terça-feira, 31 de janeiro de 2017

RELATOS PORTENHOS / LATINOS (34)


NO MOMENTO EM QUE VÃO ACABAR COM AREAS DE APAS EM BAURU, EIS QUE CHEGA À CIDADE UMA FILIAL DO “FILHOS DA ANARQUIA”
Abro o jornal bauruense no domingo passado e lá como manchete de primeira página algo mais do que estarrecedor: “Conselhos aprovam mudança no Plano Diretor para uso sustentável das Apas”. Como?, é a pergunta que me fiz assim de imediato. Explícito na manchete a abertura dos portos, o “liberou geral”, para a partir de agora o poder econômico, a especulação imobiliária fazer o que quiser de uma outrora área de proteção ambiental, uma reserva de cerrado até então considerada como paraíso ecológico. Tudo está sendo mandado as favas e com aval de dois conselhos, CM – Conselho do Município e CMA – Conselho do Meio Ambiente. “Até tu, Brutus”, poderia qualquer leigo dizer dos tais ecologistas que votaram pela derrubada da mata e facilitação para abertura de novos condomínio fechados, os tais de muros bem altos (iguais ao que Trump quer erguer entre os EUA e o México) para separar muito bem o lado dos que tudo possuem e os do que devem permanecer sempre do lado de fora.

Aberrações como essa de agora em diante estão sendo aprovadas e referendadas como as coisas mais normais desse mundo. A isso, esse todos chamam de PROGRESSO. Enfim, o argumento é convincente: “A cidade não pode parar”, “É só mais uma pequena faixa, nada de aviltante” e “Quem ganha com isso é a cidade num todo”. Para mim, nada justifica esse crime de lesa cidade. Com o aval principal dos novos mandatários de Bauru, eis algo que poucos estão a fazer, a denúncia de mais esse crime contra a cidade. Enfim, a especulação precisa sempre de mais e mais áreas para construção, expansão e suprir a saga de mais e mais, sempre mais. Eis a rotina do neoliberalismo predatório, sem tirar nem por.

Não quis ler mais nada. Liguei meu computador e fui em busca de uma solução para combater esse crime contra a cidade. Encontrei. No youtube todos os episódios de uma série norte-americana encerrada em 2011, a FILHOS DA ANARQUIA (Sons of Anarchy - https://www.youtube.com/watch?v=SJGCbRBc-EY&list=PL75mRXvrOkLkT-sSE0UopbBU66k2y6yWk). O roteiro é simples e contagiante. O filme não é somente algo sobre uma gangue de motoqueiros, essa galera que suja as mãos. Tem um algo mais nessa série, algo que faz qualquer pessoa sensível vibrar de emoção. Um dos aspectos é o de que o pessoal da tal gangue promove um protecionismo ao pequeno comércio local da cidadezinha de Charming, na Califórnia.
Como? Explico. Quando alguma grande corporação, tipo Wal Mart, Mc Donalds ou grandes redes se instalam na cidade eles fazem de tudo e mais um pouco para inviabilizá-los. Aprontam das suas até que os grandões não auferem mais lucros e se vão para sempre do lugar. Com isso, o que prevalece é o pequeno comércio local. Todos sabemos que, com a chegada desses grandões, fecham de dez a vinte pequenos comércios no entorno e adjacências. Não existe como competir com os grandões. Tudo bem que alguns podem me dizer do preço mais baixo desses grandões, mas o que enxergo na ação do motoqueiros é a defesa de algo dos mais interessantes.

Encerro falando disso e juntando o caso bauruense com o da série de TV. Por aqui, tudo sendo implantado quase sem contestação. Poucos continuam com essa prática hoje em dia, quando a maioria já se amofinou (a luta pela sobrevivência afugenta muitos da luta). Falta contestação para o bom combate, o necessário combate e isso visto na série de TV é o maravilhamento de quando a ficção acaba se fundindo com a realidade. Imagine como seria mais do que auspicioso um grupo a combater essa dilapidação do que ainda nos resta de meio ambiente saudável no entorno de Bauru? Estou nesse momento contatando o pessoal lá do “Filhos da Anarquia”, para virem, inicialmente dar uma palestra para os remanescentes da contestação bauruense, tudo para que se unam e não esmoreçam de continuar gritando em alto e bom som contra os tais “vendilhões do templo”. Se tudo der certo, em breve, uma filial deles estará sendo aberta na cidade para preocupação das tais “forças vivas” da cidade.
Quer conhecer mais da rebeldia do Filhos da Anarquia? Cliquem a seguir e assistam alguns dos episódios: http://topcinehd.com/serie/filhos-da-anarquia/.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

RETRATOS DE BAURU (197)


NO "ESQUENTA MACHADO" O QUE VALEU MESMO FORAM AS PESSOAS NA RUA - A EXPOSIÇÃO DA ALEGRIA SEGUNDO OS FLASHES DESTE MAFUENTO REGISTRADOR*
* Aqui postadas dez fotos de carnavalescos, escolhidos a dedo. Todos estiveram ontem no evento na praça.

