INTERVENÇÕES SUPER-HERÓI BAURUENSE (36) e MEUS TEXTOS NO BOM DIA BAURU (178)
BAURU PISA EM OVOS e PRECISOU A TEREZA DIZER
Quem proferiu a frase estampada como título deste texto não foi o Guardião, super-herói bauruense, nem seu criador, o desenhista Gonçalez e muito menos eu, esse mafuento escrevinhador. Quando das denúncias da médica Tereza Pfeifer sobre as evidentes diferenças entre o atendimento do primo pobre, o Hospital de Base, ainda mantido pela Associação Hospitalar de Bauru e o primo rico, o Hospital Estadual, mantido pelo Governo estadual, a cidade inteira ouviu isso da boca de uma corajosa jornalista, no programa jornalístico do horário do almoço da 94FM: “Aqui em Bauru pisamos em ovos. Muitos ficam cheios de dedos quando o assunto é criticar um figurão. Amplo comedimento”. Guardião complementa: “Amplo, total e irrestrito. Comigo não. Se a cidade inteira fica pisando em ovos eu não fico. Aqui não se critica o dono da empresa de ônibus, o do jornal, o chefe da PM, o único deputado, os conservadores e falantes representantes do comércio e da indústria, etc. Quanto às raízes mais do que expostas dos motivos da crise que resultaram nessa decladê do Hospital de Base, poucos são os que dão nomes aos bois. E sobre o que acontece lá dentro dessa até agora indevassável direção da Famesp, a comandar o Estadual e agora nossa Maternidade. Ninguém cutuca quem tem que ser cutucado. Haja ovos”.
A fala de Maria Dalva faz Guardião desencavar uma história antiga, de pouco mais de um ano, que circulou abertamente entre os funcionários do Hospital Estadual. “Querem um fio
para essa meada? Eu dou. Por um erro ou descuido do RH – Recursos Humanos do Estadual foi publicada na internet a relação completa dos holerites de todo o seu quadro funcional em Bauru. Algo que deveria ser normal, até obrigatório, causou um furdunço dos diabos dentro da instituição. O motivo é simples. Alguns médicos ganhavam R$ 50 mil mês, enquanto a maioria ganhava em média R$ 4 mil. Enfermeiras ganhando acima de R$ 6 mil e o restante pouco mais de R$ 1 mil mês. Teve médico que pediu demissão por discordar do procedimento beneficiando uns em detrimento da maioria. O gerente do RH, oriundo de Botucatu foi afastado e dele não se teve mais notícia. Por que a brutal diferença salarial lá dentro? Tem gente ganhando uma fortuna e a maioria pastando. O que seria isso? Nunca ninguém se predispôs a perguntar, questionar, investigar, cutucar ou mesmo pedir para dar uma olhadinha naquilo que saiu na internet e foi logo apagado. E por que não, para dirimir dúvidas, ver a relação hoje? Afinal, tudo não é feito às claras, como apregoa o governador Alckmin. Comecem por aí e talvez esse Guardião seja obrigado a pedir desculpas públicas pelo excesso de zelo ou podemos começar a tomar conhecimento de bastidores ainda não revelados para os pobres mortais”, afirma o super-herói sem pisar em ovos de qualquer espécie.
