quarta-feira, 4 de maio de 2022

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (149)


THIAGUERA CAIU, MAS DEIXOU VANESSA E TANTOS OUTROS*
* Leiam também observação de minha lavra ao final do texto.
Thiago Rodrigues, evangélico neopentecostal, trazido para o cargo de Diretor de Ação Cultural da SMC - Secretaria Municipal de Cultura, só pelo fato da sua religiosidade, a mesma da incomPrefeita e da secretária Tatiana Sá, não está mais no cargo desde ontem à tarde. O motivo é do conhecimento da classe artística, total distanciamento do que requer a função, ou seja, proximidade com a classe artística e também por uma fala mais do que despropositada numa Audiência Pública, onde o ditado popular nunca esteve tão próximo da realidade: "peixe morre pela boca". Thiaguera nunca teve proximidade com a classe artística e desde que assumiu a função, nada fez, ou na verdade, nunca soube o que veio fazer, pois existia um abismo entre ele, totalmente inadequado para o cargo e as necessidades urgentes que o exercício do mesmo requer. Nunca existiu liga, daí, caiu de maduro.

Posto isto, tem mais gente atuando na Cultura com algo bem próximo do que se via na forma como Thiaguera atuou: VANESSA GARCIA, como Diretora de Divisão de Bibliotecas. Ela, atuava na Secretaria do Desenvolvimento Econômico, estava de saída de lá e precisavam encontrar um lugar para sua continuidade de atividades dentro do staff da atual administração, uma vez ser ela também evangélica neopentecostal, da mesma linhagem religiosa de Suéllen Rosim. Matutaram e chegaram na conclusão de que, afastando um funcionário de carreira, até então no cargo e desenvolvendo bom trabalho, afeito a livros e o trabalho de campo, porém, nem evangélico, nem neopetecostal, muito menos fundamentalista. Trocou-se seis por alguém sem nenhum afinidade com livros. Comenta-se na Cultura que, Vanessa leu quase nada de livros em sua vida e o único onde pode ter alguma proximidade é a Bíblia, nada mais. Muito pouco para tomar conta do trabalho rotineiro de quem tem nos livros o fator fundamental de seu trabalho. De tudo algo bem simples, Cultura e religiosidade não funciona.

Vanessa faz lembrar a entrevista que o Pedro Bial fez com o Sergio Moro e o constrangeu quando perguntou se ele gostava de livros. Na resposta positiva, perguntou qual sua preferência e Moro lhe disse ser biografias. Daí, Bial retruca com uma pergunta bem simples: "Qual lê no momento?". Foi o suficiente para Moro se engasgar e nada responder, pois deve não ler nada faz tempo. Seria constrangedor fazer o mesmo tipo de questionamento para a atual Diretora de Divisão de Bibliotecas? Creio que sim. Pelo que se comenta pela Rádio Peão, ela não é afeita a livros.

Meus caros e caras, com a saída do Thiagera, a coluna Entrelinhas, do JC, edição de hoje, 04/5 afirma seu substituto será Paulo Campos, cantor da Banda Bandu Capital, que nunca ouvi mais gordo ou mais magro, também assessor de Imprensa na Prefeitura. Não tenho conhecimento se preenche os requisitos de ser também evangélico neopentecostal e se não o for, algo sui generis dentro da composição dos quadros para cargos comissionados (Em tempo: Vanessa é funcionária públicade carreira). De algo tenho absoluta certeza, não circula entre os artistas da cidade e quase ninguém o conhece, ou seja, sem trânsito, o que deve gerar capotamento com ferimentos generalizados para muito breve. O que se pede, no caso dele e de manter profissionais que não possuem afinamento com a função exercida é algo simples, mais respeito com a cidade e principalmente com a Cultura. O que se faz necessário hoje é diálogo entre quem está no cargo e os artistas, os artífices da existência de seus cargos. Os critérios, pelo visto, não são estes. Thiaguera e Vanessa destoam dessa premissa mínima, daí, não tem como a pasta andar e se o faz, se deve aos funcionários de carreira, que sabem o que tem que ser feito e tocam a coisa, como se não existisse direção. Grave, muito grave tudo isso. Evangélicos ou não, a necessidade para estes dois cargos são de gente que, minimamente tenha afinidade com algo inerente aos mesmos, do contrário, teremos a continuidade da "perfumaria" sem profundidade hoje vigente na Cultura.