Elas sempre são para mim o tudo. Saio fotografando não um jogo de futebol, mas quem vai assistir aos jogos. Na feira, a mesma coisa, mais importante que a feira em si são as pessoas lá existentes. Ontem na primeira edição do evento de carnaval de rua, o denominado "Esquenta Machado", quando nos dias 29 e 29/01/2017, blocos desceram o Calçadão da Batista e fizeram a festa na praça Machado de Mello, além da importância da festa, o que mais me chamou a atenção e me fez permanecer de máquina em punho e clicando a todo instante foi a presença das pessoas. Meu registro é sempre delas, os que lá estiveram e, dessa forma, abrilhantaram e engrandeceram o evento.

Sem a presença das pessoas nada seria possível. E é na expressão de cada um, como cada um reage à festa, que entra o papel fundamental desse mafuento registrador e escrevinhador. Passo meu tempo feliz da vida a clicar e a escrever de uto, todas e todos. Isso de promover mais uma bela festa é sempre algo mais do que significativo e quem a fez dessa vez, foi um dos muitos cariocas entre nós (como tem carioca enraizado aqui por Bauru), o Bernardo Paixão, que por intermédio da Associação Cultural de Tradições Afro-Brasileiras de Bauru, a Associação Actabb, botou o bloco na rua e carnavalizou a cidade. Tinha de tudo um pouco lá na Machado de Mello (esse o maior matador de índios que se tem notícia em nossa região), desde barracas mil, caminhão palco, blocos e gente em busca de diversão e fazer do seu domingo algo alegre.

Dois dias de algo que, precisa acontecer mais e mais nessa e em todas as cidades pela região, país e mundo. Fiquei muito atento na expressão das pessoas, como cada um reagia a tudo o que acontecia à sua volta. Tirei fotos de tudo o que encontrei pela frente, sendo até indiscreto com alguns, porém sem contrariar ninguém. Quem não se deixa fotografar merece respeito. Essas eu apaguei (foram poucas) e sem alterar o ímpeto do que estava a fazer. Minha intenção não é registrar ninguém em situação desconfortável, incômoda, muito pelo contrário., Busco com tudo isso produzir um painel de bauruenses por onde passo, algo com gosto popular. Algo com a minha cara e identidade. Minhas fotos possuem um DNA só meu, muitos já a identificam só de bater os olhos. Gosto das pessoas de corpo inteiro, sendo mostradas por inteiro e não pela metade.

O meu final de domingo ontem foi assim, junto de gente que sai às ruas, não carregado de ódio, não bater panela por motivos não muito altaneiros, sendo enganados como os que o fizeram bateram. Esses das fotos não possuem o ódio estampado nas ventas, nem estavam gritando frases desconexas contra o fim de algo que, por fim não trouxe nenhum benefício à cidade ao país, mas mais problemas. Tem quem enxergue algo de ruim no povo festando nas ruas, tem quem queira o Carnaval longe dos pés do povo, tem quem prefira esse povo contrito entre quatro paredes e só clamando e esperando tudo vir dos céus. Sou e estou em atividades onde ocorra exatamente o contrário, daí ter me engajado nesse evento e dele ter buscado extraio o de melhor tinha para oferecer, a reação popular. Espero que tenham gostado. Dou o melhor de mim no que faço e nessas fotos um pouco de mim, de como sou. Deu para entender?

Baita abracito do HPA

domingo, 29 de janeiro de 2017

FRASES (151)


NO DOMINGO MISTURO TUDO E BASEADO NUMA FRASE SEGUIDA COMO REGRA

"Eu nunca vou crescer", Keith Richards, integrando do Rolling Stones, do alto dos seus quase 80 anos de idade.

1.) OLHA ESSE HPA NA CARTA CAPITAL NAS BANCAS
Para minha alegria ampla, geral e irrestrita emplaquei na edição da melhor revista semanal brasileira, a Carta Capital, nº 937, chegando às bancas bauruenses a partir de hoje, mais um texto de minha lavra e responsabilidade. Na seção Brasiliana, a que abre a revista e ali relatos de histórias mil espalhadas por esse país continente, eis que ocupando as páginas 8 e 9, o "POEIRA E UNGUENTO - Paulo Costa, caixeiro viajante percorre o Brasil com suas pomadas milagrosas". Foi uma das tantas histórias que vivencio semanalmente na Feira do Rolo, quando dentre tantos personagens, todos possuem histórias mais do que interessantes, merecedoras de belos textos e registros como os feitos com meu artigo. Fico não só lisonjeado, como convidado a estar num encontro em breve dentre os leitores da revista, a ser realizado dia 07/2 na capital paulista, dentro do Projeto Sócio Carta Capital (www.socio.cartacapital.com.br). Essa história eu já havia publicado aqui e no blog. Na edição da revista saiu com algumas alterações, ou melhor, adequações para texto de publicações como o da Carta. Reproduzo aqui a página da revista e o contentamento maior é pelas histórias das pessoas mais simples extrapolarem e ganharem corpo, ou seja, essa é mais uma que bateu asas e ganhou o mundo.


2.) OBA! EIS A LETRA DA MARCHINHA DO BLOCO BAURU SEM TOMATE É MIXTO EM PRIMEIRÍSSIMA MÃO
As cantantes Tatiana e Ana Bia

Hoje, exatamente na hora da fome, perto da do almoço, dentro do espaço mais democrático desta cidade, a sua Feira do Rolo, eis que Tatiana Calmon Karnaval e Ana Bia Andrade, fazem o remelexo final na letra do intrépido Silvio Selva, com sua devida permissão e a letra da marchinha A CASA DA ENY AINDA é parida ali mesmo, sob os olhares desconsertados dos frequentadores da mais grandiosa feira dominical bauruense. Para deleite de tudo, todas e todos, agora que a "coisa" já está lançada e sufragada só nos resta aprender para cantarolar nos próximos eventos algo que veio para abalar estruturas na cidade dita como sem limites (para que mesmo, hem?).

