sábado, 31 de maio de 2025

COMENDO PELAS BEIRADAS (162)


SÁBADO DE REENCONTROS E MUITA PROSA NA JORNADA DO TRABALHADOR, PARQUE VITÓRIA RÉGIA
Aqui algo destes reencontros, onde vai sendo passado adiante isso do trabalhador estar no epicentro dessa disputa no mundo onde vivemos. O ocorrido no parque Vitória Régia, movimentação capitaneada pela jornalista Camila Fernandes, do Sindictao dos Jornalistas Profissionais e junto dela, muitas entidades, sindicatos e associações, todas com vinculação à luta do povo trabalhador, é mais do que agragador. Faço uso da palavra lá no evento e digo, mais ou menos o que aqui escrevo. 

Ainda bem conseguimos vir pras ruas neste mês de maio, mesmo sendo no seu último dia, hoje 31/05. Maio sempre foi um mês de luta e resistência da classe trabalhora. Estar nas ruas e mostrar não só força, mas também união é sinal de continuarmos inseridos no contexto da luta entre o capital e o trabalho. Tudo muda, sinal dos tempos e mesmo, quando leio estarmos perdendo o bonde da História, com um discurso ainda tendo como epicentro algo em plena mutação, temos que ter em mente mais que isso, o fato da exploração continuar e até mais acelerada e daí, termos que ir buscar formas de se comunicar e passar a mensagem.

Estamos todos um pouco atrasados, porém, como aqui visto, todos envolvidos nessa luta e isso é bom, pois esmorecer e se aquietar é muito pior. A retomada desse trabalho nas ruas se faz mais do que necessário. Nos desunimos demais nos últimos tempos. Cada qual com uma culpa sendo assumida e que isso não seja motivo para entregarmos o jogo, pois ele está em curso. Tomaram a dianteira, mas não ganharam a partida, muuito menos o campeonato. Ver um acontecimento com o de hoje, esse congraçamento e troca de prosas, revendo gente querida e tantos dispostos a continuar arregaçando as mangas e indo à luta é mais que ótimo. Desunidos não chegaremos a lugar nenhum e a derrota virá mais rapidamente. Unidos, mesmo com muita divergência é algo feito a vida inteira. Deixemos de lado as diferenças e com as convergências aqui estamos, lutando e esgrimando com o dragão da maldade, que não arrefece e nem nos dá trégua.

Se foi conseguido erguer algo tão significativo, com tanta gente envolvida, isso tem que continuar, ser mais significativo e cada vez mais representativo. De um evento dentro do mês do trabalhador, poderíamos pensar em fazer mais, algo como um ato todo mês, talvez em locais diferentes, principalmente nos bairros populares. Ainda mais porque, vemos que, do outro lado algo também acontece e seguem em frente. Agora mesmo, depois do encerramento deste evento/ato no Vitória Régia, tem outro já marcado e pronto para ocupar o mesmo espaço onde estivemos. Igrejas evangélicas agendaram o espaço e estarão aqui pregando. A pregação deles, como se sabe, não é somente de fundo religioso, mas transformador no que querem fazer deste mundo, um onde o trabalhador não mais terá voz e será somente participante, com script já determinado, sem voz, aceitando tudo o que lhe é imposto por uma entidade superior. A luta dos que aqui estão prega como ação algo bem diferente disso. Não esmorecer é a palavra de ordem. Não desistir e continuar na lida e luta. Só assim, dias melhores poderão despontar no horizonte, do contrário, o "terra arrasada" será o que teremos pela frente.

Além dessa minha conversa, fotos registradas por mim do que vislumbrei botando o bloco na rua:







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