OBS FINAL DO HPA APÓS POLÊMICA COM MAIS DE 200 COMENTÁRIOS NO FACEBOOK: Vanessa é funcionária de carreira da Prefeitura, exercendo desde 01/02/2022 o cargo comissionado citado na SMC. Sua religiosidade pouco importa, mas vale a citação feita, da incidência de elevado número de evangélicos neopentecostais nas nomeações após o início da administração Suéllen. Minha crítica se baseia no fato de discordar de procedimentos de várias nomeação sem respaldo de qualificação comprovada para funções. Se foi acertada ou não, só o tempo dirá. Discordar e concordar faz parte do negócio.

UMA AULA SOBRE IMÓVEIS TOMBADOS EM BAURU, CURSO DE FORMAÇÃO LEIS DE INCENTIVO – EU NO SENAC JUNTO DO VINAGRE
O telefone toca e do outro lado José Vinagre, ex-secretário de Cultura de Bauru, meu amigo de longa data. No momento, está ministrando mais um curso de formação de atores sociais, formando-os para desbravarem os descaminhos da garimpagem por leis de incentivo, principalmente as de cunho cultural. Seu convite é para quando diante do tema “Patrimônio Cultural”, seus alunos possam dividir o que lhes passará, com informações sobre a questão local, o CODEPAC, os imóveis tombados e algo das histórias aqui ocorridas nos tempos quando atuei no Conselho - dois anos como presidente e quatro como conselheiro. Aceitei de pronto e como não havia remuneração, disse se podia levar meu chapéu e ao final fazer uma coleta.
Chego hoje as 19h10 e Vinagre, que na aula do dia anterior havia feito a introdução sobre as questões de patrimônio, minha parte foi preenchida com algo sobre a criação do Conselho, como se dava sua atuação, a fiscalização, os procedimentos e a citação dos imóveis tombados, tendo em alguns casos, uma historinha particular envolvendo este ou aquele imóvel. Quebramos o gelo com este mais e até para descontrair contei três histórias envolvendo o tema:

1 – A dona do imóvel que, era contra o tombamento do seu, dos mais importantes de Bauru e tinha uma justificativa que achava muito plausível: “Viajo para a Europa, acho os tombamento por lá lindos, justificáveis, mas não aqui com a nossa falta de cultura e ainda por cima justamente no meu imóvel. Sou contra”.
2 – O pastor vereador na época, equipe de direção da imensa Igreja Universal da Rodrigues Alves, liga antes mesmo do templo estar pronto e quer saber: “O que precisamos fazer para ter a igreja tombada pelo patrimônio cultural?”.
3 – O papel de Bolsonaro que para favorecer a Havan, atua junto ao Iphan e determina a este o final do processo de tombamento: “De agora em diante o Iphan não vai dar mais nenhum trabalho para a Havan”.

Foi interessante o interesse (sic) do pessoal, muitos deles já com inserção em atividades culturais na cidade e região, quando passei a discorrer sobre os imóveis já tombados na cidade. Evidente que, dois dos não tombados, a Casa da Eny e a Casa do Pelé atraíram boa discussão. Falou-se de tudo, com muitas perguntas e nelas, algo de esclarecimentos sobre questões técnicas. Uma prazerosa conversa de quase duas horas. Por fim, deixo o site do CODEPAC para consulta aos interessados em alguns dos processos dos itens já tombados: www.sites.bauru.sp.gob.br/codepac.

Vinagre está envolvido e possui muito conhecimento de um tema dos mais necessários dentro do panorama atual, que é a formação de agentes culturais, com uma preparação mínima para que, ao menos saibam como encaminhar e buscar recursos para todo tipo de projeto cultural. Ele ensina o caminho das pedras. Belo curso ministrado pelo SENAC local. Plateia atenta, gente que se desloca durante a semana à noite, não em busca de uma simples aula, mas atrás conhecimento para saber intervir. Penso depois dessa em voltar a dar aulas, mas não sei se a maioria das escolas privadas hoje me aceitariam, pois desde já deixo claro, sou convicto antibolsonarista, algo hoje sob análise quando de muitas contratações.
OBS.: Foto minha tirada pela aluna Bernadete.