Ainda sobre o assunto, a reprodução do texto publicado no Bom Dia Bauru por esse HPA, coluna Formador de Opinião, sábado, 26/05, com o título “Precisou Tereza dizer”: “Tereza botou a boca no mundo e o fazendo estremeceu combalidas estruturas. Dessa vez, não falou nada de tão novo, repetiu o que alguns dizem já faz muito tempo, mas acertou na mosca. Estava no lugar e na hora certas. E possui o peso de ser experiente profissional no quesito do reclamo. Assim como o Oficial de Justiça que impediu um despejo, promove desarranjos intestinais em quem tem o poder de decidir. Fez o que tinha que ser feito, deixou o rei um pouco mais nu e na sequência espera não ter clamado no deserto. Essa tão aplaudida Tereza é a médica, de sobrenome Pfeifer. Já foi Secretária de Saúde Municipal e atua há trinta anos no Hospital de Base, dentro da estrutura da AHB – Associação Hospitalar de Bauru. Conhece tudo aquilo como a palma de sua mão. Presta o melhor serviço na região quando o tema é cardiologia, sendo o Base referência no setor. Semana passada engrossou a voz em uma audiência pública sobre Saúde proferindo: “O Hospital Estadual de Bauru, comandado pelo governo estadual atende de portas fechadas, escolhe pacientes. Primo pobre, o Base recebe todos os renegados pelo primo rico. Pé diabético e pobre, não. Isso dá trabalho. Eles optam por cirurgias limpas, sem complicações. Quero saber quem tem saco roxo de dizer: esse paciente vai entrar no Estadual. Parecem ter um gostinho especial em colocar pacientes no Base, independentemente das condições. Nós do Base somos tratados por eles como a Casa da Mãe Joana. Todo o atendimento de emergência e urgência é concentrado no Base. Falta compromisso lá deles, um fecha 17h e nós ficamos abertos para tudo. Desvio de dinheiro, aparelhos quebrados como novos e superfaturados não são novidades, pois essas denúncias são feitas a eles desde 1995”. Não sendo novidade, todos cientes de tudo, quem sentou em cima das denúncias, igual ao que ocorre agora com o procurador da República, Roberto Gurgel, que escondeu tudo o que sabia sobre o caso Cachoeira e Demóstenes, que paguem o pato e respondam por seus atos. Comecemos perguntando para Pedro Tobias, porta-voz governamental: E aí?”.
para essa meada? Eu dou. Por um erro ou descuido do RH – Recursos Humanos do Estadual foi publicada na internet a relação completa dos holerites de todo o seu quadro funcional em Bauru. Algo que deveria ser normal, até obrigatório, causou um furdunço dos diabos dentro da instituição. O motivo é simples. Alguns médicos ganhavam R$ 50 mil mês, enquanto a maioria ganhava em média R$ 4 mil. Enfermeiras ganhando acima de R$ 6 mil e o restante pouco mais de R$ 1 mil mês. Teve médico que pediu demissão por discordar do procedimento beneficiando uns em detrimento da maioria. O gerente do RH, oriundo de Botucatu foi afastado e dele não se teve mais notícia. Por que a brutal diferença salarial lá dentro? Tem gente ganhando uma fortuna e a maioria pastando. O que seria isso? Nunca ninguém se predispôs a perguntar, questionar, investigar, cutucar ou mesmo pedir para dar uma olhadinha naquilo que saiu na internet e foi logo apagado. E por que não, para dirimir dúvidas, ver a relação hoje? Afinal, tudo não é feito às claras, como apregoa o governador Alckmin. Comecem por aí e talvez esse Guardião seja obrigado a pedir desculpas públicas pelo excesso de zelo ou podemos começar a tomar conhecimento de bastidores ainda não revelados para os pobres mortais”, afirma o super-herói sem pisar em ovos de qualquer espécie.
