domingo, 30 de novembro de 2025

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (187)


ALGO MUITO ESTRANHO, A ALCAIDE QUER VENDER TUDO O QUE ENCONTRA PELA FRENTE
Nos últimos meses algo tem chamado a atenção dos bauruenses. Após a notícia de que o caixa da Prefeitura Municipal está em baixa, a alcaide faz de tudo e mais um pouco para contrair novos empréstimos, todos sem respaldo ou justificativa convincente. Lá pelos lados da Câmara Municipal de Vereadores tudo continua normal, pois como ela tem maioria, os tais dos 17 x 4, ganha todas. Porém, isso não é tudo. Guardião, o intrépido super-herói bauruense conta algo mais em curso, proveniente dessa insana necessidade de fazer caixa a qualquer custo:

"A coisa está fora do controle. Não sei se notaram, mas está muito evidente, a alcaide Suéllen Rosin desesperou. Tenta a todo custo contrair novos empréstimos, usando muito de nossas instituições para contrair os valores. E junto disso tudo, está em curso um diabólico plano de vender o máximo possível de edificações e terrenos em nome da Prefeitura. De tudo, a princípio o que se observa e com muita tristeza é que, o caixa da Prefeitura está em baixa, sendo raspado até o fundo e a Rádio Peão já divulga em alto em bom som, tudo propagada em todas as esquinas: muito em breve não existirá grana sufuciente para quitar os salários dos servidores municipais".

Guardião, como se sabe, não é alarmista. Diria, ser ele realista até demais da conta. Enxerga e observa tudo com a devida fleuma, porém, ciente de que, a movimentação pelos seguidos empréstimos e com a disposição de vender tudo o que encontra pela frente, sinal mais do que evidente, a situação já está beirando o insustentável. "É só ir juntando o A + B, o le com cre e percebendo que, com as últimas ações, desesperadoras, a alcaide já percebeu que o teatro pode estar com dias contados. E como ainda faltam três anos de desGoverno, com uma eleição onde joga pesado já no próximo ano, algo precisava ser feito. E como não existe mais como tirar coelhos dessa cartola, a vemos pedindo empréstimos em cima de empréstimos, algo que ninguém sabe como poderá ser pago, até pela quantidade de dinheiro solicitada e agora, mais essa, vendendo o que puder. A situação do Areoclube de Bauru é só uma dessas. No próximo dia 2 de dezembro, existe uma pressão imensa para vergar os interesses dos antigos detentores dessa área. Não é só a destruição de tudo o que ali existe ainda em pé, mas dar cabo neste aeroporto e vender tudo, favorecendo a especulação imobiliária. Tudo feito de forma apressada. A Prefeitura alega que a área pertence a ela, porém judicialmente, pela falta de documentos comprobatórios, quem ousar investir ali pode perder tudo. Isso é a ponta do icerberg, pois em outros locais, a placa de "Vende-se" está não só fixada como com divulgação ocorrendo de forma ampla, geral e irrestrita", comenta Guardião.

Gardião, quando denuncia o que está em curso, chama a atenção para a placa "Estamos vendo QUASE tudo". Por que quase? Enfim, o que a alcaide está deixando de fora na liquidação de final de ano promovida por ela, no despero de fazer caixa? Nunca a Prefeitura alugou tantos imóveis cidade afora, para instalar os mais diversos segmentos da Prefeitura. Faz isso e não move uma palha para recuperar imóveis advindos do Governo Federal, muitos fáceis de serem conseguidos. Reformar não é construir novo. Ela assim o prefere, daí vender e construir edificações novas. Isso é contramão do bom senso da preservação histórica. Para quem vendeu até a folha de pagamento dos servidores, pelo visto até a velha cadeira onde está assentada no terceiro andar do Palácio das cerejeiras pode estar correndo risco".
OBS.: Guardião é obra do inconfundível traço do artista Leandro Gonçalez, com pitacos escrevinhativos do mafuento HPA.

outra coisa
LUIZA ERUNDINA CONTINUA A MESMA, A FOLHA DE SP NÃO
"Fui repórter da Folha, de 1983 a 1988. Voltei das férias em 1987 e, já no primeiro dia, fui escalado pra cobrir uma reintegração de posse nos cafundós da Zona Leste. Partimos, o fotógrafo Jorge Araújo e eu, pra missão do dia. O clima estava tenso, eram centenas de famílias tendo seus barracos e cacarecos desmontados por tratores e policiais prontos pra qualquer coisa. Quando começou a resistência, uma voz se levantou: da deputada estadual Luiza Erundina, do PT. A coisa chegou ao ponto de os policiais ignorarem os direitos parlamentares e arrastarem Erundina por uma longa distância - ela, forte em sua pequena estatura física, resistindo o mais que pode. A chapa esquentou, sobrou pancadaria - Jorge, o fotógrafo da Folha, levou uma surra, acabamos a madrugada na delegacia, abrindo processo contra os PMs que cercavam o distrito.Mas a imagem de Erundina resistindo de verdade ao lado dos que estavam precisando de ajuda nunca mais me saiu das retinas. O mais admirável é que ela, aos 86 anos, continua na luta. E é, sem dúvida, um dos motivos (não o único) que me levam a votar em Boulos amanhã", Mario Viana.

AINDA O FUTEBOL DE ONTEM, A FINAL DA LIBERTADORES
Circulando pelas ruas de Bauru na manhã de domingo, um dia após a vitória do Flamengo, pela quarta vez, na Copa Libertadores da América, na loja de camisetas na feira, a bandeira hasteada era flamenguista e na saída do lugar, subindo a rua Julio Prestes, o camisa 10 ia embora feliz da vida.

sábado, 29 de novembro de 2025

COMENTÁRIO QUALQUER (267)


FOI SÓ UMA PARTIDA DE FUTEBOL
Eu sou um dos tantos amantes de futebol, destes que segue os resultados e partidos de alguns campeonatos pela aí. Neste ano, tudo começou com o time aqui de minha aldeia, o glorioso e centenário Noroeste. Ganhou apenas um jogo num campeonato com doze partidas - como pode? - e muitos empates. Sesegurou nem sei como e continua a disputar a série A paulista. Na do próximo ano, serão 8 partidas, algo abominável e incompreensível. Não existe empresa sustentável com um campeonato tão curto. Nenhum investimento é suportável com apenas 8 jogos. Não dá nem para ficar bravo quando diante de um time sem competitividade.

Comecei o ano com este campeonato paulista, cada vez mais sem brilho e incentivo. Hoje até o querem findo, em prol da grande e lucrativa série A do Brasileiro. Acompanhei esta, chegando agora na reta final e também a da série B, com algo muito intenso para o torcedor. Na deste ano, a disputa pelo acesso e para o descenso ocorreu até a última rodada e cada uma, tinham jogos mais que inebriantes. Sou paulista e aqui confesso, só não gosto quando vejo muito paulista dentre os 20 participantes. Queria ver isso tudo distribuido em times do Brasil inteiro. Eu fico na torcida até o último instante, para ver se por quem torço não cai e também consegue subir. Isso move essa paixão pelo futebol. Este é o arrebatamento interno provocado por essa paixão futebolística.

Na série A, que também acompanho, todos sabem sou corintiano, mas por ter trabalhado muito tempo no Rio, gosto muito de todos os times cariocas. E gosto mais ainda quando sei como se dá a luta pela sobrevivência e permanência de alguns times dentre estes da elite do futebol brasileiro. Impossível não me ver abraçado com torcedores, por exemplo de um Vasco da Gama, numa eterna luta para ver sua situação sair da insolvência e neste ano em especial, a do Mirassol, por mostrar que mesmo com baixo investimento - diante dos demais -, é possível almejar alguma coisa. Isso de Davi fazer frente a Golias é sempre mais que instigante e daí, como não torcer para que o mais fraco vingue e se firme?

