BAURU EM TRÊS ABORDAGENS DIFERENTES
1.) SEU BAU, O DO SEBO NA RODRIGUES FALECEU E COM ELE MAIS UM LIVREIRO DE RUA QUE SE VAI
Essa cena registrada na foto aqui publicada, seu Bau, ou João Francisco de Bau, o idealizador do famoso Sebo do Bau diante de sua loja não mais ocorrerá. Ele se foi definitivamente dia 20/03, com mais de 90 anos de idade. Essa loja já estava fechada há várias semanas, desde quando foi internado no Hospital Estadual e lá permaneceu até seu óbito. Fez história, desde os tempos quando abriu um pequeno sebo numa banca na vila Independência, junto ao um mercado não mais existente. De lá veio para o centro e junto dos filhos tocou um sebo, também não mais existente diante do antigo Cine (esse também derrubado e hoje só mato no lugar) na rua Treze de Maio e outro, esse o único aberto e tocado pelo outro filho. Seu Bau tocava o seu na Rodrigues Alves, entre a Treze e a Agenor, num corredor atulhado de livros, discos, CDs e afins. Era a simpatia em pessoa e fazia qualquer negócio para revender seus produtos. Bom de conversa, sempre tinha um bom desconto para os que ali aportavam e além de tudo, o papo ali propiciado era alentador, sempre carregado de muito calor humano. Sua vida foi recheada de muitas histórias, algumas já contadas por mim em posts do Mafua do HPA (eis o link de alguns deles: https://mafuadohpa.blogspot.com/search?q=sebo+do+Bau). Numa delas, essa dos seus tempos de capital paulista, quando era zelador de um prédio, o que morava Elis Regina. Contava que, no dia de sua morte, seus filhos Maria Rita e Pedro Mariano, amigos de seus filhos ficaram sob seus cuidados até a situação se normalizar. Um livreiro desses simples, se desdobrando para manter aberto seu negócio em tempos onde só mesmo fazendo uso do seu raro poder de negociação e entendimento de comércios dessa natureza o levaram a permanecer vigoroso até o fim. Um espaço que fará muita falta no centro bauruense, pois ali era também espaço de reunião de amigos e amantes de livros. Só de passar diante do local e já ver a porta fechada e aquilo tudo lacrado e não mais ali a presença irradiante do seu Bau, motivo de grande tristeza para quem o conhecia. O loja da Treze continuará aberta, tocada pelo filho e dando prosseguimento ao ramo de negócio idealizado pelo pai. Imensa saudade. Tomo conhecimento da morte, pois dias atrás estive no sebo da Treze para saber dos motivos da loja da Rodrigues permanecer fechada. Sou informado da internação e do seu estado grave de saúde. Sou autorizado a ir visitá-lo no Hospital, mas devido enchente no Mafuá, adio a visita e quando vou fazê-la nesta manhã recebo no guichê da entrada do hospital a triste notícia. Cheguei tarde.
2.) A PREFEITURA VEIO ATÉ OS MORADORES DA QUADRA UM DA GUSTAVO, OS PREJUDICADOS PELA ÚLTIMA ENCHENTE
Foi hoje pela manhã. Trazidos pelo vereador Natalino da Pousada, o Secretário de Obras da Prefeitura Municipal de Bauru, Ricardo Zanini Olivatto e do sr Theo, funcionário graduado de carreira da mesma secretaria, estiveram reunidos com moradores das quadras 1 e 2 da Gustavo Maciel, da quadra 1 da rua Aparecida e das quadras 1 e 2 da rua Inconfidência discutindo soluções para o problema das frequentes enchentes no local. Desta feita, a última ocorrida semana passada teve um pico de altura de quase dois metros de água dentro de uma das residências, a mais prejudicada. A reunião ocorreu na calçada defronte essa residência e ali a fala dos três presentes.
De tudo o que foi ouvido, algo bem claro:
- A Prefeitura não tem dinheiro para quase nada. Não pode até dragar o rio. Seu piso é de concreto e não pode retirar essa base, pois toda a lateral pode ruir e piorar a situação.
- A ideia de afundar a leito do rio foi descartada, por esse motivo.
- Alargar as laterais também inviável financeiramente, pois seria uma obra grandiosa e de vários quilômetros, envolvendo até diminuição do leito da avenida Nuno de Assis.
- Elevar a altura da ponte uma ideia, pois é sabido que enquanto as águas do rio passam por debaixo da ponte não são lançadas na marginal lateral, inundo essa região. Ficaram de ver essa possibilidade, mas também envolve custo elevado e Prefeitura sem recursos.
- A construção de um Piscinão em área a ser definida desafogando o rio em dias de muita chuva.
Solução à vista? Poucas ou nenhuma. O que ficou claro é ser essa área CONDENADA, como foi dito explicitamente para os presentes. Alguns se exaltaram, o prefeito foi xingado, o funcionário Theo ouviu palavrões e no fim, visitaram algumas residências, se colocaram à disposição dos moradores, mas de concreto, além do interesse em resolver, nada. Se algo ocorrer, muito a longo prazo e com recursos a serem buscados via deputados e Governo Estadual e Federal. Nenhum dos últimos prefeitos fez algo de concreto para sanar a situação e esse também não fará, pois segundo ficou entendido, além da busca da solução, existe todo um outro problema envolvendo a impermeabilização do solo, localização das residências próximas a rios, etc. Ou seja, nada será feito, além de uma única coisa, o trivial que sempre se promete nessas oportunidades, a isensão do IPTU para os moradores do local. Todos ali presentes, com gastos imensos de reposição de móveis e limpeza de suas casas, provavelmente terão um paliativo de aproximadamente R$ 300 anuais, que é o valor da anuidade do IPTU. No mais, menos...
