quarta-feira, 2 de maio de 2012

COMENTÁRIO QUALQUER (99)
POLÍTICA EM BAURU CHEIRA JOGO DE CARTAS MARCADAS
Tenho tentado entender os bastidores do jogo político que está sendo armado para as próximas eleições municipais. Tudo está centrado em dois campos, o da situação, compreendendo a reeleição do atual prefeito, Rodrigo Agostinho – PMDB e tendo como vice Estela Almagro – PT, junto com uma sopa de letras nunca vista na história de Bauru, a coligação de dezenas de siglas; e na oposição, a candidatura para o Executivo de Chiara Ranieri – DEM, tendo como vice o Marcelo Borges – PSDB e uns pouquíssimos partidos. Na situação nº 1 a cada momento adentra mais um partido na coligação, pois todos gostam muito de estar ao lado dos que possuem mais chances de vencer e na situação n° 2, a cada hora diminui a quantidade de coligados, pois ninguém gosta de estar ao lado dos que já entram na disputa derrotados.
Esse o quadro, sem tirar nem por. Na situação nº 1, algo grandioso sendo construído, um gigante sem precedentes e com a construção desse verdadeiro Frankenstein, brinquedo mais do que perigoso, pois o cabeça de tudo fica cada vez mais senhor de si. Histórias assim nem sempre terminam muito bem. Acúmulo de poder, confiança absoluta acabam criando monstros perigosos. Já vi muitos desses transformarem-se em ditadores e manipuladores de tudo e de todos. O poder transforma as pessoas, disso não tenham dúvida. Na situação n° 2, vejo que a candidatura de dois personagens que andam com medo de se lançarem às ruas. Sabem o que enfrentarão e temem o pior, um fracasso que os inviabilize por tempo indeterminado. Talvez nem possuam coragem de se lançarem e tudo o que presenciamos hoje não passe de um mero balão de ensaio. Todos os personagens são bem capazes disso tudo, os de ambas as situações.
Mas o que quero mesmo com esse escrito meio atravessado, dando voltas é dizer que o jogo de cartas marcadas me lembra do famoso JOGO DO BICHO. Empata-se dinheiro numa ilusão de dinheiro fácil e na verdade, ciente de que o impossível nunca acontece, o que de fato ocorre é dinheiro jogado fora. Todos conhecem um joguinho dos mais conhecidos entre os malandros de praças. Com uma caixinha de fósforo e uma bolinha, fazem uma movimentação a aparentar ao leigo que ela estaria debaixo de uma que seus olhos têm a certeza de lá estarem. Vêem o ilusionista jogar uma, duas, três vezes e diante de tanta certeza, vislumbram ganhar dele. Apostam uma vez e ganham. Na segunda idem. E quando jogam tudo o que possuem nos bolsos perdem de uma maneira inexplicável. E ficam com cara de bobo no meio da praça. Só depois descobrem que foram trapaceados.
Vi isso semana passada na famosa Las Ramblas, no centro de Barcelona, no país basco, coração da Catalunha. No meio do povão, homens e mulheres ucranianos, uma verdadeira família envolvem incautos e literalmente os limpam os bolsos. É gostoso ficar olhando como tudo se processa. Passei bons momentos e irei algumas fotos do que vi. Tudo igualzinho à política daqui, dali e de acolá. Na grande maioria das vezes, um jogo a nos envolver, ludibriar os olhos e no final, com uma armação só percebida depois, a consolidação do que sempre esteve previsto. Sai um, entra outro e tudo continua como dantes. Um que você achava que poderia ser mais sensível, hoje já não é mais e aquele que você via como sem sensibilidade nenhuma, esse não muda e continuará sempre do mesmo jeito.
Tudo isso para concluir com algo: EU NÃO ACREDITO EM NADA DISSO QUE TENHO VISTO. Já acreditei, apostei fichas, estive nos embates, ganhei em algumas vezes, mas a decepção sempre foi grande. Dessa vez me parece inevitável e inexorável. Perderemos como os gaiatos que acham que podem ganhar dos matreiros ucranianos nas calçadas de Barcelona. Com esse sistema político, impossível.

5 comentários:

Anônimo disse...

