quinta-feira, 5 de outubro de 2023

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (186)


O TAPA NA CARA DOS PREFEITOS (AS) BLOGUEIROS (AS)
O jornalista Aurélio Fernandes Alonso é de uma velha cepa, desta que não se segura nas calças diante dos admoestadores, perversos administradores a driblar a legislação existe e se impondo acima delas, com atos, atitudes e uma renovada forma de tocar uma administração segundo sua concepção de vida, sem se importar se isso fere ou vai contra o que apregoa a lei.

Num artigo publicado na página Opinião do Jornal da Cidade, edição da última terça, 03/10, "Autopromoção pessoal até quando?", ele investe pesado em algo muito abalizado, diria mesmo, consistente, contra os administradores blogueiros, os que abandonam suas reais funções e vivem se autopromovendo - tudo de caso pensado. Vejo que o seu artigo possue um endereço mais do que certo e sabido e com ele, tenta ao menos sensibilizar quem pode fazer algo de concreto contra o repetido abuso, talvez conseguindo instigar o MP - Ministério Público para atitude recolocando tudo no seu devido lugar.

Sim, existem administradores públicos vivendo exclusivamente de um maquinário criado para lhes dar publicidade. Ou seja, fazem uso da máquina pública ao seu bel prazer e em benefício próprio, o que é ilegal, imoral e impróprio. Se faz mais do que necessário tirar a máquina pública das mãos destes, pois abusam, na verdade misturam tudo, público e privado. Percebam neste tipo de vídeo, hoje muito difundido pelas redes sociais, o administrador aparece sempre sendo gravado por alguém, até com uso de clones e daí, a pergunta que não quer calar: quem paga isso tudo? Usa aparelhagem e pessoal do serviço público para essa finalidade ou pagam tudo do próprio bolso? Mesmo pagando do próprio bolso, se o fazem durante o expediente, já incorrem em séria ilegalidade. O que ocorre e Aurélio sabe muito bem disso é uma verdadeira farra com dinheiro público.

Este tipo de autopromoção pessoal é totalmente vedada e proibida pela Constituição brasileira. A internet possibilitou o surgimento deste tipo de vídeos, hoje muito difundidos. Demonstram um verdadeiro atentado contra a legislação, pois não só tentam burlar, como se fazem de bobos, continuando na prática, como se nada fosse possível barrá-los. Vejo que, passado alguns dias, o texto do Aurélio alcançou seu objetivo, pelo menos um deles. Dizem que, um dos alvos pensou em responder pessoalmente, mas foi demovido, por absoluta falta de consistência. Ou seja, não existem argumentos consistentes para rebater o escrito, primoroso e feito num momento onde uma decisão precisa ser tomada. Fica evidente em alguns vídeos rolando hoje por aí, que a impessoalidade necessária e legal é deixada de lado.

Este descaramento precisa não só ser combatido, como rejeitado e que a lei seja aplicada, na sua implacável forma, para conter abusos. Ou seja, o motivo da escrita do jornalista, sem citar nomes, está surtindo efeito e algo mais pode estar despontando no horizonte. Que os abusos, mais do que explícitos sejam impedidos de continuar e seus autores devidamente identificados e punidos. É o mínio que se pede, o cumprimento da lei já existente e não sendo cumprida.

NOSSA SOCIEDADE
Sempre que me deparo com este termo "Nossa Sociedade", costumo torcer o pescoço e ficar com um pé atrás. Acompanho algo do que fazem pelas ainda colunas sociais da cidade, principalmente as do Jornal da Cidade, guardando resquícios dos tempos de Roberto Rufino e ainda hoje, fotos espalhadas pelo jornal, principalmente na edição de final de semana. A revista Atenção também gosta de reverenciá-los. Ganhei uma dias atrás e a cada folheada, tenho a certeza ampliada e justificada: prefiro o outro lado do mundo. Como é triste e reduzido o mundo dos que se dizem os bam bam bam destas plagas. Uma triste ostentação, regada, como se percebe, nos princípios mais sórdidos de um arcaico conservadorismo, hoje muito mais de ultra-direita do que antes. Circule pelos supermercados dos chiques e constate como se apresentam e gostam de ser vistos. Refinados nos gestos, não conseguem esconder a maldade exposta no jeito de agir, de ser e de estar. Um perversidade inconteste, absoluta e plena, como se ainda estivessemos vivendo os tempos mostrados a nós por Casa Grande & Senzala, obra maior de Gylberto Freire - que nunca foi lida pela nossa elite, que nada lê, mas sabe como nunca oprimir seu semelhante e ignorar o que vê diante dos seus olhos.