Vez ou outra fico a pescar partidas de outras séries, como a C e D do brasileiro. Ver o Naútico voltar a subir foi muito contagiante, torci até a última rodada, mais até do que ver a Ponte Preta e o São Bernardo subirem. Olho para o Naútico e me lembro de um velho craque, depois técnico, Givanildo e com ele me lembro de um filme, um ascensorista pernambucano em São Paulo, este torcedor do Náutico e sofrendo com ao altos e baixos do time. Os times brasileiros sobrevivem nem sei lá como, mas quando os vejo no fundo do poço, já no ano seguinte, estão lá, firmes e fortes, numa espécie de rejeneração, como a que se dá com as feridas no corpo humano.

Aqui na região já vi gente noroestina brava por me ver escrevendo sobre o XV de Jaú. Bobagem, pois gosto é de futebol e neste ano fui sim em Jaú, pois vê-los saindo a bezinha foi grandioso, como fui também assistir pelo menos um jogo da Santacruzense, junto do amigo Aurélio, numa manhã de domingo, contra outro com passado no futebol do interior, o Tupã. Estes campeonatos, principalmente o da Bezinha é, para mim, muito mais que uma delícia. É o futebol na sua essência. Já não consigo voltar a frequentar os estádios do amador local, que tanto assisti e torci no passado. Aqui em Bauru, torci para o Arca, hoje não mais existente e por uma série de motivos, acabei me afastando dos estádios. Tenho lembranças inenarráveis dos tempos que meus avós ainda vivos, morando na Martin Afonso, vila Falcão, chegava cedo para o almoço dominical e subia direto para o Padilhão, assistir aos dois jogos na manhã. Aquilo tudo nunca mais me sairá da cabeça, como não me sai o de minhas idas para o campo do Arca, onde hoje é o Assaí Supermercado, ali na Nações. Um campo cercado por um muro e lá dentro, um time que ainda sei de memória a escalação principal, tendo um ponta direita, que depois se transformou em meu amigo, Neizinho.

São tantas coisas e poderia ficar escrevendo delas por um tempo tempo. Basta começar para a cabeça funcionar e voltar na lembrança algo deste destemido amor pela bola. Neste sábado o que move o país é a final de mais uma Taça Libertadores da América, nosso maior torneio continental. Ele vai acontecendo espaçado, como o da Copa do Brasil, espaçado dentro do campeonato nacional. Uma disputa dentre todos os país da América do Sul, culminando com uma única partida decisiva, a deste ano sendo realizada em Lima, no Peru, tendo algo da cordilheira dos Andes aos seus pés. Este jogo foi o fio condutor para essa escrevinhação. Nela pretendi unir isso do amor pelo futebol, com algo mais, talvez o que nos falta para mudarmos o rumo dos acontecimentos. Sim, sou daqueles que olho para este intenso amor e união ocorrendo no enotrno da bola e penso em como se fosse transferido para as grandes questões nacionais,com o povo tendo o entendimento básico das maldades senso cometidas hoje, não viraria essa mesa com a maior facilidade. Porém, como o grau de consciência política do brasileiro não está tão alto, continuamos sendo manipulados.

O balé da bola me contagia desde os cueiros. Já demonstrei isso por aqui, ontem tudo afunilado para um Flamengo x Palmeiras nosso times com melhores equipes e numa disputa bem acirrada para ver quem é o melhor de todos. Vez ou outra, um outro sobe e tem um time ótimo, como já ocorreu anos atrás com o Atlético MG e o Botafogo RJ. É muita grana envolvida e ótimo, nenhum deste dois hoje no topo são SAFs ou empresas. Resistem ao modo antigo. O ruim é quando o futebol é previsível e como se fosse um campenato espanhol, onde Barcelona ou Real Madrid são os campeões. Gosto e torço muito para os azarões. Escrevo isso tudo, quando num dia como hoje, parei tudo, até o envolvimento com a política, tudo por causa de uma partida de futebol. De tudo, o melhor mesmo foi receber diletos amigos em casa e torcer juntos. Torcer só eu e Ana Bia diante da TV é uma coisa e fazê-lo rodeado de gente querida é outra coisa. Cada um trouxe algo, além do calor humano e na junção, festamos e pasmem, falamos também de política, pois aproveitando o momento, nada como continuar no tema dos demais dias. Todos os que aqui estiveram, tendo alguns flamenguistas e palmeirenses entre os presentes, temos a certeza de que, o vislumbrado não passa de mais uma partida de futebol. Empolga, assunto para muito tempo, mas ninguém aqui eleva o tom e sobre degraus diante do que vê. Na manhã de amanhã, domingo, o assunto a render ainda será a tal partida, mas perdendo intensidade para outros temas, até mais candentes. O Brasil está convulcionado, dividido e com sérios riscos de ver sua situação piorar se o fascismo vingar seus ideiais. Essa é uma luta e uma partida, muito mais intensa que a de futebol, mesmo como na hoje, decidindo um campeonato. O campeonato sendo decidido fora das quatro linhas é vital para os rumos do país. Nele coloco toda minha torcida e também empenho. Lutar é preciso. Torcer é bem menos ameno.
PAULISTÃO SÉRIE A 2026, OITO PARTIDAS E ACABOU: NENHUM TIME AGUENTA

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

MÚSICA (254)


NA SOMATÓRIA DE UM MAIS UM, DOIS MAIS DOIS...
LOCAÇÕES, EMPRÉSTIMOS E UM INCERTO FUTURO
A alcaide faz de tudo pra conseguir dinheiro emprestado, pois sabe, ali na frente, logo na curva da esquina, as contas não vão fechar e o funcionalismo corre sérios riscos até para o recebimento de seus proventos. 

Por outro lado, a atual administração de Suéllen Rosin é a maior locadora de imóveis na cidade. Tem imóvel alugado pra tudo quanto é canto, como este box no Boulevard Shopping. Muitos podem ter finalidade e utilidade comprovada, porém, no conjunto da obra, demonstram a incoerência. 

Reaproveita quase nada de antigos imóveis, carecendo de reutilização, mas esbanja em querer aparecer e até dizer fará tudo novo. Está na contramão de administração atuando com padrões responsáveis. Se boquejarem soltamos lista da quantidade de locações e dos imóveis públicos onde os excessivos gastos poderiam ser evitados. 

No remelexo da coisa, percebe-se algo mais que estranho pairando no ar, ou seja, por que nada de investimento em prédios que poderiam ser reutilizados, gastos imensos com locações e um discurso de construir tudo novo, sendo que, a vemos tentando levantar grana a todo instante? 

Somo tudo, noves fora, lá vai cinco e a constatação: a coisa não anda nada boa, as aparências enganam.

SE BOBEAR SUÉLLEN DEIXARÁ DÍVIDA IMPAGÁVEL, COFRES PREFEITURA ESVAZIADOS E LIMPOS AO DEIXAR GOVERNO
"Desenhando o empréstimo de 119 milhões que a prefeita de Bauru quer fazer", jornalista e fotógrafo Pedro Romualdo. Eis o link de matéria do jornalista Nelson Gonçalves, "Empréstimo exige R$ 35 milhões no primeiro ano e trava acordo de dívida da Cohab", do site Contraponto explicitando, ponto a ponto, a trama como está sendo urdida e tramada na cidade de Bauru: https://contraponto.digital/emprestimo-exige-r-35-milhoes-nas-contas-de-2027-e-derruba-acordo-da-divida-da-cohab/?fbclid=IwY2xjawOXvodleHRuA2FlbQIxMQBzcnRjBmFwcF9pZBAyMjIwMzkxNzg4MjAwODkyAAEeljoAmtxARTKYxBeUecplZov7ss1nIl-HarxDcCr_FlmvLesmxqga4No6PiI_aem_ouFTUaytGZx8OkumWFyoow

