Consegui até agora assistir somente o trailler, mas li tudo o que me caiu às mãos sobre a história e de tudo algo me chamou muito a atenção, numa comparação simplista, mas necessária com algo ocorrendo no Brasil. "A máfia não existe. A máfia é uma invenção de jornalistas. Os mafiosos não existem. Eles são uma invenção de Hollywood", responde o protagonista Buscetta ao juiz Giovanni Falcone, quando este o interroga sobre seu vínculo com a Cosa Nostra.
Simples assim, "a Máfia não existe". Se perguntarem para Bolsonaro, certamente dirá em alto e bom som: "o milicianismo não existe, tudo pura invenção do STF, dos jornalistas e dos comunistas". Se perguntarem para os envolvidos nos desvios da Cohab bauruense, todos diriam quase ao mesmo tempo: "a máfia não existe, tudo o que aqui ocorreu foi individualmente. Nunca existiu isso de um grupo, uma coordenação direcionando tudo". O mesmo pode também ser dito da compra dos imóveis, no final do ano passado em Bauru, enfim, claro, tudo foi feito pelo bem da coisa pública, sem tirar nem por. Se forem perguntar para os matadores de Marielle, esses dirão que tudo foi feito sem ninguém os instruindo, enfim, a máfia não existe, tudo invenção. Se forem questionar os que estão prontinhos para privatizar a Eletrobras até agosto, antes do final do mandato do capiroto, estes dirão sem corar as faces que, "a máfia não existe". Enfim, tudo dentro da mais perfeita normalidade. Bobos são os que acreditam na existência de máfias...
Estava nas hostes da Cultura Municipal quando da realização das primeiras Viradas Culturais, entre 2005/2008 e tenho lembranças das mais agradáveis quando o então secretário de Cultura, José Vinagre, não só participava ativamente da escolha de quem viria aqui se apresentar, como era convidado para participar de reuniões junto aos órgãos culturais do estado de SP. Agora, pelo que se vê, não existe mais contato nenhum e com a cidade sendo alijada, o total esquecimento da existência de Bauru em qualquer tipo de roteiro cultural possível. Realmente e tão somente: O FUNDO DO POÇO. Estamos diante de um desGoverno claudicante e cada vez mais aterrorizante para Bauru e o que ocorre com a Cultura é só mais um dos aspectos a envolver numa névoa turva e nebulosa a cidade. Sem tirar nem por, o obtido como resposta, a ausência de qualquer tipo de política cultural se reflete por todos os setores e daí, tudo se deve as escolhas. Assim como se deu com Bolsonaro, em Bauru com Suéllen foram feitas escolhas e agora não adiante chorar, muito menos reclamar. Optaram por isso e é isso que temos, NADA DE NADA, ou melhor, ZERO MULTIPLICADO POR ZERO.
Obs.: A charge a ilustrar este texto é do amigo cartunista Fernandão e sai hoje publicada na página 2 do Jornal da Cidade.
Sabe o que acho disso: deve existir uma orientação para não entrarem em dividida, ou seja, tentarem se manter neutros. Expor um livro polêmico não é sinal de neutralidade e sim de medo. O Brasil precisa e muito deixar de ser cagão. Quando me deparei hoje com este da Djamila Ribeiro, o "Pequeno Manual Antirracista", percebo que algo até pode estar mudando, mas muito devagar diante das mudanças que prercisamos adotar para voltar a ser um país de fato. Dentre as modificações, prevejo que, os empresários brasileiros, quase todos atrelados ao bolsonarismo, talvez por conveniência e favorecimentos, precisam rever posições, pois o povo padece e não adianta mais tapar o sol com a peneira. Tudo parece não ter muito sentido, mas vejo que as grandes transformações neste país começam também nos pequenos e mínimos detalhes. Uma simples banca de livros pode apresentar algum sinal de transformação, basta querer.
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