segunda-feira, 31 de agosto de 2020

DIÁRIO DE CUBA (203) e RELATOS PORTENHOS / LATINOS (82)


AS ÚLTIMAS DA RESISTÊNCIA DE ROQUE FERREIRA E A REPRODUÇÃO DO ÚLTIMO DEBATE DELE AQUI PELAS REDES SOCIAIS, POUCO ANTES DA INTERNAÇÃO HOSPITALAR - AULA DE COMO NÃO FAZER ACORDO COM A PARTE CONTRÁRIA 
Apresento aos amigos de plantão algo mais do amigo Roque Ferreira, ainda no estaleiro, mas segundo sua companheira de todas as horas, Tatiana Calmon, fazendo de tudo e mais um pouco para se recuperar: “Fico esperando a doutora ligar... Corro pro telefone e ouço as informações. O Roque passou de ontem pra hoje, sem febre, sem prejuízo das funções e a infecção diminuiu um pouco. Já já, o antibiótico passa a atuar plenamente, completará as 48 horas . Um passo de cada vez. Enfrente e em frente. O caso é difícil, mas, quando foi fácil? #jogueduro #vempracasa. (...) E vamos de Roque!!!! Tenho escrito algumas coisas sobre o meu bem, e cometi uma falha, e, vou me redimir. Termino textos, dizendo: volte pra casa. Tô errada na forma de dizer. Uma das coisas bacanas, que aprendi com ele, é sobre ir em frente . ‘Nunca estou voltando, Tatiana. Estou sempre indo . Indo pro trabalho, indo passear, indo a padaria. Info te namorar. Indo a luta’. Ir sempre, em frente, enfrente. Então não volte, venha pra casa. (...) Tô te esperando. Esperar o telefone tocar é angustiante. O tempo corre lento. Domingo comprido. Tocou e era a doutora informando que o Roque começou a evoluir na recuperação. Sem febre e com diminuição da infecção. Todas as funções funcionando... Melhorando... É isso meu bem. Em frente”.

Recuperando estes posts de Tatiana, junto a esses, creio eu, o último debate do Roque pelas redes sociais e num post feito por mim em 18.08.2020, com o título “QUEM É A FORÇA TRANSFORMADORA NUMA CIDADEZINHA DO INTERIOR?”. Todos os comentários ali feitos ocupariam muito espaço e podem ser lidos clicando a seguir: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/3741866042510044.

Aqui me reservo à participação do Roque, sempre precisa, cirúrgica, debatendo comigo e com Ofélia Bravin. São mais que reveladores e comprovam algo muito simples, assim como dois e dois são quatro, o que a gente até pode mudar, mas Roque não muda. Acompanhem como foi o debate na reprodução feita por mim abaixo, algo mais que necessário, justamente neste momento, vésperas de eleição municipal, quando algumas forças progressistas propõe se juntar aos de sempre, os que estiveram não só com Bolsonaro, mas apostaram fichas contra a esquerda. Roque não doura a pílula – aliás, nunca dourou:

Roque Ferreira - Vou entrar nesta conversa. O conteúdo da frase do João deve ser compreendida como uma palavra de ordem de agitação. Coloca a de bem maniqueista: os bons contra os maus. Porém, cabe lembrar que o agronegócio foi altamente estimulado, apoiado e impulsionado nos governos do PT. Grandes corporações como a Cosan, JBS, etc se consolidaram nestes governos, que inclusive teve a ministra Katia Abreu. Importante lembrar também, o o agronegócio financia milhares de campanhas eleitorais, assim como outros setores econômicos. Se eles realizam estas operações e os partidos que se dizem de esquerda" aceitam participar da regra imposta pelos que controlam o sistema que explora a maioria eles estão colaborando para a manutenção do modo de vida existente. As grandes corporações utilizam desta prática, pois sabem que estas instituições "de esquerda institucionalizada" não apresentam risco nenhum para seus negócios. Minha amiga, Ofélia Bravin, estes termos progressistas, esquerda são muito amplos e sem conteúdo. Servem para mascarar e camuflar muitas posições. Os ditos progressistas o que incluiu setores que se dizem de esquerda são os defensores do sistema capitalista e seu estado burguês e suas instituições. Por isso difundem sempre em momentos de crise, que é necessário unir os progressistas para combater os retrógradas. Isso é o que lava aos governos de conciliação de classe e a todo tipo de alianças espúrias em período eleitoral. Dou um exemplo: recentemente levamos duros combates contra a reforma trabalhista, em defesa da previdência, denunciamos partidos como MDB e tantos outros, e depois eu volto no meu local de trabalho, no meu grupo de amigos, na igreja que frequento, no boteco, e digo as pessoas, que agora nós estamos todos juntos de novo para ganhar a eleição e fazer "uma cidade para todos. Uma cidade sem limites". Isso é o tão condenado criticismo que leva a maioria da população a acreditar que a política é uma chiqueiro e que nele chafurdam porcos de todas as cores. Sim a política partidária, a politicagem nas instituições como Congresso, Judiciário, Ministério Público, as relações podres entre o público e o privado que expressa na corrupção desbragada. Esta a política aos do povo, que partidos e organização ditas progressistas ajudam diariamente com suas práticas a consolidar.

Ofélia Bravin – Roque, concordo com sua posição. Não voto em ninguém que se diga apoiador da tal frente ampla. Os progressistas são exatamente isso que você falou. E dão esse nome de esquerda progressista, de frente ampla, mas, no fundo, são os de centro, de esquerda e de direita, neoliberais, que não querem ser confundidos com a direita reacionária. O programa é governar para os ricos e manter assistência social aos pobres.
Henrique Perazzi de Aquino – Cara Ofélia, cansamos de tanto ceder e fazer frente com quem de amplitude só quer nos enrabar.

Roque Ferreira - A dita esquerda progressista de Bauru, historicamente e até os dias de hoje é um grande obstáculo para a organização da classe trabalhadora.

Henrique Perazzi de Aquino - Difícil mesmo é a gente falar a linguagem do povo. Parece estarmos todos, progressistas e muitos progressistas um pouco com o pé no freio ou só se comunicando entre nós.

Ofélia Bravin – Henrique, como diz a Tatiana, a esquerda está de quarentena das lutas, do povo e das ruas. Infelizmente, os partidos só se mobilizam meses antes das campanhas, fora isso, cada um vai cuidar dos seus afazeres. Acabaram os núcleos de estudos com a participação popular e do trabalhador. Caro Roque, os progressistas se apossaram da esquerda bauruense e ficaram com os partidos na mão como moeda de troca nas eleições durante anos e anos.

Roque Ferreira - Não Henrique, existem militantes e organizações que estão pacientemente atuando junto com os trabalhadores. Não foi fácil a construção da greve da Renault em Curitiba, não esta sendo fácil a construção da greve dos correios. A resistência que vem sendo imposta aos despejos e ocupações, que estão ocorrendo em todo Brasil, e passando ao largo dos partidos da dita esquerda e suas direções. O termo progressista concentram as posições políticas reformistas e que não tem nada a oferecer a classe trabalhadora a não ser mais traição, mais traição,o que dificulta a nossa luta, a luta do proletariado contra o sistema. É preciso muito paciência e respeito para lidar com a classe trabalhadora que não é idiotizada e tão pouco vive em menoridade política. Estamos num momento para aprender a ouvir, mas a ouvir sem filtros o que as pessoas comuns que lutam diariamente para pagar seu aluguel, comprar o mínimo necessário para se alimentar, que busca viver com dignidade esta falando. As atenas devem sair dos ambientes onde as sempre se expressam as ideias de conspiração, de truques de toda ordem, que levam a situação que estamos enfrentando. As massas não estão paradas. Estão em movimento, um movimento que fazem mantendo distância das velhas organizações e direções traidoras l, e isso não é só no Brasil. Cara Ofélia, não só em Bauru. Conheço muito esta história e todos e todas que contribuíram para que o PT fosse um apêndice para outros interesses. Durante 35 anos militar de firma orgânica no PT combatendo pelas posições que acredita, que poderiam manter o partido fiel a seu princípios. Os militantes que sempre defenderam as posições originais do partido, sempre foram muito atacados em Bauru com uma série de práticas sórdidas. Mas foram estes militantes que mantiveram a dignidade do partido em seus piores momentos, enquanto muitos estavam cuidando de seus interesses pessoais. Os problemas foram determinados pela política, a política de sempre se sujeitar a ficar a reboque das elites da cidade, espetando algum santo imaculado para colocarem no andor. Na luta da classe trabalhadora não existe atalho. Ou enfrentamos de frente a burguesia e seus aliados, ou continuaremos a caminhar cada vez mais para a barbárie.