AS INTENÇÕES DA ALCAIDE SENDO EXPOSTAS, REVELADAS - ELA NUNCA ESTEVE AO LADO DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL
"A proposta de Suéllen é perversa. A maior parte dos aposentados municipais vive hoje com benefícios corroídos pela inflação, enfrentando a alta do aluguel, dos medicamentos, da alimentação e de serviços essenciais. Muitos convivem com doenças crônicas, limitações físicas, dependência de remédios contínuos e, não raro, com a solidão que atinge os idosos nas periferias da cidade. Para essa parcela da população, qualquer redução no benefício significa escolhas duras: qual remédio deixar de comprar, qual conta atrasar, qual necessidade básica sacrificar", texto compartilhado do Sinserm - Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e região.
https://sinserm.com.br/noticias/escandalo-prefeita-suellen-rosim-quer-aplicar-reforma-da-previdencia-e-sacrificar-aposentados?fbclid=IwY2xjawOXwf1leHRuA2FlbQIxMQBzcnRjBmFwcF9pZBAyMjIwMzkxNzg4MjAwODkyAAEe9tLcBSEAWDlwxfPt1MgVnvkocqNhmk_Ijd85Atrz7nKyeHgBI0o7fiZyqzI_aem_QnaPDuDQ7LbvEmetEctHDQ

AGORA FALTA PUNIR A AURI-VERDE, DIRIGIDA PELO PITTOLI
"Justiça condena 'Jovem Pan' em R$ 1,5 milhão por fake news na eleição. Magistrada rejeitou, porém, um pedido para cassar a concessão da emissora", matéria do site da revista Carta Capital. A juíza Denise Aparecida Avelar, da 6ª Vara Cível Federal de São Paulo, acolheu parcialmente uma acusação contra a Jovem Pan e mandou a emissora pagar uma indenização de 1,58 milhão de reais por danos morais coletivos. 

e pra não dizer que nada escrevi de MÚSICA e MÚSICOS
PASSEI A GOSTAR MAIS DE ANITTA - EXISTEM artistas e ARTISTAS
"Anitta RECUSOU se apresentar em Natal RN por não aceitar cachês pagos com verba pública.
A Secretaria de Turismo explicou que a artista mantém restrições quanto ao recebimento de cachês provenientes de recursos públicos!"
E ponto final, sem maiores delongas e explicações. Por outro lado existem os que, cobram os olhos da cara quando se trata de pagamentos feitos por prefeituras, com valores além de superfaturados, divididos entre os envolvidos. Anitta se mostra fora de participar destes esquemas. 

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

FRASES DE LIVRO LIDO (226)


“O PENSAMENTO DE DIREITA, HOJE”, O LIVRO DE SIMONE DE BEAUVOIR, ESCRITO EM 1955 E COMO AGE A PERVERSA DIREITA BRASILEIRA HOJE
Não temos um só dia sem tomar conhecimento de uma nova ação perversa da direitona brasileira, hoje, já atuando de forma escancarada fascista. Na ação de hoje, os deputados federais só para prejudicarem Lula, pois foi iniciativa dele, barram no Congresso derrubando os vetos do licenciamento ambiental. Tudo bem, o Senado ainda vai votar, mas o descalabro é absoluto. Não dá mais para confiar em nada advindo dessa maioria bolsonarista, pois estão a fazer tudo, dia após dia, para criar problemas. Perderam qualquer escrúpulo e votam contra o Brasil, de forma descarada e escancarada. Vejo algo parecido aqui em Bauru, quando os vereadores, hoje de 21 representantes, votam cegamente, a tal votação de 17 x 4, em tudo o que Suéllen Rosin apresenta.

Essa ação pérfida da direita não é de hoje. Eu tenho comigo que, a direita nada faz para defender interesses do povo trabalhador e menos favorecido. Disso tenho certeza. Para me certificar localizo no meu Mafuá, um livro lido há muito tempo e que, hoje, o reli de cabo a rabo. Trata-se do “O PENSAMENTO DE DIREITA, HOJE”, escrito em 1955 e publicado no Brasil, pela editora Paz e Terra RJ, 114 páginas em plena ditadura militar, ano de 1972. Li décadas atrás e o grifei, hoje reli e acrescentei mais grifos. Todo rabiscado, quero passar adiante o que Beavouir destacou sobre estes maléficos cidadãos. A edição brasileira é um capítulo do francês “Privilèges” e cujas frases selecionadas dizem como atuavam e continuam a atuar essa putrefata direita:

- A burguesia vive na iminência do cataclismo que a abolirá. (...) “A sociedade necessita de super-homens, porque já não é capaz de dirigir-se, e a civilização do Ocidente está abalada até seus alicerces” (Alexis Carrel, 1950). (...) Ser de direita é temer pelo que existe” (Jules Romains).
- ...a burguesia encarava o fim da Humanidade – isto é, sua própria liquidação como classe – apenas como uma “eventualidade”. É que lhe restava uma esperança: o fscismo. (...) “Foram preciso duas guerras mundiais, os campos de concentração, a bomba atômica, para solapar nossa consciência”, escrevia Jacques Soustelle. “Começamos a fazer a terrível pergunta: será possível que nossa civilização não seja a Civilização? (...) Antes da última guerra, o bruguês pressentia que alguma coisa ia terminar, mas não sabia o que nasceria logo a seguir. Agora a barbárie tem um nome: o comunismo. Esta é a “cara da Medusa”.
- O teórico burguês sabe que o futuro lhe escapa, e já não tenta mais construir: define-se a partir do comunismo, contra ele, de maneira puramente negativa. (...) A direita contemporânea já não sabe mais o que defende: ela se defende contra o comunismo, e isso é tudo.
- Os burgueses não veem nenhum inconveniente em aceita algo: enquanto se trate de permanecer entre privilegiados. Mas justamente, que fique tudo “entre eles”. Eis, porém, que a “barbárie, a selvageria, os famintos e os piolhentos questão em torno” se agitam, atuam, falam, ameaçam. Como negar, ainda, que existem?
- Todo regime progressista combate o analfabetismo; os regimes reacionários – como os de Franco ou Salazar – o favorecem deliberadamente. Tão logo se sente forte, a direita substitui o pensamento pela violência: bem o vimos na Alemanha nazista. (...) A burguesia quer convencer aos outros e a sim mesma que, ao defender seus interesses particulares, tem em vista fins universais. A tarefa confiada aos seus “ideólogos ativos e conceptivos” é inventar uma justiça superior em nome da qual a injustiça seja justificada.
- O mundo inteligível é para eles um orgulhoso refúgio contra a mediocridade da sua condição. (...) O marxismo só se interesse pelo que acontece na terra, e torna a fazê-los descer brutalmente ao plano dos demais homens. (...) O que eles temem é ser ideologicamente liquidados.
- A doutrina de Marx, Engels, Lênin é, sem dúvida, quase desconhecida por aqueles que a combatem, ou creem fazê-lo. (...) Há, pois, uma religião marxista: “a religião da humanidade por conquistar, ou da humanidade por fazer”.
- Este mundo é um mundo de tapeadores e de otários, cenário de agitações destituídas de fim e de sentido. O homem é um animal maléfico e estúpido. Esta é a filosofia dos pensadores de direita. (...) Nada molesta tanto o privilegiado como a existência de outros homens, piolhentos, famélicos, e bárbaros. Entretanto, se o homem não merece mais do que desprezo, não é preciso ter mais escrúpulos: estamos autorizados a vê-lo como um zero.
- Durante muito tempo, a religião fez as vezes de ideologia para os privilegiados. Pervertido pelo pecado original. Cego, culpado, o homem aparece à luz do cristianismo como um antivalor. Não há para ele senão uma salvação: submeter-se à vontade divina. E esta se manifesta através do mundo, tal como é. O privilegiado aceita, sem dúvida, com toda a humildade, o lugar que lhe está reservado neste mundo: Deus o escolheu, e isto basta para fundar o seu direito. Quanto aos deserdados, só a resignação lhes permitirá merecer as compensações celestiais que restabelecem a justiça através da eternidade. (...) A existência do privilegiado vem a ser sagrada; suas posses um direito; seu exercício, um dever. Os privilegiados se chamam “a Elite”; os privilégios são superioridades; seu conjunto é a Civilização. A massa, porém, é nada. E pode-se então afirmar que a desigualdade satisfaz a justiça.
- “O problema da nobreza humana consiste hoje em preservar a atividade dos melhores, e estes se reduzem a uma minoria. (...) As revoluções denotam o fato de que as elites deixam a desejar. (...) Sobretudo para os que tem interesse em manter o status quo, o desespero é um excelente pretexto: o quietismo catastrófico serve à ordem estabelecidas. (...) A massa é, ademais, excluída do mundo do pensamento, como também do mundo dos valores éticos e estéticos.
- Outrora, para o escravagista americano, a ideia de Liberdade envolvia o direito de possuir escravos: para o burguês de hoje, envolve o direito de explorar os proletários. (...) “Com que espírito podemos suportar – nós, os felizes – a miséria do mundo? (...) Com as tintas da ironia, da melancolia, ou iluminada por uma mística, a sabedoria burguesa geralmente propõe esta divisa: aceitar. (...) Nunca se acabará com a injustiça de que este mundo está cheio; a sociedade será sempre, como a natureza, um caos de iniquidades” – escreve Jacques Chardonne. (...) A burguesia quer espelhos para se contemplar: mas exige que sejam espelhos deformantes.