Esse Jogo do Bicho é a tal da Arca do Rodrigo que o JC diz estar sendo formada com os partidos coligados ao Rodrigo? E os que estão de fora, a chapa Chiara e Marcelo como poderia ser qualificada? Não seriam tudo batatas podres do mesmo saco? Talvez a salvação da cidade venha de uma outra candidatura, que também não é a do Gazetta, que está inserido no mesmo balaio de todos os já citados. Quem poderia salvar Bauru nesse momento? Existe esse nome ou grupo?

Daniel

Anônimo disse...

Sabe o que é, Henrique.
Tudo se chama desilusão.
Esperávamos que Rodrigo agisse diferente e olhasse com mais cuidado para aqueles que o ajudaram naquele eleição onde ainda era uma zebra.
Deu as costas para todos os da esquerda e ficou com todos os da direita, mas aqueles que foram se achegando depois e que não fizeram nada para o colocarem lá.
Ele age assim e ficou igualzinho aos outros.
tem salvação?
Sim, mas teria que fazer opções e olhar para o lado oposto de tudo o que está construindo.
Ficou igualzinho aquele mostro que tanto combatemos.
Não seria ele o próprio monstro?
O novo monstro, um monstro com cara de moleque e fingindo ser bom mocinho.
André Ramos

Anônimo disse...

Henrique

Esses caras aí desse joguinho de calçada que vc viu, fazendo suas pequenas trapaças são muito mais honestos que muito do praticado aqui nos bastidores da política local e nacional.

Alvarenga

Anônimo disse...

meu caro

Essa vai ser a segunda tentativa do DAE em comprar a soda cáustica. Em 21 de dezembro passado, um primeiro pregão eletrônico para a aquisição do produto foi realizado. No entanto, o processo foi considerado fracassado pelo setor jurídico da autarquia. Segundo a assessoria de imprensa, isso aconteceu em razão de múltiplos recursos apresentados pelas três empresas que participaram do pregão. Mas o DAE não explicou a que se referiram os recursos, se por falha em regras impostas pelo DAE ou outra razão.

Outro fato inusitado é que o fracasso da licitação só foi anunciado no dia 2 de abril, quase quatro meses depois da realização do pregão. O Jornal da Cidade tentou entrevistar a diretora de Compras, Hilda Cardoso da Silva, e a diretora da Divisão Administrativa, Janete Ramos, mas recebeu a resposta de que elas estavam, como sempre, ocupadas


SE FOSSEM FUNCIONÁRIAS (EMPREGADAS) NA INICIATIVA PRIVADA JÁ ESTARIAM NO OLHO DA RUA.
TEM QUE ACABAR COM ESSE NEGÓCIO DE PARTIDOS POLÍTICOS DETERMINAREM AS PESSOAS QUE DEVEM OCUPAR OS CARGOS.
CHEGA DESSA PALHAÇADA COM O DINHEIRO PÚBLICO.
CARGOS DEVEM SER PREENCHIDOS POR FUNCIONÁRIOS DE CARREIRA COMPROVADAMENTE CAPAZES PARA TAL FUNÇÃO

JÁ ESTÁ NA HORA DE EXAMINAREM A ÁGUA QUE O DAE DISTRIBUI PARA CONSTATAR SE REALMENTE ESSA ÁGUA ESTÁ SENDO TRATADA CONFORME DEVE SER TRATADA





LEIA A NOTÍCIA COMPLETA NO JORNAL DA CIDADE DE HOJE

O PENSADOR - NEW TIME

Anônimo disse...

Ano 2020: A extinção dos professores, triste realidade, a se perpetuarem tais verdades incontestáveis. Pais, tenham pelo Professor e pela Educação o maior respeito e consideração, pois são fundamentais para o futuro de seus filhos.

O ano é 2020 D.C. - ou seja, daqui a nove anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:

- Vovô, por que o mundo está acabando?

A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:

- Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.

- Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?

O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.

- Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?

- Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.

- E como foi que eles desapareceram, vovô?

- Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.

Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer "eu estou pagando e você tem que me ensinar", ou "para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você" ou ainda "meu pai me dá mais de mesada do que você ganha". Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo "gerenciar a relação com o aluno". Os professores eram vítimas da violência - física, verbal e moral - que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.

Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. "Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular", diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.

Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas "bem sucedidas" eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão - enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.


ATENÇÃO: Qualquer semelhança com a situação deste País ultrajado e saqueado por políticos quadrilheiros e mafiosos, não é mera coincidência.

enviado por Muricy Domingues