domingo, 18 de junho de 2017

UM LUGAR POR AÍ (96)


UM BAILE DITO "DO BEM" E ALGUNS DOS SEUS SAPATEADORES

Foi uma noite e tanto de sábado. O SESC, como sempre, desde que me conheço por gente, trazendo para Bauru algo a construir mentalidades e engrandecer posturas. Sim, eles estão e são o que de melhor existe em programação cultural na cidade (anos luz à frente da regida pela Cultura Municipal). Ponto pacífico e quase sem dissidência. São décadas de boa programação, tanto confessar sem nenhuma neura: sou cria do SESC. Palco montado na quadra e por lá, a reunião dos que ainda chacoalham a roseira nesta cidade. Pelo menos, alguns destes. Dentre esses, alguns fotografados por mim. é sempre muito bom ir trombando com gente, não só a te reconhecer, mas reconhecendo em ti algo de bom. Não me canso de elogiar o SESC, pois reconheço neles ago vital na minha formação, principalmente a musical. Passaram por aquele palco tudo, mas tudo mesmo e daí, me formatei. Pois bem, vamos ao Baile do Bem.

No caderninho com a programação do show de ontem, Junho 2017, lá está: "Sandra de Sá, Simoninha e Margareth Menezes - Show Baile do Bem: O show Bailedo Bem presta uma justa homenagem a Jorge Ben Jor e Tim Maia, responsáveis por unir o Samba Rock com a Soul Music e influenciar toda uma geração de artistas. Sob o comando do trio, o baile apresenta grandes sucessos da carreira de Tim e Ben Jor, ícones atemporais da música brasileira". Nada mais. Confesso, fiquei encafifado com isso de "do Bem" no meio de um brutal e insano golpe danando o país num todo. Tudo bem que Tim e Ben Jor são o uó do borogodó e com eles sempre estarei, mas... Sempre um mas.


Não contente. Pesquisei a respeito. Descubro que o baile percorre o país não é de hoje. Foi a forma encontrada pelos três cantantes para, na união, se fortalecerem e também, com o impulso da trilha, seguir adiante. Tudo bem. O que pegou para mim foi isso de "do Bem", justo neste momento e nem uma palavrinha para dizer, ou até desdizer, estarmos vivendo um momento onde o contrário predomina. Entendo que, algo assim, fortalece uma provável saída, por caminhos mais palatáveis, deglutíveis. Gosto do conjunto da obra dos três artistas reunidos. Já gostei mais de Sandra de Sá, mas pelos seus últimos posicionamentos (não sei se já reviu alguns deles), tomando posições conservadoras, fico com um pé atrás. Simoninha fica muito em cima do muro e, dos três, a que gosto mais é a imensa baiana, Margareth. Ela, achei, um pouco deslocada no show, pois o repertório não é muito sua praia, mas tudo foi muito bom.


Fiz a ressalva, só para deixar registrado e necessário continuar atento, num momento de transição como este. Se faz necessário essa tomada de posição. Tomo e compartilho as fotos por aqui, deixando registrado, sempre ótimo, mais do que qualquer show ou evento, estar ao lado de gente querida, esses sim, do bem. Alguns desses estão nas fotos aqui publicadas.



DOIS VÍDEOS LÁ GRAVADOS:
MARGARETH MENEZES E DOIS SUCESSOS DO TIM
Do show de ontem no SESC Bauru, "Baile do Bem", a cantante baiana Margareth Menezes, canta duas juntas de Tim Maia, "Réu confesso" e "Azul da cor do mar", ao seu estilo e jeito. Essa baiana me encanta e Ana Bia Andrade já queria tirar-lhe as calças, pois achou linda. Esbocei desejos de ir ao camarim solicitar o mimo, mas recuei diante de um parrudo segurança. Curtam esse trechinho por mim selecionado.


DO LEME AO PONTAL, do TIM MAIA, na voz de MARGARETH MENEZES, SIMONINHA E SANDRA DE SÁ 

Link: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/vb.100000600555767/1733160540047281/?type=2&theater
Algo desta música me toca bem fundo. Trabalhava em Marília, morava numa república, cheia de bancários, dois por quarto. No meu, dividido com o Cavina, um que depois foi vereador e presidente da Câmara da cidade. Éramos todos novos, cheios de gás e uma música que fazia sucesso era essa. No quarto uma vitrolinha e o vinil do Tim gastava de tanto rodar. Eu e Cavina nos preparativos para sair, começo dos anos 90, dançando no quarto embalados por essa música, que nunca mais me sai da cabeça. Canto decor e salteado desde aquele tempo. Ontem, lá no SESC, cantei novamente e gravei um pedaço.

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