Termino a leitura e me prostro de cabeça baixa. Não está sendo fácil. Os bandidos de direita, aqui no Brasil e aqui em Bauru, constituem-se em maioria. Ou derrotamos estes, ou seremos aniquilados. Isso é histórico. A “direita” de ontem e de hoje se assemelham, tanto na pratica da crueldade, sem dó e piedade para com a “existência de outros homens, piolhentos, famélicos, e bárbaros”. Observem e me digam, com toda a sinceridade: existe algo de aproveitável, de palatável, de benéfico para a população na ação da direita hoje?

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

DOCUMENTOSDO FUNDO DO BAÚ (212)


LANÇAMENTO LIVRO IACANGA CIDADE CENTENÁRIA 1925 – 2025*
* Eu e Roberto Pallu no palco principal da cidade, entregando a finalização dos trabalhos realizados através do PNAB, lei federal Aldir Blanc, numa marcante festa/evento. O textão virá a seguir, neste mesmo espaço. Gratificante constatar, tudo deu muito certo e o dinheiro público foi muito bem empregado. Dever cumprido. Minha fala quando do evento de lançamento do livro, no Teatro Municipal de Iacanga:

Foi com grande prazer que participei do edital do PNAB – Plano Nacional Aldir Blanc -, lei federal para incentivo a Cultura. Através dela, algo como o que Iacanga presencia hoje, um livro, que dificilmente seria possível sem alguém que o garantisse. O Ministério da Cultura presta um grande serviço, principalmente para pequenas e médias cidades, dando o empurrão necessário para plena realização de algo que veio para ficar. Este livro, uma dessas joias raras.

Eu, na qualidade de forasteiro, confesso aqui, diante de todos que, não sou um simples cidadão de outra cidade que aqui botou os olhos. Este amor vem de longe, primeiro por Quilombo, trazido pelos meus pais, depois quando descobri Águas Claras e depois suas praia que, na comparação com tantas outras, as administrações souberam dignificar e hoje, uma das mais belas do interior paulista. Alguns anos atrás procurei a então representante da Cultura local, Sueli de Oliveira Camargo Amorim e junto de uma pessoa que, hoje a homenageio, pois foi quem me incentivou a procura-la. Ele foi vereador na cidade e hoje não está mais entre nós, o Muchacho. O pontapé inicial para este livro foi dado ali, depois os anos se passaram e quando os editais federais foram abertos, me inscrevi. Falei com a Sueli, conheci o professor e diretor de escola municipal, o parceiro Cleinton Basílio e juntos, num auxílio primordial, pois sem eles o projeto não seria levado adiante.

Por fim, a proposta foi tão bem apresentada e ganhei o edital. Que baita trabalho. Eu já conhecia algo presenteado a mim pela Sueli e tomo conhecimento de outras obras e escritos históricos sobre Iacanga. Me debrucei sobre eles, convidei participar comigo, o publicitário e homem da Comunicação Roberto Pallu. Eu não queria fazer somente um livro, pensava também num documentário. Eu, historiador e Pallu homem de comunicação e expert em áudio visual.

O passo seguinte foi a leitura do que já havia sido publicado. Em resumo, cinco obras tive como fonte para, através delas, juntando tudo, poder conseguir chegar num resultado satisfatório. Cito todas:

- o livro “O município de Iacanga 1850 – 1963”, do memorialista Joaquim Caldas de Souza. Levei este livro, impresso como uma revista, grampo no meio;

- a monografia de graduação “Educação Ambiental na praça Evaristo de Macedo”, do Fernando Augusto Tambelini, texto de 2004, com observações históricas muito relevantes;

- a dissertação de mestrado da professora Rosemeire Palhares, “Formação Educacional em Iacanga – Saga e Letramento no sertão paulista nas páginas da Tribuna Liberal – 1910-1964. O trabalho é de 2016, joia rara, com detalhes muito úteis;

- o livro “Iacanga resumo de sua História – adm. 1960/63 e 1989/92”, do pesquisador Eduardo Garcia dos Santos, nos apresentando as entranhas de vários momentos da cidade e por fim

- os textos publicados no saudoso jornal “A Tribuna Liberal”, com artigos e textos assinados nos mais diferentes momentos, desde 1932 em diante. Que belo jornal, importantes registros de Humberto Basso.

Tivemos outros, com mais ou menos importância. Todos citados na referência do livro e peças chave no contexto geral. Mais que tudo, com o auxílio imprescindível de duas pessoas, ambas funcionários públicos municipais, Sueli e Cleiton. O arquivo de fotos dessa Prefeitura, disponibilizados pela Sueli é algo mais do que uma preciosidade. E depois o conhecimento e interesse do Cleiton, em intermináveis conversas e ideias. Na junção disso tudo, das leituras, conversas, palpites, indicações e conversas outras com populares nas ruas e em entrevistas, conseguimos finalizar o texto final.

E assim a cria foi parida e hoje aqui é lançada. O livro está aí, mais um a contar algo da história desta cidade. Nenhum obra é definitiva. Tudo é parte de uma grande obra. Esperamos ter contribuído para a melhor compreensão dessa rica história. Torço para, muito em breve, outros textos surjam e desvendem mais detalhes tudo o que representa essa cidade. Creio ter conseguido cumprir a missão a mim conferida. Que este “IACANGA CIDADE CENTENÁRIA”, se junte aos demais já existentes e conquiste lugar de relevância dentro dos tantos dispostos a pesquisar e revelar essa história. Obrigado a tudo, todas e todos.



DIÁRIO DE CUBA (261)


NOVAS FRENTES DO CAIXOTE LITERÁRIO SE ESPALHANDO CIDADE AFORA*
* Este texto faz parte da publicação referente ao dia 25/11/2025, feita um dia após. O faço como extensão de um provável "Diário de Cuba", onde junto algo sobre das dificuldades de se tocar um país na contramão do mundo capitalista, neoliberal e fascista. A resistência cubana tem muito a ver com tudo isso. Me espelharei sempre no que fazem e como resistem por mais de 60 anos, com o Império nos calcanhares, lhes tolhendo a liberdade de existir.

