segunda-feira, 4 de março de 2013

INTERVENÇÕES DO SUPER HERÓI BAURUENSE (51)

RICOS DE BAURU, PAULO NEVES E COMO GUARDIÃO ENXERGA ESSE HISTÓRICO MOMENTO
 Domingo é um dia modorrento, ainda mais com o calor que faz em Bauru. Ontem, 03/03
ao abrir o JC, Guardião, o super-herói de Bauru quase engole o café quente com sua manchete de primeira página: “Total de bauruenses milionários aumenta até 300% desde 2005”. Lendo um pouco mais lá estava: “Grupo formado por ricos é cada vez maior em Bauru. Há quem tenha patrimônio estimado em mais de R$ 50 milhões”. Aquilo ficou martelando seu cerebelo e ainda mais quando abriu o jornal e leu mais: “Ter R$ 1 milhão deixou de ser incomum. (...) O novo rico mora em imóveis de milhões. A explosão de apartamentos e casas com valor de alguns milhões confirma o novo conceito de riqueza na cidade”.

“Inquietante”, esse o primeiro pensamento que Guardião conseguiu desferir, ainda sozinho ao sobrevoar a cidade. Pouco depois fica sabendo pela rede social internética de um dileto e considerado bauruense, ao do professor e teatrólogo Paulo Neves, com uma ótima visão sobre o tema. Desabafou Paulo: “Lendo o JC de hoje, entendi porque nenhuma das cartas propostas que mandei para a XII Mostra de Teatro foram aceitas. Pedíamos uma ajuda de duzentos reais por mês para ajudar a manter a Casa de Cultura, obtive 20 negativas. NINGUÉM quis ajudar e só mandei para os bambas da cidade,,, Explicado hoje: grupo de bauruenses milionários aumentaram desde 2005, novo rico mora em imóvel de milhões, oras ele não tem duzentos reais para ajudar a CULTURA! Pronto, explicado! Explicado, os ricos moram em palacetes e condomínios fechados, não participam de algo menor e pobre. Explicado! Êta cidadezinha sem limites, mesmo!”. 

A vontade era parar de fazer tudo o que fazia pela cidade naquele dia e ir dar um abraço pessoal no Paulo. Não o fez, mas acompanhou os muitos comentários elogiosos que seu destempero provocou. Até quando mensurou tudo foram 134 “Curtir” e outro tanto de “Comentários”. Cita alguns: “Paulo, sempre guerreiro. Emociono-me vendo que você ainda não desistiu dessa cidade, me emociono vendo o quanto luta por essa cidade...”, “Paulo, o que mais tem por aí, são pessoas com muita grana, que gostam de sair em fotos de jornais, que postam frases de Clarice Lispector, que andam em carrões e, que para ajudar na cultura, fingem que não é com eles, inventam desculpas, pois acham que é um tipo de esmola que não lhes dá credibilidade em mídia”, “Tenho certeza, que se o seu pedido fosse para as famílias menos "abastadas", teria sucesso ..... Quem quer cultura é o povo, rico não "precisa disso" e “O conceito de cultura deles, é diferente do nosso Paulo, cultura pra eles é morar em mansões e ter carrões do último modelo, ah e claro, sair no jornal na lista dos mais mais”. 

O fato é que Paulo, mesmo sem querer querendo, cutucou a onça com a vara curta e as conclusões do nosso super-herói acabaram sendo essas: “Eu vejo tudo aqui de cima. Está tudo bem delimitado, uma cerca dividindo tudo. E eletrificada, cuidado, hem! A maioria dos novos ricos mora numa Bauru, ignora, desconhece a outra e não possui interesse por nada além do seu mundinho. São felizes dessa forma, questão de berço. Não querem se misturar com os de baixo e por que o fariam? Incompatibilidade não só de gênios, mas de procedimentos. E ninguém vai lhes perguntar, nem a Receita Federal, como tudo foi amealhado? A partir desse marco estabelecido pela matéria no jornal fica decretada a existência de dois Baurus, com nomenclatura ainda não muito bem definida. Poderia ser Bauru I e Bauru II. Bauru de Cima e Bauru de Baixo. Bauru Daslu e Bauru Daspu. Não vai demorar muito vão exigir a emancipação política e administrativa do território conquistado. Quem viver verá, como apregoa um famoso radialista na cidade”.

