domingo, 21 de junho de 2020

CENA BAURUENSE (203)


ISSO TEM QUE VIR ANTES DE TUDO
O ABUSO DOS ABUSOS - LIBERAR GERAL

Primeiro o SinComercio faz uma campanha pelo retorno imediato e abertura do comércio em todas suas instâncias, não levando em consideração estarmos diante do pico da doença, com a capacidade de atendimento da rede hospitalar no limite do limite. Aumento de casos a partir daí se devem muito por causa dessa pressão. Posto isso, algo novo num anúncio hoje publicado no Jornal da Cidade. Eles agora EXIGEM por meio de Notificação Extra-Judicial que a Prefeitura interrompa qualquer tipo de fiscalização exercida junto a eles, deixando que eles a façam como bem entendem e sem nenhum tipo de regras externas. Eu quando li, primeiro me sentei, tentei raciocinar, mas não conseguindo a contento, o mínimo que posso fazer é tornar meu lamento e repulsa públicos. A isso eu não dou o nome de insubordinação, mas algo de muito pior conceito, que tenho até receio de aqui citar com palavras. No mínimo, tem entidade de classe perdendo a razão. Não se atentem ao número de mortos, pois além da subnotificação, o mais importante é outro dado, o da quantidade de doentes, de gente necessitando de atendimento e o da capacidade deste atendimento. O aumento ocorrido nos últimos dias tem causa e efeito. Quero ver quem incentivou e pressionou até não mais querer pelo retorno se vai assumir pelo que fez quando o caos estiver instalado. Agora, com a exigência do Liberou Geral, um algo mais a ser colocado e pesado nessa balança da conscientização coletiva. Essa a Bauru dita e vista como totalmente "SEM LIMITES".

ISSO TUDO ESTÁ OCORRENDO AQUI NA DITA "SEM LIMITES", BAURU PANDÊMICA
01. Na rua Alípio dos Santos, vila Cidade Universitária, alguém procura agir diferente dos que saem desmedidamente às ruas em plena pandemia e se põe a cuidar de uma pequena horta no quintal frontal de sua residência, até como medida para ajudar a passar o tempo.
02. Dias atrás, num post e foto do artista plástico Silvio Selva, algo do que ele observa nas andanças pelas ruas desta sem limites cidade: "Vivemos em um país no qual as pessoas descartam seu lixo nas calçadas . Ou seja, muita gente ainda vai morrer de covid, dengue e tuberculose...". Coronavírus é pouco para nós...
03. Sábado passado, parte da tarde, parque Vitória Régia e cerimônia de casamento ali se realizando, com fotos e gravação, tudo embalado pelo ambiente propiciado pelo local.
04. Esquina da rua Rio Branco com avenida Duque de Caxias, três farmácias em três delas e na última remanescente, onde por décadas funcionou a padaria 24h, Torre de Belém, hoje terra arrasada, prédio colocado abaixo e no lugar, nada mais a lembrar o passado imponente nas noites ali vividas e daqui por diante, mais uma edificação e comércio e reverenciar o que impera na região, algo medicamentoso. As histórias vividas por boa parte dos boêmios desta cidade em passagens madrugativas por esse endereço merecem relatos históricos, de alcova e porto seguro em madrugadas de tempos de antanho, lembradas com garbosidade quando da derrubada de suas paredes.
05. Amenizando um pouco a pegada no dia de hoje, nada como contar algo de um monumento de grande importância para esta cidade, um localizado na praça da Paz, obra do escultor José Laranjeira, inaugurado em 1988 e aqui num breve relato de seu criador, algo mais da obra: "Os monumentos são marcos imprescindíveis para consolidar uma identidade sólida dos lugares do mundo no imaginário das pessoas. É lamentável e triste ver que ainda prevaleça entre nós e entre os que tem o poder de realização a subserviência cultural de nossos espaços públicos. Ainda bem que aproveitei a oportunidade rara que o governo socialista de Tuga Angerami me brindou de contribuir com minha obra artística escultórica. O monumento da praça da PAZ é ÚNICO no MUNDO, ele foi criado por mim para valorizar a cidade onde eu nasci, Bauru. O vôo da paz é um marco simbólico e estético de uma identidade decente e digna". A foto é de autoria por mim desconhecida, mas adoria divulgar sua autoria.
06. Em foto de Kyn Junior, divulgada no início deste mês, sua tentativa de mostrar com a calçada da avenida Getúlio Vargas, Zona Sul da cidade, completamente vazia, quase sem ninguém se exercitando por lá, aquilo que geralmente acontece no discurso mais plopalado na terra "sem limites": façam o que eu digo ("todos pra rua") e nunca o que eu faço ("eu sei me proteger").
07. Mais de noventa dias de confinamento, mas nas ruas não existe meios de conter a aproximação entre os que se encontram em situação de abandono, como estes na praça Rui Barbosa, cada vez mais unidos entre si, desconfiados de muita coisa à sua volta e sem esperanças pelo que virá pela frente, ou seja, contando com a própria sorte.
08. Essa foto da movimenta esquina da rua Primeiro de Agosto com Agenor Meira eu tirei em março, mas hoje, finda primeira quinzena de junho, como deve estar? A mesma coisa ou mais movimentada e cheia? Enfim, o que fizemos dos cuidados para com a pandemia...
09. Sabe aquela vertente do ditado popular, "em cabeça de padre e de...", pois bem, na Catedral do Divino Espírito Santo, templo maior do catolicismo em Bauru, existia até meses atrás - a pandemia o ocultou -, um mural feito segundo alguns pelo artista plástico José Laranjeira, porém, na reabertura dos templos a descoberta, ele foi coberto por outro de metal. Fiéis denunciam me enviando a foto e com a pergunta: "Obra de arte pode ser alterada?". Quem me enviou ainda fez questão de afirmar: "Eu não achava bonito, mas colocaram um resplendor de metal em cima do Adão e Eva". E assim está hoje lá no alto do altar.
10. Essa foto tirada em formato de selfie pelo tapeceiro Renato Munhoz da Costa, não representa meramente mais uma fila, ela é muito mais que isso. Foi tirada ali defronte a Farmácia Popular da Prefeitura, na rua Sete de Setembro e merece considerações especiais feitas pelo próprio autor: "Grávidas, idosos, deficientes não merecem nenhum atendimento especial e os funcionários estão mais rabugentos, não sei se pela pandemia ou se por despreparo, falta de aptidão para atender tanta gente. Fica todo mundo em pé, sem preferencial, sem bancos, debaixo de chuva, sol, frio, como for. Má qualidade de atendimento, sem distanciamento, serviço precarizado. Dar rémedios, serviço público, excelente, mas falta algo mais para ser merecedor de elogios, que seria o respeito ao doente e a quem vai buscar algo para este, ainda mais num setor de saúde pública". Um registro carregado de muita dor e emoção, por tudo o que ele pessoalmente constata nos seus retornos ao local.