Henrique Perazzi de Aquino – Roque, enquanto uns se acharem mais donos que outros pouco conseguiremos. O fato é que mesmo com tudo isso escrito por ti, infelizmente, parece que a linguagem utilizada por todos não está sendo bem compreendida. Estamos todos falando mais para nós mesmos do que o que eles querem ouvir. Nosso espaço foi ocupado por aproveitadores e para recuperar de pouco adiantará discutirmos erros e acertos. Enquanto isso, avançam mais e nós aqui só teorizando.

Ofélia Bravin – Henrique, o problema está justamente nos ditos progressistas. O que, nós da esquerda, temos a apresentar aos trabalhadores, ao povo miserável, à periferia abandonada? Alianças com liberais e neoliberais, que se sujeitam à burguesia em troca de recebermos migalhas, não dá. 

Roque Ferreira – Henrique, em minha prática política e vice conhece muito bem nunca procuramos nos apropriar de movimentos, não transformamos movimentos e instituições em correia de transmissão de qualquer outra organização. O que estou tentando lhe dizer é que você e tantos outros não tem muita alternativa se não romperem esta visão de ainda acreditar ser possível salvar o povo sem derrubar os muros que nos sacrificam. A intenção é boa, porém não pode se realizar em acordo com nossos algozes. Se esta ruptura não acontecer, este estado de angústia l, de prestação não passa, só aumenta. Você é alguns poucos que conheço em Bauru podem contribuir muito mais se tiverem dispostos a abandonar os grilhões da velha política. Já uma grande maioria não tem a oferecer a utopia coletiva de construir uma sociedade livre, justa, solidária, onde seja possível viver e desfrutar a vida em toda sua plenitude. Boa noite meu caro.

Ofélia Bravin - Aliás, penso que os partidos políticos não deveriam exigir dos seus diretórios municipais as mesmas alianças que fazem em nível nacional e estadual. Cada cidade tem sua peculiaridade e muitos partidos ficam nas mãos de líderes para trocas nas eleições. Essa autonomia deveria ser fundamental.
Henrique Perazzi de Aquino - Falávamos aqui Roque de algo perdido por todos nós, pois enquanto discutimos métodos, chegaram pro povo com um discursinho enganatório muito do mequetrefe e eles hoje, pelo visto, acreditaram muito mais neles no que em tudo o que foi tentado e deixado de fazer nesses anos. Eu não faço acordos com algozes, para mim isso não serve. Eu combato algozes, assim como te vejo fazer. Talvez tenhamos estratégias diferentes, ambas por sinal hoje derrotadas. Rever e reaver, eis a questão. Também vou dormir, amanhã continuamos. Boa noite para todos (as). Temos muito a fazer pela frente, mesmo que nossos corpos já se mostrem cansados.

Ofélia Bravin
- Boa noite! 

