O RÁDIO CONTINUA NAS PARADAS DE SUCESSO – O DE PILHA E O NO CELULAR O convite foi inesperado e surgiu de um contato via facebook, feito por Rafael Peloso do SBT: “Te acompanho no face. Você não conhece alguém que ouve rádio para dar uma entrevista?”. “Eu ouço rádio o dia inteiro, de pilha, no carro, no computador e ainda só não o faço pelo celular”, lhe disse. Pronto, escolhemos um lugar, defronte a banca da Hilda, lá no verdadeiro aeroporto de Bauru, 15h e para fui levando meu amarelinho e convidando outro amante do AM, o bancário aposentado e hoje comentarista esportivo na 87 FM, Roberto Maldonado. A jornalista Andréia estava lá no horário combinado e tudo rolou mais ou menos assim:
HENRIQUE, O CARA DO RÁDIO DE PILHA AMARELO: “Eu acordo ouvindo rádio. Pela manhã, 6h20 por aí, ligo na 94 ou na 96, fuço os noticiários das FMs, mudo de estação, circulando com o rádio pela casa, do banho, para o café, depois para o computador. O de pilha circula comigo. Saio de casa e ligo o do carro, quando passa das 8h10, ligo na Unesp FM e fico ouvindo MPB. Já no mafuá ouço o Boechat na Band News RJ. Levo me rádio para o campo do Noroeste e só não o levo mais para a cama, debaixo do travesseiro, pois já fui ameaçado de ter ele jogado janela afora. As mulheres odeiam esse zum zum zum no ouvido. Vejo com preocupação o fim do espectro AM, pois não sei se o cara lá dos cafundós do mato dentro vai conseguir continuar ouvindo suas emissoras sem a utilização das ondas. FM tem curto alcance. E daí? Esse o xis da questão, no mais o rádio se renova. Já ouvimos muito do fim do rádio, primeiro quando da chegada da TV, depois do computador e hoje o rádio continua com a corda toda. Na periferia da cidade os programas da AM tem alta audiência. Vejo isso quando a Auri-Verde disponibiliza o ouvinte ao vivo e o telefone não para de tocar e a maioria são de telefones fixos. Na rádio só me recuso a ouvir essa desoladora pregação religiosa, no mais, quase tudo”.
MALDONADO, O CARA DO RÁDIO NO CELULAR: “Hoje todo mundo possui celular, desde os mais abastados aos mais simples. Os da cidade e também o pessoal do campo. Eu ainda tenho meus rádios de pilha, mas quase não uso mais. Hoje aprendi a me utilizar dos recursos do celular e ali tem tudo. Acredito que essas pessoas mais simples vão acompanhar esses avanços tecnológicos, talvez tenham um pouco de dificuldade no começo, mas logo estarão ouvindo pelo celular, baixando esses aplicativos todos. Enquanto estou aqui, acabo de postar uma foto lá na rádio onde falo, a 87, de uma ocorrência na cidade e eles já falaram dela no ar. Olha o avanço, não uso nem mais o telefone, fiz pelo canal interno, sem custo de ligação e o rádio ligado. Ouço também os noticiários, o futebol e também música sertaneja. Estou até mais tempo plugado hoje que antes. A programação das rádios AMs, hoje estão mais parecidas com as das FMs, narram jogos, tem noticiários e não só música. Isso tudo já é dessa transição que estamos vivendo e aprendendo junto com ela”.
Por fim, a jornalista explica dos motivos da pauta: “Foi feita uma novas pesquisa e nela algo sobre a audiência renovada do rádio, renovada e ampliada. Daí o interesse de tratar do tema”. E para encerrar tudo com chave de ouro, uma que devo pedir para meu amigo Wellington Leite tocar pra mim amanhã cedo no Manhã Popular Brasileira, rádio Unesp FM, a ESSA É PRA TOCAR NO RÁDIO (Gilberto Gil): “Essa é pra tocar no rádio/ Essa é pra tocar no rádio/ Essa é pra vencer o tédio/ Quando pintar/ Essa é um santo remédio/ Pro mau humor/ Essa é pro chofer de táxi/ Não cochilar/ Essa é pro querido ouvinte/ Do interior./ Essa é pra tocar no rádio/ Essa é pra tocar no rádio./ Essa é pra sair de casa/ Pra trabalhar/ Essa é pro rapaz da loja/ Transar melhor/ Essa é pra depois do almoço/ Moço do bar/ Essa é pra moça dengosa/ Fazer amor/ Essa é pra tocar no rádio/ Essa é pra tocar no rádio”.
Link: http://www.vagalume.com.br/…/essa-e-pra-tocar-no-radio.html…
PS.: esse rádio amarelo era do meu sogro carioca, Zé Pereira, herdei o bitelo...
2 comentários:
Como mais um amante do veículo rádio (possuo aproximadamente uns 20 aparelhos receptores, velhos e novos, dentre eles um 9 faixas de onda, o ex-famoso Transglobe da Philco, e que hoje fazem parte de meu museu particular, já que os aplicativos dos smartphones conseguem substituir todos e com grande vantagem... Aliás, gostaria de sugerir ao Henrique que trocasse seu "camaro amarelo" por um smartphone, usando o fone de ouvido que, com certeza, sua esposa dormirá como um anjo...(risos) Aprovei tanto essa "modernidade" que até mantenho no ar, via internet, uma rádio (se bem que modesta) que brevemente transmitirá, inclusive, ao vivo através deste link e Site: www.epocamix.com.br
José Esmeraldi
Henrique, também sempre gostei de rádio, e hoje morando fora aproveito das novas tecnologias para me manter atualizados das coisas ai de nosso país. O rádio é o meu companheiro para todas as horas, e ai o celular ajuda, pois caminhando ou fazendo exercícios permaneço ligado através do celular
Luiz Francisco Minarelli Campos
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