filho, alinhavar para a próxima semana, um bate papo dele por aqui, na série Lado B. Aguarde, chumbo grosso pela frente.

02 - TROMBADAS VINDO PARA O BEM
Tarde de sábado, eu e Sivaldo Camargo estávamos procurando especiarias para finalizar algo que aconteceria na noite de sábado, um convescote culinário e ao botarmos os pés na entrada do Pão de Açucar da rua Araújo leite, es que saindo do supermercado, Clodoaldo Meneghello Cardoso e esposa. Se já estávamos atrasado, mais ficamos, pois inevitável, no mínimo meia hora de conversações, beijos e abraços. A foto foi irada pela esposa do professor Clodoaldo. Tentamos no curto espaço de tempo colocar todas as conversas em dia, o que não é nada fácil, pois depois de dois anos enclausurados, o peito ainda inchado, o querer botar tudo pra fora de uma só vez é algo latente, pulsante. Ele estava radiante e nos propondo encontros, juntar pessoas num local pré-estabelecido, mês a mês, onde conversaríamos de tudo. Ou seja, estamos carente de conversa, bate papo, ver, rever pessoas queridas e com elas passar mais tempo juntos, conspirar e desdizer disso tudo que nos rodeia, mas coletivamente. Marcamos e ficamos de juntar nossos cacos e arrumarmos o tal lugar, onde a conversa possa fluir, aflorar e gerar frutos. Nada melhor do que essas trombadas, inesperadas e fazendo tão bem para todos nelas envolvidos.

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