Eu e Rose Barrenha somos do time dos que não sossegam o facho. Ela, às vésperas de uma longa viagem internacional, quando vai passar dois meses na Europa, aos cuidados das neta Giovanna, a abrigando na Itália e arreadores, podia estar cuidando dos detalhes do que virá pela frente, mas não, pelo contrário, faz questão de continuar investindo boa parte de seu tempo em ações comunitárias. A minha e a dela tem a ver com essa questão de ver livros sendo repassados adiante e chegando nas mãos de quem se interessa por leitura. A ideia dela, encampada por mim, quando seguimos abraçados e irmanados juntos na expansão do projeto do CAIXOTE LITERÁRIO continua.

Depois da Emdurb, com a interminável reforma no terminal rodoviário e interrupção distribuição livros aos usuários do local, inauguramos hoje, terça, 25/11, mais um lugar para levar livros para a população. Desta feita, após seus contatos imediatos de todos os graus, Rose e eu estivemos na manhã desta terça implementando mais um caixote lá no movimentado Posto de Saúde do bairro Geisel. Recepcionados pela excelente diretora da unidade, a Débora, também devoradora de livros nas horas vagas, já em funcionamento mais destes lugares, considerados exóticos por alguns, mas de intensa movimentação. Foi colocarmos a caixa de livros sobre o balcão para dar início a muitos se levantando da sala de espera cheia e em busca de algo mais além desse negócio de só batucar celulares.

Rose viaja semana que vem e estarei à frente deste e de outros projetos, todos envolventes neste treco denominado, levar o livro para as mãos das pessoas. O fluxo não pode ser interrompido. Vivemos tempos quando se observa muita gente se desfazendo de suas bibliotecas particulares e assim sendo, continuamos recepcionando livros e os direcionando para ações deste tipo. Num momento quando, no mesmo bairro a antes movimentadíssima biblioteca ramal do Geisel deixa de funcionar junto aos munícipes, mais um Caixote é fincado, ali quase ao lado. Uma porta se fecha e outras irão sempre surgir e despontar no horizonte. Lá no Posto de Saúde do Geisel só mais uma dessas possibilidades. Nos próximos dias, antes dela viajar, mais um destes locais, portanto, quem tiver livros em bom estado e quiser nos repassar, damos nosso jeito, buscamos e o distribuimos pela aí, sempre com aquela esperança de que, a leitura continuará salvando a humanidade deste treco desumanizador querendo se impor sobre nós. Resistir é preciso.

COMO É BOM A GENTE SER LEMBRADO...
Sou um velho contador de histórias. Gosto de procurar pessoas e delas extrair relatos, depoimentos. Guardo a maioria deles. Tiro também fotos e as publico. Escrevo com a mesma intensidade que tiro fotos. Os critérios são os meus. Creio, em muitas vezes acerto. O gostoso disso tudo é que, com o passar dos anos, passei a ser procurado por alguns e não me furto em atender a todos. Ainda mais agora, que tenho mais tempo.
Dias atrás, o telefone toca e por detrás uma jovem estudante da Unesp, 1º Ano de Jornalismo. Elas estão finalizando o seu primeiro trabalho de cunho jornalístico, escolhendo um tema instigante, os grandes assassinatos destas plagas e sem solução. Ficaram com o mais famoso, o da jovem Mara Lucia, ocorrido em 1970 e até hoje, mesmo identificados, seus assassinos, nunca condenados. Outros casos ocorreram por aqui, este só um deles.

A jovem é LETÍCIA AGUILAR e com ela, sua colega e amiga, SOFIA LAGRECA, neta da grande amiga, a grande dama viva do nosso teatro Dulce Lagreca. As recebo aqui no meu Mafuá, entre livros e algum pó, pois estava a arrumar estantes. Conversamos muito sobre Bauru, principalmente de ontem. Precisamente sobre Mara Lucia falo pouco, pois sei o que já publiquei no meu blog. Ao longo dos anos, conversei muito com o pai dela, pelo menos durante o tempo em que manteve alguns sebos na cidade. Acabei de ler o livro escrito pelos memorialistas de Santa Cruz, muito bom por sinal, todo baseado nas investigações policiais.

Minha contribuição foi sobre se tinha alguma lembrança da época, a comoção na cidade. O que posso me lembrar de algo quando tinha 11 anos? Pouca coisa. Digo que, o que mais senti, no caso, as proibições de meus pais de permanecer mais tempo nas ruas, pois na época vivíamos nas ruas, intermináveis brincadeiras. E quando passando pela casa onde ela morava e a que foi assassinada, me diziam: "Foi aqui". No mais, muito tempo depois, o que li por aí e até do seu túmulo, muito visitado, até com pedidos de milagres. Aproveitei para falarmos de outros, o dos jornalistas Montenegro e Benedito Requena - até do Pelezinho. Enfim, mudamos também de assunto e parlamos muito sobre Bauru.

Fiz o que gosto, conversei, contei algo, ouvi outro tanto e assim, como estava separando livros e os organizando, achei mais de uma dezena de repetidos, pedindo para cada uma escolher dois dentre estes. Sairam com mimos deste velho bardo e dentre estes, como fazem jornalismo, um deles foi o escrito pelo Carlito Maia, "Vale o Escrito", com suas crônicas e tiradas. Delirei quando uma delas o escolheu. Disse o que sabia do Carlito, estimulando-a para a leitura. Pelo visto saíram contentes e confesso, contente fiquei, enfim, lá se foram algumas horas de incentivo para quem está começando nessa profissão. Elas precisam ter muito estímulo para não cairem na vala comum da prática hoje do jornalismo de cadeira, o que escreve sem ir atrás da fonte, do fato e de não sair defronte do computador. Tomara tenha ajudado em alguma coisa.

HPA NO "CONVERSA DIÁRIA" NA TV CANAL BRASIL TV PREVE BAURU - Eis algo mais deste briguento mafuento, irriquieto cidadão, que vez ou outra é convidado para externar o que vai pela sua cabeça. Esse programa, o Conversa Diária é constituído de gravações curtas, 30 minutos cada, onde gente daqui conta algo de sua trajetória, de forma rápida, leve e sensível. A cada dia um novo personagem, uma nova história, abordagem diferente de como tocar a vida, com a batuta de Mara Carvalho. Ela faz pela TV, o que de certa forma faço com meu Lado B - A Importância dos Desimportantes. Isso de contar histórias, revelar e apresentar pessoas e suas particularidades é instigante, provocador e também gratificante. Diante da minha história ali contada, provocada pelas perguntas da entrevistadora/jornalista, me coloco no lugar de tantos outros que ali estiveram. Para mim, muito mais do que uma informação préconcebida, eis uma forma de se mostar e de ser visto, ao estilo "conversando a gente se entende", ou seja, quem tem algo a mostar que o faça nestes 30 minutos. No Lado B são aproximadamente 60 minutos, uma hora. Cada qual, possui sua importância e é dela que extraio algo deste néctar para continuar tocando o barco adiante. No link abaixo a minha história e vasculhando o site da TV, a de tantos outros, assim como eu, já passamos de mais de 100. E continuamos, enfim, parar por que?
A antiga TV Preve, hoje Canal Brasil TV: 
https://www.youtube.com/watch?v=TIMoizha-PQ

JUSTIFICATIVA HISTÓRICA, RIR PRA NÃO CHORAR - HAGAR QUE O DIGA...
Diante dois golpistas de hoje com a mesma esfarrada desculpa, vemos como a vida imita a arte, deslavadamente, descaradamente e despudoradamente.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

REGISTROS LADO B (132)


HOJE, 24/11, 18H, O 132º LADO B, DESTA FEITA A CONVERSA SERÁ COM DIRCEU MOSQUETTE JUNIOR - VAMOS CONHECÊ-LO JUNTOS?

Uma prosa é uma prosa. Eu, o mafuento HPA, gosto muito de prosear, mas só com quem tem boas histórias para contar e possui histórico de resistência e de luta. Daí, a conversa deslancha e se bobear, não para mais. Li agora numa matéria numa revista: “Uma boa entrevista é na maioria das vezes, uma boa conversa entre pessoas que partilham de interesses em comum”. Se repetem que conversando é que a gente se entende, essa a proposta destes LADO B – A IMPORTÂNCIA DOS DESIMPORTANTES, chegando neste momento em sua 132ª edição.

