sexta-feira, 20 de abril de 2018

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (114)


ANÁLISE CONCEITUAL EM CIMA DE UMA FOTO
A foto é essa publicada hoje no único jornal que restou da mídia massiva bauruense, o Jornal da Cidade e estampa uma matéria sobre os desdobramento de repasses financeiros e sobre os procedimentos averiguativos do dia a dia da Funprev pelo vereadores. Primeiro o link da tal matéria: https://www.jcnet.com.br/…/funprev-tera-novo-aporte-so-em-2….


Eu viajo na maionese e sei que o faço. A Funprev administra hoje um caixa de inestimável desejo. Tem quem sonhe em ganhar na loteria e tem quem sonhe em ter um saldo daqueles em sua conta pessoal. Nós já tivemos em administrações anteriores gente da Câmara chegando a dizer que aquilo tudo era muita grana para ser administrada por um simples servidor municipal. Queria ele dar um jeito de aconselhar, ser uma espécie de mentor, cuidador ou mesmo o aplicador de algo de tamanha envergadura. Por sorte o cara não está mais na Câmara e hoje, tudo por lá é menos ousado.

Não venho aqui para discutir os repasses de dinheiro obrigatórios da Prefeitura, recolhidos dos funcionários e entregues ou não no caixa de quem um dia lhe garantirá a aposentadoria. Essa é outra história e tem tantos meandros que, num primeiro momento, diante de um caixa ainda muito alto, pelo que vejo os reajustes brecaram. Mas o que existe em caixa hoje, ainda é algo incomensurável diante de caixas tão baixos em instâncias outras do poder público (do das pessoas também). A cobiça sempre existiu. Se bobear e permitido fosse, muito daquilo já estaria rodando pela aí com promessa de pagamento futuro e até juras de joelhos dee pagar em dia.

Por sorte não são os nobres vereadores quem dão a palavra final no uso da grana, pois movidos por interesses variados e múltiplos, creio os servidores teriam muito mais dor de cabeça do que com a atual situação. Mas não foi por isso que divago sobre o assunto. Eles estão na foto a fiscalizar o bom uso da coisa, ou pelo menos é para isso que foram eleitos. Vereadores de um lado e servidor/diretor da Funprev de outro. Olho para a foto e penso cá com os meus botões: o que estaria passando na cabeça de cada um deles ali diante das explicações sobre repasses, caixas, uso mensal, com direito a juros, lucros e perdas? Trata-se de uma foto enigmática e difícil decifrar todo o seu potencial, tudo o que nela está contido.

Diante deste momento brasileiro, tudo perdido e pela hora da morte, bancarrota assumida, golpistas destruindo o que nos resta de nação, confesso que essa foto me tocou mais do que devia no dia de hoje. Eu dobrei o jornal, a deixei em primeiro plano e a carrego comigo durante o dia. Parava o carro no sinal e olhava em sua direção, a imaginação ia longe e voltava tão logo o sinal abria. Almocei com ela do meu lado, dava uma garfada e tentava me colocar na mente dos verereadores e da assistência. Fui fazer as necessidades e no momento de fazer aquela excessiva força também pensei muito (e com força) em como seria bom se pudessemos desvendar a mente humana.

Por fim, no final deste dia compartilho a foto com todos e afirmo, escrevo isso tudo não por desconfiança dos vereadores, longe disso. Eles estão ali cumprindo o que lhes cabe. A foto me caiu às mãos logo cedo, justamente quando pensava sobre o desdobramento da mente humana em relação ao dinheiro e achei pertinente um estudo alucinativo sobre o tema. A alusão feita aqui entre as situações e possibilidades são só para simples exercício mental, pois vivendo num mundo movido por dinheiro, esse assume exagerada importância, tudo girando em seu entorno e contexto e daí, a gente pensa e repensa, tanta coisa na mente, Me pus a imaginar o que estaria na mente de cada um ali naquele momento. Isso me fez passar o tempo e esquecer das dívidas. E por fim, que faria um simples mortal como eu se tivesse a senha do cofre do Tio Patinhas?

Um comentário:

Mafuá do HPA disse...

Comentários via facebook 1:

Roque Ferreira Henrique Perazzi de Aquino, a situação da FUNPREV não é tão confortável. Os recursos em caixa podem sim dar coceira nos olhos de alguns, mas observando como funciona o sistema de aposentadorias no Brasil é para os servidores se preocuparem sim. Esta ocorrendo um desequilíbrio entre os que contribuem e os que recebem. Na média geral qualquer sistema para manter a sustentabilidade deve guardar a seguinte proporção : 7 pagam enquanto um recebe. Na FUNPREV, salvo melhor juízo esta proporção esta assim: 2, 6 pagam e 1 recebe. A fundação também recebe os valores que foram apropriados indevidamente por vários prefeitos quando ainda existia o SEPREM, para o qual os servidores contribuíam com 8% de seus vencimentos para terem aposentadoria e atendimento a saúde. Vários prefeitos além de não depositar a parte que descontavam dos servidores para os cofres do SEPREM, também não depositavam a parte do empregador, o que é crime. Mas nenhum prefeito entrou com ação de regresso contra o outro. Além disso a prefeitura tem que pagar ao fundo a sua parte enquanto empregadora para manutenção do fundo. Se muitos tivessem a senha do cofre , fariam o que tantos estão fazendo, sumindo com os recursos destas Fundações como mostrou uma série de reportagens que foram ao ar em programas de jornalismo recentemente. A FUNPREV ainda é um sistema previdenciários público, por solidariedade entre gerações e repartição simples, mas est correndo um sério risco. As terceirizações, as PPPs, as privatizações, a redução do número de servidores, o aumento do número de aposentadorias, com certeza irá impactar na saúde financeira da Fundação.

Henrique Perazzi de Aquino Futuro sombrio e despertando muita cobiça.

Gilson Gimenes Roque, a proporção hoje e menor 2,1x1...Na verdade faltou dizer q estamos usando como receita as rentabilidades desde 2015. Isso pra mim significa uma insolvência, porque as receitas, que são as cotas patronal e dos servidores não suportam mais as despesas por força de não reposição de aposentados e novos entrantes, entre outros fatores...o resto vc falou!