ROBIN HOOD HOJE - texto publicado no diário bauruense BOM DIA, edição de 12.06.2010
Assisti no cinema com o filho ao filme “Robin Hood”, com Rossell Crowe e dele algo para um debate. Gostei. Mostra algo pouco conhecido do herói, sua trajetória até ser considerado um fora da lei (segundo visão dos detentores do poder na época). Lá, de forma bem clara, retratadas suas infrutíferas tentativas de confiar no poder constituído, de colaborar, lutar e defender um rei insensível e cruel. Sucessivas desilusões. O poder real sempre prevalecia em detrimento do povo inglês. E de tanto ser ultrajado, acabou saltando fora e foi ser o que hoje conhecemos dele, o que “roubava dos ricos para distribuir aos pobres”. O povo ao seu lado, mas as autoridades não. Salto para nossos dias. No Brasil só o MST poderia ter esse papel, mas legalista demais, nem rouba, porém distribui terras entre os pobres, buscando brechas no sistema. Cumpre um papel primoroso e assim como Robin, não conta com a complacência do establishment constituído. Na América do Sul, não se espantem, mas quem cumpre hoje o papel de Robin Hood são as FARCs colombianas. Isso mesmo, elas já atuaram na legalidade e após inúmeras tentativas vãs, optaram pela ilegalidade, uma via que já se mostrou interessante para se chegar ao poder e transformar um país, vide o ocorrido em Cuba. “Mas falam horrores deles?”, poderiam me perguntar. Sim, falavam horrores também de Robin Hood e nem por isso estava totalmente errado. Sempre existem os dois lados da mesma questão. O do poder vigente, usando até de força bruta para nele se manter e no outro, os que lutam para mudar o estado de coisas vigente. Luta desigual e só compreendida por quem gosta de se ater às entrelinhas de cada momento histórico. Tentem fazer o mesmo e vejam se não existe razão nessas minhas comparações.
MEGAEVOLUCIONISMO - texto publicado diário bauruense BOM DIA, edição de 19.06.2010
Que orgulho eu tenho como brasileiro da política internacional do governo Lula. Nunca tivemos gente tão competente na frente do Ministério das Relações Exteriores e, portanto, nunca o país foi tão respeitado, requisitado e aclamado internacionalmente como na gestão de Celso Amorim. Acostumado a viver sempre subserviente a decisões vindas de uma espécie de Império, referendadas pelos EUA, muitos ainda clamam pelo retorno à vida sem ousadia, sem o pensar grande e vivendo sob migalhas e ordens. Esses não querem um Brasil altaneiro, independente, pujante e sóbrio. Preferem viver acorrentados. E Lula acerta em cheio nas decisões, algumas arriscadas, mas cada vez mais no caminho de termos vontade própria e pensando sempre no coletivo, no melhor para o seu povo, conseqüentemente, para o mundo. Tomar uma posição contra os desmandos de Israel sempre se fez necessário, demonstrar o erro que foi o ataque insano ao Iraque e não deixar que o mesmo ocorra em relação ao Irã, comprovar que se pode negociar com todos os países do globo sem pedir benção, estar à frente do ato humanitário a favor de Honduras, tudo isso são pequenos pontos a demonstrar uma grande atitude. Agimos em relação a irmãos menos favorecidos, como a Bolívia (gás) e Paraguai (energia), com gestos mais do que humanos, sensíveis, sem prepotência e demonstrando liderança sem usar truculência. Tudo acertado, na exata medida. E como isso fere interesses. Aves do agouro tripudiam, despontam com velhos chavões dentro do país, enquanto fora, somos cada vez mais motivo de regozijo e apreço. O Brasil demonstra estar encontrando seu caminho. Auguri!
Assisti no cinema com o filho ao filme “Robin Hood”, com Rossell Crowe e dele algo para um debate. Gostei. Mostra algo pouco conhecido do herói, sua trajetória até ser considerado um fora da lei (segundo visão dos detentores do poder na época). Lá, de forma bem clara, retratadas suas infrutíferas tentativas de confiar no poder constituído, de colaborar, lutar e defender um rei insensível e cruel. Sucessivas desilusões. O poder real sempre prevalecia em detrimento do povo inglês. E de tanto ser ultrajado, acabou saltando fora e foi ser o que hoje conhecemos dele, o que “roubava dos ricos para distribuir aos pobres”. O povo ao seu lado, mas as autoridades não. Salto para nossos dias. No Brasil só o MST poderia ter esse papel, mas legalista demais, nem rouba, porém distribui terras entre os pobres, buscando brechas no sistema. Cumpre um papel primoroso e assim como Robin, não conta com a complacência do establishment constituído. Na América do Sul, não se espantem, mas quem cumpre hoje o papel de Robin Hood são as FARCs colombianas. Isso mesmo, elas já atuaram na legalidade e após inúmeras tentativas vãs, optaram pela ilegalidade, uma via que já se mostrou interessante para se chegar ao poder e transformar um país, vide o ocorrido em Cuba. “Mas falam horrores deles?”, poderiam me perguntar. Sim, falavam horrores também de Robin Hood e nem por isso estava totalmente errado. Sempre existem os dois lados da mesma questão. O do poder vigente, usando até de força bruta para nele se manter e no outro, os que lutam para mudar o estado de coisas vigente. Luta desigual e só compreendida por quem gosta de se ater às entrelinhas de cada momento histórico. Tentem fazer o mesmo e vejam se não existe razão nessas minhas comparações.