Cliquem a seguir e se deleitem com a verve afiada do pessoal tomateiro:

https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/1570921339604536/?permPage=1

HPA e tomateiros sempre com uma perna fora do plantão.

sábado, 28 de janeiro de 2017

RETRATOS DE BAURU (196)


KANANGA DO ALEMÃO: O CARNAVAL, BLOCOS E A UTILIZAÇÃO DA BATISTA DE CARVALHO

Carnaval se aproximando e a intensa movimentação pelos mais diferentes locais bauruenses. Eventos e mais eventos pipocam aqui e ali. Na multiplicação, o rejuvenescimento de algo que foi intenso em distante passado e volta a sê-lo nos dias atuais, mais e mais. Quem tem mais do que a minha idade sabe o quanto a Batista de Carvalho foi talvez nosso maior palco para acontecimentos carnavalescos. Por ali passaram todos os corsos existentes em inesquecíveis carnavais de 50 anos para trás. As fotos não deixam mentir. Por ser o local mais central, nossa maior rua comercial, maior concentração humana , claro, nada como a festa rolar também por aí. Muito foi feito no passado e a coisa de exatos cinco anos atrás, no reflorescer carnavalesco bauruense, o bloco Bauru Sem Tomate é Mixto fez dali sua “terra de passagem” (como Bauru foi conhecida pelos tantos que por aqui pisaram os pés). Hoje, quando vai desfilar pelo 5º ano consecutivo no mesmo local, vê um outro tanto de eventos a ocorrer naquele mesmo lugar, como o “Esquenta Machado” de hoje, com a participação de variados blocos com o mesmo roteiro. Concentração na praça Rui Barbosa, descida pelo Calçadão da Batista e furdunço final na praça Machado de Mello. Agendados e em pleno desenvolvimento para os próximos dias mais dois eventos antes da chegada do dia dos Tomateiros. Revivendo esse “boom” da cidade e do Carnaval com a Batista de Carvalho aqui recordo algo de um grupo que por 5 anos seguidos desfilou à frente do Bauru Sem Tomate é MiXto em todos os sábados carnavalescos. Eles já possuem mais que empatia com o local e nesse ano, renovados e ampliados, prometem maior agitação e empolgação.

KANANGA DO ALEMÃO é o nome de um grupo regional, basicamente tendo o samba e a MPB como ponto crucial de suas apresentações. O nome Kananga, veio de uma antiga casa noturna que fez história na cidade de Bauru, ponto de boêmia. Tudo comandando pelo Alemão, esse senhor que adora camisas vermelhas, hoje funcionário aposentado da CPFL. Sempre gostou mais de cantar do que levar choques elétricos e durante boa parte de sua vida comandou esse grupo, sendo renovado de tempos em tempos, sem nunca abandonar sua característica principal, um refinado repertório. São poucas as casas noturnas na cidade onde não tiveram a honra de já terem se apresentado. Tocaram também muito em carnavais pela aí e desde que os Tomateiros existem, são parte integrante do mesmo. Se existe Comissão de Frente, eles são a dos tomates. Perfilados à frente do desfile tocam e puxam o pessoal e sua cantoria protestativa. Nas fotos aqui publicadas algo deles, numa justa homenagem pelo muito que sempre fizeram por esse sempre rico momento musical bauruense. No dia de hoje, 27/01/2017, cantaram na hora do almoço no restaurante Sam’s, lá na Elias Miguel Maluf e é com essa composição que descerão mais uma vez o Calçadão no sábado de Carnaval. Acompanhem a formação atual, pela sequência de publicação das fotos: Alemão, violão e voz, Marquinhos no contra baixo, Bambu no cavaquinho e voz, Tadeu no rebolo e voz, Rodrigo no pandeiro, Nenê no tantan e voz, Felipe no repique de mão e Cleusa Madruga, a empresária e braço de ferro da turma toda. Cada um mora num canto da cidade e homenageando eles, ressalto como todos os bairros estarão cada um ao seu modo e jeito borbulhando carnaval nesse fevereiro batendo em nossa porta.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

COMENDO PELAS BEIRADAS (33)


IMPEDIMENTOS AOS TORCEDORES NO ESTÁDIO - ALGO PARA DAR A VOLTA POR CIMA

Ir aos jogos do glorioso Esporte Clube Noroeste, irei e tenho certeza, outro tanto de abnegados e esperançosos torcedores também o fará. Brinco por aqui: somos muito mais que mil. Dizem que na estréia esperam algo em torno de cinco mil torcedores. Alegria pela volta do futebol profissional na cidade. Mas nem tudo é alegria. O que era a alegria do torcedor, poder se juntar as duas torcidas organizadas existentes em Bauru, tanto a Sangue Rubro como a Falange Vermelha, ainda é possível mas de forma fragmentada e sem tempero. Ou seja, sem sal nem açúcar. 