Para este papo trago DIRCEU MOSQUETTE JUNIOR, alguém que, confesso, conheci aqui nas redes sociais, mas precisamente em minha página. Ele, como eu, é do time dos que não ficam quieto e acabam se manifestando aqui e ali, principalmente quando diante de observações tacanhas, sem sentido e feitas continuamente. Fazemos parte do time dos que não possuem mais medo de colocar o dedo na ferida. Após ler seus comentários, quis conhecer pessoalmente seu autor e dando continuidade nessas prosas feitas por aqui, eis que o convido e, é claro, vamos conhece-lo melhor antes de tudo.

Lá na página virtual dele – ele tem duas -, a apresentação é feita em grande estilo: economista, pedagogo, historiador e genealogista. Vamos ver se em uma hora a gente consegue dar conta de descrever algo de cada uma delas. Ele, aos 64 anos, aposentado, morador no jardim Silvestre, ao lado do Mary Dota, onde possui uma ampla casa de aluguel para festas. Passa um bom tempo cuidando da mesma - de um velho cão branco e das netas - e lendo, escrevendo, observando o mundo e dando seus pitacos. Suas histórias são envolventes, como a de quando, aos 18 anos foi prestar o Tiro de Guerra e um sargento pegava no seu pé, pelo simples fato de descobrir que ele gostava de ler, taxando-o de comunista. Como desconhecia o que vinha a ser isso, foi pesquisar e pelo jeito gostou. Hoje, olhando lá para trás, enaltece o tal sargento, pois este lhe abriu uma porta para compreender e se aprofundar melhor nas coisas deste mundo.

A partir daí, contaremos de suas andanças, os estudos todos e a caminhada profissional. Muito interessante conhecer seu interesse pela arvore genealógica de sua família, com ramificações no potiguar Jerônimo de Albuquerque, figura importante no Nordeste brasileiro, 8 filhos, casado com uma índia. De sua pesquisa chegou em algo em torno da Idade Média, motivo de muita escrevinhação, num livro que está no prelo, quase pronto, desvendando também parte significativa da origem de tantos que vieram de terras europeias. Dirceu foi bancário por bom tempo, depois ganhou o mundo como vendedor, chegando até ser Agente de Saneamento da Vigilância Sanitária em Bauru, seu único emprego público.

E paralelo a isso, a inquietação e o inconformismo de como o Brasil foi se deixando levar por um lado que o devastou, ou seja, ao invés de trilhar caminhos saudáveis e salutares, preferiu os descaminhos. Ele, hoje lá de sua trincheira é voraz no uso de seu megafone. Como quem age da mesma forma, pena pelo uso que faz, defensor do pleno Estado de Direito e de instituições fortes e soberanas. Recebe a reação dos vendilhões, bestas do apocalipse, que sem noção e nenhum aprofundamento teórico, taxam todos que se opõem ao que pensam como esquerdistas, lulistas e comunistas. Com isso, também histórias para contar. Ou seja, na reunião disso tudo, o DIRCEU estará aqui hoje, 24/11, 18h, nessa prosa comigo, através do meu Facebook. Convido a tudo, todas e todos. Vamos juntos? A intenção é que ninguém se arrependa.

Eis o link da gravação, 1h de boa prosa:

EIS O 32º LADO B - A IMPORTÂNCIA DOS DESIMPORTANTES, COM ALGUÉM MUITO BOM DE PROSA, DIRCEU MOSQUETTE JUNIOR
Quer uma prosa gostosa e cheia de novidades? Eis o proposto nessa exata uma hora, onde ele além de contar de suas origens, fala dos tempos da Vila Perroca, o Tiro de Guerra, os estudos, o primeiro emprego, depois o deslanche como vendedor, a formação acadêmica e um assunto no qual ele hoje se dedica com afinco, desvendando sua árvore genealógica. Quando descreve disso, ele vai fundo, chegando até primordios europeus de antanho. Na mesa um catatau com mais de 600 páginas sobre a história de Jerônimo de Albuquerque, maranhense aqui chegando para comandar uma Capitânia Hereditária, casando com uma índia e tendo com ela oito filhos. Da descendência dele, seguiu seus passos europeus e isso rende uma longa história. E por fim, quando a conversa vem para os tempos atuais, seus posicionamentos incisivos, publicados pela mídia local, sempre com a reação da parte conservadora bauruense. Concluímos com a situação do Brasil com Lula e o que poderemos ter pela frente. Vale muito a pena ouví-lo. Dirceu Mosquette Junior tem boa argumerntação para sustentar o que fala e assim a prosa renda, vai longe. Vejam, depois me contem o que acharam.


domingo, 23 de novembro de 2025

RETRATOS DE BAURU (309)


AEROCLUBE DE BAURU CORRENDO RISCO, JULGAMENTO OCORRE EM 02/12
Nos noticiários destas plagas, o Automóvel Clube, imponente edificação histórica de Bauru, está sendo colocada à venda. Ela já foi utilizada pela administração pública municipal, mas o abandonaram e hoje, fechado e esquecido. Ser colocado à venda pode não ser assim tão ruim, desde que surja um interessado com boas intenções e não queira bater de frente com as transformações necessárias para sua reabertura. O Automóvel é um imóvel tombado e a perdição mesmo se deu quando a atual alcaide resolveu não mais ter o imóvel para utilização pela Cultura. Suéllen é insensível para tudo o que se relaciona com Cultura, daí preferiu ver o imóvel se deteriorar do que negociar uma condição boa e continuar o alugando. Creio eu, patrimônio histórico não lhe diz nada.

Escrevo isso e venho para outro imóvel tombado na cidade, o AEROCLUBE, localizado com seus hangares e uma importante área ainda sendo utilizafa como aeroporto para aeronaves particulares e eventos outros no local. Essa área, como se sabe, é uma espécie de coqueluche, rainha dos olhos da especulação imobiliária. Essa, nem pensa em algo girando no entorno de preservação de patrimônio histórico e cultural. Seu negócio é lucro, só isso e nada mais. Não enxergam nada mais diante dos olhos. E daí, aquela imensidão de área podendo ser utilizada num breve futuro pára loteamentos múltiplos e variados.

Existe, como se sabe, desde um bom tempo, uma contenda entre os antigos proprietários da área e a Prefeitura Municipal. Já faz tempo tudo foi encaminhado para ser resolvido pela Justiça, pois amigavelmente se tornou impossível. A atual direção do Aeroclube está dividida e existe um sério movimento inviabilizando a comercialização da área. A Prefeitura, através da alcaide Suéllen Rosin está à frente de fazer o possível e impossível para vender tudo. Segundo a Prefeitura, a área é de sua propriedade e assim sendo, quer a liberação para passar logo nos cobres. Pelo que se sabe e fui hoje informado por um advogado envolvido na questão, a Justiça decidirá acontenda no dia 02/12. Suéllen e a especulação imobiliária aposta tudo para vender tudo e fazer caixa.

O entrave é grande e pode melar tudo. A decisão pela liberação da área e sua venda, favorecendo a especulação pode ser contemplada, mas quem investir dinheiro ali pode se ver em futuros problemas. Sabe-se que, o caso foi levado à Justiça e o Aeroclube não produziu reunião dos seus pares, com decisão tomada. Não existe ata neste sentido, ou seja, existe irregularidades e essas podem inviabilizar investimentos. A pergunta que não quer calar é: E se um Cartório pedir lá na frente a Ata comprobatória da liberação para venda? Isso não existe. Ou seja, será que esse acordo levado para Justiça dará registro da área para quem nela investir? Tudo poderá ser um dinheiro jogado fora (toc toc toc). Enfim, por mais que o tema já tenha sido discutido, não existe consenso de sua propriedade. As brechas para melar são fortes e podem interromper a vontade da alcaide em fazer dinheiro e a especulação imobiliária em ganhar muita grana com os tais investimentos.

