domingo, 25 de junho de 2017
FRASES (157)
HISTÓRIAS COM OS COBRADORES E VENDEDORES DE TELEMARKETING Eles são a ponta mais fraca desse cruel e insano sistema de cobrança existente para ditos devedores dentro do sistema capitalista. Liam em sua casa durante as horas mais insólitas do dia (e também da noite, até aos sábados). Tenho paciência com todos, mas não me furto a usar de ironia na resposta para incisivas cobranças feitas via telemarketing. Os que ligam, se não o fazem, não estariam empregados e, tenho plena certeza, estão a exercer um serviço do qual devem não gostar nem um pouco, mas é o que lhes resta nesse mundo onde cada vez mais e mais empregos inexistem. Vejam casos insólitos de amigos (as) resolvendo a questão das ligações.
1 - A cantora Denise Amaral e o "Tudo resolvido" – Essa ela me contou ontem e rimos muito. Gostei tanto que passo adiante como a primeira das respostas, a mais dentro do espírito da coisa. O cobrador te liga e pergunta por um nome de alguém conhecido ali daquele número e cujas prestações estão em atraso. Denise diz resolver de forma clássica, respondendo que: “meu caro, fique tranquilo, por aqui tudo resolvido”. Diante da surpresa e da pergunta: “Mas resolvido como se o pagamento ainda não foi feito”. Ela, com a maior fleuma deste mundo, acrescido de calma responde impávida: “Resolvemos não pagar”.
2 - O baterista Luiz Manaia e o Opala nos trinques – O sujeito liga para a casa do Ralinho, ele cansado de tantas ligações e para pessoas pelas quais nem imagina quem sejam, ouve o motivo da ligação e retruca oferecendo algo em troca: “Eu tenho a solução para resolver isso tudo. Tenho aqui na garagem um Opala nos trinques, desses que são raridades, preciso vender, mas a coisa não está fácil, já oferecei, dei desconto e nada. Você me parece a pessoa ideal para vender o danado e se conseguir vamos quitar essa pendência, o motivo de tantas ligações”. E não deixa o cara falar mais nada, despeja os dados do seu Opala numa sequência para endoidecer gente sã. O Opala existe de verdade, mas na verdade, ele não vende, trata-se de pra preciosa em sua garagem.
3 - A secretária do lar que trabalho aqui em casa e a ida para Cuba. Trabalhou aqui em casa faz anos e deve ter deixado o fone fixo daqui como referência. Já faz mais de um ano que não trabalha mais por aqui, mas as ligações continuam, tem dia que recebo umas três. Radicalizei e num contato com ela, decidimos dar a devida resposta para os que não conseguem esperar ela ter a quantia para poder quitar uma velha pendência. Desde então ligam e respondo: “Sim, claro que a conheço, trabalhou aqui, mas se foi, quando lhe acertamos o valor, recebeu um convite irrecusável e foi pra Cuba. Foi e pelo que sei gostou muito, nunca mais voltou, dizem estar feliz por lá”. A pessoa responde: “Cuba? O senhor pode dar um recado para ela?”. Respondo assim: “Eu não. Ligue você e se quiser te passo o telefone, mas te adianto lá não aceitam ligações a cobrar”. Teve um que me perguntou como faz para também ir pra Cuba. Eu também quero ir.
4 - Eu, o HPA e o "obrigado, não quero ficar doente" – Aqui em casa a história é outra. Muitas cobranças, claro, ninguém honesto escapa delas. Mas tem uma gente que descobre que não tenho no meu plano de TV a cabo esse monte de canais e ligam assim: “meu senhor, verificamos que o senhor tem poucos canais disponíveis e estamos lhe oferecendo um com 500 canais e por um preço que não vai acreditar, filmes de toda espécie, futebol e tudo o mais”. Responso com a maior calma: “Não quero e por um simples motivo, eu sou rueiro e se comprar um negócio desses, deve ser uma delícia, não vou mais querer sair de casa e rueiro como sou vou acabar ficando doente. Quero continuar quase sem canal, com pouca TV, muitos livros e muita rua. Obrigado”. Muitos me respondem assim: “Gostaria muito de ser como o senhor. Parabéns”.
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