Impedidos de entrar nos estádios com camisetas de torcidas organizadas, instrumentos musicais, faixas e bandeiras, resta ao torcedor ir e gritar. Nem sei se isso ainda pode. Pode? Triste, pois se as organizadas dos grandes times fazem e acontecem, barbarizam por onde passam, porém a imensa maioria das dos pequenos clubes não atuam nessa linha. Por aqui as vejo como agrupamentos de congraçamento humano. Vou ao campo para me divertir, reencontrar amigos, bater papo e é claro, torcer pelo time de minha aldeia, o que me move, mais do que o time grande.
Tenho uma sugestão para apimentar a ida ao estádio no próximo domingo, estréia contra o vizinho time do São Carlos (100 km distância). Levar cada um um APITO. Seria uma forma de protesto contra tudo o que tem sido feito para afastar de vez o torcedor dos estádios. Levo um e passo a ideia adiante. Um baita de um apitaço empurrando o Noroeste rumo a sua primeira vitória.
Tigrão ia de buzina.

Que cada um dê seu jeito de arrumar um e promover sua festa particular no Alfredão no jogo contra o São Carlos.

Algo mais e uma grata lembrança. Será que dentro das "reformulações e exigências" impostas pelo Ministério Público, prontamente acatadas pelo pessoal da Federação Paulista de Futebol (sem pestanejar e nem espernear) nós teríamos hoje em dia no campo algo parecido com aquela buzina linda que o Tigrão levava em campo? Acho que nem isso poderíamos levar ao estádio... Quer dizer, a coisa tá ficando mais feia, muito feia...

Então instrumentos musicais não podem mais? Em que país moram e atuam esse pessoal do MP? Eles podiam enxergar lá do alfo do pedestal onde se encontram que nem tudo é perdição aqui nos degraus de baixo... Vejam isso, também não pode mais no estádio:


https://www.facebook.com/ana.b.andrade/posts/10154886298778818

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

CARTAS (170)


RECAPITULEMOS...*

* Carta de minha lavra e responsabilidade, publicada na Tribuna do Leitor, edição de hoje do Jornal da Cidade - Bauru SP:
Muitos anos atrás, um governador do maior estado da federação, o mesmo de agora, o sr. Geraldo Alckmin, se vê acuado por causa de ações dos ditos criminosos nas ruas, todos eles constituindo ainda na época uma facção, o tal do PCC. O comandante geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo era o quase bauruense, o mesmo senhor que hoje dirige a Emdurb, coronel Eclair. Deu no jornal, na TV e eles mesmo depois confirmaram ter existido encontros entre as partes e acordos foram selados. Só assim a paz voltou a reinar em São Paulo. O tempo passou e a paz sempre reinando.


Não se sabe se os tais acordos foram renovados, mas rebeliões em São Paulo ocorreram muito poucas até hoje. O comando do governo estadual continuou esse tempo todo nas mãos do mesmo grupo político, o mesmo também que fez o tal acordo lá atrás. Hoje dizia-se que poderia voltar a ocorrer algum barulho em São Paulo se o líder do PCC voltasse para as masmorras mais cruéis. Sabe-se que não voltará e a paz continuará em vigor. Ufa!

Porém, algo foi desconstruído nesse período e poucos notaram. Hoje, com uma simples apreensão de um celular nas mãos de um detento, explode um presídio e, a partir daí, pode-se estabelecer o caos em uma cidade, com informações das mais desencontradas, exatamente como de fato se sucedeu em Bauru. E isso não teria a ver com o tal acordo de leniência feito lá atrás? Vejo que o que antes era uma mera facção, hoje não mais.

Nítido o poder muito maior e nem sei que nome poderia lhes dar: organização, máfia, 5º Poder. Mas vejo que, encorpados, crescidos, encorajados por acordos e acordos sendo renovados, deram-lhe a devida importância e hoje, por qualquer motivo, fazem o que tem que ser feito sem nenhum constrangimento. Alguém contribuiu decisivamente para possuírem o avantajado físico que hoje ostentam.

Isso é uma teoria, mas pode ser considerada como algo muito perto da realidade.

OBS. Todas as DUAS fotos ACIMA publicadas são da edição de hoje do JC. Leiam também isto, publicado hoje edição do mesmo JC: http://www.jcnet.com.br/Policia/2017/01/cpp-3-sera-reconstruido-e-policia-segue-buscas-por-41-reeducandos.html

