domingo, 17 de julho de 2016

DICAS (150)


NADA COMO COMER COMER PEIXE FRITO NA HORA NA FEIRA DOMINICAL E DA BANCA DO VANDO E MARA

Vender peixe é uma coisa, mas fazê-lo com a família inteira trabalhando de forma unida, coesa e eles todos morando em outras paragens e aqui unidos para tocar um negócio dominical é algo a merecer ter a história relatada nos seus mínimo detalhes. É o que faço. Essa história não começa aos domingos e nem é algo recente. Seu Vando é pescador dos mais conhecidos lá pelos lados de Ibitinga, onde ao lado passa o imponente rio Tietê.

A família toda reside ali perto da barragem de Ibitinga, onde ele, junto da esposa Mara e dos filho Cristiano pescam a semana toda, todos devidamente documentados, com carteirinha e respeitando todas os períodos para colocar o barco no rio. São conhecedores de todos os detalhes desse negócio chamado pesca e dele fazem o meio de tocarem suas vidas. A filha do casal, a Wend também está integrada e de uns tempos para cá descobriram a feira dominical da rua Gustavo Maciel e cá estão a vender peixeis. A rotina é estar na estrada todo sábado por volta das 4h da manhã e vir instalar aqui uma banca de peixes.

Para isso dar certo acordam por volta das 2h50 e com a caminhonete pronta, juntam tudo e lá pelas 5h da manhã de todo domingo estão aportando na rua Julio Prestes, bem no comecinho da feira, ali no trecho entre a rua Antonio Alves e rua Gustavo Maciel. A banca deles fica bem ao lado de outra famosa, uma de vinhos e do bar da Feira. Começaram há uns dois anos e o negócio foi ficando conhecido. Muitos vem de longe para buscar peixes e encomendas é o que não faltam. Trazem o que pescam e também compram e revendem, pois começaram a ver que, o interesse por peixe é grande por esses lados.

Coisa de uns dois meses atrás amadureceram outra ideia, a de unir o útil ao agradável e além do já famoso comércio de peixes frescos e congelados, introduziram mais uma novidade. Bastou dona Mara dar uma passada pela feira e notar que estava ocorrendo uma transformação no formato dos comestíveis no lugar. Os pastéis já não eram mais suficientes para atender a demanda, existindo uma cliente voraz interessada em outros tipos de produtos. Uma já fazia acarajé por ali, outros pamonha (esses veem há anos e de Ubirajara), outro tapioca e viu até um assando sardinhas. Todos se dando bem. Fora os queijeiros, ovos de codorna em conserva e os bares no entorno fazendo e desfazendo de quitutes variados.

Pensou um pouco e disse aos seus: “Vamos também fazer algo. E por que não fazer peixe frito ali na hora?”. Experimentaram com uma tachão de óleo e com um preparo de farinha, onde eles todos são mergulhados e como peixe cheira forte e isso se expande que é uma beleza, a notícia chegou ao nariz de todos e com uma extrema rapidez. Nesse domingo eles completaram dois meses de venda de peixe frito e quem permaneceu alguns minutos ali ao lado deles percebe que, dona Mara não estava dando conta de renovar os peixes na gordura quente. Do lado de fora das duas barracas uma fila já se formava.

Na primeira barraca o filho do casal, o Cristiano vende os peixes congelados e com uma variedade muito grande. Na outra, uma colada na outra, dona Mara cuida do tacho e a filha Wend comanda o caixa e cuida dos preparos para servir a todos. A maioria ainda come em pé, mas já existem umas mesas disponíveis para essa finalidade. Muitos levam para comer em casa. Tem filés sem espinhos e tem os peixes inteiros, limpos e alguns escolhidos ali na banca do lado.

O melhor de tudo são os preços, os mais convidativos. Um bom pedaço de filé de peixe sai por R$ 3,00, e por R$ 0,50 centavos a mais você come um inteiro. Tudo fritinho ali na hora. Quem supervisiona tudo, as duas barracas, o atendimento e se tudo está caminhando a contento é o dono do negócio, o experiente pescador Vando. Quando o caldo aperta vai também fritar ao lado da esposa.

O nome do negócio ficou simples, Banca da Vando e da Mara, faz o maior sucesso no local e a clientela cresce que é uma belezura. Perguntei se vale a pena, eles todos confirmaram que sim, que não querem saber de outra coisa. Conseguiram o ponto, fizeram o mesmo ir para frente com muito trabalho e pensam em mais novidades. Crescer e crescer, mas sempre com os pés no chão.

Para encerrar conto como os descobri. Difícil você não reparar numa banca de peixes, pois os danados espalhados no gelo são vistosos e peixe é saúde. De uns tempos para cá os redescobri pelo cheiro da fritura. Hoje parei, comi, me esbaldei, voltei com mais uma amigo e até levei o que havia ali adquirido para degustar na Choperia do Barba, ali na noutra esquina. Chopp de um e peixe de outro. E assim a feira vai juntando tudo num só grande e edificante negócio, um meio que unido ao do outro.

2 comentários:

Anônimo disse...

Você tem visto aquele senhor que entrega cartões de "compro ouro" na frente do bar na Primeiro de Agosto esquina com a Gustavo Maciel?? Passo quase todos os dias ali e faz um tempinho que não o vejo, será que ficou doente?? Fiquei preocupado, é uma das figuras do centrão que sempre me cumprimenta na rua.

Camarada Insurgente Marcos

Mafuá do HPA disse...

MARCOS
A última vez que o via faz mais ou menos uns trinta dias.
Vou assuntar melhor e te digo.
É uma das figuras mais marcantes do centro de Bauru, aquele que nos interessa.
Henrique - direto do mafuá