Eu não sou um revoltado, só um mero observador da vida urbana e quanto mais me enfronho nas andanças pelas quebradas deste mundo, mais quero distância dos refinados lugares e de seus sórdidos personagens. Essa "Nossa Sociedade" não se mistura com nada, vivem num mundo só deles e estão se lixando para tudo o mais que não seja o seu bem estar, a continuição dos privilégios. Para tanto, não fazem nenhum esforço em apoiar gente como Jair Bolsonaro e mesmo, recebendo privilégios, políticos ao estilo fundamentalista como a alcaide bauruense, Suéllen Rosim. Repudiam tudo o que venha a resvalar com transformações. Não me sai da memória o dia da última eleição e eu como fiscal numa escola no coração da Zona Sul bauruense. Um festival destes sendo constituído como "Nossa Sociedade". Estavam todos de verde-amarelo, envergando com pompa as cores da seleção de futebol, como se isso fosse patriotismo. São estes os menos patrióticos que conheço, pois não lutam pelo país, pela soberania deste Brasil e sim, tão somente, pelos seus interesses. Vê-los se abraçando e se confraternizando naquele dia é a cara mais nefasta possível, a absoluta certeza de que o atraso estava ali presente. Os com grana, cheirando perfumes caros, bermudas de griffe, barbas e cabelos aparados em salões chiques, querem um Brasil ao estilo deles, exclusivo para defender sua forma de ir embromando tudo, inclusive as leis trabalhistas. Se Bolsonaro atendia algo para seguirem na sacanagem, estiveram com ele e agora buscam outro, talvez até pior, igual a esse argentino Milei, propondo privatizar até a alma do povo.

Estes, considerados como "gente do bem", fazem parte de um mundo cada vez mais cruel, insano e doente. Vivem de pompa, mesmo que ela ocorra só na forma externa, naquela para ser vista e na realidade, vivem num aperto de dar gosto. Essa "Nossa Sociedade" está muito bem representada naqueles que, enricaram e vivem num Olimpo, olhando tudo lá de cima, com repulsa aos de baixo. Lembro bem de uma inesquecível frase de um juiz aposentado bauruense, algo dito a mim, afirmando, "as fortunas desta cidade totalmente Sem Limites ocorreram todas de duas formas: ou ganharam na loteria ou fizeram algo constrangedor pelo caminho". Rindo, me disse: "Até o momento ninguém destes por aqui ganhou na loteria". Não existe como enxergá-los como um Brasil a ser vergado, pois do contrário, nunca se conqusitará justiça social com estes a comandar tudo. Nos bastidores do que vivem, filtrando algo de suas falas, gestos e atitudes, tenho sempre a pior impressão possível. São todos inimigos do povo. Hoje, lutam para flexibilizar a liberação do cerrado, possibilitando cortar mais e mais árvores, tudo para ampliar as áreas dos condominios fechados, tudo cercado com cercas eletrificadas, redutos intransponíveis, onde vivem num mundo à parte. Não nutro revolta contra estes, só constato da necessidade de vergá-los, pois do contrário nunca chegaremos a lugar nenhum. Eles impedem os avanços. "Nossa Sociedade" é pérfida, muito além do que imaginamos.

QUER DIZER QUE O FILME "PÉROLA" JÁ SAIU DE CARTAZ?
Inconformado com um filme de tamanha importância para a cidade de Bauru, para a dramaturgia e agora para o cinema brasileiro, ficar somente uma semana em cartaz com o público comparecendo! Shame on you cinemas de Bauru
@murilobeniciooficial
@oficialdricamoraes
@maurorasidramaturgo
@institutoculturalmaurorasi

A INVERSÃO DE VALORES NÃO É NENHUMA NOVIDADE...

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