* Meu 122º artigo para o melhor e mais democrático semanário do interior paulista, DEBATE. Edição ululando pela aí a partir deste domingo:
Que o Seu jair – minúscula mesmo -, nosso nada estimado ex-presidente é mais que mafioso, disso ninguém tem a menor dúvida. Falta prendê-lo, ele e os seus, todos perigosos quando soltos, pois aprontam em cada esquina. Turma da pesada. Isso já está digerido, faltando agora só evacuar, ou seja, enjaulá-los, porém, mesmo diante de tudo, muitos ainda o seguem, ou ao menos suas ideias. Mas como pode? Pode e isso só demonstra o quanto não evoluímos em quase nada no quesito Entendimento Real dos Acontecimentos. Emburrecemos e muito. Existia uma verdadeira organização criminosa dentro do Palácio do Planalto e tem quem ainda bata palmas para o malversador, dito por mim, como declarado genocida.
O conservadorismo é algo quase inato do povo do interior paulista. Já escrevi sobre isso e volto sempre, batendo na mesma tecla. Tem quem enxergue no MST uma organização criminosa, perigosa demais e veja santidade no Agro Negócio. Eu, inverto tudo e não pego leve com o Agro, pois sei o que fazem com a mentalidade voltada para ampliar e ganhar mais, não se importando com vidas humanas e o clima, essas besteiras. Vale mesmo é continuar nos infestando de agrotóxico e vergando legislação, impondo regras e saqueando mentes. A reforma agrária é uma política mais que necessária neste País tão injusto, mas estes só pensam na criminalização dos movimentos sociais e em endeusar quem nos envenena. Grilagem de terras não é com o MST e sim, sempre algo inerente ao Agro. E também, na sua quase totalidade, todos declarados golpistas.
Tentam em todos os momentos emparedar o governo Lula, não enxergando no que já foi feito nestes 8 meses de reversão da então bestialidade, esse sim, o algo a ser reverenciado, pois onde mesmo estaríamos se o milicianismo continuasse a nos governar? Hoje, até as Forças Armadas, antes vista com certo respeito, perderam tudo ao dar irrestrito apoio para o venal e nefasto capiroto. Até na venda de joias surrupiadas da nação estiveram envolvidos. Não existe mais como contemporizar com estes todos. Como não existe mais como adular este insano governador, Tarcísio de Freitas. Só pelo que faz, apunhalando a Educação, com este secretário, homem de negócios, Renato Feder, vendendo algo de sua empresa e a impor algo destrutivo para o futuro de nossos filhos. Merecedor de desprezo e exemplar punição. Pois é, o povo paulista, principalmente o do interior paulista votou em Bolsonaro e em Tarcísio. E pelo visto, poucos destes estão já devidamente arrependidos.
Tarcísio é fraco, grosso e boçal. Quer aprontar, expõe seu ponto de vista ameaçador de direitos e quando pressionado, volta atrás. Esse tipo de recuo, algo premeditado é o que de pior temos em gente assim. Possuem ideias destruidoras, a querem impor e recuam só para matutar melhor em como poderão voltar, impor lá na frente a mesma coisa, talvez com outra roupagem, sem causar muita comoção. Estes não recuam nunca, é o que denominei nessa semana aqui nuns artigos escritos, como Teoria do Inimigo Manso. Neste caso, não existe inimigo manso, pois sempre estarão na espreita, prontos para o golpe e nos golpear pelas costas. Até se fingem de mortos, aceitam sorridentes algo, mas na primeira oportunidade estarão aprovando Dia do Patriotismo para o 8 de janeiro, como políticos gaúchos acabaram de votar. Para estes, sem trégua, olhos sempre abertos, atentos, pois apunhalam a nós, a Constituição, a legislação vigente e tudo o mais. Não pensam coletivamente e temem quem o faça.
Navego em outra, exatamente o contrário. Existe saída para este mundo, mas a perversidade precisa ser superada e para tanto, a ultradireita hoje ainda com as asinhas de foram precisam ter todas muito bem aparadas, pois já provaram dos perigos existentes quando com naco de poder sob suas mãos. O paulista interiorano precisa deixar de ser besta.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).
DOIS ACONTECIMENTOS RESUMIDOS NUM SÓ TEXTO - A 4ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA E A 16ª PARADA DA DIVERSIDADE, AMBAS DE BAURU
Marquei presença nos dois e, desta forma, me acho no direito de tecer justos comentário,s diria mesmo, pitacos.
No primeiro deles, a 4ª Conferência Municipal de culturta de Bauru, com subtítulo de "Democracia e Direito à Cultura", algo em primeira instância sempre deve ser levado na mais alta consideração, o papel aceita tudo e nele, tudo fica bonito, pomposo e é o quer acaba sendo passado para a posteridade. Ou seja, dizer que é assim é uma coisa, já fazer e colocar em prática o que ali está contido é bem outra. Conheço, por experiência própria, vivências de uma vida inteira que, quando vejo algo impresso, acho estar diante de uma das Sete Maravilhas do Mundo, mas quando vou in loco ver o que ser passa, a realidade, sempre nua e crua é bem outra. Não que a Conferência e quem a faz não tenha as melhores das intenções, mas não podemos nunca nos esquecer que, estamos diante e vivenciando um desGoverno municipal de cunho fundamentalista. Quem está no comando de cargos de confiança precisam, necessariamente, estar afinados e sempre prontos a dizer amém para quem está no comando. O contrário se passa com os funcionários de carreira, os que, entram e saem administrações, ali estarão e executando tarefas, muitas vezes contrárias não só a sua vontade, como à normalidade. Dito isso, reverencio o papel de muitos funcionários de carreira nos preparativos desta Conferência e me posiciono com os pés para trás com os cargos de confiança ali envolvidos.