Ainda sobre o assunto, a reprodução do texto publicado no Bom Dia Bauru por esse HPA, coluna Formador de Opinião, sábado, 26/05, com o título “Precisou Tereza dizer”: “Tereza botou a boca no mundo e o fazendo estremeceu combalidas estruturas. Dessa vez, não falou nada de tão novo, repetiu o que alguns dizem já faz muito tempo, mas acertou na mosca. Estava no lugar e na hora certas. E possui o peso de ser experiente profissional no quesito do reclamo. Assim como o Oficial de Justiça que impediu um despejo, promove desarranjos intestinais em quem tem o poder de decidir. Fez o que tinha que ser feito, deixou o rei um pouco mais nu e na sequência espera não ter clamado no deserto. Essa tão aplaudida Tereza é a médica, de sobrenome Pfeifer. Já foi Secretária de Saúde Municipal e atua há trinta anos no Hospital de Base, dentro da estrutura da AHB – Associação Hospitalar de Bauru. Conhece tudo aquilo como a palma de sua mão. Presta o melhor serviço na região quando o tema é cardiologia, sendo o Base referência no setor. Semana passada engrossou a voz em uma audiência pública sobre Saúde proferindo: “O Hospital Estadual de Bauru, comandado pelo governo estadual atende de portas fechadas, escolhe pacientes. Primo pobre, o Base recebe todos os renegados pelo primo rico. Pé diabético e pobre, não. Isso dá trabalho. Eles optam por cirurgias limpas, sem complicações. Quero saber quem tem saco roxo de dizer: esse paciente vai entrar no Estadual. Parecem ter um gostinho especial em colocar pacientes no Base, independentemente das condições. Nós do Base somos tratados por eles como a Casa da Mãe Joana. Todo o atendimento de emergência e urgência é concentrado no Base. Falta compromisso lá deles, um fecha 17h e nós ficamos abertos para tudo. Desvio de dinheiro, aparelhos quebrados como novos e superfaturados não são novidades, pois essas denúncias são feitas a eles desde 1995”. Não sendo novidade, todos cientes de tudo, quem sentou em cima das denúncias, igual ao que ocorre agora com o procurador da República, Roberto Gurgel, que escondeu tudo o que sabia sobre o caso Cachoeira e Demóstenes, que paguem o pato e respondam por seus atos. Comecemos perguntando para Pedro Tobias, porta-voz governamental: E aí?”.
Para o artigo semanal, publicado também em 26/05, por esse mafuento HPA para o Alfinete de Pirajuí, uma pitadinha a mais, de algo ouvido pela mesma ressonante voz de Maria Dalva. O texto, “Precisou a Tereza dizer e o médico de Pirajuí confirmar” é igual ao do Bom Dia, mas a conclusão tem seu parágrafo alongado: “Coragem não faltou para essa nossa Tereza e idem para um médico aí de Pirajuí, que ligou para a 94FM de Bauru e confirmou o que ela havia denunciado. Quer dizer, o procedimento elitista do Hospital Regional e, consequentemente da estrutura de saúde estadual atinge toda nossa região. Com mais pessoas iguais a essas derrubaríamos facilmente uma carcomida estrutura corroída por desmandos, práticas despóticas e cheia de vícios. Olhem para a camiseta que alguns da cidade deveriam usar a partir de agora e com a inscrição: "EU PISO EM OVOS".
10 comentários:
Bauru
Terra de gente que faz vassaslagem explicita, algo indecoroso para os poderosos de plantao.
Otimo texto.
Vai lhe dar dores de cabeca, pois Bauru e provinciana.
Desculpe os acentos, e que estou num teclado que nao os tem.
Fabio Cunha
Só não entendo como alguém alegadamente tão experiente não tenha percebido sinais de irregularidades há mais [muito]tempo, e então denunciado antes que o caos se instalasse tão completamente.
Faltou tocar num assunto essencial no atendimento do hospital regional. Só se entra lá dentro por via política. Todas as pessoas da região que precisam de internação tem que pedir ao secretário de saúde municipal que a repassa ao prefeito que a repassa ao escritório do Pedro Tobias. Assim, para uso do dinheiro público ficamos devendo favores e votos aos políticos.
Como sei disso? precisei de internação de emergência para um idoso da minha família que sofreu um AVC as 10 horas da noite de um dia e passou a noite inteira em maca de pronto socorro pois o hospital de Agudos não conseguiu vaga via recomendação de gravidade do estado do paciente. A transferência só foi feita para o Hospital Regional quando o secretario de saúde chegou para trabalhar na manhã seguinte e o prefeito chegou em seu gabinete.
Agora, que justiça seja feita, o serviço de atendimento do hospital regional é muito bom.