SOBRE O MESMO ASSUNTO:
COMO MANIFESTAÇÕES NÃO COMEÇARAM POR MEROS R$ 0,20, ESSA REBELIÃO TAMBÉM NÃO DEVE TER COMEÇADO POR CAUSA DE UM CELULAR...
No último sábado, 21/1, final do expediente, aqui pertinho de casa, ponte da rua Inconfidência, ao lado do ribeirão Bauru, eis que de uma hora para outra um ônibus transportando detentos que trabalhavam em obras espalhadas por Bauru é interceptado, com todos seus ocupantes colocados para o lado de fora, mãos para cima e revistados. A ação durou pouco menos de uma hora e, pelo visto, nada foi encontrado, pois do mesmo jeito como foram cercados, metralhadoras em punho, foram liberados. Eles se foram para seu confinamento e o local voltou rapidamente ao normal. Que terá sido aquilo? Algum tipo de prenúncio do que estava já sendo anunciado como "cuidados especiais", procedimentos normais, denúncias sendo averiguadas ou sei lá o que? Nada contra a ação policial, não é essa a discussão feita aqui, pois tudo ocorreu sem nenhum tipo de violência física. O registro feito por mim, que acreditava não seria utilizado para nada, agora me faz algum sentido. Todos no ônibus são lá do CPP 3, o antigo IPA. Vale pelo registro numa rua no intestino bauruense e me faz pensar da possibilidade da existência de algo já prevendo possibilidades outras em pleno desenvolvimento e das tentativas de seu antecipado aborto. Sei lá, tudo ainda está fora do entendimento e da compreensão dos pobres mortais. Lá atrás foi o tal dos R$ 20 centavos e agora o uso de um celular a causar tamanho estrago numa penitenciária onde estariam 'depositados' (sic) reeducandos, ou seja, regime semi aberto (a porta de saída da prisão fechada, dura) e não presos comuns.
Tenhamos todos um belo dia, com mais um bocadinho de chuva.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (35)


DAS UTILIDADES E DESUTILIDADES DO FACEBOOK – DA NEURA DE ONTEM PARA A IMEDIATA LOCALIZAÇÃO DE UM CARTÃO ESQUECIDO NUM TERMINAL BANCÁRIO

Resumo tudo em duas histórias. Bauru viveu ontem o seu dia de pânico total. Das 9h até o meio dia todos estivemos envolvidos numa espécie de catarse coletiva e às avessas. De uma fuga, motim, rebelião, ou seja lá o que de fato tenha ocorrido lá no antigo IPA, hoje CPP 3, as informações repassadas de forma instantânea via redes sociais (facebook) foram sendo repassadas de uma forma enviesada e deixaram a cidade de pernas para o ar. Sem desmerecer o imediatismo da informação (algo ótimo), importante observar e reconhecer que, quando alguns se aproveitam para espalhar algo a mais, inverdades, por exemplo, tudo pode tomar rumos inesperados. Ontem, se isso não aconteceu, chegou perto (ou até passou do ponto). A cidade foi alertada e se precaveu. Ótimo. Dos excessos, dizendo que tudo estava sendo invadido, supermercados saqueados, foragidos com facões nas mãos pelas ruas e tudo o mais, o descontrole total e absoluto. Alguns podem até fazê-lo sem segundas intenções, simplesmente reproduzindo o que já estava escrito em outro lugar. Deu como verdade e passou adiante. Outros o fizeram com outras intenções.

Muitos souberam administrar aquilo tudo. Quem ouvia rádio e soube ir comparando uma coisa e outra, via que estava existindo um excesso nas informações alarmistas do facebook e pisou no freio. Eu ponderei e como o pessoal das rádios 94FM e 96Fm estavam com gente lá nos portões, nítido que a coisa era preocupante, mas não tanto como já estava evidenciado nos relatos fantasiosos do facebook. A grande lição disso tudo é comparar cada vez mais antes de tomar algo como verdade estabelecida. Existindo possibilidade de checar, ótimo, daí não se compra gato por lebre. Todos nós aprendemos um pouco mais com o ocorrido ontem na cidade, onde o comércio fechou suas portas e serviços foram interrompidos. Servirá até como estudo para entender como se processa essas coisas pelas vias imediatas da internet.

Passado o susto chegamos ao dia de hoje. Tudo calmo, a cidade ainda com mais de 40 foragidos pela aí, mas tudo dentro da normalidade de um corriqueiro dia a dia. Conto uma história passada ainda agorinha pouco. Minha ex-esposa, Cleonice me liga no final da tarde e pergunta se conheço José Marcelo Corrales. Digo que sim. Ela me explica. Ambos funcionários da Prefeitura de Bauru, ela vai ao caixa eletrônico lá no prédio da Prefeitura e encontra dentro do mesmo um cartão. Não encontra seu dono por ali, pega seu celular e acessa o nome no facebook. Observa que ele é meu amigo facebookiano e trocamos muitas mensagens recentemente. Liga para mim e diz se posso lhe informar do cartão estar em seu poder. Enquanto falamos ao telefone, o acesso via face e ele imediatamente responde. Só nota ter esquecido o cartão no terminal a partir daquele momento. Digo onde ela se está e vão se encontrar e resolver tudo.
Corrales é o último à direita.



Tudo ocorreu com uma rapidez impressionante. Ele não havia ainda notado a falta do cartão e, consequentemente, não o havia cancelado. Podem até achar da não existência de muita relação numa história e noutra. As observo e tento demonstrar isso nesse rápido texto. Entendam como quiser, mas acredito que, ao juntá-las, possibilito uma boa discussão em torno do tema.