Henrique Perazzi de Aquino - Ofélia, a gente discute, em alguns momentos vc pode pensar que estamos quase nos altercando, mas nunca faria isso com o Roque. O fato é que perdemos parte da guerra, ela num todo e estamos tentando redescobrir ou até mesmo se realinhar para continuar a contenda. A gente não se verga, dá murro em ponta de faca, mas não abandona a cancha de luta. Abracitos e vamos juntos...

Ofélia Bravin – Henrique, eu acho a discussão importante e salutar. Não tive a impressão de nada ríspido. E é isso mesmo, a gente dá murro em ponta de faca, mas resiste. Esses dias ouvi o José de Abreu responder ao Felipe Neto do porquê não existe uma união total da esquerda. A resposta foi que não há essa unanimidade porque a esquerda pensa. Pode parecer arrogante ou pedante, mas é isso mesmo. Há divergência de ideias, posicionamentos, mas tentando alcançar o bem comum a todos.

Amanda Helena - Já falei pra você que o academicismo é militância falando com militância, luta de egos. Tem como falar sobre luta de classes de uma forma mais simples ao povo. Academicismo num tempo de fascismo é pura cirandagem, pavoagem.


VIZINHOS
01.) NO PARAGUAI O TRATO PARA COM A PANDEMIA É BEM DIFERENTE DO EM CURSO NO BRASIL
https://piaui.folha.uol.com.br/materia/quarentena-radical/
Eu sou leitor da revista mensal Piauí desde seu primeiro número, hoje já no 167 - agosto/2020 e leio neste momento algo mais que auspicioso sobre o vizinho, parede-meia com o Brasil, o até então rejeitado, massacrado (vide Guerra do Paraguai) e constantemente gozado (pelo que ocorre na cidade fronteiriça, dita e vista por aqui como território livre do contrabando), o PARAGUAI. Ditadores, eles tiveram os seus, Stroessner o mais conhecido deles e nós, vários - cinco durante o nefasto período militar e perto de três mil colados no Bozo. Depois, não temos como negar e nos envergonhar, pelo que fizemos com eles e ao governo de Solano Lopes, um então altaneiro e soberano país - uma vergonha nos acompanhando vida afora. Atuamos juntos na Operação Condor e hoje, quando sabemos não ser lá um exemplo os atuais últimos governos paraguaios - vide o que conseguiram fazer com o Lugo -, mas no quesito PANDEMIA e trato dela para com a população ,estão nadando de braçada e dando exemplos ao Brasil. Só pelos impedimentos de livre circulação na fronteira, dão belos exemplos de como ir resolvendo a questão, sem essa de "liberou geral", algo muito em voga no desGoverno bolsonarista. Na Piauí deste mês um exemplo de como a coisa se dá no país vizinho e deixa brasileiros de boca aberta, pois a coisa dá certo e, onde se dizia tudo teria para dar errado, acertaram a mão e vivem outro momento diante da Covid-19. Tenho admiração incomensurável pelos países latinos e um grande sonho - que ainda pretendo realizar e ao lado de Ana Bia - é um dia aportar em Assunção, cidade que vários amigos que por lá estiveram me contam algo a instigar e provocar, enfim, colocar as rodinhas nos pés. Por enquanto me delicio com o trato dado para com o povo, retratado no texto aqui compartilhado. Viva para o Paraguai e ponto negativo para os NEGATIVISTAS brasileiros, ou seja, um dia chegaremos no patamar alcançados por estes, cruéis governantes neoliberais, porém não tão irracionais como o que temos no momento. Perdemos essa guerra para eles...

