quinta-feira, 17 de setembro de 2015

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (87)


GUARDIÃO ACOMPANHA AÇÃO DE ÓRGÃO REBAIXADOR DE EXPECTATIVAS – “AQUI TEM TRETA”, AFIRMA


Guardião, o super-herói bauruense é mordaz. Morde e assopra. Diante do rebaixamento do Brasil após a abalizada (sic) avaliação feita pelos incontestáveis e criteriosos auditores transnacionais da agência de classificação de risco, a Standart & Poor’s (afinal a dita cuja é norte americana e isso é mais do que incontestável), avaliou seriamente se o mesmo não ocorre na nossa Bauru. “Nada hoje em dia é mais avaliado sem que seja levado em consideração uma infinidade de interesses, desde os comerciais, industriais, aéreos, submersos, subterrâneos e, mais do que nunca, os a envolver o próprio caixa do contratado. O que mais se vê hoje no mercado são pesquisas e avaliações pagas pelo próprio envolvido, tudo para favorecer seus negócios ou mesmo, para desfavorecer seus concorrentes. No mercado, diria, tudo vale e tudo é permitido. Como poucos hoje contestam algo advindo de tão altas e garbosas esfera, tudo é devidamente engolido, sem nem mais a necessidade de uma mera vaselina para facilitar a degustação. Vislumbrei isso no caso dessa agência e passei a notar algo mais aqui em nossa aldeia e em alhures”, diz o desconfiado e sempre atento super-herói.

Na sua análise feita após ler tudo o que saiu sobre o rebaixamento brasileiro, pensou lá com seus botões: “Mas quem estaria por detrás dessa agência? Como se sustenta, quem a banca? Com que intenção julga os países? Quais os critérios e quanto ganham com isso? Sim, no mundo onde vivemos, ainda para uma pomposa agência como essa, precisando sobreviver e o fazendo muito bem, com toda a pompa que lhe é de direito. E, como é do conhecimento geral de tudo e todos isso tudo deve custar muito caro. Dito isso, olho para as avaliações feitas aqui no terreiro, na rinha de luta bauruense. Quando um economista enfatiza via rádio que, a indústria, o latifúndio e o comércio precisam disso e daquilo, sem se ater ao outro lado da moeda, ou seja, o do trabalhador e suas condições, o faz desinteressadamente e só com o intuito de contribuir positivamente? Só os muito tolos caem nessa. O sujeito empurra a avaliação pra cima ou para baixo de acordo com os interesses que lhe sustentam e os mantém ali naquela situação. Quando você ouve aí via mídia que as tais ‘forças vivas bauruenses’ estão todas convergindo para uma ação, qual a sua interpretação? Estariam dando seu aval para algo do interesse coletivo ou o deles próprios?”, diz.

Segundo a concepção demonstrada por Guardião, ninguém escapa de cometer injustiças em suas avaliações. “Agências bancadas por interesses dos detentores do capital é só a ponta do iceberg. Opiniões ditas como idôneas, mas cheias de inconfessáveis interesses é o que mais se vê hoje em dia”, segue seu relato. Guardião encerra cravando ele mesmo uma borduna no que faz: “Não pensem que eu também não o faça seguindo essa ou aquela linha de conduta. Faço o mesmo e como tudo tem o seu lado, melhor mesmo, antes de abalizar e referendar o que vê sendo paparicado por aí, pense e repense sobre quais os interesses de cada um em tomar aquele posicionamento, o de rebaixar ou elevar o nível disso e daquilo. Melhor forma de errar menos e não comprar gato por lebre”. Daí, diante disso tudo, quando você se deparar com alguém descendo a lenha e empurrando para baixo algo, pense duas vezes antes de ir lá e dar o seu quinhão para despinguelar a coisa de vez. “Mesmo sem você o perceber, algo muito idêntico a essa tal de Standart & Poor’s pode estar em pleno funcionamento aqui em plena Bauru. Cuidado, pois a qualquer momento até tu eles rebaixam, basta não rezar na cartilha lá deles”, conclui.

Obs.: Esse Guardião é criação do artista plástico Leandro Gonçalez (www.desenhogoncalez.blogspot.com), com pitacos escrevinhativos deste mafuento HPA. Ambos já foram desclassificados em variadas e múltiplas agências classificatórias, dessa forma, são assumidamente uns desclassificados.

Um comentário:

Anônimo disse...

caro Henrique

O cordão dos que querem ver a viola em caco é sempre muito grande.
Empurrar para baixo é o que mais se vê, mas com que intuito, né!!!
Carlos Brito