ISSO TAMBÉM MERECE TODO O RESPEITO E CONSIDERAÇÃO
ATOR MARCOS PALMEIRA E A GRANDE SACANAGEM PRESTES A OCORRER COM O ASSENTAMENTO LUIZ BELTRAME, EM GÁLIA
Todas as formas, as possíveis e as impossíveis, espalhando com o vento a necessidade da manutenção do Assentamento Luiz Beltrame Castro. Aqui só uma das tantas repercussões sendo espalhadas país afora. Não podemos deixar que o despejo de concretize por causa de uma ação irresponsável do Incra, que desde Temer/Bolsonaro só tem prejudicado os trabalhadores brasileiros. Basta de insanidade neste país. Eis o link: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/3568795739817076/


E ISSO ENTÃO?!?!
AINDA EXISTEM ABILOLADOS DISPOSTOS A PARTICIPAR DE UMA LOUCURA DESSAS? - BAURU EM PERIGO
Amigo me envia recado neste momento pelo reservado do facebook: "Passou um carro de som hoje cedo aqui nos altos da rua Bernardino de Campos, convidando as pessoas a participarem da carreata a favor do bostonaro... Dizia que a carreata sairia da Nações Norte rumo ao Ceasa de Bauru as 10:00h. Pedia fechamento do STF, fim do comunismo, fim da rede Globo e pregando a favor do golpe militar". Perguntei se falava algo sobre o descalabro do ministro que fugiu do país e chegando nos EUA deixou de ser ministro e no Queiroz que arrecadava grana viva dos funcionários do filho do Bolsonaro na ALERJ para caixinha e enriquecimento familiar? Disse que sobre isso nada foi dito, daí vi tratar-se de um grupelho restrito, minoria barulhenta e propondo algo sem noção, munidos pelo ódio e declarado incondicional amor ao ídolo lá deles, já rejeitado pela maioria dos brasileiros. Portanto, se presenciar algo assim logo mais na Nações Unidas e não quiser ser taxado de abilolado, melhor manter distância. O que a gente faz do lado de cá é manter a corda esticada e propondo esse rompimento o quanto antes com esse país racista, fascista, preconceituoso, miliciano e hoje também já sabido como criminoso. É a turma do ódio nos sinais mais que evidentes da perda da razão. ÚLTIMA INFORMAÇÃO: Quando contagiado pelo ódio, dificilmente a cura. Quase sempre fatal...

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