9 comentários:

Anônimo disse...

HENRIQUE

Se acontecer o pedido de emancipação dos ricos de Bauru será algo muito parecido com o que a Barra da Tijuca tentou e continua tentando fazer com a cidade do Rio de Janeiros. Os ricos da Barra querem declarar a independência do Rio de Janeiro. Ainda não conseguiram, mas estão a caminho.

Paulo Lima

Anônimo disse...

meu amigo Paulo Neves terrível tudo isto, mas por favor continue tua luta, não desista um dia eles vão reconhecer e saber q erraram com algumas pessoas, abração
Paulo Roberto Penatti

Anônimo disse...

Porque gastar com o Paulo Neves se posso ir em Sampa nos finais de semana jantar em um bom restaurante ver peças teatrais com os astros global.para essa elite burra , gananciosa e insensível só tem um remédio:guilhotina,paredão, carabina e canhão.
Lázaro Carneiro

Anônimo disse...

Henrique
Eu sou do bauru da baixo, do bauru daspu...
Rose Barrenha

Anônimo disse...

Henrique,
É ISSO AÍ....ENQTO EXISTIR PESSOAS COMO PAULO NEVES E SEUS FILHOS E MAIS ALGUNS GRANDES ARTISTAS DA CIDADE COMO MARIZA BASSO, REGINA RAMOS, VAL DE CASTRO, ALESSANDRO BRANDÃO, MARCO GIAFFERI, MARCILO NASCIMENTO E MTOS OUTROS QUE LUTAM PARA FAZER A ARTE E A CULTURA SOBREVIVER EM BAURU, AINDA VALE A PENA LUTAR!!!


Campanha nova na cidade: 'faça um milionário feliz, peça para ele se desfazer apenas de R$ 200,00 para a Cultura e aliviar o peso do seu bolso , ou da sua consciência' !!!!

Madê Correa

Anônimo disse...

Que lindo, PAULO NEVES depois de velho está ficando cada vez melhor.

E esse GUARDIÃO tem se mostrado um verdadeiro defensor dos do lado DASPU de Bauru, contra os do lado DASLU.

Na união dos DASPU, também difícil, acredito que algo sólido e duradouro, pois dos do lado de lá, a certeza de que não se interessam sem um pouco pelo que acontece no restante da cidade.

Tem uma lapidar frase sobre isso, proferida anos atrás por uma pessoa da área cultural, no exercício de suas atividades públicas: "Quando eu preciso de Cultura pego meu carro e rodo 400 km". É a visão exata deles, os DASLU.

Abração Paulo Neves e Guardião.

Pena não ter como se divertir com isso tudo, pois é muito triste.

Valéria

ArabeAlli disse...

Caro Henrique,caro Prof. Paulo Neves, caro Guardião. Ou são assim ou não seriam elite, porra!

Anônimo disse...

Paulo Neves é um grande batalhador e ao contrário dos ricos da cidade, sempre colabora com as pessoas, em seu curso de teatro, vários alunos de baixa renda têm oportunidade de estudar teatro através de bolsas de estudo, muitos artistas da cidade dão ou deram aula por lá. E só completando: o Pão de Açúcar do Estoril recebe doações de livros para entidades carentes, basta olhar as doações e vemos com vergonha alheia, livros como Código Civil dos anos 70, apostilas escolares, livros didáticos velhos. Ou seja: as doações são lixo....

Anônimo disse...

Paulo neves pode estar confuso, pedindo esmola para os ricos dessa cidade, pode estar equivocado na forma, no jeito de tentar impor que o ajudem, mas nunca me posicionaria ao lado dos ricos, dos que só pensam em sia, para ficar contra posicionamentos iguais ao de Paulo. Estarei com Paulo sempre, por tudo o que fez e continua fazendo. Viva Paulo neves e sua resistência! Um dos bravos dessa Bauru cada vez mais estranha.

Alvarenga