RETRATAÇÃO, REPARAÇÃO E CONSTATAÇÃO - O CASO "CULTURA"
Num post feito por mim ontem sobre a demissão do até então Diretor de Ação Cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Thiaguera, fui além e escrevi que, a prática de trazer para atuação na pasta, evangélicos neopentecostais, da mesma linhagem religiosa da secretária e da prefeita, era algo usual. Não faltei com a verdade. Isso de fato ocorre, não somente na Cultura, mas na administração num todo. Usei como outro exemplo o nome de uma servidora de carreira, Vanessa Garcia, a Val, lotada na Diretoria de Divisão de Bibliotecas, desde a opção da secretária pela substituição de servidor de carreira por ela. Deixo claro que, a atual chefe do Executivo e sua secretária até o presente momento não disseram a que vieram no quesito Cultura, deixando muito a desejar, motivador para textos de minha lavra, bastante desabonadores.

Muita conversa fiada, promessas e quase nada de concreto. Quando fiz uso do nome da Vanessa, não a conhecendo pessoalmente, mas pelas informações recebidas, a troca seria para pior. Recebi saraivada de críticas, algumas muito mal educadas e de tudo, estou proposto a me informar melhor, circular pelas bibliotecas todas espalhadas cidade afora e ir publicando os resultados da mudança e do proposto pela nova titular do cargo. Seria uma forma de compensar e reparar o que já está escrito e publicado, portanto, não seria simplesmente apagando que se resolveria o problema. Adoraria ao realizar o proposto, chegando na conclusão de ter errado, mas pode ocorrer também o contrário. Torço e muito para ter de fato errado e desta forma, não terei problema nenhum em me retratar, como já o fiz em vários momentos de minha vida.

Algo me perturba com tudo isso e complemento esse texto de retratação com ele. Recebi ontem telefonema de dois servidores públicos municipais, me elogiando sobre o post e em ambas as falas, algo dentro da linha do que escrevi: "existe uma clara perseguição dentro da atual administração para o servidor que se apõe abertamente contra o bolsonarismo, com remoções para outros cargos, sem levar em conta a atuação em curso". Trata-se de uma DENÚNCIA, onde não posso expor as fontes, mas se for de fato constatado sua veracidade, diz respeito a um procedimento administrativo condenável, reprovável e merecedor de justa punição. Já tenho aqui comigo três destes casos, mas não posso divulgá-los. Quero com esse post que outros surjam e me auxiliem na constatação da prática. Tudo bem que, sendo a chefe do executivo de um determinado segmento religioso e político, não queira promover para cargos próximos ou de confiança, gente de grupos opostos, mas sacar de cargos, removendo-os para remotas funções, onde estariam esquecidos é mais que lamentável.

Encerro me comprometendo, principalmente com a Vanessa, citada por mim, em acompanhar seu trabalho de fato e aqui ir publicando os resultados. Seria essa a melhor forma de retratação, culminando se assim acertarmos, numa conversa onde lhe mostraria pessoalmente os resultados obtidos. O fato é um só, meu grande motivador, a SMC volta a propagar estar promovendo nova onda de promessas para os artistas, que seriam contemplados com algo já prometido em outras ocasiões. Nada mais que promessas. Agora, ver in loco algo sendo feito muito me estimula e se de fato ocorre, serei o primeiro a aqui relatar, com detalhes. Este meu compromisso, continuar vigilante e mais atento, pois como já disse, o grande culpado por nomeações não são as pessoas promovidas e sim, quem lá os coloca. Minha crítica deve centrar fogo nestes e muito menos em que as aceita e ali atuam.

OBS FINAL DESTE HPA: Irei postar como comentários todos os diálogos mantidos em minha página do facebook sobre os dois posts polêmicos. Aguardem e confiram...

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