O ÚLTIMO A FECHAR AS PORTAS NAS CIDADES BRASILEIRAS
Não faz muito tempo o último sinal de vida nas pequenas cidades brasileiras era o advindo de um bar, o último a resistir e manter as portas abertas até altas horas da noite. Hoje isso é coisa do passado, a realidade mudou e em qualquer cidade, por mais pequena que for, existindo nela uma lan house, são essas as últimas a fechar. Fui conferir uma dessas histórias.
Em Reginópolis, cidade paulista a 50km de Bauru, com pouco mais de 7000 habitantes (quase dois mil são oriundos de duas penitenciárias, portanto não circulam na cidade), Ana Paula e
Marcos de Oliveira abriram a terceira lan house na cidade. A deles, a Portal Lan House, a de melhor localização, está bem na frente da praça central da cidade, onde fecham também os últimos bares da cidade.
O horário de funcionamento inicia-se às 10h. “Sem hora para fechar, ficamos abertos até a hora que tivermos clientes”, me diz Ana. E isso se traduz em durante a semana a permanência de 1h30 pra frente e nos finais de semana, chegando de 3h até 4h da manhã. A loja não possui funcionários, somente o casal num revezamento feito da seguinte maneira, ela trab
alhando no período do dia e ele, à noite (trabalha num outro emprego, saindo de um e indo para outro).
O preço da hora de utilização dos aparelhos é dos mais convidativos, R$ 1 real a hora. “Quando abrimos dez meses atrás cobrávamos R$ 1,50 a hora, o mesmo preços dos concorrentes, mas um deles abaixou o preço e seguimos esse. É barato demais”, me informa Ana Paula. Sim, concordo, pois nos grandes centros esse preço chega a R$ 5 e em cidades médias, como Bauru a média está entre R$ 2,50 a R$ 3 reais a hora. O ruim disso é que a maioria dos frequentadores
não fica nas lans em busca de pesquisa ou para viajar na internet, o que movimenta todas elas são os jogos por computador ou as salas de bate papo. Esses os motivos de tanta movimentação.
O mais inusitado de tudo é a constatação da mudança de comportamento na maioria das cidades brasileiras. Os bares perderam a hegemonia de serem os últimos a fecharem as portas à noite. Constato isso em outro local, no bairro Gasparini, periferia de Bauru, recheado de muitos bares e contando somente com uma lan house, sendo esta a última a fechar suas portas.
Não faz muito tempo o último sinal de vida nas pequenas cidades brasileiras era o advindo de um bar, o último a resistir e manter as portas abertas até altas horas da noite. Hoje isso é coisa do passado, a realidade mudou e em qualquer cidade, por mais pequena que for, existindo nela uma lan house, são essas as últimas a fechar. Fui conferir uma dessas histórias.Em Reginópolis, cidade paulista a 50km de Bauru, com pouco mais de 7000 habitantes (quase dois mil são oriundos de duas penitenciárias, portanto não circulam na cidade), Ana Paula e
Marcos de Oliveira abriram a terceira lan house na cidade. A deles, a Portal Lan House, a de melhor localização, está bem na frente da praça central da cidade, onde fecham também os últimos bares da cidade.O horário de funcionamento inicia-se às 10h. “Sem hora para fechar, ficamos abertos até a hora que tivermos clientes”, me diz Ana. E isso se traduz em durante a semana a permanência de 1h30 pra frente e nos finais de semana, chegando de 3h até 4h da manhã. A loja não possui funcionários, somente o casal num revezamento feito da seguinte maneira, ela trab
alhando no período do dia e ele, à noite (trabalha num outro emprego, saindo de um e indo para outro).O preço da hora de utilização dos aparelhos é dos mais convidativos, R$ 1 real a hora. “Quando abrimos dez meses atrás cobrávamos R$ 1,50 a hora, o mesmo preços dos concorrentes, mas um deles abaixou o preço e seguimos esse. É barato demais”, me informa Ana Paula. Sim, concordo, pois nos grandes centros esse preço chega a R$ 5 e em cidades médias, como Bauru a média está entre R$ 2,50 a R$ 3 reais a hora. O ruim disso é que a maioria dos frequentadores
não fica nas lans em busca de pesquisa ou para viajar na internet, o que movimenta todas elas são os jogos por computador ou as salas de bate papo. Esses os motivos de tanta movimentação.O mais inusitado de tudo é a constatação da mudança de comportamento na maioria das cidades brasileiras. Os bares perderam a hegemonia de serem os últimos a fecharem as portas à noite. Constato isso em outro local, no bairro Gasparini, periferia de Bauru, recheado de muitos bares e contando somente com uma lan house, sendo esta a última a fechar suas portas.
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