terça-feira, 12 de março de 2019

0S QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (123)


NO DIÁLOGO NO ELEVADOR ALGO DO SUMIÇO DOS ELEITORES BAURUENSES DO BOLSONARO
Essa não posso deixar de contar. Descia no elevador do prédio onde moro e nele um vetusto morador, antigo diretor de uma famosa universidade, ele a esposa declarados e assumidos bolsonaristas até bem pouco tempo, fazendo questão de esbarrar comigo pelos corredores e rir pelo canto da boca. Pois bem, o encontro cabisbaixo no elevador, pois diante do momento atual, pisada em cima de tomate no tomate (ui!), sabe que algo viria pro seu lado. E veio com meu questionamento: "E daí, já está com saudade dos governos Lula?". Riu meio sem jeito e também sem jeito me disse": "Esse cara aí é louco, o país está beirando o caos. Saiba você que não votei nele". Ri comigo mesmo e a resposta que lhe dei foi para fazê-lo corar de cima embaixo: "Verdade? Hoje a coisa mais difícil nesta cidade é ainda encontrar quem tenha votado no Bolsonaro, só que tivemos perto de 80% de votos nele. Não sei o que aconteceu com esses eleitores, acho que fugiram da cidade". Foi um constrangimento até o elevador chegar ao térreo, onde ele desceu rapidamente e se foi sem olhar para trás.

IMPERDÍVEL O EVENTO DO PREFEITO COMUNISTA DE BAURU, EDISON BASTOS GASPARINI
Esse é daqueles que nem a direita pode abrir o bico e querer ousar falar algo do contra, pois não existe senões na vida deste pleno e completo cidadão bauruense. Gasparini é de uma cepa que hoje está em franca extinção. Advogados dos pobres desta cidade, morreu dias depois de assumir o mandato e como vice, outro comuna, Tuga Angerami, que no seu primeiro mandato fez um dos maiores Governos que está cidade pode presenciar. No dia 23/3, 20h, no Teatro Municipal de Bauru, sob a coordenação de Sivaldo Camargo e Antonio Pedroso Junior, com uma pá de colaboradores, inclusive o nosso artista, hoje exilado em Sampa, Gilberto Maringoni, que criou esse cartaz (vou imprimir grandão e colar no Mafuá), um TRIBUTO CULTURAL para mostrar para essas novas gerações (e também pras velhas, as carcomidas pelo tempo), gente que só conhece o bairro Gasparini, mas nada sabe de quem foi essa enorme figura humana. Estão entrevistando uma pá de gente, depoimentos dos mais contundentes e reunindo pessoas inimagináveis, todos convidados para estar no mesmo local, pela causa mais nobre possível nesses bicudos tempos, o de não fazer o que bestas feras reproduzem hoje, desdizer de comunistas, de suas ações e realizações. Gaspa prova tudo ao contrário dessa lenga lenga hoje predominante e estará elevado aos píncaros da glória, lugar de maior consideração que essa cidade pode conceber. Que nasça dessa noite uma reação para virar logo essa mesa e restabelecimento da sensatez na mente de tudo, todas e todos. Sempre estive com esse Gasparini e nunca deixarei de estar, pois seu jeito simples, decidido e propositivo sempre me cativou. Não posso afirmar ter sido o melhor prefeito, pois foram somente alguns dias de mandato, mas Tuga (Shalimar Nogueira Angerami, como a gente faz para convencer o macanudo do seu marido para sair da toca nessa noite?) o representou a contento na sequência, dando um tapa com luva de pelica no conservadorismo e no espírito ditatorial que ainda pairava no ar rarefeito bauruense. É de gente assim que precisamos na política, ainda existem alguns vivos, daí precisamos votar em gente dessa laia e quilate, do contrário Bauru será sempre administrada em prol de uma minoria. Quando o povo entender que quem de fato fará algo por eles é gente como esse hoje homenageado, uma luz se acenderá no final do túnel.

"NOSSO PREFEITO COMUNISTA - Edson Gasparini foi um bravo. Comunista a vida inteira, foi incontáveis vezes vereador em Bauru, antes de se eleger prefeito em 1982. Advogado trabalhista, era um feroz defensor dos interesses populares, na tribuna e nos bairros. Foi detido várias vezes, no período mais pesado da ditadura. Foi embora novo, aos 49 anos, seis meses depois da vitória. A tarefa pelos seis anos seguintes seria empunhada por seu vice, o então jovem professor Tuga Angerami. Foi uma gestão de enfrentamento e inversões de prioridades, com um secretariado jovem e eficiente. O principal de seus auxiliares, Davi Capistrano, revolucionou a saúde na cidade. Dia 23, faremos uma justa homenagem a esse valente brasileiro", Gilberto Maringoni.

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