Se a área for vendida, mesmo embargada, a cidade poderá perder uma de suas áreas históricas de maior importância. Vivemos num mundo onde respaldados por este tal de PROGRESSO, fazem de tudo em seu nome, até se desfazer de áreas nobres. O AEROCLUBE vive este drama e se nada for feito, muito em breve, a cidade pode estar dizendo adeus para mais um de seus mais ricos patrimônios históricos.


outra coisa, mas do mesmo quilate
ENFIM, CAFEO QUER ESCONDER O QUE? QUAL O SEU LADO? SERÁ QUE JOGA PRA FAVORECER O LADO DO MERCADO ENVOLVIDO NA FALCATRUA? NÃO DÁ PARA ACREDITAR
OBS.: Ultimamento, compartilho tudo o que encontro do Fernando Redondo por aqui, tanto o texto, como as ótimas ilustrações. Na junção de ambos, sempre algo muito contundente e ótimas reflexões. Já se tornou leitura obrigatória.

Antes de começar, peço licença ao distinto economista Reinaldo Cafeo — esse profeta cotidiano do “fim iminente” na 96FM. Porque, convenhamos: quando o tema é inflação, gasolina, dólar, juros, café, o fracasso da COP, o preço do vestido da Janja, a inflação que “quer voltar”, o PIB que não sobe porque não quer, a marca da cachaça do Lula, o preço da cebola ou qualquer espirro que possa ser interpretado como “estatismo” da Esquerda, o homem vira um vulcão em erupção. É comentário para todo lado: indignação, alerta apocalíptico, previsão de colapso — falta só tocar a trombeta do Apocalipse. Mas basta o assunto envolver o maior escândalo financeiro-político da década — fraude bilionária, rombo em banco público, privatização turva, pastores milionários, presidentes do centrão como Antonio Rueda e Ciro Nogueira (este último, aliás, o queridinho da Faria Lima), todos operando para proteger o banqueiro do momento, além de governadores bolsonaristas e um projeto de lei que, adivinha?, tenta esvaziar a Polícia Federal — aí o comentarista silencia. Some. Evapora. Desaparece como um índice econômico que não convém mencionar.

Mas tudo bem, professor. Se precisar, eu desenho.
O enredo do Caso Banco Master é simples — simples como R$ 12 bilhões evaporando dos cofres públicos. O banco, comandado por Daniel Vorcaro e Augusto Lima, criou e vendeu carteiras de crédito inexistentes para o Banco Regional de Brasília (BRB) como quem vende terreno no céu. O Banco Central viu o circo pegando fogo e decretou liquidação extrajudicial. A PF prendeu executivos, bloqueou bens, abriu inquéritos. É o tipo de crime que não dá para culpar o “menor infrator”. Aqui não é “bandido de fuzil”. É bandido de planilha. E planilha, como sabemos, costuma ter CNPJ de colarinho branco.

Agora, vamos aos personagens desse romance realista cuja moral todo mundo já sabe, mas que alguns teimam em ignorar. No centro da teia, o maior doador pessoa física das campanhas de Bolsonaro e Tarcísio de Freitas em 2022: Fabiano Zettel, pastor da Igreja Bola de Neve, investidor, gestor de fundos — e, veja só, cunhado de Daniel Vorcaro, o dono do Banco Master. Coincidência? O Brasil está cansado de coincidências.

Essa árvore genealógica de conveniências não para aí. No governo Bolsonaro, figuras como o então ministro João Roma abriram as portas dos programas sociais para o CredCesta — um cartão consignado, superfaturado em taxas, administrado por empresas do ecossistema Vorcaro-Lima. Ônyx Lorenzoni, por sua vez, como ministro da Cidadania e depois da Previdência, também ajudou na expansão do produto. Não houve ilegalidade formal — só aquela velha receita brasileira: misturar política, crédito consignado e gente interessada em lucrar com a miséria dos outros.

A trama se espalha como mancha de óleo. Na CPI do INSS, o Banco Master aparece toda hora: depósitos suspeitos, intermediações esdrúxulas, operações cruzadas entre empresas e entidades religiosas. O deputado Silas Câmara, da Frente Parlamentar Evangélica, é citado como figura-chave nesse ecossistema onde familiares circulam entre igrejas, empresas e estruturas políticas. Não é perseguição religiosa. É só a PF querendo saber por que tanto pastor virou operador financeiro.

E os governadores bolsonaristas? Ah, esses são capítulos à parte. Ibaneis Rocha (DF) viu o BRB, banco controlado pelo seu governo, servir de palco para R$ 12,2 bi em operações suspeitas do Master. Cláudio Castro (RJ) permitiu que o Rioprevidência aplicasse R$ 1 bilhão em fundos ligados ao banco, mesmo com alertas do Tribunal de Contas.

Mas é em São Paulo, na gestão Tarcísio de Freitas, que a coisa toma contornos pedagógicos. O mesmo Fabiano Zettel, cunhado de Vorcaro, foi um dos maiores doadores da campanha do governador. A matemática política, mais uma vez, é interessante. E a aula de risco sistêmico veio com a primeira privatização do governador carioca, privatizar as pressas a EMAE (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.). Tarcísio vendeu a estatal. O fundo Phoenix FIP, da constelação de Tanure e Ambipar — que orbita o ecossistema do Banco Master —, levou a empresa. E então, a EMAE, agora privada, aplicou R$ 140 milhões em CDBs do Letsbank, banco do Grupo Master. Quando o BC decretou a liquidação, o dinheiro travou. Travou bonito. Tarcísio não criou a fraude, mas celebrou a privatização e entregou a empresa a um grupo que orbitava o Master. Isso não é culpa. É consequência.

E eis que, no momento exato em que a PF chega perto demais do núcleo desse ecossistema, surge um presente de grego: o PL Antifacção. O governo Lula enviou o projeto para endurecer o combate ao crime, mas quem o relatou na Câmara foi Guilherme Derrite, deputado bolsonarista e secretário de Segurança de Tarcísio. E o que Derrite fez? Tentou retirar recursos da PF, restringir investigações de fluxos financeiros — justamente o tipo de operação que desmonta esquemas como o do Master — e chegou a propor subordinar a PF aos governadores. O Ministério da Justiça chamou a proposta de “presente de Natal às facções”. Presente de Natal e Panetone. Derrite recuou no trecho mais grotesco sob pressão, mas o texto que sobrou ainda asfixia a PF. E Tarcísio? Chamou isso de “vitória do povo brasileiro”. Vitória para quem? Para o contribuinte? Não. Para a PF? Menos ainda. Para o sistema financeiro que orbitava o Master? Aí, meu amigo Cafeo, você desenha: é só ligar os pontos.
A postura de Lula é infinitamente diferente da de Jair Bolsonaro. Jair é um bosta...

O caso Banco Master não é sobre “um banqueiro ladrão”. É sobre um ecossistema político-financeiro que cresceu sob o guarda-chuva do bolsonarismo, irrigado por pastores, fundos exóticos, presidentes de partido como Rueda e Ciro Nogueira, governadores aliados e privatizações opacas. E justamente quando a PF chega perto, a solução encontrada é tentar amarrar suas mãos com uma lei. É o capitalismo de compadrio se blindando com roupagem de “segurança pública”.

