domingo, 12 de julho de 2015

PRECONCITO AO SAPO BARBUDO (91)


O PSOL E SEU CAIXOTE NO BURACO DO LUME
O PSOL é um dos tantos partidos políticos brasileiros tentando se encaixar no cenário político nacional e com todas as dificuldades dos ditos pequenos em se constituir e prosseguir existindo dentro das regras impostas pelos que as ditam, detentores do tacão de as criarem ao bel prazer de uma minoria. Já gostei mais do PSOL, hoje nem tanto, mas não consigo deixar de gostar da luta e empenho parlamentar de alguém como o que reencontrei nas ruas do Rio na tarde da última sexta, 10/Julho, o CHICO ALENCAR, um professor de História, cujo alguns de seus livros me inspiraram a ser o que sou. O "História da Sociedade Brasileira" continuará ad eternum na minha estante. E Chico continua falando do mesmo jeito que escreve. O vi em cima do caixote que o PSOL coloca na praça Mário Lago, centro do Rio, num lugar conhecido por aqui como Buraco do Lume e com a verve afiada para os desmandos todos que temos visto. Dos enfrentamentos contra as barbaridades impostas pelos inconsequentes no comando da Câmara, teleguiados por um tal de Eduardo Cunha, ele é um primor (o vereador Babá também estava por lá). Ainda não comungo totalmente desse apunhalamento quase visceral feito hoje ao governo Dilma, pois acuada, cede e cede, mas poderia agir diferente. Faço questão de cumprimentá-lo e dizer da situação de minha aldeia, Bauru e do grupo Esquerda Marxista, capitaneado pelo amigo vereador Roque Ferreira, ainda no PT, mas saindo provavelmente para o PSOL. Ele me leva até a banca de folhetos sobre seu mandato, entrega os seus e me diz algo assim: "Estou sabendo". Quando iriamos conversar sobre Bauru lhe puxam para outro lado e logo a seguir estava em cima do tal caixote. Ouvi uma pequena parte do seu discurso e segui em frente, pois necessitava atravessar a Baía de Guanabara para meu Encontro de História Oral em Niterói. Minha grande dúvida nesse momento é se com o esfacelamento do PT, essas saídas nesse exato momento, conseguirão concentrar algo num único e forte núcleo, como ocorreu com o PT tempos atrás. Temo pela "guetização" cada vez mais acentuada e pequenos grupos da dita esquerda cada vez mais divididos, fracionados e com pouca coesão, enfraquecendo a luta maior, que é a resistência e poder de enfrentamento junto ao que está se formando aí, a volta do explícito e declarado fascismo que vejo ir se formatando nas ruas, na mídia, nos púlpitos, dentro da classe política e até camadas significativas da população. A apreensão toma conta de minhas modestas observações e queria dividí-las com os ainda dispostos aos diálogo.

HPA E O DOMINGO DE DESPEDIDA DO RIO DE JANEIRO
Um dia quente, onde muitos se dirigem para a praia. Fiz exatamente o contrário, peguei o rumo da Zona Norte e de trem da Super Via e fui conhecer a história de um clube tradicional, conhecido como pequeno da capital, o OLARIA, que nesse mês faz 100 anos e está na contramão da maioria dos pequenos clubes brasileiros, pois possui ainda uma quantidade muito grande de sócios e um parque clubístico de fazer inveja, ao estilo do que muitos times do interior brasileiro já tiveram no passado e perderam. Amanhã conto aqui em detalhes um pouco dessa história, rica em detalhes, de causar inveja para, por exemplo noroestinos, que tinham um belo clube , hoje não tem mais, tinham times disputando todas as divisões inferiores do futebol e outras atividades e hoje não possuem mais. No OLARIA tudo isso persiste, existe e resiste. Uma história para ser compartilhada. Só não conto hoje, pois viajo de volta para Bauru daqui a pouco e como acabei de chegar lá do subúrbio nesse exato momento, tenho que tomar banho, arrumar a mala e sair correndo para a rodoviária, pois meu ônibus sai daqui às 20h40.
Amanhã algo das minhas andanças pelo subúrbio, quente e caloroso. A vida pulsa maravilhosamente por aquelas bandas e lá me revitalizo.

3 comentários:

Anônimo disse...