2.) EXTERTORES DO PLANETA - AINDA DÁ TEMPO, MAS...
https://www.pagina12.com.ar/288631-noam-chomsky-tenemos-poco-tiempo-para-decidir-si-la-vida-hum
Para os que, insistem em apregoar que abomino tudo advindo dos EUA, provo sempre o contrário e lá estive pela primeira vez este ano, entre 31/12/2019 e 25/01/2020, conhecendo in loco Nova York e Nova Orleans. Das pessoas que lá conheci, delas nunca mais me esquecerei e ali constatei, milhares, diria mesmo, milhões resistem, insistem e persistem contra os malversadores da vida. Eis aqui em deles, Noam Chomsky. Na edição de hoje do melhor jornal impresso do nosso mundo, o argentino Página 12, isso aqui dele: "El pensador norteamericano habla de una crisis climática, económica y humanitaria - Noam Chomsky: “Tenemos poco tiempo para decidir si la vida humana sobrevivirá". Uma cabeça mais que pensante, pulsante e dando a plena certeza de que, nem tudo está devidamente perdido. Estamos a perder feio esse jogo, mas ainda nos restam alguma chance - poucas, confesso -, pois se for dar ouvidos para bestiais seguidores de Trump e Bolsonaro, iremos irremediavelmente para o fundo do poço. Ler Chomsky é mais que um alento diante de tudo o mais à nossa volta. Eu me deleito, esbaldo e tento ir tateando vida adiante...

3.) TERMINADA A CONVENÇÃO DOS REPUBLICANOS, HOMOLOGANDO TRUMP E UMA CONSTATAÇÃO: SE MUDAR ELE POR BOLSONARO TUDO QUE SAI DE AMBAS AS BOCAS É A MESMA COISA - DESABAFO DE DOMINGO
Podem pegar todos os discursos proferidos na Convenção dos Republicanos homologando Trump à reeleição e coloquem aquele monte de baboseiras, asneiras e deslavadas mentiras na boca de Bolsonaro ou qualquer um dos seus e a triste constatação: o discurso é o mesmo, sem tirar nem por. Tudo à frente destes é esse tal de COMUNISMO, que deve ser mesmo da pá virada, pois amedronta esses borra-botas e os faz mentirem deslavadamente, pregando o medo coletivo como solução pra tudo o mais. Vivemos tempos do Império da Boçalidade, onde os subservientes abaixo da linha do Equador abanam os rabinhos e se dizem contentes só por apoiarem o perverso lá do Norte, mas não podem nem esboçar algo diferente para si e seus povos, pois a retaliação é imediata, como de fato já ocorreu nessa semana. Em primeiro lugar, Trump não quer saber de apoio ou ninguém ligado a Bolsonaro por lá nesses dias, pois isso ela sabe, lhe prejudicaria. Faz das suas e sozinho, aliás, dita normais e os de baixo cumprem, rabo abaixado. Cabe a gente como Bolsonaro fazer exatamente o que fez em Davos, num vídeo sendo mostrado ao mundo nessa semana, quando oferece para Al Gore e aos EUA a parceria para devastar toda a Amazônia. Enquanto Trump defende seu país, o nosso entrega o que ainda temos de bandeja e na bacia das almas. Perversidade pior só quando este abre a boca e continua, mesmo depois de toda humilhação, a se rebaixar e lamber as botas do que para ele é o "patrão", mentor de suas bestiais ideias. Não existe maior vergonha para um país ter à frente de seu desGoverno alguém como este Senhor Inominável, entreguista da pior espécie e fazendo um descarado serviço sujo de dilapidação do que ainda nos resta de nação. Até quando toleraremos essa gentalha no poder? Esse dejeto humano nos humilhando em cada abertura de boca. Até quando? O que falta mais fazer para abrir os olhos deste já tão humilhado e ultrajado povo brasileiro, para ir pras ruas e virar logo essa mesa? Somos mesmo um povinho sem fibra, garra e sangue nas veias, pois enquanto lá, com a morte de um negro o povo vai pras ruas e até o negócio do basquete, onde os jogadores assinam cláusulas que os impedem de fazerem greve, decidem parar tudo e aqui, mesmo diante de repetidas humilhações nada fazemos. Nos contentamos em comemorar gols num campeonato de futebol e lotar as praias no meio de uma incessante pandemia, como se isso fosse a quase normalidade. Perdemos o senso de nação, de defesa dessa pátria e se nem isso mais conseguimos fazer, o que virá pela frente, quando perdermos tudo, será não só o fim, como a destruição de uma nação, que um dia ousou fazer frente à imponência lá do Norte. Hoje estamos no lugar a nós designados, quintal dos Estados Unidos. Somos isso e nem um pio podemos mais esboçar. Triste nação, perdida, desgarrada e cada vez mais doente.

