quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

UM AMIGO DO PEITO (48)

ELSON REIS, UM PESO PESADO NA CULTURA BAURUENSE
O termo que utilizo como título, “peso pesado” pode ter vários significados. Primeiro, Elson sempre esteve acima do peso. Disso ele tem ciência e toma suas providências (será?). Depois, sabe que dentre os atuais funcionários de carreira da Cultura bauruense é um dos poucos com capacidade para assumir o cargo de Secretário. Conta-se nos dedos de uma mão outros por lá na mesma situação. Ele, que já foi secretário num governo dos mais discutíveis, o de Izzo Filho, sabe que não pode errar como fizeram os dois que o sucederam no cargo no governo Rodrigo. E não pode por alguns motivos. Primeiro, porque vivenciou tudo o que denominam de crise desde o seu início, conhece todos que por lá atuam, sabe do potencial de cada um e sabe como fazer para reagrupar todos, fazendo com que o setor tenha uma vida nova. Ele não pode incidir nos erros cometidos no passado e vive um outro momento, mais lúcido, com maior clareza dos fatos e com maior preparo para executar as tarefas a ele atribuídas nesse momento. Outro fato de muita relevância é que Rodrigo já errou duas vezes na escolha do cargo de Secretário de Cultura e dessa vez, ao privilegiar alguém de carreira, com capacidade para tanto, tem tudo para acertar. Depende do Elson, das pessoas que estiverem ao seu lado e da conscientização geral do quadro de funcionários de que a oportunidade dada tem que ser aproveitado no máximo. Leio e ouço muita coisa sobre a troca. Prefiro deixar de lado comentários maliciosos, tanto os feitos de quem sai, como de quem entra. Aproveito algo de relevada importância nisso tudo e dito pelo vereador Roque Ferreira PT, quando numa nota disse que “as ações culturais não podem permanecer concentradas em equipamentos do gênero e devem, sobretudo, ser democratizadas pelos bairros”. Ótimo, mas acredito que Elson estará atento a algo mais do que isso, pois como o próprio Roque e outros sempre me disseram, “A Cultura de Bauru não tem um programa a ser seguido, apesar de ter discutido muito a questão, com Conferências, Programas, etc. São sempre ações pontuais, sem uma meta, o pensamento num todo”. É chegado o momento da guinada geral e uma olhada para tudo isso. Elson é capaz de tudo isso, acredito muito nele e na coletiva equipe que estará montando. Sobre a decisão do prefeito de escolher alguém de carreira, vejo como a mais acertada no momento. A tarefa de Elson, ele sabe bem disso, será árdua, mas ele saberá como resolver tudo, pois sabe onde se encontra cada problema, onde estão as pessoas que podem ajudá-lo na tarefa e até os melhores meios para sua execução, pois dos tramites burocráticos dentro da estrutura da Prefeitura é um dos mais qualificados. Outra coisa, está se mostrando desde o início aberto ao diálogo. Estamos diante de um novo momento. Ele sabe, que estarei aqui do lado de fora, pronto a ajudá-lo no que for possível, pois além de amigo, é alguém com preparo e conhecimento para o cargo. Sobre as conveniências políticas da escolha, ele saberá como contornar tudo isso. Prevejo futuro alvissareiro para a cultura bauruense. Teria uma relação de providências a lhe apresentar, coisas mais do que imediatas, mas ele sabe de todas e sua cabeça já deve estar fervilhando com o que fará com cada uma delas. Desejar boa sorte para ele é pouco, prefiro contribuir com a ajuda que me for solicitada. Quanto ao peso pesado, se não emagrecer dessa vez, podem esquecer, pois ele sabe o que lhe espera. Tem tudo para tirar de letra.
OBS.: O escrito foi parido de uma só talagada, num só parágrafo e assim publicado aqui.

7 comentários:

Helena Aquino disse...

Que bela notícia essa !!!!!
Fico feliz pela escolha.
O Elson é uma pessoa capacitada, realmente entende de cultura, e não só disso, também de amizade e cumplicidade.
Tenho certeza que dará um outro rumo à essa secretaria, com diálogos abertos e parcerias necessárias ao desenvolvimento cultural em nossa cidade.
Parabéns...

Helena Aquino

Anônimo disse...

