Tenho comigo existir uma enorme diferença entre quem exerce uma função dentro de uma esfera privada e pública. Não escrevo para defender a da estabilidade, mas algo muito além disto. Existe uma confusão muito grande entre estas esferas, a pública e a privada. Na esteira disto, Bolsonaro e seu staff, todos pérfidos, filhotes de aum autoritarismo em curso, vão pouco a pouco criando meios para ir colocando em prática algo pelo qual atuam, proibição de qualquer tipo de crítica. O Estado é empregador político e não comercial, industrial ou prestador de serviços. Reside aí uma diferença enorme, mais que uma cratera entre ambos.
"O servidor público deve lealdade ao Estado, e não ao governo, porque ele não perde sua condição de cidadão, pode tecer críticas do governo e expressar sua opinião livremente. o que é vedado é ser desleal à Constituição no exercício de sua função. Enquanto o titular da empresa privada geralmente é o dono, está sujeito à propriedade, o dono do estado é a sociedade, cuja vontade é representada na Constituição. Os governantes eleitos são, nesse sentido, os gerentes, os gestores. O servidor público deve, logo, lealdade ao verdadeiro dono, que é a Constituição, e não ao gerente que se alterna a cada quatro anos", advogado Pedro Serrano. O dossiê feito tem um algo inicial, atingir professores universitários, policiais antifascistas e agentes públicos declaradamente se opondo ao bolsonarismo, mas não atinge somente estes. Num futuro bem breve, suas asas estarão abarcando tudo o mais, calando tudo à sua volta.
Essa distinção se faz mais do que necessário neste momento, onde forças autoritárias tentam se impor e calar opositores ou críticas. Elas, a oposição e a crítica deve existir sempre. O que se vê com o autoritarismo querendo ocupar espaços é impor formas imperiais e absolutistas na condução do país. A grita contra o dossiê ou levantamento de nomes e dados, já em posse do ministro e do Palácio do Planalto foi feito para pressionar, calar, manter quieto, enviar uma mensagem para tudo o mais, mas pode dar com os burros n'água, dependendo da reação que tivermos. Se existe democracia neste país, este é o momento de não só espernear, mas se unir e impedir o avanço dos bestiais. Isso não é jogo de cabo de guerra, onde estaremos puxando cada um de um dos lados da corda. Ter o povo calado, sob o tacão do medo é algo pelo qual estaremos jogando a pá de cal na insipiente democracia brasileira. Lutemos todos contra os constantes abusos.
Vamos aos fatos. Onde há mais desigualdade há mais mortes pela Covid-19. Onde há população de renda mais alta, mais diagnósticos, mas estes se cuidam e se curam, o que não ocorre entre as camadas populares, os que ralam e se esfalfam diariamente para sobreviver. Dentre estes posiciono os pequenos comerciantes, micro-empresários, donos de estabelecimentos pequenos espalhados pelo país, a maioria denominados de MEIs. Para estes todos deveria existir e estar sendo aplicada políticas públicas comprometidas com a proteção e mais que isso, no eliminação das desigualdades, microcrédito em pleno funcionamento. Desde que Bolsonaro assumiu o Governo nada disso foi feito. Na verdade, deram-lhe as costas e privilegiam somente o atendimento de reivindicações dos mais abastados, os que menos precisam de auxílio neste e em todos os momentos.
Deveria estar em pleno funcionamento no país uma política de "CIDADANIA FINANCEIRA", que nada mais é do que o olhar do poder público estabelecido para com os menos favorecidos e mais atingidos pela crise, que já vivíamos, agravada pela chegada da pandemia. Pergunto para todos esses pequenos comerciantes o que eles tem conseguido advindo do Governo para superar este momento e a resposta é o desalento. Não existiu neste período nenhum impulsionador vital da economia capitaneada por estes, a que mais gera empregos e renda para milhões de brasileiros. O pequeno negócio é menosprezado, ignorado, numa espécie de "se virem seus trouxas". O grande beneficiado por Bolsonaro são as grandes instituições financeiras e empresariais, deixando o universo de pequenos mico-empreendedores numa tanga de dar dó, chupando os dedos de mãos e pés.
