CINCO TEXTOS, TUDO JUNTO E MISTURADO, COM ALGUMA LIGAÇÃO
1.) LAVAR AS MÃOS É ALIMENTAR A SUJEIRA MORAL – DE COMO NUM PAPO COM AMANDA HELENA, ALGO CONTUNDENTE SOBRE OS QUE FOGEM DA POLÍTICA E O MAL QUE FAZEM AO AGIR DESTA FORMA E JEITODomingo passado, 30/08, produzi o 10º Ao Vivo, Lado B – A Importância dos Desimportantes com o bate papo com AMANDA HELENA. Dela e de sua importância já escrevi por aqui em outras oportunidades e o que me traz aqui foi algo dito por ela, assunto levantado e comentado de forma magistral, maravilhosa, gerando reações – a maioria mais que positiva, como um toque. Convivi por muito tempo e hoje mesmo acabo de ler um post pelo Facebook de pessoa escrevendo: “Não quero política em meus posts”. Eis o que que Amanda prescreve a respeito dessa omissão bem latente em nosso meio social: “Participei da escrita de um manifesto sobre isso, do moralismo no meio da Arte. Algo assim, não vamos falar de política no meio da Arte, porque antes a gente ouve no meio da galera artística coisas do tipo ‘não vamos falar de política no meio da arte’. Arte é uma coisa que grita política. O meio artístico tem muito desse conservadorismo, ah vamos ver só o belo. A gente não vive no Mundo Mágico de Oz. O mundo está gritando aí, a peste está aí, a peste dos políticos está aí. Se a gente não fizer uma arte que toca, que choca essas pessoas, uma sociedade que faz pensar, uma arte pensativa, então por que dessa arte? Foi justamente para cutucar a classe artística, porque não adianta eu ficar só no o Bozo é contra a Arte, o Bozo é um cara que recolhe livros, se dentro do pessoal que trabalha com Arte tem esse moralismo todo. É um absurdo no meio de uma galera que lida com Arte você ouvir falar “não fale de política no meio da Arte”. Acho que nessa hora aí o Lorca revira lá no túmulo”.
Essa fala da Amanda é como um necessário soco no estomago de muitos que, mesmo depois de tanta perversidade contra, não só o que fazem com a Cultura neste país, mas tudo o mais, ainda persistam dizendo da não necessidade de incluir política na pauta do que fazem. Talvez, mesmo sem o saberem, ou sabendo e se borrando de medo, cagando nas calças, repitam esse mantra como autodefesa, para continuar fazendo jus as migalhas a eles endereçada. Eu, ainda mais neste momento, quando muitos agem como o avestruz, que para fugir dos problemas, para no meio do campo e enfia sua cabeça num buraco, estes precisam ser chacoalhados para que voltem a pulsar, agir dentro de uma razoabilidade responsável. Todos sabemos que somente cada um sabe onde o buraco lhe aperta, mas assim mesmo, agindo coletivamente, unidos e sem medo, só assim alguma chance da Cultura – e de tudo o mais -, ser devidamente respeitado neste país.
Gosto demais dos corajosos e abomino cada vez mais os cagões. A luta se dá com os possuidores de coragem para enfrentar os tais dragões da maldade. Que assim seja, aconteça e que tudo o mais, se junte a estes e assim, coesos, unidos consigamos vencer as adversidades todas pela frente. Não existe outro caminho e a omissão, indiferença, fingir que o problema não existe ou dele tentar desviar, isso só retardará sua solução. Na luta, sempre!
2.) CARTA AOS PROGRESSISTAS - ÁGUIA EM MINHA JANELA E ONÇA NAS RUAS DE CERQUEIRA CESAR Essa invasão desmedida, tudo em nome desse tal de progresso é mesmo devastadora. Aqui onde moro, 12º andar de um prédio residencial, ao lado de uma das mais arborizadas praças da cidade de Bauru é local frequente de visitas de animais voadores. A história de um ou vários deles, que moram no alto de alguns dos prédios é corriqueiro por aqui. Ana, a esposa, se assusta e quando os percebe na varanda, fecha tudo e passamos ao estado vegetativo de vivência dentro de uma sauna. Esse não é dos maiores problemas. Trata-se de um grande problema para os animais, estes que tiveram suas áreas de habitat invadidas e, no desespero, invadem as nossas em busca de espaço e alimentação. Ontem, dia 01/09 em Cerqueira César, aqui perto de Piraju, uma onça de grande porte é vista, filmada e perseguida pelas ruas da cidade, quando todos querem ter o privilégio de filmá-la, para depois mostrar ao demais do grande feito de ter corrido atrás de um indefeso animal. Cenas como essa são para dilacerar e petrificar emoções e sentimentos.
Esse texto só tem sentido, não como registro, mas como denúncia. não só pelo já aqui dito, o da invasão dos espaços destes, como da continuidade de uma política expansionista, quando os ditos normais, impolutos cidadãos, todos voltados, com olhos e bolsos para o dito progresso financeiro, fazem de tudo e mais um pouco para flexibilizar legislação existente. O desejo destes é ocupar todos os espaços possíveis e impossíveis, lucrando com tudo o que vier pela frente, não medindo esforços, nem consequências, pois para estes, vale mesmo é continuar tirando vantagens, seja de algo irrecuperável a curto e a longo prazo, como nossa já debilitada e maltratada natureza. Sei que as imagens da onça de Cerqueira Cesar (eis o link para vê-la fugindo pelas ruas da cidade: https://www.projetoverdemar.com/post/on%C3%A7a-flagrada-pelas-ruas-de-cerqueira-c%C3%A9sar-sp), não são suficientes para frear, brecar o avanço do desmedido conluio existente por estas bandas, todos defendendo os interesses da especulação imobiliária. Uma onça e um gavião são massa de manobra, meros estorvos para quem tem em mente tão construtiva e arrebatadores motivos para devastar, QUEIMAR (percebam os senhores, que quando não são conseguidos os intentos pelas vias normais, o fogo pode precipitar tudo) e fazer dinheiro fácil. Gostaria de sensibilizar esses, mas sei que não o farei com escritos, vistos por estes como pecinhas de degenerados e contra o inexorável avanços desse incontornável veia progressista que arrebata a tudo e todos.
