quarta-feira, 25 de maio de 2022

COMENTÁRIO QUALQUER (226)


ESCÂNDALO DA VIAGEM NADA CULTURAL DO "CLUBE DA VIOLA" PARA POÇOS DE CALDAS, EXCURSÃO COM COBRANÇA DE PASSAGEM, EM ONIBUS CEDIDO PELA "EDUCAÇÃO" E A PEDIDO DA "CULTURA"
A ocorrência dos fatos se deu há 25 dias atrás, nos dias 12 e 13 de março deste ano. Uma viagem, ônibus lotado para a turística Poços de Caldas, em ônibus solicitado pelo Clube da Viola, através de sua representante, Nair Rosa da Nóbrega junto da SMC - Secretaria Municipal de Cultura. No ofício, segundo nos foi informado, pois ele ainda não foi divulgado, está a solicitação informando ser para fins turísticos, algo incompatível com atendimento público. Esse tipo de atendimento só poderia ser possível se a viagem ocorresse com finalidade cultural, mas como comprovado a seguir, nada disso ocorreu.

Tratava-se na verdade de uma mera EXCURSÃO, com cobrança de R$ 300 reais de cada pessoa, como comprovado num PIX já circulando pelas redes sociais. A Cultura como não possdui ônibus, solicitou para a SME - Secretaria Municipal de Educação em ofício ainda não divulgado e este foi cedido. Até a presente data não se sabe se o ônibus chegou com tanque cheio de combustível, se os pedágios foram pagos também pela Educação e as despesas do motorista, como diária e alimentação. Hoje, numa Audiência Pública na Câmara Municipal, a secretária de Educação quando confrontada sobre o caso, disse que o ônibus foi cedido através de solicitação da Cultura e tudo o mais deveria ser verificado junto a estes.

Evidente que, tudo está muito mal explicado. Vamos por partes, como fazia Jack, o Estripador:
- A viagem ocorreu um mês atrás e mesmo após denúncia para vereadores, isso só veio à tona, após publicação anteontem pelo facebook de Pedro Valentim, que recebeu a denúncia de Delfino Del Rey Junior, que viajou ele e a esposa nesssa excursão, pagando tudo via PIX.
- Viagem totalmente irregular e feita sem averiguação da sua real motivação, fazer Turismo. Por que, Nair fez a solicitação para Turismo, cobrando passagem de ônibus público e não contratou uma empresa privada para executar o serviço? Ela não sabia que isso não é permitido dentro do serviço público? Como a Cultura não filtrou nada e solicitou o ônibus para a Educação? Muitas outras perguntas sem resposta e o estranhamento mais do que evidente pelo atendimento totalmente fora do controle.
- A Educação precisa esclarecer se todas as despesas da viagem foram bancadas por eles ou pela Cultura, ou mesmo pelo Clube da Viola. Mesmo que o Clube da Viola tenha bancado todas as despesas não estrão isentos de culpa, nem da resposabilização pelo ocorrido. Estranha a Cultura ter possibilitado tudo de uma forma muito primária. Muita coisa precisa ser devidamente esclarecida.
Pelo que se ouve dentre as pessoas que viajaram no passeio turístico, este não foi o primeiro, tornando tudo ainda mais complicado. Ocorreram outras viagens no mesmo estilo?
 

A Cultura e a Educação tiveram conhecimento prévio da cobrança por cada viagem? Uma verificação na troca dos ofícios deve começar a elucidar o imbróglio. Um grande escândalo, envolvendo muitos agentes públicos em algo totalmente anormal. Tudo está começando a ser investigado e os desdobramentos devem não só dar muita dor de cabeça, como promover uma dança de cadeiras dentro de quem detém o poder da caneta autorizativa. De tudo uma só certeza, um grande escândalo sendo desbaratado.

outra coisa
1.) IMPOSSÍVEL DIZER NÃO PARA ESSO MACIEL
O querido artista plástico Esso Maciel, 80 anos de pura resistência, me liga e pede um favor: "Quero me posicionar. Não sou dado a posições políticas, mas o momento exige. Você me arrumaria fotos grandes do Lula pra pregar aqui defronte de casa? Sabe, a rua Campos Salles é muito movimentada, passa muita gente e tenho que mostrar de que lado estou. Traga bem grandão, para colocar bem alto aqui no muro, lugar onde não alcançarão para arrancar".
Levei ontem, ele pediu fotos junto dos cartazes e hoje, com certeza, tudo já deve estar enfeitando seu famoso muro. Lula lá é já!

