DAS UTILIDADES E DESUTILIDADES DO FACEBOOK – DA NEURA DE ONTEM PARA A IMEDIATA LOCALIZAÇÃO DE UM CARTÃO ESQUECIDO NUM TERMINAL BANCÁRIO
Resumo tudo em duas histórias. Bauru viveu ontem o seu dia de pânico total. Das 9h até o meio dia todos estivemos envolvidos numa espécie de catarse coletiva e às avessas. De uma fuga, motim, rebelião, ou seja lá o que de fato tenha ocorrido lá no antigo IPA, hoje CPP 3, as informações repassadas de forma instantânea via redes sociais (facebook) foram sendo repassadas de uma forma enviesada e deixaram a cidade de pernas para o ar. Sem desmerecer o imediatismo da informação (algo ótimo), importante observar e reconhecer que, quando alguns se aproveitam para espalhar algo a mais, inverdades, por exemplo, tudo pode tomar rumos inesperados. Ontem, se isso não aconteceu, chegou perto (ou até passou do ponto). A cidade foi alertada e se precaveu. Ótimo. Dos excessos, dizendo que tudo estava sendo invadido, supermercados saqueados, foragidos com facões nas mãos pelas ruas e tudo o mais, o descontrole total e absoluto. Alguns podem até fazê-lo sem segundas intenções, simplesmente reproduzindo o que já estava escrito em outro lugar. Deu como verdade e passou adiante. Outros o fizeram com outras intenções.
Muitos souberam administrar aquilo tudo. Quem ouvia rádio e soube ir comparando uma coisa e outra, via que estava existindo um excesso nas informações alarmistas do facebook e pisou no freio. Eu ponderei e como o pessoal das rádios 94FM e 96Fm estavam com gente lá nos portões, nítido que a coisa era preocupante, mas não tanto como já estava evidenciado nos relatos fantasiosos do facebook. A grande lição disso tudo é comparar cada vez mais antes de tomar algo como verdade estabelecida. Existindo possibilidade de checar, ótimo, daí não se compra gato por lebre. Todos nós aprendemos um pouco mais com o ocorrido ontem na cidade, onde o comércio fechou suas portas e serviços foram interrompidos. Servirá até como estudo para entender como se processa essas coisas pelas vias imediatas da internet.
Passado o susto chegamos ao dia de hoje. Tudo calmo, a cidade ainda com mais de 40 foragidos pela aí, mas tudo dentro da normalidade de um corriqueiro dia a dia. Conto uma história passada ainda agorinha pouco. Minha ex-esposa, Cleonice me liga no final da tarde e pergunta se conheço José Marcelo Corrales. Digo que sim. Ela me explica. Ambos funcionários da Prefeitura de Bauru, ela vai ao caixa eletrônico lá no prédio da Prefeitura e encontra dentro do mesmo um cartão. Não encontra seu dono por ali, pega seu celular e acessa o nome no facebook. Observa que ele é meu amigo facebookiano e trocamos muitas mensagens recentemente. Liga para mim e diz se posso lhe informar do cartão estar em seu poder. Enquanto falamos ao telefone, o acesso via face e ele imediatamente responde. Só nota ter esquecido o cartão no terminal a partir daquele momento. Digo onde ela se está e vão se encontrar e resolver tudo.
Corrales é o último à direita. |
Tudo ocorreu com uma rapidez impressionante. Ele não havia ainda notado a falta do cartão e, consequentemente, não o havia cancelado. Podem até achar da não existência de muita relação numa história e noutra. As observo e tento demonstrar isso nesse rápido texto. Entendam como quiser, mas acredito que, ao juntá-las, possibilito uma boa discussão em torno do tema.
OBS FINAL: Sabe quem ganhou com essa história do Zé Corrales? Eu. Ele, em forma de agradecimento, me disse para não comprar o ingresso para a estreia do Noroeste no próximo domingo, pois faz questão de pagar minha entrada. Como recusar algo assim? Já minha ex, ela sim está brava, pois me diz que quem deveria ganhar algo era ela e não eu. Viver é um pouco disso tudo e muito mais.
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