OBS FINAL: Sabe quem ganhou com essa história do Zé Corrales? Eu. Ele, em forma de agradecimento, me disse para não comprar o ingresso para a estreia do Noroeste no próximo domingo, pois faz questão de pagar minha entrada. Como recusar algo assim? Já minha ex, ela sim está brava, pois me diz que quem deveria ganhar algo era ela e não eu. Viver é um pouco disso tudo e muito mais.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

MÚSICA (144)


ESTÃO BAGUNÇANDO O CORETO E A CULPA É DO HENRIQUE...
Eu sempre gostei do Odair José, um brega mais do que chique. Suas letras são bem reais e vão além do brega, pois são realidade pura, límpida e transparente. Hoje o amigo João Flávio Lima, programador musical da Unesp FM envia um link de uma novíssima música do Odair, o "A CULPA É DO HENRIQUE" e ao ouvi-la, chego a conclusão, haja o que houver, ocorra o que ocorrer, aconteça o que acontecer, não terei escapatória, pois está decretado: A CULPA É DO HENRIQUE. Eu já meio que imaginava, mas agora tenho absoluta certeza. Pronto assumo, fui eu.
https://youtu.be/dEGuUxrU-yM

Leia parte da entrevista do autor falando do tal Henrique:
Esse som “A Culpa É Do Henrique” tem ligação com a atual situação política do país?
Esse meu novo trabalho é uma leitura do que eu, como compositor, fiz do momento do país, do planeta. E, claro, das pessoas ligadas à política, essa coisa de estar no poder e achar que tudo é permitido, a lógica do “aconteça o que acontecer”... O repertório é uma análise do dia a dia, desse jogo sem limite. Mas não é um disco partidário.

E quem é Henrique?
Boa pergunta. Pode ser muita coisa ou ser apenas uma coisa! Me lembro de uma piada sobre um menino que aprontava muito, e por conta disso sempre o acusavam... Um dia lhe perguntaram quem descobriu o Brasil, e ele se apressou dizendo: “Olha, garanto que não fui eu! Deve ter sido o Pedrinho!”. Ultimamente, o que eu mais ouví, foi gente dizendo que a culpa é do Henrique. Sou compositor... aproveitei a deixa.


Eis como tomei conhecimento da nova canção de Odair José:
João Flávio Lima: “O amigo conhece essa canção de Odair José? Ouvi e lembrei de ti, inevitável. Bom dia. “A culpa é do Henrique”, letra e música de Odair José Odair José, Guitarra e Vocal Junior Freitas, Guitarra, Baixo e Teclado Caio Mancini. Não pelo teor da letra, mas pela curiosidade do título”.

HPA: “Obrigado, já coloquei lá no face. Agora não tem mais jeito, a culpa é do Henrique”.

JFL: “Curiosa essa canção. Achei que fosse gostar. A partir de amanhã entra em nossa programação para que todos saibam que a culpa, definitivamente, é do Henrique. Abraço”.

HPA: “Coloque e dê nome aos bois, é do HPA, nem precisam detê-lo para averiguações, nem mesmo com as tais conduções coercitivas, podem prender de uma vez. Confesso desde já para evitar maiores problemas: FUI EU”.

JFL: “Kkkkk, muito bom. Lembremos da velha, porém pertinente pergunta: tem culpa eu? Faixa presente no mais recente álbum de Odair, o sugestivo Gatos e Ratos.”.

HPA: “O Odair é tudo de bom. Sempre gostei da sua dita e quase breguice. Ele está acima disso tudo. Agora fico na dúvida: Será que o Odair me conhece?”.

JFL: “São os ecos do seu bumbo. Ressoam além mar!”.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (95)


AS NOTÍCIAS TRISTES SE REPETEM - ESSA MOVIMENTOU ÚLTIMO SÁBADO

Na porta de casa uma perua kombi dos Correios e nela um velho e considerado amigo como motorista. Lhe pergunto: "Não sabia que estava nos Correios". Ele me diz: "Não estou. Trabalhei durante quase 20 anos na mesma empresa, uma grandona de entregas. Fechou as portas e estou no olho da rua. Consegui esse bico nos Correios, férias de um entregador e estou no lugar. Um só mês e depois não sei. Procurar o que na minha idade? E agora nem sei mais quando poderei me aposentar...".

Mal entro em casa e ao abrir o computador outra. Oscar Fernandes da Cunha, nosso homem bóia do bloco carnavalesco dos Tomates, tendo que atuar em várias frentes de trabalho como professor para prover o sustento de sua prole, ontem foi em mais uma reunião de começo de ano no Colégio Particular Liceu Noroeste, localizado ali na Rodrigues Alves. Motivo da reunião: despedir todos os ainda professores, pois o Liceu a partir de agora está deixando de existir. Fechou as portas. Aquele colégio tradicional que um dia teve a melhor Banda Marcial do estado de SP (se não foi a melhor, chegou perto), hoje está lacrando suas portas.

A tristeza nesse caso não me acomete por causa de seus proprietários. Eles estão muito bem instalados lá pelas bandas da FIB, numa escola em franca evolução. Minha dor são pelos funcionários, os mais novos desempregados da cidade.

O Liceu se foi, seus proprietários já estão em outra e os até então funcionários, na rua da amargura. Oscar e tantos outros tentando e pensando em novas possibilidades. Quais mesmo, hem?