2.) A VIDA VALE MUITO A PENA POR CAUSA DISTO
O dia estava um tanto pegado, recheado de corres, mas ao saber da vinda de meu dileto amigo reginopolense e guarulhense Fausto Bergocce para cá, passo junto dele na oficina mais auspiciosa destas plagas, a do funileiro Adelino Silvestre e esquecemosda vida, ou seja, caímos na arruaça no meio da tarde de uma terça, quando ainda teríamos alguns ditos sérios compromissos pela frente. Sabe o que fizemos diante deles? Abrimos mão de tudo e fomos tomar um sonoro café numa padaria, numa dessas esquinas de Bauru, contando também com a presença de Ana Bia, que ao final da contenda foi espiar o que estava acontecendo, assuntar e vendo que nada podia ser feito, se juntou ao grupo. Fizemos algo para o nosso bem, ou seja, esquecemos de tudo o mais e caímos na conversa fiada. Os compromissos todos esperaram e vão continuar esperando até amanhã, pois tínhamos algo mais sério para tratar: um papo pra lá de saboroso, desses só possíveis nesses reencontros e convescotes. E assim, creiam todos, ganhamos alguns anos há mais em nossas vidas, fazendo o que ainda de melhor existe para ser feito no que nos resta de vida, que é jogar conversa fora.

Fausto estava de passagem por aqui, a caminho de Reginópolis, onde iria para se recarregar por alguns dias, para só depois retornar para sua vida lá na beirada do maior aeroporto da América Latina. Peguei o amigo na rodoviária, quando chegava de um onibus e tinha outro algumas horas depois. No meio do seu caminho me encontrou e quase perdeu o rumo, o derradeiro transporte para seu destino final, mas aproveitou bem a breve estadia, pois riu à cântaros, junto de outro que conheceu naquele momento, meu velho e queridíssimo amigo, o funileiro, salvador de minhas enroscadas com latarias de carros, o maior proeseador que conheço, seu Adelino, lá da vila Cardia. Tinha um assunto pra tratar com ele e o encontro saindo para entregar um serviço. Quando me viu voltou e engatamos uma conversa, no que fomos devidamente acompanhados pelo Fausto, que pegando o espírito da coisa, viu que o dia estava irremediavelmente perdido. Não havia mais o que ser feito e daí por diante, se juntou na conversa e era como se fosse conhecido do Adelino de algumas décadas. Não pudemos mais permanecer em pé ali diante da oficina e já deixando para trás a vida séria - tinha ainda que comparecer num cartório, mas nem mais me lembrei do assunto, pois tinha a partir de então coisa mais séria para fazer. Confesso que, ao sair da contenda - algo que, nenhum dos três queria fazê-lo -, estava feliz da vida, primeiro por rever tão queridas pessoas, depois por ter conseguido que Ana se juntasse a nós, depois por termos falado de coisas das mais sérias, como o desenrolar do que nos resta de vida e existência, chegando na conclusão, algo nos faria mais do que bem no atual estado das coisas, a derrocada deste capiroto miliciano do poder e depois, deixar a vida nos levar até não mais poder. Foi uma tarde dessas inigualáveis, quando não fizemos nada assim de tão diferente, mas nos realizamos como pessoa humana. Enfim, é disso que precisamos, essa a conclusão do trio quando da despedida. Meus amigos de fato são assim, briosos, altaneiros e prontos para deixar tudo de lado, desde que uma boa prosa desponte na curva da esquina.

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