Essa distinção se faz mais do que necessário neste momento, onde forças autoritárias tentam se impor e calar opositores ou críticas. Elas, a oposição e a crítica deve existir sempre. O que se vê com o autoritarismo querendo ocupar espaços é impor formas imperiais e absolutistas na condução do país. A grita contra o dossiê ou levantamento de nomes e dados, já em posse do ministro e do Palácio do Planalto foi feito para pressionar, calar, manter quieto, enviar uma mensagem para tudo o mais, mas pode dar com os burros n'água, dependendo da reação que tivermos. Se existe democracia neste país, este é o momento de não só espernear, mas se unir e impedir o avanço dos bestiais. Isso não é jogo de cabo de guerra, onde estaremos puxando cada um de um dos lados da corda. Ter o povo calado, sob o tacão do medo é algo pelo qual estaremos jogando a pá de cal na insipiente democracia brasileira. Lutemos todos contra os constantes abusos.
DESGOVERNO BRASILEIRO NÃO QUER SABER DOS MICRO-EMPRESÁRIOS, ABANDONADOS AO DEUS DARÁ - PEQUENOS NEGÓCIOS NUM BECO SEM SAÍDATenho notado aqui pelas ondas facebookianas um cada vez maior número de pequenos comerciantes, micro-empresários revoltados com a situação do país, essa indecisão entre o abre e fecha, todos apostando na abertura para solução de seus problemas. Impossível não se solidarizar com estes, mas também se faz mais do que necessário não deixar a coisa ocorrer assim livre, leve e solta, pois da forma como vejo acontecer, o desespero destes não recai sobre o maior culpado diante do atual pérfido e cruel momento vivido por todos os brasileiros.
Vamos aos fatos. Onde há mais desigualdade há mais mortes pela Covid-19. Onde há população de renda mais alta, mais diagnósticos, mas estes se cuidam e se curam, o que não ocorre entre as camadas populares, os que ralam e se esfalfam diariamente para sobreviver. Dentre estes posiciono os pequenos comerciantes, micro-empresários, donos de estabelecimentos pequenos espalhados pelo país, a maioria denominados de MEIs. Para estes todos deveria existir e estar sendo aplicada políticas públicas comprometidas com a proteção e mais que isso, no eliminação das desigualdades, microcrédito em pleno funcionamento. Desde que Bolsonaro assumiu o Governo nada disso foi feito. Na verdade, deram-lhe as costas e privilegiam somente o atendimento de reivindicações dos mais abastados, os que menos precisam de auxílio neste e em todos os momentos.
Deveria estar em pleno funcionamento no país uma política de "CIDADANIA FINANCEIRA", que nada mais é do que o olhar do poder público estabelecido para com os menos favorecidos e mais atingidos pela crise, que já vivíamos, agravada pela chegada da pandemia. Pergunto para todos esses pequenos comerciantes o que eles tem conseguido advindo do Governo para superar este momento e a resposta é o desalento. Não existiu neste período nenhum impulsionador vital da economia capitaneada por estes, a que mais gera empregos e renda para milhões de brasileiros. O pequeno negócio é menosprezado, ignorado, numa espécie de "se virem seus trouxas". O grande beneficiado por Bolsonaro são as grandes instituições financeiras e empresariais, deixando o universo de pequenos mico-empreendedores numa tanga de dar dó, chupando os dedos de mãos e pés.
Triste é ver que, mesmo diante de tamanha desfaçatez, muitos destes pequenos ainda apoiam o maldito que lhes apunhala, não esboçando reação contra este, mas contra outros, alguns dos que ainda tentam promover a prática do isolamento social como forma de ultrapassar o período mais rapidamente. Estão cegos, ainda muito influenciados por informações desencontradas via fakes repassadas pelos seus celulares, a única fonte de informação recebida e muitas vezes ainda tida como verdadeira. Padecem e continuarão não tendo apoio, ajuda, incentivo, pois se ainda não sabem, aqui digo, foram esquecidos e apunhalados por quem deram apoio em passado recente. Escolheram o lado errado e mesmo diante do quase encerramento de suas atividades, ainda se prestam a não se voltar contrários a quem tanto mal produz. Mesmo sem o saberem, aos "pequenos comerciantes deste país, formais ou informais, resta o crédito repetidamente negado, o negócio paralisado, o prejuízo assumido" (citação copiada de escrito da deputada pernambucana Marília Arraes) e a vergonha de estarem mais empobrecidos, esquecidos, rejeitados. Ao engrossarem o coro dos clamando, fazendo forte pressão pelo fim deste desGoverno, talvez com o povo nas ruas, mudemos isso tudo antes do país afundar de vez. Não existe outra saída, do contrário, podem fechar desde já suas portas e pensar em outra coisa para fazer daqui por diante, pois deste pessoal bolsonarista nada virá.