MEGAEVOLUCIONISMO - texto publicado diário bauruense BOM DIA, edição de 19.06.2010
Que orgulho eu tenho como brasileiro da política internacional do governo Lula. Nunca tivemos gente tão competente na frente do Ministério das Relações Exteriores e, portanto, nunca o país foi tão respeitado, requisitado e aclamado internacionalmente como na gestão de Celso Amorim. Acostumado a viver sempre subserviente a decisões vindas de uma espécie de Império, referendadas pelos EUA, muitos ainda clamam pelo retorno à vida sem ousadia, sem o pensar grande e vivendo sob migalhas e ordens. Esses não querem um Brasil altaneiro, independente, pujante e sóbrio. Preferem viver acorrentados. E Lula acerta em cheio nas decisões, algumas arriscadas, mas cada vez mais no caminho de termos vontade própria e pensando sempre no coletivo, no melhor para o seu povo, conseqüentemente, para o mundo. Tomar uma posição contra os desmandos de Israel sempre se fez necessário, demonstrar o erro que foi o ataque insano ao Iraque e não deixar que o mesmo ocorra em relação ao Irã, comprovar que se pode negociar com todos os países do globo sem pedir benção, estar à frente do ato humanitário a favor de Honduras, tudo isso são pequenos pontos a demonstrar uma grande atitude. Agimos em relação a irmãos menos favorecidos, como a Bolívia (gás) e Paraguai (energia), com gestos mais do que humanos, sensíveis, sem prepotência e demonstrando liderança sem usar truculência. Tudo acertado, na exata medida. E como isso fere interesses. Aves do agouro tripudiam, despontam com velhos chavões dentro do país, enquanto fora, somos cada vez mais motivo de regozijo e apreço. O Brasil demonstra estar encontrando seu caminho. Auguri!
TRÊS COISAS:
1.) Insanidade total o ocorrido em Bauru ontem, quando um desequilibrado assassina sem sentido duas pessoas queridas, o dono do bar JAPA LALÁ, Maurício Yamanoi e o açougueiro de 73 anos, JOSÉ DE NAZARÉ MENDES, pai do querido Português, do bar do mesmo nome, no balcão do bar do primeiro. Merda de vida! Nem sossego nos balcões de botecos teremos mais...
2.) Outro a morrer foi JOSÉ SARAMAGO, um dos maiores escritores de língua portuguesa, aos 87 anos. Falo dele amanhã com mais tempo, num "Os que fazem falta". Igual a ele, poucos nos restam. Uma cabeça mais do que pensante, pulsante.
3.) Show noturno em Bauru hoje com GUILHERME ARANTES, gratuito no encerramento da Feira do Meio Ambiente da USC. Já gostei mais dele, hoje quase nada, mas lá estarei. Do show, promoção da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, porém pago pela da Cultura (R$ 23 mil, Diário Oficial 10/06). E por que nem uma linha sobre a Cultura Municipal, uma vez que é ela quem banca a vinda do músico? E depois alegam que não existe grana para quase nada por lá.
2 comentários:
Henrique
Esse seu texto do Megaevolucionismo é um contraponto maravilhoso ao texto do Ivan Goffi, na terça passada, 15.06 no Bom Dia e na tribuna do Leitor de 17.06. Esse Ivan é mesmo um grande de facista, cada vez pior.
Paschoal
Leia o mesmo abaixo:
17/06/2010 - Cartas
MEGALONANISMO
O Conselho de Segurança da ONU votou as sanções a serem impostas à sanguinária ditadura Iraniana em razão de sua insistência no enriquecimento de urânio. É a medida necessária numa nação que convive em estado de beligerância há 3.000 anos, isso sem se falar nos discursos pró-extinção dos judeus e de intolerância política e religiosa de seu presidente. A paquidérmica diplomacia brasileira, capitaneada pelos inglórios Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia, há muito nos coloca além da linha do ridículo. Sem nunca ter recebido procuração do Conselho de Segurança, tão pouco de qualquer indicação ou apoio externo, o Brasil autodenominou responsável pela paz mundial. Lula, como gosta de fazer nas espúrias barganhas políticas que arquiteta aqui, achou que falar de “comida para o povo do Irã” resolveria o problema do qual ele e sua malfadada equipe desconhecem as verdadeiras origens e intenções.
Tomamos um passa-moleque em Honduras, dançando a salsa tocada pelo aprendiz de ditador e caubói amalucado Zalaya e seu soberano, Hugo Chaves. Chamamos de muy amigo o cocaleiro doido Evo, enquanto suas tropas invadiam instalações da Petrobras.
O presidente paraguaio rasgou o contrato de Itaipu nas barbas de Lula e nosso presidente só disse que “o Brasil não pode ter um vizinho pobre”, mas nada falou quando as milícias paraguaias enxotaram milhares de brasileiros que viviam há décadas em fazendas produtivas e legalmente adquiridas no país vizinho. Somos motivo de escárnio e, embora nossa “diplomacia” só funcione em favor de ditadores, a propaganda do governo vai ludibriar a opinião pública como sempre faz com essa nefasta sín-drome do magalonanismo. Que país de tolos.
Ivan Garcia Goffi - advogado
Oi Henrique!
É bom lembrar que o ministro das relações exteriores do FHC tirou os sapatos na aduana norte-americana... imagine se um ministro estadunidente se presta à revistas em solo estrangeiro?
Vivas ao Celso Amorim!
E que FHC corte os pulsos por sua incompetência e subserviência!
Abração
W.Leite
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