O governo do PT e Eduardo Cunha não são antagônicos, embora vc não queira admitir, o Brasil é o reflexo de suas raízes macunaímicas, o que era para ser diferente não aconteceu.
Quanto aos guetos formados, estes existem na falta de ideias, quando algo se afunda no mais forte sectarismo, longe de qualquer realidade popular.

Esses debates com esses de sempre, que vc citou, cansei faz tempo, não sai nada de novo e real, sabe o que parece Henrique?? A reunião que teve esses dias onde se "discutiu" mudanças no futebol brasileiro, sabe quem eram os nomes?? Parreira, Zagallo, Lazzaroni, preciso falar ais alguma coisa?? Trace esse paralelo e entenda essa situação mambembe do Brasil.

Camarada Insurgente Marcos

Anônimo disse...

Henrique

Já voltou para Bauru?
Quero ler esse negócio que escreveu aqui do Olaria...
Estava ausente, aqui nas barrancas do estado de Sãulo, mas entrando pelo menos uma vez por semana no seu blog. Assim como esse seu amigo, o Marcos, não tenho facebook e nem quero ter. Vivo bem sem ele, ele não precisa de mim e nem eu dele. Vivem os bem um sem o outro. Acho que li aqui mesmo de ti outro dia que a gente lê cada vez menos com essas novidades da internet e é a mais pura verdade. Fico na minha, nessa solidão aqui dos confins do Juda.

Tenho um a tristeza muito grande disso tudo que virou o PT, ainda mais aqui onde vivo e o MST foi forte demais e hoje até seu líder é um quase procurado pela Justiça. José Rainha foi se meter em encrencas para sua vita inteira, enquanto poderia ter permanecido só c uidando dos interesses dos sem terra. Meteu os pés pelas mãos, igualzinho o partido que todos nós botamos a maior fé num certo momento de nossas vidas. Nada mais a dizer. Se o grupo do Roque está saindo é porque cansou e chegou a hora. Se é que já não passou. Igual ao o que o PT juntou um dia acho que não mais ocorrerá e nessa briguera toda de hoje, grupos que querem quase a mesma coisa, mas não se entendem, buscam caminhos e formas diferentes. Gueto por tudo quanto é canto, uma perdição, enquanto o inimigo se encorpoa e ocupa as ruas e espaços. Estamos é lascados.

seu amigo Paulo Lima

Anônimo disse...

Só pra pegar o gancho, justamente por todos os grupos desejarem as mesmas coisas é que o Brasil está do jeito que está e não mudará. De um lado um babaca discurso vazio direitoso e sectário entre apoios igrejeiros, do outro o discurso que todos devem ocupar as fábricas e igualmente sectário.

Desde a Grécia antiga, se pensava que a mente humana evoluiria, caminhamos assim por muito tempo, incrível como está permeada a burrice, o vazio ideológico, logo a humanidade estará em cima de galhos novamente e comendo carne crua, a diferença é que tirarão selfies de suas barbáries.

Fico horrorizado em ver tanta falta de ideias desenvolvidas, o país está uma palhaçada, ver discursos da Dilma ao Alckimin passando pelos sectários de Psol-PSTU e cia é de dar dó, a Dilma totalmente sem desenvoltura, gaguejando e saudando a mandioca e a "mulher-sapiens", o Alckimin falando que não haverá mais rodizio em SP(claro, não tem água como vai ter rodízio??) e os outros gritando "ocupar as fábricas" dentre outras coisas. Se eu estou, imagina como Marx ficaria horrorizado com tudo isso.

Passamos duas gerações falando dos militares, Malufs, Sarneys, ACMs, e eis que estão todos aí, Maluf, Sarney, Cunha, Renan, ACM o neto, igrejas a rodo e ah, o Eurico é a solução para o Vasco. Que Brasil lindo e diferente não?? E muitos falam de boca cheia que o país é outro.

Se tudo isso está aí ainda e o retrocesso mental cercando a sociedade, não é culpa desses que sempre abusaram da nação, mas sim dos que se colocavam como diferentes e fizeram igual, inclusive se unindo aos mesmos de sempre, a essa pseudo-esquerda burra e pelega do Brasil. Brasil que nunca foi um país de todos e nem pátria educadora, mas a terra das oportunidades dos que se levantam mostrando a bunda para a nação. Corrupção não é reflexo da política e sim de uma sociedade onde muitos amarram o rabo e cometem atos indecentes por qualquer dinheiro, do vendedor de batatinha da esquina ao chefe da multinacional.

Camarada Insurgente Marcos