PERGUNTAM E RESPONDO: CITE UM POLÍTICO, FORA O LULA, QUE VOCÊ GOSTA DE MONTÃO? Essa é fácil. Poderia fazer com vários, mas escolho um assim desses que, sei não terei decepções, pau para toda obra, aroeira pura, pessoa de princípios mais que fortalecidos, enrijecidos e forjado na lida, com prática comprovada de ações em prol dos interesses populares. Falo do gaúcho OLÍVIO DUTRA, ex-governador gaúcho, petista de carteirinha, mas crítico em alguns momentos, pois persistente e resistente numa atuação à moda antiga, sem se vergar e abrir mão de um traçado, o qual segue a vida inteira. Ando nos últimos dias pensando muito nele e ao me fazerem a pergunta, o citei assim de sopetão e percebi na expressão do outro lado do telefone, alguma surpresa, como se me dissesse ser ele de uma fase já esquecida, ultrapassada e é exatamente o contrário. Olívio não representa nada de ultrapassado, pois sua luta permanece com a chama mais do acesa, flamejante e com aquele discurso não só inflamado, mas aguerrido, despejado de amarras. É o tipo do político que faz uma bruta falta na vida pública brasileira. Gente como ele - muitos ainda por aí -, estão sem cargos, porém são inesquecíveis na memória popular, pois quando la´estiveram não decepcionaram. Possui imensa bagagem, cabedal para não só ser lembrado, reverenciado, mas para voltar a exercer cargos com o respaldo do voto popular. No Rio Grande do Sul, hoje vivenciando um desGoverno pífio, fraco, ensandecido e a denegrir com a própria imagem que sempre tive do gaúcho, enfim, não sei como um povo que já teve Brizola, Getúlio, João Goulart, nos deu Veríssimo pai e filho, outros da mesma estirpe, como Josué Guimarães, jornalistas como Tarso de Castro e Fausto Wolff, enfim, cabeças revoltas e em ebulição transformadora, conseguiu regredir tanto e eleger um prefeito e um governador tão dissonante. Impensável um estado onde por anos seguidos deu vazão para o Fórum Social Mundial, alguns deles tendo Olívio na retaguarda, hoje possa ter algo tão inodoro, insonso e insípido. Olívio é o tipo de político pelo qual me espelho e creio ser daqueles a fazer incomensurável falta, principalmente nos dias de hoje, quando temos falta de políticos iluminados, eternamente inspirados e a nos guiar com luz própria para sairmos o mais rápido possível dessa escuridão onde nos metemos. OLÍVIO é o cara!
E PRA ENCERRAR O DIA:
UM RELATO QUE DÓI - SITUAÇÃO ATUAL DO HOSPITAL ESTADUALOuvi agora, por telefone, amigo trabalhando na área administrativa do Hospital Estadual e relatando algo dos funcionários atuando na ponta, atendimento aos pacientes com COVID-19: "Todos aqui estão no limite do limite. Não foi feita nenhuma nova contratação de funcionário e mesmo com uma quantidade muito grande de enfermeiros, técnicos e mesmo médicos afastados, os que atuam o fazem sobre carregados, a maioria fazendo quantidade enorme de horas extras, numa imposição velada, desses pedidos que não existe como dizer não. Abnegados, nós aqui continuamos, quase todos já foram contaminados, afastados e voltando, indo e vindo, com a administração tentando dar o seu jeito para não deixar nenhum turno sem funcionários suficientes. Quem mais padece, além dos pacientes são estes, atuando no limite, cada um conversando o mínimo possível pela cidade para não aumentar o clima de alarme, de alerta e de desespero. O Hospital está lotado, atingiu seu limite, capacidade esgotada de leitos, muitas mortes diárias, cada um relatando um drama diferente, assustados e sem quase nada podendo fazer. O sindicato nada faz, finge de morto e segue o jogo, com a diretoria pressionando, fazendo vista grossa para muita coisa e os funcionários, cientes do papel por eles cumprido, sem respaldo da direção. Clima tenso, aquele medo pairando no ar, pois aqui todos sabemos, a coisa está piorando".
Nenhum comentário:
Postar um comentário