A Conferência esteve dividida em seis Eixos Temáticos. Eixo 1, Institucionalização, MArcos legais e Sistema Nacional de Cultura, o 2, Democratização do Acesso à Cultura e Participação Social, o 3, Identidade, Patrimônio e Memória, o 4, Diversidade Cultural e Transversalidade de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural, o 5, Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade e o 6, Direito às Arte e Linguagens Digitais. Participei no 3º Eixo, o de Memória. Não vi nas discussões motivo para grande preocupação. Está contido algo relevante em relação ao retorno do projeto Ferrovia para Todos e reestruturação do Codepac, além de regras mais sólidas no quesito tombamento. Nada diferente do que sempre vi colocado no papel, mas como já disse, quando na prática a coisa é sempre bem outra. Hoje, nenhum dos nossos três museus estão abertos ao público - e não o serão nessa pífia administração, existe uma pressão muito forte pelo destombamento de prédios considerados históricos e até agora nenhum movimento concreto para fazer voltar aos atrilhos nossa memorável composição férrea Maria Fumaça. Votou-se no sábado, até pouco mais de 19h, somente dois eixos e os três demais, foram adiados, sem data ainda confirmada para continuidade dos trabalhos. Pouca gente de fato envolvida e os parabéns efusivos para o José Vinagre e Paulo Tonon, que junto do Ricardo Polettini, este membro da SMC, estiveram à frente dos trabalhos e souberam dar cabo e tocarem a contento tudo. Muita água ainda passará por debaixo dessa ponte.
Sósia de Dilma fez sucesso na Parada. |
Quanto à 16ª Virada, realizada com um desmedido frio, a vi como a mais fraca e com menor público presente. Desde que, seus realizadores não mais investem na descida dos camimnhões de som, num cortejo bonito de ser visto e de muita participação - estive em quase todos -, muito do brilho se foi, quando decidiram fazer tudo estaticamente. Pode perguntar para tudo e todos os presentes, o brilho da festa está em transe, meio que perdido no ar. Sem adentrar o quesito frio intenso der ontem, só tudo advindo do palco, com pouca participação dos populares, sem o foco estar neles, outra perversão. Sempre mais que bom, diria mesmo ótimo, ver muitos grupos advindos de Bauru e região no palco principal. Ótimo mesmo seria se todos estivessem devidamente sendo remunerados, pois em edições anteriores, muitos tiveram que ali estar graciosamente, tudo para "se manterem vistos", como foi dito. Neste ano, vejo que só os contemplados pelos Editais estão sendo pagos. É isso mesmo? E os demais? Da atração principal, Negra Li, efusivos aplausos pela escolha, uma pessoa mais do que engajada e ululante no cenário nacional, muito bem posicionada, sem nunca deixar de reverenciar suas raízes, a da periferia paulistana, vila Brasilândia. Suas músicas, quase todas com citações de nomes envolvidos na luta do dia a dia. Ela tentou dar o melhor de si do alto do palco, lá pelas 22h, diante de um frio meio que nebuloso. Todos os presentes, resistentes por sinal, merecem aplauso, por ali continuarem até perto de 23h, numa alegria já reconhecida como a marca das Paradas. Ocorreu uma semana inteira de debate, discussões e homenagens, trabalho a merecer melhor divulgação.
Nesta Parada, nenhum linha do evento no Jornal da Cidade. Por que? Ocorreu algo entre as partes que não está sendo divulgado? A Parada faz parte do calendário oficial de eventos da cidade de Bauru e merece ser valorizada, com um repensar, primeiro no formato atualmente adotado e depois, buscando ampliação de participantes, algo que vem se perdendo ao longo do tempo. E não culpem só a pandemia e o frio. o mais gostoso deste evento é estar não no palco, mas no meio da multidão. é dali que flui as melhores histórias, os acontecimentos e a real possibilidade de ir trombando a cada esbarrão com personagens inauditos deste mundo. Por exemplo, foi divinal cruzar com um sósia da ex-presidente Dilma, com microfone e tudo, entrevistando as pessoas. São estes que embelezam e tocam adiante o evento, esses são os que precisam ser incentivados e não, engessados, sem grande prossibilidade de visualização, com tudo contido num espaço limitado. Se o evento ocorre nas Nações, que ela seja melhor utilizada. Estive junto da organização da 1ª Parada, no último governo de Tuga Angerami e sempre desci, como participante e fiel escrevinhador de sua continuidade, mas dar um breque, repensar, rever e se reposicionar é também mais dio que necessário, para que tudo volte a vicejar como dantes. Se ela, como foi dito nos microfones ainda é a 2ª Parada existente em público - algo duvidoso -, algo precisa ser feito em prol de sua emancipação enquanto evento. Vamos tirar o gesso envolvendo a Parada. Topam?
Eu e a amiga Valentina Pryns se reencontrando na "fria" Parada de 2023. |
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