ESSA PODRIDÃO TODA NOS CERCANDO POR TODOS OS LADOS - TOTAL DESILUSÃOHoje um desabafo. Difícil hoje existir uma só cidade dentro deste estado de São Paulo, que não esteja completamente dominada pelas aves de rapina. O conservadorismo paulista e brasileiro é inteiro, dos pés à cabeça, entrelaçado com negociatas e rapinagem pública, de toda espécie e origem. Poucos se salvam. Poucos mesmo. Quanto mais ouço histórias, coletadas nos mais diferentes lugares, vejo estarmos numa situação de difícil saída. Deixamos que os piores se aproximassem e conquistaram o poder.
Numa cidade pequena, nem 50 mil habitantes, o partido neoliberal, ultradireitista ganhou o poder e está comandando a cidade há seis meses. Daqui há alguns meses, a festa popular lá deles, igual a nossa aqui do Recinto Mello Moraes. Alguns vereadores deste partido, primeiro mandato, impõe a quem contrata os shows que, os escolhidos terão quer ser os que eles indicarem e se isso não ocorrer vão dar um jeito deles, os funcionários serem demitidos e sob acusações de prevaricação. Acuam a todos e tudo sob a complacência de quem exerce o poder. Um na mão do outro, um comprometido com o outro e cada um querendo ganhar rapidamente, ir amealhando cobres aqui e ali, numa rapinagem sem excrúpulos.
E isso porque os vereadores são os que são pagos por nós, os munícipes, para fiscalizar os atos do poder estabelecido. Neste lugar, os vereadores são da mesma coligação do prefeito e se aliaram a ele para infernizar a vida de quem trabalha como servidor, impondo-lhe regras para fazer tudo o que mandarem e sempre de bico calado. Uma pouca vergonha estabelecida e institucionalizada, como se não existisse quem pudessem contrariar, pois agora são Governo e assim, sendo, dizem aos quatro ventos, fazem o que querem e como querem. Essa a mentalidade dos que estão chegando para substituir os que sairam. Os tais funcionários de carreira, atuando dentro dessa estrutura, dizem sem titubear que, mudaram só as aves, mas a rapina é a mesma. E o que saiu fica criando caso e denunciando o que agora pratica o que até bem pouco tempo era ele que praticava. Ou seja, o que denuncia sabe que, o que está lá comete obcenidade a todo instante, pois fazia o mesmo.
As histórias se repetem em cada nova cidade, todas parecidas, ninguém mais compra nada sem que, algum entre por fora e por debaixo do pano. A pegação de pé é feita pelos que até então estavam no poder e agora, substituídos pelos que adentraram. Como faziam algo mais do que irregular, pegam no pé para que os que chegaram não façam o mesmo. Uma semvergonhice descomunal e atingindo todos os níveis. É desta forma que age os componentes de todos os partidos dessa nova nomeclatura a englobar todos os que defendem o mous operandi neoliberal, hoje mais puxado para fascistas e ultradireitistas.
Não existe mais fiscalização. Tá tudo dominado, como dizia um vereador aqui de Bauru, cassado também ele por ter feito e acontecido com dinheiro público. Ou seja, até os que gritam contra, o fazem por terem perdido a boquinha ou por dela não participarem. Sabe aquela história do moto contínuo, uma engrenagem onde pela sequência, a máquina gira sózinha e sem controle, desembestada numa descida, onde um dia vai dar de encontro com uma árvore e se estaterlar, mas enquanto isso não acontecer, o arrombo vai só aumentando.
Nessas cidades pequenas praticamente inexiste oposição constituída e com coragem de bater de frente com o esquema já consolidado. Os poucos que ousam são ameaçados, principalmente fisicamente e até jurados de morte. Sim, isso já é realidade dentro do interior paulista. Estes novos políticos que estão chegando não são de muita conversa. São de ação, como dizem, não possuem muita argumentação e quando percebem estarem perdendo o controle, agem sempre violentamente. Este festival se repete por todo o estado. Não existe mais quem possa exercer uma legislatura de realizações para a cidade, sem ter que prestar contas para estes. Quem age dentro do que prescreve a tal da normalidade democrática é chamado de bocó. Instigado, provocado e sendo testado a todo instante. Tentam cooptá-lo de toda forma e nãoo conseguindo, agem violentamente ou mesmo, se juntam e caçam o mandato de quem pensa que a política é arte do diálogo, conciliação e construção coletiva em prol do desenvimento de uma cidade.
Não estou sendo alermista. Acompanhei o desenrolar de algumas cidades e em todas, com alguma variação, este o ritual sendo religiosamente seguido. Chegaram para rapinar e o fazem descaradamente, pois hoje, prevalece essa mentalidade de procedimento de atuação política. Assim a entendem, estão lá para isso, amealhar, lesar e arrebanhar o máximo possível para si. Quando pensaram em participar do mundo político, sempre foi pensando em chegar lá e depois usufruir, não perder tempo, pois amanhã poderão estar fora e outros em seu lugar.
Não me venham dizer que sou alarmista, misturando as coisas, generalizando demais. Eu ando circulando muito pela aí e gosto de ir reunindo histórias. As escabrosas permeiam a coisa pública. Por mim, juntava estes todos num poste e tacava fogo, como fazem com o Judas na festa de sua malhação. A agora, em algumas cidades, os vereadores também se beneficiam de verbas oriundas de emendas do orçamento. Daí, a putaria se amplia. Lá em Brasília o escândalo já é uma realidade e no interior algo sendo institucionalizado. É como deixar a raposa tomando conta do galinheiro. A democracia como vivenciada hoje precisa ser reiventado, começar do nada, pois do jeito que está, não vejo mais como consertá-la, tal o grau de comprometimento dos que chegaram para rpinar tudo, limpando os cofres e se lixando para tudo o mais.
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