Mas tudo bem. Se a 96FM ou seus patrocinadores não te permitir falar de um rombo bilionário que envolve a Faria Lima, empresas, pastores, privatizações, governadores, fundos de investimento e investidas legislativas para desidratar a PF… eu falo. Eu desenho. Porque o que a extrema direita e o bolsonarismo tentou esconder atrás do Banco Master não é “ideologia”. É dinheiro. É poder. É controle.

e para lacrar a tampa do caixão
INEVITÁVEIS COMPARAÇÕES
E a PF, quando chega perto demais, vira alvo de projetos que fingem combater o crime, mas que, na prática, servem para proteger os donos do jogo: banqueiros bilionários como Vorcaro, operadores do centrão como Rueda e Ciro Nogueira, governadores alinhados que orbitam esse ecossistema e todos aqueles que transformaram o Estado brasileiro num negócio particular. São leis travestidas de “segurança pública” que não protegem o cidadão — protegem o sistema. E o sistema sabe muito bem quem não pode ser investigado.
Fernando Redondo / Jornalismo Independente

Lula tinha 72 anos quando foi trancafiado em uma sala da polícia federal por 580 dias. Em um primeiro momento, ficou quase em uma solitária. Não vi a direita manifestar qualquer preocupação humanitária na época! Pelo contrário, só ouvi escárnio e maldade da boca dos seus líderes. Mas é na prática , não no blá-blá-blá, que cada um mostra quem é. Lula não alegou idade, não pediu prisão domiciliar, não fugiu, não buscou qualquer embaixada, não se rebaixou, não se humilhou, não chorou em público, não soluçou. Mais tarde, quando lhe ofereceram ficar em casa com tornozeleira, disse que só sairia quando o judiciário revogasse a prisão. Ou seja, não tentou danificar uma tornozeleira para fugir. Na verdade, nunca aceitou usar uma tornozeleira! E aí está. O tipo que se vangloriava de "histórico de atleta" e debochava dos mortos pela covid (nunca vou esquecer disso!), se rebaixa e tenta apelar para os seus 70 anos e sua "saúde frágil". Aquele que a direita inventa de chamar de "cachaceiro", está forte, vendendo saúde, fazendo um grande governo. É na prática que a gente vê a diferença entre a fibra de um líder-estadista e a enganação de um demagogo pusilânime. José Augusto Pádua.

sábado, 22 de novembro de 2025

DICAS (263)


HOJE SÓ POSSO FALAR DE UMA COISA: A JUSTA PRISÃO DO BOLSONARO

FINALMENTE
Bolsonaro, a essa altura, é um entulho já descartado pelo sistema, página mais do que infeliz de nossa história. Ele é carta fora do baralho, o golpismo, infelizmente não, porque continua muito ativo e em constante mutação. Vivo e aloprado. Todo cuidado é pouco. Os loucos continuam soltos, babando pelas esquinas, prontos para nos apunhalar, enjaular e se possível, eliminar. Não pensarão duas vezes se a oportunidade surgir. Hoje, portanto, quando o líder golpista, seguidos comprovados crimes, vai preso para sede da Polícia Federal, nada como comemorar. Hoje sim é grande dia, para estarmos bebendo uma, unidos lá no Bar do Genaro, vila Falcão. Aguardo a convocação. Garganta precisa ser aliviada. Me convoquem...HPA, mais feliz nesta manhã de sábado, Bauru SP, 22 de novembro de 2025.

PRENDER BOLSONARO FOI ATÉ FÁCIL, DIFÍCIL SERÁ ANIQUILAR O QUE ELE DEIXOU PLANTADO E EXTORQUINDO O PAÍS, ISSO ESPALHADO PELOS QUATRO CANTOS
Tento escrever algo após este intenso dia de sábado, quando o país amanhece com a notícia da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele já se encontrava detido, prisão domiciliar, mas pelo nesta manhã, 6h, a Polícia Federal o leva para suas instalações. Este homem fez muito mal ao país e o conjunto de sua obra é o descalabro deste país. Existe como prova de seus continuados delitos, uma infinidade de provas. Mantê-lo preso se faz necessário, pois trata-se de elemento perigos. Dentre seus males, o de ser golpista, talvez seja o de menor envergadura. De sua boa só saem impropérios, algo destrutivo e negativo. Prega a destruição das instituições, tudo para fazer vingar a sua forma ditatorial, entreguista e perversa de governar. O país governado por ele nos quatro anos quando foi presidente, não teve nenhum avanço prático em nada de positivo. Só retrocessos. Crime em cima de crime.

Hoje ao sabe-lo preso, a primeira reação é positiva. Pelo conjunto da obra, a prisão se faz mais que necessária. Enquanto vemos Lula governando o país pensando em algo produtivo, sendo, fazendo e acontecendo mundialmente, este nada fez neste sentido. Estávamos nos transformando num país de párias, dependência total para com nação estrangeira. Bolsonaro não é somente um irresponsável submisso. Trata-se de um vendilhão da pátria e de tudo o que encontrar pela frente, desde rachadinhas, como joias. Após sua ascensão, junto dele, tomamos conhecimento da abertura para o que de pior temos em nação de brasileiros comprometidos com o descalabro. Hoje, Bolsonaro é carta fora do baralho, mas para os que ele possibilitou espaço, estes continuam pela aí, dispostos a entregar o país de bandeja.

Sim, estou feliz, aliás, muito feliz. Demos uma volta e conseguimos se manter vivos. Não foi fácil nos quatro anos com ele no poder, como seria impossível se conseguisse fazer vingar o golpe. Hoje nem estaríamos aqui. A truculência imperaria e se hoje, o país está rodeado de milicianos, como crime organizado querendo impor suas regras, talvez estivéssemos num caminho sem volta, sem lei e num vale-tudo, onde o que imperaria seria a vontade dos sem noção. Escapamos disso, infelizmente, talvez momentaneamente. A perversidade continua vigente, vide a ação dos parlamentares de Brasília e mesmo, das composições de nossas Casas Legislativas municipais. Com ele, despontou um bando de aloprados e inconsequentes. Estes continuam dando as cartas pela aí e fazendo impor barbaridades administrativas.

A prisão de Bolsonaro é só mais uma etapa de uma intensa luta contra o fascismo, as aberrações ainda em curso. O que Derrite foi executar em Brasília faz parte dessa aberração ainda não vergada. O que Suéllen fez ao trazer uma secretária para o Meio Ambiente, só com a intenção de promover a terceirização do lixo é outro exemplo. Tudo isso faz parte do amplo plano de ir passando a boiada, mais e mais, enquanto puderem e existir espaço. Contê-los pelo voto é o modo democrático, mas algo precisa ser feito para contê-los com a pressão popular e uma ação do Judiciário, rápida, precisa e a restabelecer a normalidade. O caso do afastamento do até então prefeito de Sorocaba é um ótimo exemplo. Muito agem igualzinho a ele e ainda nos governam. Estes precisam ser contido. Chegaram com o advento Bolsonaro, que lhe deu força. No conjunto da obra, existe muito ainda a ser feito. Nenhum minuto de fola, esmorecimento ou fraqueza. O momento é de confronto, algo como uma guerra, pois os malversadores estão pela aí, aprontando e se locupletando, agindo pelas brechas. Tem muito mais gente para ser indiciada, julgada, condenada e presa neste país. Basta olhar para os lados e veremos muitos destes em plena ação.

COMEÇANDO OS TRABALHOS - O BRASIL PARARIA SE BOSTONAURO FOSSE PRESO, PAROU...
Alguém precisava ir para as ruas estravazar algo da incontida alegria deste dia. Muitos o fizeram, variadas formas e jeitos. Eis aqui uma delas, quando grupo se reuniu para um coletivo churrasco lá no Bar do Genaro, reduto bauruense de concentração do pessoal da esquerda bauruense. Em algumas fotos demonstro como tudo se deu: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/pfbid02GHaiXAwzqfSNbdLwDeaHky8h1t6jFPE71SrJJc7F5ZH9hAq2MoyPZS9TzTKrnYEJl?locale=pt_BR

O FÉRETRO PASSOU POR AQUI...
Um caixão e o falecido, ou seja, o detido sendo devidamente lembrado, homenageado e fazendo parte do funesto cortejo: