O MST ocupa áreas improdutivas brasileiras, muitas delas ociosas e lugar do intolerante latifúndio e o nosso maior agitador cultural, o diretor de teatro PAULO NEVES, ocupa durante mais de uma semana, outra área um tanto improdutiva (e mais do que ociosa) , o espaço antes agitado do Teatro Municipal de Bauru, dessa vez com a IX MOSTRA DE TEATRO PAULO NEVES. Paulo sabe o que faz e como faz bem feito o ano todo, nesse período presta um verdadeiro serviço de utilidade pública para sua cidade, quando expõe seu trabalho e o dos seus comandados. Seu trabalho de teatro amador merece o reconhecimento público, algo como um Título Honorífico, apesar de saber, que lhe valeria muito mais o reconhecimento no momento de buscar patrocínios e encontrar um espaço à altura do que está apresentando. Críticas à parte, Paulo e sua trupe ocupam o cenário bauruense e arrebentam. Estar lá é mais do que uma obrigação. Nesse ano comecei tarde, por obrigações outras, mas daqui parafrente estarei quase todos os dias. Ontem, terça, lá estive para assistir ANEL DE MAGALÃO. Vibrei vendo amigos no palco e representando cada vez melhor. Casa quase cheia, num texto longo (a peça começou 21h e só foi terminar 23h40), poucos arredaram pé. No dia anterior havia perdido a apresentação da amiga Mônica Salles e quase bati a cabeça na parede quando ouço os comentários de sua força de atuação. Ontem, vibrei com tudo o que presenciei. As peças comandadas pelo Paulo são todas assim, alteram nosso metabolismo. Sai de lá cansado, mas em estado de puro êxtase.
Ontem à tarde passando defronte o Teatro vi Paulo lá parado, esperando alguém, tirei uma foto de muito longe e quando parei o carro para uma conversa ele havia desaparecido. À noite chego em cima da hora e como terminou tarde, o papo acabou ficando para outro dia. Queria abraçá-lo pessoalmente, algo fraterno, pois ele merece um tapete vermelho por onde passa. Queria também ter tirado fotos dos amigos ontem na apresentação, mas não pude. Vieram me dizer da proibição, algo besta, pois que mal fariam umas fotos sem flashes? Que uso poderia fazer delas, sem ser o de divulgar aqui a beleza do que presenciei? No mais, a agenda está toda públicada aqui e se perdermos essas únicas apresentações, ficaremos chupando o dedo até o próximo ano, aguardando ansiosos a nova Mostra. Bater cartão por lá é mais do que uma obrigação.
PS.: A foto maior foi a única que consegui tirar antes de ser reavisado da proibição.
Em tempo 1: Quem gosta de boa música não deve perder o reencontro musical de três feras bauruenses, Manu Saggioro, Norba Motta e Levi Ramiro, nessa quinta, 28/01, 21h30, no Luna Bar, lá no começo da Getúlio. Essa é para babar no chão do bar.
Em tempo 2: Está chegando o dia da abertura dos envelopes do Carnaval bauruense, ou seja, se existirá empresa habilitada para viabilizar a distribuição da verba ou se tudo não passou de um belo jogo de cena.
5 comentários:
Não fui, mas concordo com vc (adoro ler o que vc escreve). Digo mais: o carisma que ele tem com o público adolescente é de tirar o chapéu. Outro dia, revi o Thiago, cria na vida e no teatro e, me senti uma tia, tá um homem lindo, simpático e competente também. Fico feliz, por eles e pelos que produzem o trabalho bacana que está lá no teatro pra gente se deliciar. Vou tentar ir hoje!
Graças aos céus existe um Paulo Neves em janeiro, poisdo contrário o glorioso Teatro Municipal de Bauru estaria entregue às moscas e ratos, que existem por lá cada dia em maior quantidade. Por lá só se fala em Carnaval, sem ao menos saber como será repassada a verba para as agremiações. Não existe outra forma de cultura. Vergonha maior não existe.
J. Prado
é uma injeção de ânimo ver o Teatro com o Mestre Paulão, tenho orgulho de poder colaborar com ele, um tanto injustiçado por alguns membros da "inteligtsia" bauruense (invejinha, creio), minha artrose no joelho me impediu de ficar todo o tempo com ele, mas o homem é dez!!!Ele junta qualidade, simplicidade (é tão dificil ser simples) e muita objetividade. Parabéns pra mim que posso ser cenotécnico pra ele.
Fui assistir em dois dias seguidos as peças lá no teatro.
Uma vergonha a situação de sujeira encontrada. Não existem mais funcionários de limpeza no teatro e em todo lugar?
A cantina permenece fechada e obrigam uma pipoqueira a permanecer na rua, mesmo debaixo de chuva. Se ela não estivesse lá na rua, não teríamos nada para consumir.
Por que a situação chegou a uma situação de tamanho abandono? Ouvi dizer que quando vamos reclamar ao chefe da cultura ele trata mal as pessoas e ainda ironiza, faz deboche da situação, como se fosse um rei lá do lugar.
Tudo está lá insustentável. Temos que começar a boicotar tudo o que acontecer por lá até alguém tomar uma providência.
Não sei como o Paulo Neves aguenta tudo o que tem ocorrido por lá nessa semana. Vamos colocar a boca no trombone.
Ana Maria
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