DIANTE DA PUBLICAÇÃO:
"ALÔ FOLIÕES - 1º CARNAVAL DE RUA - ESQUENTA MACHADO: BAURU NUNCA VIU NADA IGUAL.
Nos dias 28 e 29 de Janeiro, diversos blocos sairão da Praça Rui Barbosa, passando pelo Calçadão de Bauru e chegando na Praça Machado De Mello, onde haverá bandas, bebidas, caminhão palco, matinê para a criançada, maracatu, exposição de artesanatos, oficina de turbante, oficina de fantasia para as crianças, a tradicionalissa Feira Ubá, e o principal, MUITA, MAIS MUITA DIVERSÃO !!!
MONTE O SEU BLOCO E VENHA SER UM FOLIÃO CONOSCO!
Junte seus amigos da rua, do trabalho, do bar, da faculdade, principalmente sua familia!
Os blocos que forem descer desde a Praça Rui Barbosa, devem estar no coreto da praça às 14hs, a fim de chegarmos todos na Praça Machado De Mello às 16hs.
Blocos confirmados até o momento: Bloco Pé de Varsa, Bloco Carnavalesco Pérola Negra, Amigos da Tuka, Torcida É ISSO MEMO, GRESCBloco Esquadra da Indepa e ESTACAO PRIMAVERA. No Domingo a animação ficará por conta da banda Kananga Do Alemão, Liz Amaral e Luana Cortez, além de diversos blocos.".

SILVIO SELVA REPERCUTIU PELOS TOMATEIROS:

A FALA DO SILVÃO: "Nesse curto período de existência, nosso Bloco Burlesco, Farsesco e Carnavalesco, o glorioso "Bauru Sem Tomate é MiXto", conseguiu: reabrir o Calçadão para apresentações culturais, com força da Lei que acabou com a segregação imposta pelos comerciantes. Incentivou a criação de outros blocos, inclusive, Bloco dos Coxinhas que vendem abadá e trazem cantores decadentes fazendo o papel ridículo que na realidade, cabe a nós que desfilamos e acabando com outra segregação,.a do infame sambódromo que tirou o Carnaval das ruas e colocou numa pista.

Mostrou que é possível se fazer desfile de Carnaval sem venda de abadás, sem mendigar dinheiro público e sem nenhum tipo de separação. Levou para a rua como destaques, as bichas velhas, os transformistas quase esquecidos, médicos cubanos, pessoas rejeitadas. E com muita honra, vejo que na realidade, o que era uma farra, hoje se transforma numa festa com a presença de vários blocos Carnavalescos, fazendo reviver o verdadeiro Carnaval de Rua em nossa cidade!!!".

DEPOIS MINHA FALA: "Silvio enche de orgulho todos os tomateiros com seu escrito de agorinha pouco no facebook. Somos isso mesmo, abrimos a porteira e hoje, viceja de tudo, maravilhamentos mil e o BAURU SEM TOMATE É MIXTO continua do mesmo jeito de sempre, sem tirar nem por, numa marra desgraçada, contando os caraminguás para desfilar, mas cheio de vigor, contagiante alegria e fazendo história. Semana que vem tem festa com vários blocos descendo o Calçadão, mas o que vale mesmo a pena é ler o texto do Silvão de reconhecimento aos Tomateiros. Brigadim, somo isso tudo e muito mais. Estaremos também, um grupo de tomateiros cantando nessa festa no domingo, dia 29/01 quando da apresentação do Kananga do Alemão, que vai abrir uma brecha para gente cantar nossa marchinha de 2017. Lá também venderemos camisetas e outros balangandãs. HPA e tudo o mais tomatista.". 

domingo, 22 de janeiro de 2017

ALFINETADA (152)


MEUS TEXTOS N'O ALFINETE DE PIRAJUÍ, FINAL DE JANEIRO E TODO FEVEREIRO DE 2005

Semelhanças com textos atuais, informo, não são meras coincidências.

Edição 309 – nº 235 – Generosidade Intelectual – 05.01.2005
Edição 310 – nº 236 – Abundância Editorial – 12.02.2005
Edição 311 – nº 237 – Vereadores vereando e eleitores fiscalizando – 19.02.2005
Edição 312 – nº 238 – Nuremberg dos Corruptos – 26.02.2005
Edição 313 – nº 239 – Quem seria pior – FHC ou Lula? – 05.03.2005

sábado, 21 de janeiro de 2017

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (85)


PRÊMIO DESATENÇÃO: OS VENCEDORES DE 2016
OS TOMATEIROS VOTAM E DIVULGAM OS VENCEDORES
A ideia surgiu assim do nada, como quase tudo o que dá na telha do pessoal no entorno do bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o BAURU SEM TOMATE É MIXTO. Tento explicar. Em Bauru ocorrem premiações variadas e múltiplas, com entrega de troféus, medalhas e salamaleques, a maioria sem forma divulgada de como se processa a eleição, muito menos a apuração. Dizem existir jabás em alguns, porém, fica o dito pelo não dito.

Diante de tanto prêmio foi levantada a ideia de homenagear os que procederam de forma claudicante com essa “sem limites” Bauru, dita também “capital da terra branca”, antes império da cafetina Eny e hoje, na continuidade dos trabalhos, terra de malversações mil com dinheiro público e afins.

Pensou-se em fazer como Henfil fez décadas atrás com o seu “Cemitério dos Mortos Vivos” e até “troféu ABACAXI”, mas por fim, vindo não se sabe de onde, mas logo acatado por todos, despontou o tal “PRÊMIO DESATENÇÃO”.