Continuo muito mais defensor da causa da onça e do gavião do que estes bestiais todos. Lhufas para o progresso a qualquer custo.
https://www.facebook.com/adilson.godoi.169/posts/959691187791569
Compartilhando vídeo de post/gravação de Adilson Chamorro.
Ela é a própria poesia, com seu bicho de estimação no ombro, todo carinho do mundo para com o galo mais bem cuidado de Bauru. Dona Koda é dessas pessoas iluminadas, sempre com um sorriso no rosto e com seu galo no ombro. Trabalha no que lhe aparece e nas horas vagas sai pelas ruas com seu animal de estimação, mostrando-o para tudo e todos, com a devida galhardia que a vida lhe deu, sem vergonha de ser feliz e assim se mostrar. Sua solidão e isolamento nestes dias é curada/sanada com a presença ao seu lado daquele que a faz feliz, a presença de seu animalzinho ao seu lado. Além de tudo ela é colorida por natureza e nestes tempos onde existe um predomínio de cores tristes, únicas, como os atuais veículos circulando em nossas ruas, só nas cores prata e preta, ela mostra que circular expondo o contrário é que é tudo de bom. Nada como ter a coragem de sair pela aí com as cores todas do arco íris nas vestes. Por tudo isso e muito mais, toda vez que vejo dona Koda nas ruas eu paro, a cumprimento e se possível num gesto de reverência, claro demonstração de enxergar nela uma espécie de oásis para os enfrentamentos da vida perante as malversações deste mundo. Sou KODA de carteirinha.
4.) SE INTEIRE DOS FATOS
O que é, na verdade, o Conselho da Juventude, oficializado pelo prefeito. Podia muito bem ter possibilitado sua ampliação e maior participação, mas o fez privilegiando interesses de uma abjeta minoria.
O que é, na verdade, o Conselho da Juventude, oficializado pelo prefeito. Podia muito bem ter possibilitado sua ampliação e maior participação, mas o fez privilegiando interesses de uma abjeta minoria.
Compartilho escrito de Matheus Versatti: "Conselho da juventude puxado diversas vezes nos escuros por juventudes partidárias oportunistas da cidade, que nem se quer tem contato com a juventude da cidade. Por diversos anos a juventude organizada da cidade tentou barrar esse projeto que só serviria para palanque político para uma minoria. E quando a juventude sem ser convidada tentou participar, ela foi silenciada, sempre que ela tentava democrátizar esse projeto, os vereadores junto ao MBL engavetava. Vergonha desses playboy. Quer saber mais sobre a história desse conselho, me chama aqui que eu falo como foi nojento a articulação desse projeto puxado pelo MBL, juventude do PSDB, PMDB da cidade".
Deu para entender?
5.) DE ONDE RENOVO FORÇAS PARA CONTINUAR ESGRIMANDO NESTES TEMPOS?https://www.pagina12.com.ar/289107-siempre-es-bueno-volver-a-leer-a-eduardo-galeano
Minha resposta: Em escritos ao estilo de Eduardo Galeano, que hoje completaria 80 anos de existência. Só nestes tempos de pandemia li dois de sua lavra e reli outro. Assim me revigoro, recarrego para os embates necessários e tudo o mais que sei deverá vir pela frente. Dó demais da conta a gente permanecer bem informado, ciente de tudo o que se passa ao nosso lado, quem de fato são nossos algozes, mas é melhor assim do que viver vida de gado, manada dirigida e conduzida ao cadafalso, sem esperança, cega e resoluta, sem ideal e nem sabendo ao certo dos motivos de lutar - e o que é pior, muitas vezes lutando ao lado do algoz, aquele que lhe crava a estaca, sem dó e piedade. Com EDUARDO GALEANO, sempre presente na mesa de cabeceira, pronto para ser citado, sigo em frente, luta que só acabará quando fechar definitivamente os olhos.
5.) DE ONDE RENOVO FORÇAS PARA CONTINUAR ESGRIMANDO NESTES TEMPOS?https://www.pagina12.com.ar/289107-siempre-es-bueno-volver-a-leer-a-eduardo-galeano
Minha resposta: Em escritos ao estilo de Eduardo Galeano, que hoje completaria 80 anos de existência. Só nestes tempos de pandemia li dois de sua lavra e reli outro. Assim me revigoro, recarrego para os embates necessários e tudo o mais que sei deverá vir pela frente. Dó demais da conta a gente permanecer bem informado, ciente de tudo o que se passa ao nosso lado, quem de fato são nossos algozes, mas é melhor assim do que viver vida de gado, manada dirigida e conduzida ao cadafalso, sem esperança, cega e resoluta, sem ideal e nem sabendo ao certo dos motivos de lutar - e o que é pior, muitas vezes lutando ao lado do algoz, aquele que lhe crava a estaca, sem dó e piedade. Com EDUARDO GALEANO, sempre presente na mesa de cabeceira, pronto para ser citado, sigo em frente, luta que só acabará quando fechar definitivamente os olhos.
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