terça-feira, 8 de junho de 2010

UMA MÚSICA (61)

PEDROS PALATÁVEIS
Consultando meus alfarrábios aqui dentro do desorganizado mafuá, ou seja, minha empoeirada coleção de discos de vinil, encontro duas músicas sobre os muitos tipos de Pedros existentes no mercado. Ouçamos a ambos e que eles inspirem dias melhores para nossa Bauru. Mais comentários não se fazem necessários de minha parte, sobre os motivos por ter lembrado delas justo neste momento. "Pedro, o Grande", imperador russo, o era e assim detinha esse nome pela grandeza em tentar salvar seu país-continente do isolamento e do imobilismo, dois ingredientes que dificultam qualquer relacionamento profícuo.

Pedro Pedreiro – Chico Buarque (composição de Chico Buarque de Hollanda)
Pedro pedreiro penseiro esperando o trem/ Manhã parece, carece de esperar também/ Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém/ Pedro pedreiro fica assim pensando/ Assim pensando o tempo passa e a gente vai ficando prá trás/ Esperando, esperando, esperando, esperando o sol esperando o trem, esperando aumento desde o ano passado para o mês que vem/ Pedro pedreiro espera o carnaval/ E a sorte grande do bilhete pela federal todo mês/ Esperando, esperando, esperando, esperando o sol/ Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem/ Esperando a festa, esperando a sorte/ E a mulher de Pedro, esperando um filho prá esperar também/ Pedro pedreiro tá esperando a morte/ Ou esperando o dia de voltar pro Norte/ Pedro não sabe mas talvez no fundo espere alguma coisa mais linda que o mundo/ Maior do que o mar, mas prá que sonhar se dá o desespero de esperar demais/ Pedro pedreiro quer voltar atrás, quer ser pedreiro pobre e nada mais, sem ficar/ Esperando, esperando, esperando, esperando o sol/ Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem/ Esperando um filho prá esperar também/ Esperando a festa, esperando a sorte, esperando a morte, esperando o Norte/ Esperando o dia de esperar ninguém, esperando enfim, nada mais além/ Da esperança aflita, bendita, infinita do apito de um trem/ Pedro pedreiro pedreiro esperando/ Pedro pedreiro pedreiro esperando/ Pedro pedreiro pedreiro esperando o trem/ Que já vem.../ Que já vem/ Que já vem/ Que já vem - No Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=q84r0mC4PLU&feature=related

Pedro Brasil – Djavan (composição de Djavan)
Sorria para mim, meu brasil/Assim,/ Ria largo do fundo, aqui/ Ria aqui do nada/ Não vá trair/ O seu dom de cair de pé/ Logo agora que eu escrevi/ Uma canção de fé/ Atenção: quem descobriu o brasil foi pedro/ Quem libertou o brasil foi pedro/ Quem construiu o brasil foi pedro/ Quem descobriu.../ Quem libertou.../ Quem contruiu.../ Quem já viu tanto pedro viver assim.../ Feito coisa ruim, no ar/ Bem fez pedro lá no céu/ Que aprendeu chover, estiar/ E hoje tem grande poder pra lá/ Mas nada pode aqui/ Mas nada pode aqui/ Mas nada pode aqui/ Mas nada pode aqui - No Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=aVO-bfhxCFM&feature=related

5 comentários:

Anônimo disse...

Que lindo...

Anônimo disse...

Sr. Henrique

Acabou a era de Pedro, o Sectário. E ouço na TV que não foi demitido, foi exonerado. Quer forma mais desonrosa para alguém que se diz de esquerda, negociar a saída, quando todos sabem que foi demitido.
Enfim, acabou. Que venha alguém que realmente entenda o que venha a ser a cultura bauruense.


Paulo Ferraz

Anônimo disse...

09/06/2010
Cultura de Bauru merece responsabilidade

Isso nós todos sabemos. Mas o mais importante no momento não se trata de ter um nome da nossa área. Trata-se de alguém que articule a cultura sob toda complexidade que ela tem. Tem quer ser alguém com visão de mundo.

