segunda-feira, 4 de julho de 2022

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (205)


ESTILO "EXPRESSO DE PRATA" DESCARACTERIZADO, ADENTRANDO EM CAMPO A CARA E O JEITÃO DA "REUNIDAS"
Que o velho e prático modo de viajar do Expresso de Prata é bem diferente do colocado em prática pela Reunidas, disso ninguém tem a menor dúvidas. Enfim, existem meios e meios de tocar empresas dentro do modal capitalista. O Prata, ao estilo do Franciscato, com todas as críticas possíveis, quando na comparação com o da Reunidas, quase o da água pro vinho - ou mesmo ,da água pro barro. Explico sem delongas. As informações que chegam de quem tem se utilizado de viagens nas últimas semanas é um tanto desoladoras. Vamos a elas.

Você pega o ônibus no terminal de Bauru, com destino a São Paulo - este o motivo deste escrito - e já percebe mudanças logo no embarque. Os guichês já não possuem mais vários funcionários e em alguns horários, mesmo de pico, somente um, sempre com filas e muita morosidade. Sobrecarregado, os que restaram se desdobram e a fila grande ali na frente. Quando desce para pegar o ônibus no embarque, outra alteração. Bauru já não é mais o destino final e o do início da maioria das viagens. Ou seja, como as viagens não começam mais em Bauru, são constantes os atrasos. No indicativo na frente do ônibus, principalmente quem vem de São Paulo para Bauru, dificilmente ainda se encontra Bauru no letreiro. Agora, o destino final, Panorama, Andradina ou Tupi Paulista.

Saindo do terminal de Bauru a primeira parada era o Rodoserv, pertencente ao grupo Prata, mas agora, como a Reunidas possui contrato com o Graal, mal o ônibus sai de Bauru, adentra a rodovia Rondon e já para no posto da Graal, ainda dentro da cidade. Já aí uma perda considerável de tempo e uma parada totalmente sem sentido. Depois, a parada normal no Rodoserv e, pasmem, a maioria dos ônibus, sem nenhum aviso prévio adentra agora no terminal de Osasco, já na entrada da Grande São Paulo. Uma viagem que demorava não mais que quatro horas, mesmo com trânsito intenso, agora perde-se de vista, podendo ser acrescentado, em alguns casos, até duas horas de acréscimo.

Os funcionários se encontram acertadamente arredios e não puxando muita conversa, pois as mudanças calaram muito fundo neles. Muitos motoristas foram afastados ou simplesmente demitidos, assim como os atendentes dos guichês, ou seja, está já implantado o modus operandi da Reunidas, com redução drástica do quadro de funcionários. Essa a forma de aumentar a lucratividade de algumas empresas. Aquele velho estilo familiar, a cara do Prata já não mais existe. Antes, com o Prata, um primor, hoje com a Reunidas, se alguém te responder em alguma indagação pela via telefone, considere-se de sorte. O padrão Reunidas é o oposto do que se via no atendimento ao usuário quando Prata. Até nas paradas do Rodoserv mudanças estruturais, pois se antes o padrão era 20 minutos, hoje, nas denominadas viagens mais longas, a parada é encurtada em dez minutos, dando sufoco em alguns desavisados e ainda acostumados com o modo antigo de atendimento.

O Prata possuia um site eficiente e prestativo, com atendimento rápido e primando pela cortesia, amabilidade. Hoje até a venda de passagem por essa via está terceirizada e feita agora pela Mobi Fácil, ou seja, sem possibilidades de nenhum contato mais estreito e amigável. Tudo mecanizado, 100% desconectado de atendimento personalizado. Perdeu-se também o vínculo de Bauru com São Paulo, pois Bauru deixou de ser o epicentro da empresa. Talvez até a garagem central perca sua importânia e utilidade, com a maioria dos ônibus sendo realocados para outras cidades. Os atrasos, - antes a maioria das viagens saiam de Bauru - se devem em primeiro lugar, ao início das viagens não mais ocorrerem na cidade.