O prefeito aceitou a indicação, como o próprio afirmou no jornal, por intermédio do PDT, que há tempos reinvindica uma pasta na administração. Ou seja, são as mesmas negociatas de sempre, onde os mesquinhos jogos dos bastidores politicos estão a iludir uma população cada vez mais refém e perdida diante das falsidades das aparencias deste sistema.
Troca-se nomes de secretários, ou melhor de promoters de eventos, mas a estrutura politica continua a mesma e sem um perspectiva de ser derrubada pois muitos insistem em acreditar nos contos de fadas.
Este aí, é mais um a conhecer bem os jogos politicos e saber fazer o seu meio de campo nas cruéis amarras da politica do capital.
E o povo, ah este querem que continuem sendo sempre os escravos cada vez mais sem o pensar e questionar para farra comer solta, daqui 20, 30, 50 1000 anos continuarão a discutir as mesmas coisas sem nunca atacar o efeito de causa.

Marcos Paulo
Comunismo em Ação

Anônimo disse...

Marcos
Tem momentos em que mesmo as negociações acabam desaguando em nomes dos mais justos, como o do Elson. Rodrigo queria fazer a negociação com o PDT e fez, mas o nome escolhido nem é do partido. É um grande nome que poderá transformar a cultura. Não seja tão implicante. Enxergue algo de bom em certas coisas. Generalizar sempre não é bom.
O próprio Henrique, amigo do Elson gostou da indicação.

Raduan

Anônimo disse...

Caro Raduan, eu enxergo e muito bem, conheço os bastidores da politica, este sistema de estado e seus vicios, me chame do que quiser, de criador de caso o que for, mas se tiver um pingo de bom senso, daqui uns anos dará razão. E jamais vou deturpar a visão pra enxergar algo de bom onde não há, pq aqui meu caro alem de nao agir com sectarismo não estou para ser simpatico ou puxa saco atrás de beneces politicas. E ninguem é magico, se nao transformou no passado não vai ser agora, mas o tempo mostrará, só gostaria q não fossemos tão repetitivos na insistencia da cegueira que tomou os q militavam por estruturas melhores. E se quer ainda falar pela logica governamental, este governo mostra q não tem realmente planejamento de nada, pq quantas trocas já foram feitas em quase todos os setores nesses 2 anos???

Marcos Paulo
Comunismo em Ação

Anônimo disse...

Acredito que toda discussão em torno do nome escolhido é válida. Como é válida como o prefito optou pelas escolhas ao longo do seu governo, distribuindo-as aos partidos que lhe apoiaram ainda na campanha. Lula fez isso, Dilma fez isso, todos fazem no sistema atual. Se a crítica estiver sendo feita nesse sentido tenho uma lista onde constam mais os contra do que os pró. Depois de tudo isso devidamente analisado, a sensatez me faz ficar tranquilo pela escolha de um funcionário de carreira para ocupar a vaga, que tanto problema causou até agora para o governo. Optando por alguém de dentro da estrutura é isso que o Henrique escreveu. O Elson não pode errar, como o Lula não podia errar e não errou. Que ele consiga unir os estragos feitos por duas pessoas inaptas para o cargo que antes dele lá estiveram. E que mostre a que veio desde o início. Seus primeiros passos serão fundamentais para perceber isso. Torço muito para que tudo se encaminhe.

Paulo Lima

Anônimo disse...

Cultura em Bauru
Há dias que acompanho os relatos, desabafos e críticas dos colegas acerca da estrutura cultural de nossa cidade. Cheguei a Bauru com seis dias de vida, me considero bauruense, amo esta cidade, estudei aqui, me formei aqui, tenho minhas raízes familiares aqui, mas nunca consegui realizar-me profissionalmente aqui. É com muita tristeza que reconheço que “Santo de Casa Não Faz Milagres”.

Também concordo com uma colega quando a mesma diz: “Eles nem sabem quais são os nossos trabalhos e os prêmios que ganhamos”. Fui premiado pelo Instituto Ayrton Senna através do meu trabalho teatral, além de outras premiações que como artista não encaro sendo apenas minhas, mas também de minha cidade. Quando somos premiados eles nos perguntam: de onde são?

Respondemos Bauru e para muitos a lembrança é de um sanduíche, o que não deveria ser assim. Não gostaria de ser lembrado pelo meu legado através de um “picles” em conserva ou um queijo bem derretidinho, não estudei e me dediquei para isso. O polêmico Teatro Municpal é cheio de fantasmas, são assombrassões como: “a resposta veio por meio de sua assessoria de imprensa”.

