Mafuá do HPA

RETRATOS DE BAURU (35)

FÁBIO PARIDE PALLOTTA, UM IMENSO PROFESSOR

Esse é dos grandes e não tem como contestar. Fábio Pallotta é professor de História, daqueles que faz história. Diante dos seus quase dois metros de altura, desde que me conheço por gente ministra aulas por essa região oeste do estado de SP (e olha que não sou novo). Há uns dez anos atrás cruzava sempre com ele lá por Jaú, hoje, como sempre, continua dando aulas na escola da família, a Guedes de Azevedo, mas continua sua rotina pelos cursinhos da região, agora do outro lado, em Garça. Dedicado como nunca, bate bola nas onze, com uma vitalidade de dar gosto (não deve ter chegado aos 50). Preside a Associação Amigos dos Museus de Bauru e participa de tudo o que se refere à preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade. Quando o assunto são nossas ferrovias, Fábio transforma-se no Super-Fabião e vira bicho bravo. Defensor fervoroso dessa parte de nossa história voltada para os trilhos, ultimamente está em estado de graça, pois após uma longa labuta, acaba de concluir sua tese, com um tema voltado para a Bauru dos anos 30, mais ferroviária do que nunca. Semana passada, quando de uma visita dele e seus alunos do Fênix ao MISB - Museu da Imagem e do Som de Bauru, tirei algumas fotos dele, lá do alto de uma escada, falando aos pupilos. Fui conferir e não deu outra, pela vestimenta daquela manhã e os gestos, muita coincidência com o gesto histórico de Lênin em 1920, em plena Revolução Russa. Comparem e me digam se, naquele momento, o dito cujo, mesmo sem querer, quase repetiu o gesto famoso (Lênin versava sobre Revolução, Fábio sobre o amor aos trilhos)? Fábio é de luta, histórica e, principalmente, ferroviária.