Quando os interesses do Baixo Clero se juntam, certos ou errados, derrubam e passam por cima do que estiver pela frente.
Em alguns casos e votações não fica muito nítido isso de "vereador é pago para fiscalizar" e fica sem sentido ouvir o clamor, "povo bauruense não votem nunca mais neste aqui", quando não existe a correta compreensão dos motivos destes da lista contrários à fiscalização assim agirem. Enfim, o que move essa turma a deixar de fiscalizar, enfrentando toda crítica, mas fazendo valer um posicionamento em conjunto, decisão acertada nos bastidores?
Esperar o que mais dos atuais eleitos, enfim, os acordos de bastidores continuam valendo mais do que provável dor na consciência.
É o que temos, o que foi eleito. No jogo jogado da forma como o foi, o lado vencedor ganha todas, nem adianta ir pra disputa. Sem pressão, nada feito. Não se trata de desânimo e sim, de constatação. Chegamos a isso, poucas vezes estivemos longe disso, portanto, não seria agora, com avanço e predomínio ideal bolsonarista que iríamos mudar. O Brasil está envolvido da cabeça aos pés com ações e posturas muito idênticas.
Não creio em mudanças a curto prazo. Todo processo de desconstrução de algo consolidado demanda muito tempo. E com a Educação sendo desmontada, o que virá por aí de nova geração, talvez seja ainda pior.
Não enxergo muita luz no final deste túnel.
Por que Boris Johnson age desta forma? Primeiro para atender a ala mais radical de seu partido e depois, para dar vazão ao momento político vigente também na Europa, com o desmedido avanço do conservadorismo e da brutalidade como forma de convivência humana. A ideia não é nova e desde que foi idealizada, com tanta gente apreendida, foi estabelecida uma data e ela ocorrerá hoje - talvez venha a ser adiada novamente, mas a intenção é seguir adiante. E por que Ruanda, um lugar tão problemático? Não deve ter sido escolhido por acaso. Um acordo preliminar, onde os governantes daquele país devem estar sendo beneficiados financeiramente com este envio, o que torna ainda mais grave esse envio de gente desesperada, em situação de total desestabilidade, se removendo de um lugar a outro em busca de um canto onde possam viver em tranquilidade. Não existe como mensurar a brutalidade de alguns governantes para com cidadãos em desespero. Existem muitos iguais a Bolsonaro mundo afora.
O DISCURSO DE ALBERTO FERNANDEZ NA CÚPULA DAS AMÉRICAS – UMA FALA COERENTE COM TODA AMÉRICA LATINASaio dos meus temas habituais, depois de primeiro ouvir, depois fui ler o discurso do presidente Alberto Fernández, semana passada em Los Angeles, na Cúpula das Américas. Foi o que de melhor ocorreu por lá. O evento já havia perdido o caráter de união dos povos latinos, quando três países foram impedidos de lá estar. Se até Jair Bolsonaro pode participar, com tamanha atrocidades nos costados, por que não os representantes de Cuba, Nicarágua e Venezuela? Esvaziado e com Biden, o mandante norte-americano perdido, a fala de Alberto veio para valorizar o que ali conteceu. “O presidente argentino disse em seu discurso, na corte do Império, coisas que por algum motivo desencadearam a fúria da mídia dominante. E alguns ressentimentos por parte da tropa conservadora, porque não toleram bem que "o morno" tenha fervido, ou aquecido, mesmo discursivamente. (...) Revisando, Fernández lamentou que nem todos os que deveriam estar presentes estiveram presentes. Alertou que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em nome de quem falou como presidente pro tempore, gostaria de outra Cúpula. Ele acusou que "ser um anfitrião não concede poder de veto". Ele condenou a política de bloqueios historicamente implementada por Washington. Ele criticou o FMI pelo "endividamento insustentável" que tentou favorecer o governo Macri. E em uma passagem muito forte, ele acusou diretamente a OEA de ser o "gendarme que facilitou um golpe na Bolívia". (...) Não deveria um discurso desse tipo - insistamos: como visitante, plantado diante do presidente dos Estados Unidos, por mais desvalorizado que seja - renovar a confiança de que a Frente de Todos ainda tem um piso de acordo ideológico básico, como lidar com inimigos e adversários óbvios?”, escreve o diário argentino Página 12 em artigo de Eduardo Alivetti, 13/06.
No mesmo jornal em 11/06, o início da repercussão do discurso: “O discurso de Alberto Fernández em nome da CELAC nada mais fez do que descrever um cenário real e de responsabilidade dos Estados Unidos. O bloqueio contra Cuba teve um de seus maiores picos de insensibilidade quando a pandemia atingiu seu pico na ilha e seus hospitais estavam à beira da saturação. Os Estados Unidos, que já haviam superado a emergência mais crítica, bloquearam a exportação de oxigênio para os pacientes cubanos mais graves e ameaçaram os países que o fizeram. Ao contrário da Rússia, que enviou remessas de sua vacina Sputnik, ou Cuba, que produziu e distribuiu no Caribe, os Estados Unidos fecharam a saída do país, não apenas de vacinas, mas também de todos os elementos de saúde relacionados à pandemia. como as seringas, uma das razões pelas quais o México não conseguiu embalar a vacina Astra Zeneca que produziu junto com a Argentina”.
Uma fala que é também um alento para estes dias. Um presidente que, com seus erros e acertos, está anos luz à frente do nosso: https://www.youtube.com/watch?v=0RyPcci9mu0
Nenhum comentário:
Postar um comentário