DINHEIRO NA CONTA DESSA PREFEITURA É ALGO CONFIÁVEL?Dou minha modesta contribuição neste momento, intermediando com meus parcos conhecimentos para que uma entidade da cidade possa receber lá na frente um valor, por ela solicitado e já quase na fase final de aprovação, advindo do Governo Federal. A presidente dessa associação me indagava se o valor correspondente teria como entrar direto em sua conta e assim, ela prestar contas. Existe um entrave e tudo irá para a conta da Prefeitura e ela, como uma espécie de verba carimbada, deve repassar tudo para a entidade.
Hoje, ouço o vereador Segalla contar uma aterradora história de outra entidade da cidade. Essa associação pede apoio financeiro junto ao Banco do Brasil, num amplo projeto social. O banco analisa todos os deatlhes e acha viável efetivar o repasse. O faz, mas tudo adentra a conta da Prefeitura Municipal e essa a responsável por repassar para a associação. Hoje, passado quase um ano do valor já tendo sido entregue, o Banco do Brasil está solicitando para a associação que comece a proceder a prestação de contas, algo tão importante quanto o repasse.
Pois bem, sabem o que aconteceu. A associação não tem como prestar contas de nada, pois até a presente data, um ano do repasse, o dinheiro continua retido nas contas da Prefeitura, administração da incomPrefeita Suéllen Rosim e não foi repassado, apesar dos constantes e insistentes pedidos.
Volto para a entidade onde tento dar meu quinhão de colaboração e diante dessa notícia, sei o que deveM estar a pensar: "Depois de tudo, toda a papelada, toda a documentação que tive que providenciar, tanta ida ao cartório regularizando tudo, será que quando for aprovado, o dinheiro chegar na conta da Prefeitura, ela repassará ou acontacerá o mesmo que acabo de ouvir da boca do vereador Segalla?".
Eis uma dúvida das mais cruéis. Este o retrato da atual administração municipal, descrédito total, além de desconfiança absoluta.
Fiquei prestando atenção em como procedeu seu voto. Foi lacônico, triste, um tanta cabisbaixa. O partido, por tudo o que representa hoje para o Brasil, não pode se satisfazer com uma justificativa tão chinfrim. Como pode ter feito tudo o que fez até agora, todas as reuniões, tanta gente envolvida nas questões discutidas e depois, quando da votação, pula fora e se diz contra a Processante, mas sim, para não generalizar, talvez só o afastamento. Não pegou, não ficou feio, foi um horror.
Eu certa feita, muito tempo lá atrás vesti uma camiseta ostentando um sonoro "Sou PT, voto Tuga", plenamente justificado na época e por algo ocorrido justamente com a mesma pessoa. Naquele momento era inconcebível, depois de tudo, continuar seguindo o que ditava o partido na cidade. Não fui expulso, sai e nunca deixei de ser petista, um só dia sequer. Todas as lutas durante o período em que estive fora do partido, estive presente e desde então, algo pelo qual tenho a mais absoluta certeza, foi o mais correto, sempre longe de qualquer proximidade com as pessoas que me fizeram tomar aquela atitude naquele momento.
Não me envergonho nem um pouco do que fiz. E antes que, como resposta, alguém tente me jogar isso na cara, explico. Tenho é muito orgulho do que fiz, pois enfrentei, confrontei e se for hoje contar a história nos seus detalhes, sei que ela possui muita semelhança com tudo o que vi ocorrer hoje na sessão da Câmara. Eu não me envergonhei de ter saído naquele momento, mas me envergonho do que vi hoje. Para qualquer petista é algo mais do que natural, numa votação como a de hoje, sem que ocorra qualquer orientação do partido a votação pela abertura da Processante. A tal Mesa da Câmara não só merece ser cassada, como processada judicialmente por tudo o que fez. As infrações foram e continuam sendo recorrentes. Hoje mais uma, quando impediu o suplente do Borgo de ser acionado.
Também não achei nada anormal a fala do vereador Borgo, quando lhe sugere prestar ajuda, em casa de necessidade futura, os tais préstimos jurídicos, que um dia, pelo que vi hoje, ele já o fez e agora, diante de, talvez uma Processante contra ela, a do Hacker em seu Gabinete, sugere e oferece ajuda se estiver sendo pressionada contra a parede. Essas foram as palavras dele, não as minhas. O jogo é jogado de uma forma pela qual os pobres mortais, os que estão do lado de fora, talvez nunca tomem conhecimento de tudo o que se passa nos bastidores de um cenário político. Daí, como tudo é possível, fofocas e comentários de toda espécie ganharam espaço hoje nos corredores da Câmara, um mais escabroso que o outro. Ou todos por lá são muito sugestivos, assombrosa criatividade ou a coisa por lá é pra lá do balacobaco, o que acho mais acertado. Eu não quero dar tempo ao tempo, quero sim me posicionar já, antes da poeira baixar.
Vergonha é ver tudo isso e se manter calado. Eu ainda acredito num outro PT e é por isso que aqui continuo, esgrimando e lutando, pois além desses problemas internos, temos uma luta insana do lado de fora de nossa janela. E dela não posso me esquivar, nem me omitir.
Sua edição virtual é leitura matinal diária.
O único brasileiro da lista das crônicas da edição especial é o jornalista e escritor Eric Nepomuceno, eterno tradutor do colombiano Gabo. Hoje eu só leio ele neste jornal e muitos compartilho por aqui, um dos nossos melhores jornalistas ainda em atividade. Junto aos demais, um time que bate muito mais que um bolão.
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