Que compreenda a visão do artista, seja ele do teatro, da música, poesia, das plásticas, do dia-a-dia. Hoje, nosso mundo é repleto de artistas sem palco, por que nós, artistas, às vezes pecamos no fato de achar que nossas ações são suficientes para que o nosso mundo entenda o que pensamos. Não, somos apenas artistas que precisam de palco, de uma tela, de um instrumento... E de pessoas que nos ouçam com a voz da sensatez.

No momento a Cultura de Bauru precisa de alguém apaziguador. Precisa de um agente público que faça a interlocução entre as necessidades dos artistas com as necessidades do nosso público. Não precisamos de um agente cultural para gerenciar o nosso trabalho artítisco. Precisamos de um agente que ouça, traduza, execute e faça o nosso trabalho soar nos quatro cantos e Bauru. Talvez seja a hora de darmos voz aos jovens que têm se mostrado como articuladores de boas idéias. Tenho muitos compromissos. Mesmo que convidado não sei se seria o momento. O momento deve ter novidade que não são novidades. São pessoas com história e que participaram em todos os momentos dos altos e baixos da história de Bauru.

O Rodrigo, nosso prefeito, tem a grande oportunidade de rever conceitos e fazer valer sua proposta de governo. O compromisso deve atender aos que anseiam por atendimento. A paz deve reinar na cultura. O agente deve ser articulador e não ator. Há nomes dentro do gabinete do prefeito. Vamos ver se o prefeito acredita na própria equipe.

Paulo Neves


QUEM REPRODUZ ESSA CARTA PUBLICADA HOJE NATRIBUNA DO LEITOR DO JC É SEU AMIGO PAULO LIMA. ACHEI INTERESSANTE O POSICIONAMENTO DELE DIANTE DAS DIFICULDADES DA PASTA E O PERFIL DO NOVO SECRETÁRIO.

Anônimo disse...

ei cara, vcs conseguiram derrubar o secretário da cultura, parabéns, vc agiu muito bem com sua turma nos bastidores o tempo todo para tirar seu desafeto, não desistiu em nenhum momento.
Lembra no começo aquela conversa com o então recém secretário Romualdo em que vc bancou o cicerone para tentar continuar no cargo pelos corredores da cultura dizendo ter ainda projetos para a pasta? o pedro não te ouviu e deu no que deu, será que agora conseguirás o holerite volta?
sua indicação para a pasta foi boa mesmo tendo saido do PSB para o DEM do Clemente.
Isaias é bom, mas tu és ótimo e esperto, sou seu fã.

Leon

Mafuá do HPA disse...

caro Léon
Seis quem és, ages nas sombras e isso é mal.
Trabalhas com inverdades e maledicências. Estou acostumado ao seu estilo. Fujo de pessoas como ti. Por bem, quando confrontados a minha postura e a sua, poderemos comparar o que as pessoas acham da gente. Levo isso em conta.
Continuas o mesmo.
Provocativo e desleal. Aliás, só age assim. Uma pena!
Eu não derrubei e nem ajudei a derrubar ninguém. A pessoa que você cita foi derrubada por ele mesmo. Basta conferir como foi sua atuação. Péssima em todos os sentidos.
Ele, que se diz um filho dos anos duros da ditadura militar, teria que no mínimo não agir igual aos detratores da época. Não o fez. Se mostrou autoritário, isolou-se e não procurou se informar dos meandros de uma secretaria. Cavou sua própia cova.
Não deixará saudades.
Já sobre voltar, não posso me estender muito, pois estou trabalhando mais do que antes e agora mesmo, estou indo para Jaú. Já dei minha contribuição e será sempre lembrada por realizações e se quiser saber algo sobre isso, pergunte para a infinidade de amigos lá deixados.
Posso perguntar o mesmo dos seus tempos de Prefeitura?
Abracitos com um certo distanciamento
Henrique - direto do mafuá