O padrão Reunidas já é conhecido da população brasileira. Quando a empresa aérea Gol era do grupo Constantino, até a limpeza era motivo de incontáveis críticas e tudo só foi solucionado com a venda para outra empresa e essa hoje cuidando desses pequenos e todos os demais etalhes. A única coisa continuando ainda no padrão antigo é o uniforme dos funcionários, mas dizem, já é estudado desaparecer e adentrar o do novo dono. Se antes, existiam reclamações com o estilo Expresso de Prata, hoje com o da Reunidas vigente, dizem que os passageiros estavam no céu e não sabiam. Já dos preços, sem nenhum alteração, altos com ambos proprietários.

O ÔNIBUS COM DESTINO PARA POÇOS DE CALDAS ATROPELOU DUAS SECRETÁRIAS AO MESMO TEMPO
O bicho pega lá pelos lados da Secretaria Municipal de Cultura. Hoje, a representante do grupo Clube da Viola disse em entrevista para uma TV, que possuia a prática de emprestar ônibus para viagens dessa natureza há pelo menos dez anos. De imediato, a vereadora pestista Estela Almagro prontamente solicitou artigo 18 - o da urgência na entrega de documentos -, causando o maior bafafá lá pelos lados das Nações Unidas.
Quarta, 06/07,segundo dia de audiência pública, onde serão ouvidos representantes das Secretarias de Educação e a de Cultura sobre os procedimentos adotados quando da cessão destes ônibus. Noutro dia as próprias secretárias. O bicho deve pegar e feio, pois tal procedimento é para derrubar um elefante, o mais pesado animal que vemos pela aí, quanto mais um servidor público, seja ele de carreira ou cargo de confiança. Não pode ser tolerado contemplação ou algo como, alegar desconhecimento de algo tão fora da casinha.

Tem gente que não dorme de hoje pra amanhã. Com as "barbas" (sic) de molho, creio que a saraivada será para derrubar o tal do elefante. A audiência promete...
OBS.: A ilustração deste texto é a magnífica charge do Fernandão Dias, publicada no Jornal da Cidade, edição de 02/07/2022.

ANTES O MEDO DA INVASÃO, AGORA TUDO ROUBADO E OS QUE ANTES DENUNCIAVAM SE CALAM
No sistema capitalista vigente existem infinidades de defensores da propriedade privada, mesmo quando ela se encontra abandonada e degradada. Esperneiam com receio de áreas serem ocupadas para moradia popular, mas não investem com o mesmo ímpeto quando tudo se encontra dilacerado e justamente pelos que se apresentam como seus protetores.

Tempos atrás, não tão distantes, julho de 2021, o vereador Meira fez pronunciamento e publicou algo contundente sobre uma possível ocupação em área localizada no Distrito Industrial II, junto da rodovia Marechal Rondon, pouco antes do Hospital da Unimed, do outro lado da pista, onde funcionou por alguns anos a FUNCRAF. Essa fechou suas portas e a área ficou sobre a guarda da Prefeitura Municipal de Bauru. O vereador tinha receio da área ser ocupada por assentamento de movimento social e urbano. Demonstrou todo seu descontentamento.

O tempo passou e o movimento social acabou indo em busca de outra área para abrigar os tantos sem teto e programa social que os abrigassem. Outra coisa aconteceu e hoje a degradação vergonhosa do local. Quem passa pela rodovia observa que tudo por lá ou foi ou está sendo dilapidado. Uma vergonha ver o descaramento de tudo que é servivel estar sendo roubado na cara dura. Resta pouco. Hoje militantes sociais lá estiveram para fazer a denúncia ao contrário, ou seja, filmaram e constataram, a área não teve finalidade social, mas quem iria cuidar dela até designação de finalidade outra, vê tudo ocorrer e nada faz.

No Brasil as coisas ocorrem exatamente dessa forma e jeito. Reforma agrária causa repulsa, ainda mais em área próxima de empreendimentos empresariais. Já ser tudo roubado na cara dura nem tanto, enfim, se algo vier a ser feito, todo o investimento feito anteriormente já está perdido e terá que ser refeito. Olhos para os sem teto, pelo visto, quase nada vindo dos atuais administradores públicos.

A denúncia está feita. Falta ver que tipo de providência ocorrerá e se o mesmo vereador virá a público, também de forma incisiva contra o estado atual da FUNCRAF. Imaginem todo aquele espaço vivenciando novo momento, com centenas de famílias ali residindo? Com certeza nada estaria degradado.


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