Tenho pavor de pombos correios, gosto de ouvir da própria pessoa, olhando nos olhos, assim o faço na cidade de Iacanga. Quando existe alguma dúvida eu as tiro conversando com quem quer que venha a me procurar. Também o descaso deste teatro, quem teve a brilhante ideia de construir o mesmo no meio das correntezas? Maravilha, apresentamos Lusíadas? E agora todos os anos chove e teremos que licitar quantos 25 mil reais para arrumar o grandioso ar condicionado que neste ano nos condicionou ao calor, desgosto e vontade de jogar pra fora tudo o que é indigesto por nós. Muito dinheiro jogado fora... Não seria mais fácil em tempos atuais realizar uma gestão que se comprometa em ser diferente entre os iguais?

Estamos cansados de passagem de cargos e cadeiras sendo ocupadas para se cumprir um protocolo, queremos mais, queremos ser ouvidos e respeitados, títulos às vezes só servem para forrar as gailoas dos pas-sarinhos. Professor Paulo Neves, família e alunos: meus votos de felicidades. Pensemos 10. Pensemos nisso!


O autor, Huxley Ivens, é assessor de Cultura de Iacanga - supervisor de Cultura no Estado de Minas Gerais. Professor de artes/educador profissional da Unesco - diretor/ator/autor


gente
Se isso aqui que o bauruense Huxley, hoje radicado em Iacanga denuncia não mais acontecer por aqui, já seria um ótimo começo para a nova cara que o prefeito está querendo dar para a Secretaria de Cultura de Bauru. Isso é uma vergonha!!!!!!

Valerinha

Anônimo disse...

Paulo, as pessoas hj não querem criticas que vá em sentido contrario a mesmice atual, mas são as criticas que movimentam discussões, veja quantos comentarios isso já proporcionou.
Agora vc tb não entendeu a minha critica, se for ficar discutindo nomes, não discutimos nada, pq a denuncia está em mostrar o sistema nú, em como sua forma funciona, se ficar jogando como torcida, como esperança, como "sensatez" de fé, aí é manter-se no fundamentalismo q o sistema politico quer que permaneça minando qualquer tipo de resistencia, qualquer pessoa que se insira dentro dele se não jogar as regras do jogo é chutada rapidamente e não aceito esse entreguismo de que as coisas são assim no sistema atual entao devemos aceitar e participar, não meu caro, o problema de uma impossibilidade momentanea de uma real mudança é justamente pq aqueles q eram para ser a vanguarda da transformação estão hj todos aí encastelados na burocracia do velho estado ou negociando oportunidade de entrar e curtir as beneces dos joguinhos, influencias. A cada 2 anos temos eleições vc nunca em sua sensatez se perguntou pq sempre as coisas nao mudam e debatemos(ou não) sempre as mesmas coisas??? Aponte uma mudança sequer em nossa sociedade para a dignidade?? não há, quem acompanha o dia a dia ve por aí como o trabalhador é escravo, humilhado, vá no lixão de bauru no fim da tarde e veja pessoas revirando lixos atrás de comida, veja o quanto anda o sistema pedagogico deste país, veja o quanto anda a cultura acessada pelas massas, veja o meio ambiente alienado criado pelo lixo dos meios de comunicação de massa, mas o efeito de causa os ditos experts nas questões sociais, estão mais preocupados em fazer politica em almejarem cargos e mais nada, ano que vem infelizmente todos estarão a brigar pelas mesmas mesquinharias de sempre e alimentando monstros, eu como um seguidor de Che, um que nao quer fechar sua memoria na cova como esses que estão aí pretendem fazer, procuro discutir as evidencias q mostram o efeito de causa das mazelas de nossa sociedade, nao ando em circulos, pq acreditar q tudo agora vai mudar é pura questão de fé, e fé é algo q eu não tenho pq é um fator de atraso da luta da humanidade. Precisamos sair das falsas promessas, dos paliativos e realmente ir pra algo funcional a uma nova sociedade, agora a vanguarda de ontem quer isso?? não, querem ser a turma do dengo, dos fazedores de média e do circo remendado dos horrores estou fora meu caro.

Marcos Paulo
Comunismo em Ação