Foi hoje pela manhã. Trazidos pelo vereador Natalino da Pousada, o Secretário de Obras da Prefeitura Municipal de Bauru, Ricardo Zanini Olivatto e do sr Theo, funcionário graduado de carreira da mesma secretaria, estiveram reunidos com moradores das quadras 1 e 2 da Gustavo Maciel, da quadra 1 da rua Aparecida e das quadras 1 e 2 da rua Inconfidência discutindo soluções para o problema das frequentes enchentes no local. Desta feita, a última ocorrida semana passada teve um pico de altura de quase dois metros de água dentro de uma das residências, a mais prejudicada. A reunião ocorreu na calçada defronte essa residência e ali a fala dos três presentes.
De tudo o que foi ouvido, algo bem claro:
- A Prefeitura não tem dinheiro para quase nada. Não pode até dragar o rio. Seu piso é de concreto e não pode retirar essa base, pois toda a lateral pode ruir e piorar a situação.
- A ideia de afundar a leito do rio foi descartada, por esse motivo.
- Alargar as laterais também inviável financeiramente, pois seria uma obra grandiosa e de vários quilômetros, envolvendo até diminuição do leito da avenida Nuno de Assis.
- Elevar a altura da ponte uma ideia, pois é sabido que enquanto as águas do rio passam por debaixo da ponte não são lançadas na marginal lateral, inundo essa região. Ficaram de ver essa possibilidade, mas também envolve custo elevado e Prefeitura sem recursos.
- A construção de um Piscinão em área a ser definida desafogando o rio em dias de muita chuva.
Solução à vista? Poucas ou nenhuma. O que ficou claro é ser essa área CONDENADA, como foi dito explicitamente para os presentes. Alguns se exaltaram, o prefeito foi xingado, o funcionário Theo ouviu palavrões e no fim, visitaram algumas residências, se colocaram à disposição dos moradores, mas de concreto, além do interesse em resolver, nada. Se algo ocorrer, muito a longo prazo e com recursos a serem buscados via deputados e Governo Estadual e Federal. Nenhum dos últimos prefeitos fez algo de concreto para sanar a situação e esse também não fará, pois segundo ficou entendido, além da busca da solução, existe todo um outro problema envolvendo a impermeabilização do solo, localização das residências próximas a rios, etc. Ou seja, nada será feito, além de uma única coisa, o trivial que sempre se promete nessas oportunidades, a isensão do IPTU para os moradores do local. Todos ali presentes, com gastos imensos de reposição de móveis e limpeza de suas casas, provavelmente terão um paliativo de aproximadamente R$ 300 anuais, que é o valor da anuidade do IPTU. No mais, menos...
3.) POR QUE NÃO SE DISCUTIR A REAL UTILIDADE DA ATIVIDADE DELEGADA NA CIDADE?
Dias atrás ouvindo o Informa Som da 94FM, percebo uma insistência no pessoal da bancada, o trio que comanda o programa matutino em cobrar do prefeito e ver seu posicionamento o mais rápido possível, em respeito à renovação do contrato que dá guarida dentro da Prefeitura para a denominada Atividade Delegada. Ela, na verdade, nada mais é do que o rapasse de considerável valor para as mãos de um grupo, capitaneado por comandantes da Polícia Militar e esse redistribui o valor para soldados atuarem numa hora extra oficializada nos seus horários de folga dentro do trabalho que executam. Muita pressão em cima do prefeito para essa renovação. Circula nos meios de mídia, incentivado por esses, que o prefeito não acorda cedo e só começa suas atividades bem mais tarde que os demais, porém, nesse dia, quase no final do programa, um dos locutores interrompe a narrativa de outro tema para anunciar que o prefeito havia ligado para informar que a cidade deveria permanecer tranquila, pois o contrato seria renovado. Ufa! Confesso ter sido contra desde o primeiro momento, pois ele abre um perigoso precedente para o serviço público. Porteira aberta para um, pode ser escancarada para muitos outros setores, que se acharão no mesmo direito. A atividade policial é imprescindível dentro de qualquer sociedade e a defendo de forma intransigente, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. O buraco, porém, é bem mais embaixo e hoje, quem se arvoraria em levantar o debate sobre a real utilidade e necessidade dessa atividade dentro do serviço público? Mais que isso, além do precedente perigoso, outros riscos e um poder paralelo sendo levantado, assegurado e bancado de forma a fortalecer cada vez mais esse segmento. Não se esperava do prefeito outro posicionamento, pois deve estar tomando a decisão dentro de muita pressão, vinda de todos os lados e lugares. Creio que, diante de tantas Audiências Públicas na Câmara Municipal de Vereadores, essa nenhum dos edis ainda teve coragem de sugerir, mas que o assunto é mais que pertinente, isso não se tem a menor dúvida.
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