Mas como fazer a eleição? Pensou-se em tudo quanto é jeito. O único não pensado foi na forma de conchavo, como alguns prêmios ocorrem hoje em dia. Mais ou menos assim, um nome é escolhido e lhe é apresentado o que teria que gastar para receber o prêmio. Se paga é homenageado, não pagando, pula-se para o segundo da fila. Descartamos essa hipótese.
A opção foi fazer uma votação com a passagem de um vazio chapéu na última festa do bloco, no dia seguinte da enchente em Bauru. Tudo ocorreu de forma tão séria, chegando a contar com a presença de Observadores Internacionais (três italianos, uma russa e dois cariocas – êpa, carioca é estrangeiro ou não?). Alguns nomes foram sugeridos para estimular a votação, aguardente foi oferecido a todos e após ingerirem cada um meio litro (pouco mais, pouco menos), deu-se a votação.

Com a música do Kananga do Alemão irradiando pelo quintal do mafuá, foi feita a apuração e hoje, após mais de dez consultores reconhecidamente gabaritados terem referendado o resultado, eis que será divulgado.

São quatro os agraciados com a Desatenção 2016, por tudo o que deixaram de fazer por Bauru no ano que nunca acaba e num texto escrito a 40 mãos, pois todos quiseram dar pitacos, recomendações, avaliações outras e aquele algo mais. Por fim saiu isso:

RODRIGO AGOSTINHO: Foi a irmã Dulce do cerrado. Permitiu que grandes devedores de IPTU, Água, Esgoto não pagassem e não fossem acionados. Também privilegiou os especuladores imobiliários, pois não regulamento o Plano Diretor Participativo, para implantar o EIV/RIV, o que fez com que entre 2009 e 2014 a cidade deixasse de receber em torno de R$ 500 milhões em contrapartida. Foi o prefeito de todos nós nesses últimos oito anos, desses que se o convidarem para vir receber o Prêmio, não só e capaz de vir, como justificar e embasar dos motivos de ter sido agraciado. Ciente dessa possibilidade, os tomateiros lhe tascaram expressiva votação.

REINALDO CAFEO:
O maior chacrilongo do cerrado. Na qualidade de resenhista de programa de rádio, se especializou em ser boca de aluguel dos interesses dos patrões da cidade, utilizando para isso uma concessão publica de rádio e também artigos em jornais e revistas locais. Economista que uma hora diz algo, depois desdiz, mas se o questionarem, afirma sem pestanejar: “Eu não te disse”. Não o coloquem frente a frente com movimentos sociais, pois dizem possuir alergia. Por causa de sua voz empoada, ao bom estilo “sabe tudo”, mas nunca tendo acertado os 13 pontos da loteria, quando eleito, mereceu aplausos efusivos por aproximadamente dez ininterruptos minutos.

GASPARINI JUNIOR: O Mumm Rá, o de vida eterna do cerrado. Está aferrado (dizem alguns estar atado a cadeado de boa procedência) a cadeira de presidente da COHAB desde 03/01/2005. Entra governo sai governo e o homem está lá, firme na presidência. Nem o fato de a companhia não levantar mais casas desde o século passado o tira do altar, digo, trono, ops, cadeira presidencial. Segundo fontes seria bancado por integrantes do grupo CIDADE, que lhe dão o aval para continuar ad eternum comandando o órgão que não habita mais ninguém. Por ser pessoa das sombras, vivendo mais nos bastidores, sem aparecer muito (para não dar o que falar), foi muito bem votado e ovacionado quando eleito.

MARKINHO, O EX-DA DIVERSIDADE: O mais novo cerca lourenço do cerrado. Foi eleito desfraldando a bandeira da diversidade e a luta contra as opressões. No exercício do mandato, votou de forma sistemática projetos contra os interesses da maioria dos oprimidos. Como é empresário da noite elaborou Projeto de Lei para proibir a realização de festas na cidade, onde tiver uma mera radiola ligada. Festa só em lugar com CNPJ atualizado em vigor. Patrocinou rodeios, festas variadas, shows e baladas, mas tudo com CNPJ. Por se propor a retirar a alegria das ruas, principalmente da periferia, obteve expressiva votação dos festeiros de plantão.

Orientação aos premiados: Calma. O traje para receber o prêmio é Esporte Tropical do Cerrado. A data para a entrega será na próxima festa do bloco no início de fevereiro (antes dos festejos de Momo e do desfile do bloco no sábado de Carnaval, 25/02). O troféu é algo ainda a esquentar a moringa dos organizadores (nada organizados). Um sugeriu um Corvo ao estilo Ave de Mau Agouro, outro um caminhãozinho com esterco e até algo com um estilizado tomate. Em estudo. Provavelmente amanhã divulgaremos a letra da Marchinha para ao furdunço de 2017, o “A CASA DA ENY AINDA É AQUI” e com ela a continuidade do trabalho de pegação no pé dos que, de uma forma ou de outra, se acham os tais, mas na verdade não passam de uns atravancadores do real e necessário progresso e avanços sociais em Bauru.

OBS.: Texto coletivo, escrito por múltiplas e variadas mãos. Crítica também se faz com picardia, humor e alguma dose de maledicência. Sem esses ingredientes, a vida passa e ninguém faz nada para impedir o baú de maldades despejado sob nossas cabeças a cada novo raiar de dia. Levem sim tudo muito a sério, mas assim como disse certa vez Barão do Itararé numa placa em sua porta, com humor sem violência: “Entre sem bater”. Nos critiquem a vontade, mas sem “bater”, por favor...
ASSINADO: BLOCO BAURU SEM TOMATE É MIXTO