segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

RETRATOS DE BAURU (197)


NO "ESQUENTA MACHADO" O QUE VALEU MESMO FORAM AS PESSOAS NA RUA - A EXPOSIÇÃO DA ALEGRIA SEGUNDO OS FLASHES DESTE MAFUENTO REGISTRADOR*
* Aqui postadas dez fotos de carnavalescos, escolhidos a dedo. Todos estiveram ontem no evento na praça.

Elas sempre são para mim o tudo. Saio fotografando não um jogo de futebol, mas quem vai assistir aos jogos. Na feira, a mesma coisa, mais importante que a feira em si são as pessoas lá existentes. Ontem na primeira edição do evento de carnaval de rua, o denominado "Esquenta Machado", quando nos dias 29 e 29/01/2017, blocos desceram o Calçadão da Batista e fizeram a festa na praça Machado de Mello, além da importância da festa, o que mais me chamou a atenção e me fez permanecer de máquina em punho e clicando a todo instante foi a presença das pessoas. Meu registro é sempre delas, os que lá estiveram e, dessa forma, abrilhantaram e engrandeceram o evento.

Sem a presença das pessoas nada seria possível. E é na expressão de cada um, como cada um reage à festa, que entra o papel fundamental desse mafuento registrador e escrevinhador. Passo meu tempo feliz da vida a clicar e a escrever de uto, todas e todos. Isso de promover mais uma bela festa é sempre algo mais do que significativo e quem a fez dessa vez, foi um dos muitos cariocas entre nós (como tem carioca enraizado aqui por Bauru), o Bernardo Paixão, que por intermédio da Associação Cultural de Tradições Afro-Brasileiras de Bauru, a Associação Actabb, botou o bloco na rua e carnavalizou a cidade. Tinha de tudo um pouco lá na Machado de Mello (esse o maior matador de índios que se tem notícia em nossa região), desde barracas mil, caminhão palco, blocos e gente em busca de diversão e fazer do seu domingo algo alegre.

Dois dias de algo que, precisa acontecer mais e mais nessa e em todas as cidades pela região, país e mundo. Fiquei muito atento na expressão das pessoas, como cada um reagia a tudo o que acontecia à sua volta. Tirei fotos de tudo o que encontrei pela frente, sendo até indiscreto com alguns, porém sem contrariar ninguém. Quem não se deixa fotografar merece respeito. Essas eu apaguei (foram poucas) e sem alterar o ímpeto do que estava a fazer. Minha intenção não é registrar ninguém em situação desconfortável, incômoda, muito pelo contrário., Busco com tudo isso produzir um painel de bauruenses por onde passo, algo com gosto popular. Algo com a minha cara e identidade. Minhas fotos possuem um DNA só meu, muitos já a identificam só de bater os olhos. Gosto das pessoas de corpo inteiro, sendo mostradas por inteiro e não pela metade.

O meu final de domingo ontem foi assim, junto de gente que sai às ruas, não carregado de ódio, não bater panela por motivos não muito altaneiros, sendo enganados como os que o fizeram bateram. Esses das fotos não possuem o ódio estampado nas ventas, nem estavam gritando frases desconexas contra o fim de algo que, por fim não trouxe nenhum benefício à cidade ao país, mas mais problemas. Tem quem enxergue algo de ruim no povo festando nas ruas, tem quem queira o Carnaval longe dos pés do povo, tem quem prefira esse povo contrito entre quatro paredes e só clamando e esperando tudo vir dos céus. Sou e estou em atividades onde ocorra exatamente o contrário, daí ter me engajado nesse evento e dele ter buscado extraio o de melhor tinha para oferecer, a reação popular. Espero que tenham gostado. Dou o melhor de mim no que faço e nessas fotos um pouco de mim, de como sou. Deu para entender?

Baita abracito do HPA

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