OBS. FINAL: Uma observação ou RETALIAÇÃO: Eu escrevo e posto como tudo me vem à cabeça, com erros e tudo o mais. Depois, ao ir relendo, vou reescrevendo com mais calma, corrigindo os erros, acertando mais a escrita. É o que acabo de fazer com este e todos os demais por mim publicados. Não se avexem com meus errinhos, pois na releitura, procuro ir acertando os ponteiros. A ideia sempre continuará a mesma e creio, isso vale até muito mais do que não errar na escrita.

2 comentários:

Marcos disse...

Vou comentar dois tópicos desse post.

Primeiro sobre o camarada Roque que realmente não doura a pílula, diferente de outros que adoram dourar a pílula e passar pano pra mal feito de políticos oportunistas. Roque foi perfeito em toda sua colocação e destaco quando diz que muitos que se utilizam de termos como "esquerda" e "progressistas" visam camuflar práticas oportunistas e perversas.
Progressistas nunca foram de esquerda, as pessoas se questionadas sobre o que é ser de esquerda não sabem responder, não tem essa de mais à esquerda, menos ou centro, ou se está à esquerda do capitalismo e portanto ser anti-capitalista e se opor a ele ou está à direita defendendo o "rei". Esquerda seja em Bauru ou em todo o Brasil são os poucos comunistas verdadeiros que sobraram porque o resto, os tais progressistas não querem mudar absolutamente nada.

E ahh só pra refrescar algumas memórias da vida já que progressistas são de discursos camaleonescos mas de prática sempre alinhada ao status quo, o partido Rede apoiou o impeachment da Dilma.

Agora outro tópico é sobre a matéria da Piauí e a covid no Paraguai, problema de numa pandemia um veículo que não é diário fazer uma matéria é que ela pode ficar velha rapidamente. No dia 14 de agosto o Paraguai ainda esboçava um aparente controle da pandemia, porém, assim como políticos daqui tipo nosso prefeito e governador(nem vou citar o presidente que esse é campeão na desgraça) fez um controle para inglês ver, os discursos são lindos mas na prática estão aí os números para mostrar, como sempre governo ao lado do capital cedeu a pressão dos empresários e afrouxou a quarentena, os valores prometidos aos trabalhadores além de algo insuficiente esse valor sequer chegou nas mãos de muitos paraguaios, consequência...povo nas ruas desesperado para trabalhar. No dia 14 de agosto que peguei como referência o Paraguai tinha 8.389 casos e 97 mortos por Covid, 15 dias depois até o momento que escrevo conta com 17.105 casos e 308 mortos, como pode ver entrou numa aceleração absurda e estamos falando de um país com uma densidade populacional bem menor que seus vizinhos.
Até o momento países dignos de nota são o Vietnam, Nova Zelândia, Laos, Cuba(que está reabrindo e pode por tudo a perder) a China tem feito um controle rigoroso tb e alguns dos países nórdicos (menos a Suécia que foi um horror o que é inacreditável), de resto, os interesses econômicos sempre mais importantes que a vida do trabalhador que são postos ao sacrifício em nome do tal lucro que não pode cessar.

Camarada Insurgente Marcos

Anônimo disse...

Lamentablemente hay que decir que la corrupción y la impunidad total opacan los logros en salud. Si bien aún está controlado los casos van en aumento y sale a la luz la decidia y falta de inversión en salud y educación, a más de negocios inconcebibles con por parte de autoridades, incluso las de Salud. Pero se sigue en la lucha. Es un hermoso país de eso no hay dudas. Bienvenidos en cuanto se pueda. Abrazo
Jimena García Ascolani