FRASES DE UM LIVRO LIDO (91)

UM POUCO DE “CAVACA” NÃO FAZ MAL A NINGUÉM

Sou um colecionador de frases. Nas minhas agendas vou preenchendo os espaços vazios dos rodapés com frases, escritos variados e múltiplos. Tudo que vou lendo tenho por hábito ir grifando com essas canetas marca texto e depois acabo transcrevendo as mais interessantes para esses e muitos outros lugares. Não localizo nunca quando preciso de algumas delas, mas hoje temos o tal do google prestando esses (des)serviço pra gente. Ontem, faxinando o mafuá dei de cara com essa reedição do livrinho do Don Rossé Cavaca de 1961, o ‘Um Riso em Decúbito’ (edição Desiderata, 2007) e fiz o que sempre faço nesses momentos. Paro tudo, esqueço da faxina e fico a ler o achado. Esse jornalista fez de tudo, desde publicidade e muito humor. Morreu num acidente com sua lambreta em 1965 e até hoje continua sendo lembrado pelos mais antigos, saudosos de sua afiada verve. Sintam a coisa:

- O tempo que levei aprendendo a extraiar uma raiz quadrada, este sim foi um tempo precioso que poderia ter aplicado em fazer nada.
- Pelas Leis Trabalhistas de um país em Socialização. Para demitir meus patrões, Qual a indenização?

- Sem querer foi falindo, falindo, falindo até falecer.
- Uma boa piada, pena que foi de propósito.
- O jeito é uma revolução! Sabe quanto está custando um iate?
- Uma criança tão risonha e franca, em escola tão sisuda.
- Na verdade em que me encontro, se puserem um revólver na minha frente eu vendo imediatamente.
- É tanta polícia que a gente fica sem a mínima garantia.
- Acredito na sua honestidade mas a quadrilha já está formada.
- Agora gostaria que as senhoras fizessem silêncio, mas todas ao mesmo tempo.
- Meu bem, agora desliga a televisão que eu quero te apresentar os amigos que jantaram conosco.
- Velório chato. Cafezinho excelente.
- Que corrupção é essa que a gente morre sem conseguir atingi-la?

Sentiram???

TRATAMENTO DIFERENCIADO PARA ROLEZINHOS DAQUI E O DALI
Um rolezinho parece icomodar muita gente, mas vários devem incomodar muito mais. Quando passo pela imediação da Praça Rio Barbosa nas noites de sexta vejo a Polícia Militar fazendo blitz e mais blitz e com muitos jovens sendo revistados e com as mãos para cima. Lá na imediações do Boulevard Nações o mesmo procedimento. Já nesse que registrei essa foto, também nas noites de sexta (a foto foi tirada em fevereiro 2015), o procedimento parece ser bem outro. É o rolezinho que acontece quando do fechamento do Shopping Center lá dos Altos da Cidade, quando a maioria dos jovens ali na calçada não são em sua maioria provenientes das classes periféricas e sim, moradores daquela região da cidade. Ninguém revista ninguém. Queria ver esse tratamento estendido para os demais rolezinhos, os lá da parte baixa da cidade.