quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

UMA FRASE (30)

ELKE MARAVILHA E CHARLES DARWIN
Chegar tarde em casa, após um dia de estafantes viagens por esse interiorzão, um show com sambas e marchinhas homenageando Carmem Miranda, algumas cervejas na cabeça, não vai dar para grandes aprofundamentos. O corpo pede cama. Tenho que ser rápido. Reproduzo aqui algo que li e fiz questão de anotar, uma frase solta, de um texto que li no mês passado sobre a trajetória de Elke Maravilha. A frase é dela e como anotei, reproduzo aqui:
"Tem gente que é tão pobre, tão pobre, tão pobre que só tem dinheiro".
E para completar, nada melhor do que citar algo de Darwin, diante do seu bicentenário. A citação vai em espanhol, a língua do nosso continente, como a encontrei:
“Antes pensaba que hay magnificencia en esta concepción de que la vida, con sus variadas posibilidades, fue alentada originariamente por Dios, pero más tarde dejé de creer en esa posibilidad y ahora pienso que la Naturaleza sola se basta y se sobra.”

2 comentários:

Anônimo disse...

Na semana em que se comemora os 200 anos do nascimento de Darwin, não faltaram também os tradicionais ataques ao homem que ajudou assim como Marx, Einstein e outros a reconciliar a humanidade com a vida, sobrou criticas do Bentinho do Vaticano as teorias evolucionistas.

O papa afirma que a teoria darwinista da evolução não pode ser provada completamente porque as mutações ao longo de centenas de milhares de anos não podem ser reproduzidas em laboratório.?

Como todo bom líder religioso Bento XVI se faz de obscurantista. Afinal, caso admita publicamente a história da própria Igreja que lidera ele seria obrigado a reconhecer que a evolução é uma constante não só biológica, mas histórica.

A Igreja tem 20 séculos, 13 dos quais durante a Idade Média. A grande maioria dos Papas medievais foram senhores da guerra sanguinários, corruptos, dissolutos, hipócritas e amantes do poder, dinheiro e glória terrenos. Bento XVI se apresenta sempre piedoso e humilde, portanto, certamente pode ser considerado mais evoluído que seus predecessores. Portanto, ao invés de atacar Darwin ele deveria "orar" no tumulo do cientista para que todos os outros cientistas fossem tão metódicos e corajosos quanto o inglês.

O grande laboratório dos cientistas é a natureza. Dela eles retiram os fatos. Ao contrário do que Bento XVI afirma, a prova da evolução existe. Mas está nas coleções arqueológicas e nas observações do passado e presente das espécies, não nas obras teológicas lidas e relidas pelo Papa. Lidas e relidas como se fossem verdadeiras, muito embora não passem de metáforas toscas elaboradas com base numa cosmologia e naturalismo ultrapassados.

A ciência abriu grandes dimensões da razão, e nos trouxe novas percepções.

Bento XVI defende a prevalência do dogma em razão da dúvida. A dúvida, entretanto, nunca foi a matéria prima da teologia. A teologia se nutre de dogmas. Quem sistematicamente duvida das observações e conclusões próprias e alheias não é teólogo, mas cientista.

Ao contrário da teologia a ciência não se configura num sistema de idéias fechado e não sujeito à crítica. Os teólogos, mesmo os mais libertadores (como o Leonardo Boff, calado pelo próprio Hatzinguer há algum tempo) se curvam ao peso da autoridade dos argumentos de seus predecessores ou acabam sendo literalmente censurados caso não se submetam à hierarquia religiosa que defende a ortodoxia. Nada na ciência é ortodoxo, imutável. Os métodos de pesquisa, instrumentos de análise e, principalmente, as conclusões dos cientistas estão sempre se renovando.

Os mitos científicos existem, mas estão sempre sujeitos à renovação. Já os mitos religiosos resistem à mudança. Os cientistas são estimulados a duvidar e pesquisar. Os teólogos são obrigados a usar métodos obsoletos de tratamento do conhecimentos teológico e mundano.

Centenas de milhares de páginas foram escritas pelos teólogos cristãos. Mas eles não apresentaram uma única prova irrefutável da existência de seu Deus. Nem mesmo provaram que existe um Deus.

Ao longo da história humana centenas, talvez milhares, de deuses nasceram e morreram. Alguns deles ainda são cultuados. A idéia do divino é eterna, mas os deuses são adorados por um tempo determinado. Os deuses perecem quando as civilizações onde foram criados são destruídas, conquistadas ou simplesmente desaparecem.

Todas as grandes mitologias trazem explicações para a criação. Durante algum tempo tais explicações foram psicológica e politicamente úteis, mas nenhuma delas pode ser considerada verdadeira. O mesmo pode-se dizer do mito judaico-cristão do proverbial barro que precedeu Adão.

Temos o direito de defender as conquistas científicas que demonstraram as falácias da mesma. Além disto, a ciência é uma excelente fonte de imunidade contra a intolerância dos religiosos.

Marcos Paulo
Movimento Comunismo em Ação - A RETOMADA

Anônimo disse...

Esse rapaz é craque, otima a colocação.
Sabemos que não é fácil enfrentar a ignorância milenar difundida pela religão,mas a cada passo dado nesse sentido estaremos contribuindo para a verdadeira ´salvação´ das espécies,principalmente o ´bicho-homem´.Como já foi dito,só o saber liberta!
Luis Carlos