Mafuá do HPA

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COMENTÁRIOS E REPERCUSSÕES SOBRE QUATRO POSTs DESTE MAFUENTO BLOGUEIRO

Vejo a charge do Fernando, no JC Bauru de hoje com certo desgosto. Expressa um “vai na valsa”, onde todos pegam carona, incautos, desinformados e os bem informados, mas que querem mesmo confundir tudo. Lewandowiski não é esse pulha que divulgam. Legalista, não legisla fora do que prescreve o livrinho de leis que aprendeu a respeitar. Essas alterações jurídicas para penalizar um dos lados da corrupção brasileira (isentando o outro) podem nos dar uma dor de cabeça sem tamanho no futuro. Tudo pode acabar sendo julgado por mera presunção. A melhor interpretação disso quem meu deu foi o amigo e chargista Gilberto Maringoni, hoje candidato a vereador pelo PSTU paulistano: “O STF E O MENSALÃO - Aos que comemoram os resultados até aqui do julgamento do chamado mensalão no STF, cabe uma ressalva, seja qual for a opinião de cada um sobre o caso. Aquela corte criou um precedente perigosíssimo, que pode se tornar jurisprudência a ser adotada em todas as instâncias do judiciário. Trata-se da possibilidade de se condenar sem a apresentação dos "atos de ofício", ou seja, de provas. Para o elo mais fraco da sociedade - os pobres e o movimento popular - equivalerá à legitimação do arbítrio. Os juízes não precisarão mais se ater a questões objetivas para julgar, mas a opiniões e indícios. Sinal amarelo para a democracia”. Esse mafuento blogueiro escreveu sobre isso essa semana.

Escrevi sobre a vinda do Gabeira aqui e sua mudança de postura, antes progressista (dito de esquerda) e hoje conservador (dito de direita). Veio para ajudar (mesmo não citando seu nome, pois o candidato não saiu do lado da estrela) na campanha do candidato do PV ao Executivo, um que se intitula diferente, novo, porém poderá assumir uma mandato na ALESP e daí veremos mesmo quem tinha razão, se ele se dizendo diferente, ou eu, vendo-o como igualzinho aos demais do grupo aliado á  crueldade dos que não querem mudanças, somente reformas. O que mais me contrariou nessa campanha foi o fato dele ter conquistado para suas hostes o meu melhor amigo, Duílio Duka, que se bandeou para sua campanha, inclusive com gravação de depoimento na propaganda da TV. Tento na sequência do pós-eleição demonstrar por A+B o quanto ele se enganou em ver diferenças inexistentes no Gazzetta. Terei isso como missão, resgatar meu amigo para a normalidade. Corroborando o que escrevi sobre o Gabeira nesse mafuento espaço, ontem na seção dedicada aos leitores do BD Bauru, uma missiva assinada por Marina Moura e com o título “Gabeira em Bauru”. Enxergamos a mesmíssima coisa.

Escrevi outro dia nesse mafuento espaço sobre os vereadores de Bauru definirem que todos os imóveis tombados devam passar pelo seu crivo antes da aprovação final. Um absurdo, pois tudo iria passar de uma análise TÉCNICA (feita pelo CODEPAC) para uma POLÍTICA, talvez até beneficiando a especulação imobiliária. Escrevi também que o prefeito estaria contra isso e na edição de ontem, 05/10 do BD Bauru, uma ampla matéria com uma enquete aos quatro postulantes a eleição. Rodrigo Agostinho, o atual prefeito confirmou o que havia escrito, respondendo à pergunta: “Há interesse em mudanças nas leis e projetos que definem o patrimônio histórico da cidade?”. Veja a resposta do Rodrigo na foto ao lado. Tomara que ele possua coragem suficiente para propor exatamente o que respondeu e está na foto ao lado.

Outro fato muito comentado na semana dentre os textos que esse mafuento blogueiro escreveu foi sua opinião sobre os rumos do movimento grevista dos motoristas em Bauru. Sempre o achei autêntico, inovador e exemplar, primeiro por atingir 100% de participação, sem piquetes e sem ressalvas sobre a empresa exigir que se voltasse ao trabalho de forma enérgica e dura (esse meu primeiro estranhamento) e depois por ser uma greve não de reivindicação salarial, mas por ajustes na prática das relações trabalhistas. Tudo esplendoroso, porém com um toque ainda não revelado. Primeiro uma paralisação sem o sindicato estar presente, depois a união deste. Ficou claro existirem dois grupos condutores do movimento. O que me foi explicado pelos comentários de meu texto no blog foi o que representa uma coisa e o que representa a outra coisa. Ler o que foi ali publicado é um belo exercício para quem quer de fato entender dos meandros dessa greve. Ontem à noite foi decretado o fim do movimento e recebo via e-mail do vereador Roque Ferreira PT, o único que acompanhou tudo do começo ao fim, uma resposta explicativa, após meus questionamentos: “Caro Henrique, foi uma vitória. Os trabalhadores não estavam reivindicando hora extra não. A reivindicação era mais qualificada, pois lutava para reduzir a jornada sem redução do salário e conseguiram. Os dias parados não serão descontados, serão pagos com trabalho de mais duas horas diárias, é que é comum nas negociações nestes casos. As horas extras que eram realizadas em excesso, danosas para os trabalhadores devem ser indenizadas. Se um trabalhador realizou durante cinco anos 40 horas extras por mês em média, se elas são suprimidas o empregador deve pagar essa média a título de indenização pelo mesmo período. Quem propagandeou a questão do valor das horas extras foram os setores conservadores da cidade, que também divulgaram outras mentiras com o intuito de jogar a opinião pública contra os trabalhadores. Como acompanhei todo o processo posso lhe garantir que os trabalhadores realizaram e conduziram o movimento com muita responsabilidade. Como voce sempre emite opinião, seja legal e hoje às 20h deve estar presente em frente a garagem da Sem Limites lá no Distrito Industrial, onde realizarão Assembléia. Assim você poderá conversar pessoalmente com os trabalhadores. Vou estar lá, te espero. Abraços”. Não pude ir, mas as dúvidas levantadas, não me colocaram em nenhum momento contrário à luta dos trabalhadores. A minha estranheza foi outra e agora sei que o sindicato foi praticamente empurrado pelos trabalhadores para estar ao seu lado no movimento, pois nem pensavam em algo como uma greve e talvez nem saibam fazer (absoluta falta de prática). Ficaram vendo quem sabe fazer. A luta do trabalhador é sempre digna, a de alguns personagens nem tanto.

Encerro com duas coisinhas. Na primeira hoje tem NOROESTE em campo aqui na cidade, depois da debandada da famiglia Garcia (talvez até retornem...) e acredito que verei gente no campo que há um bom tempo estava afastado do vermelhinho. O jogo é contra o Osasco e com um empate estaremos garantidos na fase seguinte da competição. A segunda é a minha DECLARAÇÃO DE VOTO, já sabida até pelas pedras do reino mineral: sou ROQUE FERREIRA para VEREADOR em Bauru. Continuará me representando condignamente pelos próximos quatro anos.