VERA VENTURINI
Então, Henrique, é um movimento grande essa história e bem legal: http://www.facebook.com/l/JAQGpM3EEAQGkq0p3dPpR_OnexMGvy6FWO_PPPM0GLweI5w/revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI240730-17642,00-ARTISTA+PLASTICO+CRIADOR+DO+MOVIMENTO+MAIS+AMOR+POR+FAVOR+FALA+SOBRE+ESSE+S.html
tem uma estagiária aqui no jornal que está tentando fazer uma matéria sobre o assunto. ela já chegou a entrar em contato com o artista plástico. acho que pode ficar uma matéria bem interessante
Henrique, já que o assunto é ovo, rsrs, chegou a ver isso: http://www.facebook.com/l/kAQEnFA2QAQF8e664JSaYtu5GqbU471sHAEsAdJPLEYbfEQ/www.youtube.com/watch?v=HC-KRhTNr_8&feature=youtu.be
Aldo Rebelo é alvo de ovos em Bauru e ainda usa vaga de idoso.www.youtube.com
O relator do projeto do novo código florestal enfrentou um protesto na noite de 26 de maio de 2012 d...
repassado por Camila Turtelli
Colei isso, recebido via facebook, pois tem tudo a ver com o texto publicado. Obrigado Camila.
Henrique - hoje e amanhã fora do mafuá
HENRIQUE
Gostei muito.
Quer pegar mais no pé do pessoal da Famesp...
Estáem vigor desde a segunda, 16 de maio a LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO e ela se enquadra exatamente nisso que voce escreveu. Tornar pública a remuneração dos servidores, desde ministros aos menos graduados.
Por que não se pede isso e veremos como anda os salários deseiguais lá dentro da estrutura do Hosital Estadual.
Será que alguém encampa essa idéia.
Um abraço das barrancas paulistas do
Paulo Lima
Prezado amigo hpa: e cadê o nosso promotor, exmo. dr. fernando macelli helene? não era hora de tomar providências?
Rose Barrenha
e no jc, o editor não deixa passar uma carta do leitor que fala sobre o assunto, ou que toque em nome de pedro tobias, ou psdb, agora falar de mensalão, ptralhas, ai pode avontade, verdade ou mentira?
POUCOS TEM CORAGEM DE DIZER O QUE PENSA MESMO QUANDO ISSOVAI DE ENCONTRO AOS INTERESSES DOS GRANDESE POUCO TEM CORAGEM DE DAR ESPAÇO À ESSA CRÍTICA QUE, EMBORA SUTIL, NÃO DEIXA DE SER VEEMENTE.
VALÉRIA
Acho que para comentarmos o assunto precisamos saber exatamente como foi pactuado com a secretaria de saude/politicos regionais/intituiçoes de saude local o fluxo de atendimento, pois até onde sei, ambos os hospitais não são portas abertas (nem HB e nem HE)Agora fica facil criticar as duas Instituições, uma porque faliu por roubo e outra por que tem que dar conta pelas duas e atender toda a região. Tenham santa paciencia! Se querem cobrar, vai cobrar dos seu politicos eleitos e mais a secretaria de saude do estado a construção de mais hospitais publicos para dar conta de uma cidade como Bauru de quatrocentos mil habitantes de tambem de todos os municipios vizinhos que veem junto no pacote.
Acho que para comentarmos o assunto precisamos saber exatamente como foi pactuado com a secretaria de saude/politicos regionais/intituiçoes de saude local o fluxo de atendimento, pois até onde sei, ambos os hospitais não são portas abertas (nem HB e nem HE)Agora fica facil criticar as duas Instituições, uma porque faliu por roubo e outra por que tem que dar conta pelas duas e atender toda a região. Tenham santa paciencia! Se querem cobrar, vai cobrar dos seu politicos eleitos e mais a secretaria de saude do estado a construção de mais hospitais publicos para dar conta de uma cidade como Bauru de quatrocentos mil habitantes de tambem de todos os municipios vizinhos que veem junto no pacote.
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