sexta-feira, 4 de novembro de 2022

CHARGE ESCOLHIDA A DEDO (188)


MENSAGEM IMPORTANTE
Faz-se urgente começarmos a falar em *extrema-direita* e não em Bolsonarismo. Precisamos enviar o inominável para o esgoto, deixa-lo cair no ostracismo.
Devemos dizer *"grupos de extrema direita"* e não “bolsonaristas”.

Isso pode até fazer essas pessoas pensarem sobre o que realmente elas são neste momento! E também enfraquecemos o bozo.
Podemos também dizer: "grupos fascistas, de extrema direita".

A linguagem não é neutra! Devemos utilizá-la a nosso favor, e não contra nós.
Texto de André Gurzy.

DE ONDE SAÍRAM ESTES - DA INSANIDADE NAS RUAS
"Um imenso hospital psiquiátrico a céu aberto, como nunca se viu, milhares de pessoas em delírio, dizem coisas sem sentido, desconexas e mentirosas.

Elas saíram de um mundo que não se sabia existir e esperam por um salvador, um líder, ou qualquer coisa que lhes conforte e acalme a alma perturbada.

Há uma curiosa identificação entre estes seres de todos os lugares. Eles têm dificuldades imensas em aceitar os outros como são (juízes, libertários, mestres, cientistas, especialistas, progressistas, filósofos, jornalistas, entre outros).

Gritam por liberdade, divindade, família, propriedade e patriotismo reverberando o próprio grito, sem saber direito o que significam. Ao dispensar a ciência e a filosofia e acreditar cegamente em alguma religião só sabem valorizar coisas unilaterais e práticas em suas vidas egoísticas.

Dado o grau de comprometimento e a distorção de suas visões de mundo transformaram-se em fundamentalistas.

Como não conseguem ver a si mesmos, transformaram-se naquilo que criticam e atribuem aos seus adversários.

Não temos ideia de que seja possível um esclarecimento em massa. Por isso as pessoas de bom senso passaram a ter medo do futuro, porque eles são muitos e estão entre nós.

Um retrato do nosso Brasil a 3 de novembro de 2022 ."
Prof. Antônio Heberlê

EU GOSTO DOS QUE PENSAM E LUTAM
Aqui em Bauru, existe um bando de pessoas agindo irresponsavelmente pelas ruas por estes dias e muitos deles são todos conhecidos de todos nós. São as tais figuras impolutas, as comandando inúmeros negócios comerciais pela cidade, gente estudada e que até então os achava centrados, com um mínimo de bom senso em suas ações, mas de uma hora para outra expuseram o seu lado mais nefasto.
Vieram me dizer hoje que, sempre agoiram assim, estavam um pouco camuflados, mas sempre estiveram deste lado da contenda. Hoje quando vi aquele dona de famosa imobiliária da Zona Sul, ele travestido com as cores da bandeira, comandando o teatro tétrico e pueril advindo das ruas, a ficha caiu. Muitos revelaram sua verdadeira face. O cara que preside o time de futebol, o outro que o banca, o que produz cartazes, o dono daquela escola famosa, o outro de um restaurante, deuma famosa loja de roupa masculina, a de uma estamparia, religiosa até não poder mais, mas insensível para com tudo o mais e hoje, só reverenciando o taldo "mito", clamando nas ruas por golpe militar, não aceitando uma derrota e acampados, antes na rodovia, hoje diante de um quartel do Exército. Ao ir descobrindo e os vendo neste momento agindo contra a democracia, sei que, no mínimo se beneficiaram de algumas benesses do período que ora se encerra e estão clamando nas ruas pela manutenção de seus privilégios. Não existe luta pelo Brasil, defesa das cores nacionais, patriotismo e sim, tão somente, defesa de privilégios conquistados. O trabalhador perdeu todos e estes, os que, hoje administram suas empresas sem legislação trabalhista a proteger seus empregados, se sentem livres, leve e soltos para ganhar muito mais que antes. Nadam de braçada e não querem perder, mesmo que, cientes de terem conquistado tudo de forma irregular, deixando outros tanto na miséria. O que vale mesmo é a defesa dos seus privilégios. Olho para eles todos e quando os vejo hoje envergando o verde-amarelo, lembro da frase do Suassuna, aqui compartilhada.

GANHAR É BOM*
* Meu 82º texto para o semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, edição de hoje nas bancas:
Sim, ganhar sempre é bom. Feio mesmo é não saber perder. Escrevo, evidentemente, sobre o resultado das últimas eleições, a paulista, elegendo Tarcisio de Freitas e a nacional, elegendo, Luís Inácio Lula da Silva. Escrevo de mim, portanto na primeira pessoa. Creio ter mais perdido do que ganho as contendas enfrentadas ao longo da vida, principalmente as envolvendo as questiúnculas políticas. 

Sempre estive do lado da dita esquerda, a contestando o modus operandi dos “donos do poder”, tanto locais, como os barões de fora. Quem defendo os interesses populares, portando o da maioria da nação, bate de frente contra quem defende os interesses dos donos do capital, a minoria endinheirada deste país. Escolhi este lado e não mais o abandono. Hoje, mesmo diante de parcela dessa massa popular se encontrando de cabeça virada, feita por um intenso trabalho da mídia e de fake news, não desanimo, persisto, insisto e resisto.

Defender este lado é bater de frente contra interesse de poderosos. Olho para o pleito aí em Santa Cruz e dentro da composição da Câmara de Vereadores, somente um votou em Lula, os demais se deixaram levar ou são mesmo dessa nova corrente, a já considerada de ultra-direita. Em Bauru não foi diferente e creio, se três dentre todos votaram em Lula. 

A vitória com Lula já era esperada e se ocorreu de forma apertada, motivo para apreensão e maior comemoração. Ufa, ganhamos! Por outro lado, em São Paulo o bicho vai pegar, pois Tarcisio será a personificação da ultra-direita bolsonarista. A atuação no mais rico estado da federação será decisiva e incisiva. Preparem-se, pois se a desinformação o elegeu, o que vai vir por aí, irá atingir a todos indistintamente, inclusive os que nele votaram sem o sabe do que se trata. Uma névoa pérfida e perigosa paira sobre todos.

De um lado esperança, do outro a certeza de que, sem “sangue, suor e lágrimas”, nada ocorrerá. Lula precisará da mobilização dessa massa que o elegeu, pois mesmo com todo o poder de persuasão e convencimento deste grande líder, desunidos teremos anos mais do que conturbados. E pra variar, ainda a inconsequência nas ruas, com os que não sabem perder. Estes, por si só, sozinhos irão se deteriorando e de derretendo, mas no momento, estão por aí, a demonstrar o quanto o ser humano é degradante. No mais, festejo e ainda consigo vislumbrar algo de bom para este grande País, o desabrochar de uma luz no final do túnel.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).

RECADO DO HPA (01)*
* Pra quem gosta de escrever (e ler escritos produzidos) à mão...

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