segunda-feira, 21 de julho de 2008

BAURU POR AÍ (3)
GILBERTO MARINGONI, O SEU LIVRO SOBRE BARÃO DE MAUÁ E UMA EXPOSIÇÃO NO CCBB - CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL - RJ
O amigo Beto Maringoni deve estar em estado de graça. Seu último livro,“Barão de Mauá – O empreendedor do Brasil” (Aori, 2007) fez (e continua fazendo) um sucesso danado. Tenho um exemplar da rica edição patrocinada pelo Sebrae, com ilustrações riquíssimas, cada dura e tratamento de primeira, como merecem a vida do barão e a pesquisa feita pelo escritor. Antes demais nada, Beto é daqui da terrinha e quem o conhece só pelo belo traço (cartunista da melhor cepa), não sabe o que está perdendo. Seu primoroso texto, tanto jornalístico, como o produzido para seus livros é de primeira linha. Dessa vez, a novidade é a mais completa exposição já montada em homenagem ao Barão de Mauá, em cartaz no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, na cidade doRio de Janeiro, de 15/07 a 10/08, onde o bauruense, pesquisador do IPEA –Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada tem um destaque do qual faz jus.

“Muito do que o país é hoje é fruto de como foi formado o estado imperial. E o gênio empresarial de Mauá foi a mola propulsora do desenvolvimento.(...) Ele conseguiu crescer, pois sabia onde buscar dinheiro: fez negócios com o Estado e negócios com a Inglaterra. Sofreu na mão do Estado e se aliou ao Estado. Lutou contra o capital inglês e se aliou ao capital inglês. (...) Sua vida e seus altos e baixos coincidem com as oscilações do Império brasileiro”, ressaltou Maringoni, em trechos de entrevistas para a imprensa.

Numa das apresentações feitas quando da abertura, lá está algo sobre sua carreira: “Pesquisador do IPEA e professor de jornalismo na Fundação Cásper Líbero, em São Paulo. É ainda doutor e, História Social pela USP e formado em arquitetura pela mesma universidade. Tem sete livros publicados, entre eles “Barão de Mauá – o empreendedor “ (Aori, 2007) e “A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação Perseu Abramo, 2004). Como jornalista, realizou coberturas na Bolívia, na Venezuela, em Cuba, no Chile, na Itália e na Tailândia”. Acrescentaria mais umas poucas coisinhas: Bauruense, ligado aos movimentos sociais e contrário ao capitalismo selvagem. Uma pessoa antenada com o seu tempo e crente de que o modelo vigente no mundo de hoje, não é o ideal. Portanto, sonha com um novo mundo e luta por esse ideal. É gente da melhor estirpe.

Maringoni merece uma bela exposição por aqui, retratando toda sua obra e de imediato, proponho a união de forças para tentar trazer essa para cá. Quem se habilita nessa empreitada? Arregacemos as mangas...

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